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Sword Pilgrim – Capítulo 43

Capítulo 43

Som de murmúrios.

Os soldados sussurraram enquanto observavam Callavan passar.

Um covarde que fugiu do campo de batalha.

Um ladrão que mais tarde invadiu e usurpou o comando.

Havia muitas histórias diferentes flutuando por aí, mas a mais quente entre os soldados era apenas uma.

— Mestre Callius.

Ele planejava matar Callavan.

Tais rumores estavam se espalhando por todo o lugar.

Em um momento em que os orcs poderiam atacar no momento seguinte, a disciplina do exército não seria abalada por um boato assim, seria?

Era dever do comandante fortalecer a disciplina, anulando tais rumores imediatamente.

Mas…

Callavan não fez isso.

— Me-mestre Callavan. Você não deveria agir? Se não, o senhor tem que, pelo menos, dar uma lição naquele desgraçado…

Um dos Cavaleiros que seguia Callavan o aconselhou, mas ele não se importou.

— Ele está pregando uma peça. Se formos levados pelas emoções, as coisas fluirão na direção que ele quer.

— Ah, entendi.

Apesar de suas palavras, Callavan ficou preocupado.

Quem podia saber se aquele desgraçado de repente fizesse uma loucura e o atacasse enquanto dormia ou algo assim?

Se ao menos ele desaparecesse, Callius se tornaria o próximo Patriarca.

E ele ainda teria mais autenticidade do que o próprio Callavan!

— Você tem uma aparência ruim.

— Ah, eu não conseguia dormir, fiquei trabalhando na papelada até de manhã. Estou um pouco cansado.

Para ser franco, o rosto de Callavan não parecia muito bom.

Apareceram círculos escuros ao redor dos olhos quase alcançando seu queixo, olhos vermelhos, pele escamosa e até lábios rachados.

— Mas não podemos ficar parados. Se ele realmente quer matar o Mestre Callavan…

— Claro, eu não vou deixar isso de lado. É por isso que fiquei acordado a noite toda.

— Então…

— Eu decidi formar uma ala separada.

Callius seria estabelecido como o capitão de uma unidade que se movia de forma independente do exército principal.

— Os orcs não podem ficar para sempre acampados na frente do Castelo. O problema mais importante seria a comida.

Embora eles estivessem obtido comida caçando e se reunindo na floresta próxima, havia um limite para isso.

Claro, o mesmo acontecia com quem estava dentro do Castelo, mas os orcs precisavam de mais comida do que os humanos, visto que também precisavam alimentar as bestas que os acompanhavam.

De qualquer forma, eles tinham que obter suprimentos, então seria de grande ajuda para os humanos se uma unidade separada fosse montada para interceptar ou interferir nisso.

Com certeza.

Havia um limite para o número de soldados que poderiam ser movidos para fora do castelo agora, e o número de cabeças tinha que ser pequeno o suficiente para evitar alarmar os orcs.

Os Cavaleiros do Callius eram a resposta perfeita.

— É uma mistura de pessoas que nem merecem ser chamadas de Cavaleiros, mas ser um general significa que você tem que ser capaz de usar o que tem.

Seria bom se eles tiverem sucesso, e ainda melhor se fracassem.

Não terei que ver esse espinho ao meu lado nunca mais, e a melhor parte era que seria tudo justificado.

Ele é um obstáculo irritante no meu caminho para me vingar de Elburton.

Aniquilar os orcs o mais rápido possível.

Aproveitar a oportunidade para matar Elburton, que já está doente, e me tornar o mestre do Castelo.

Este plano estava em andamento há muito tempo.

Ele não podia deixar preparações tão grandes serem estragadas só por causa de um idiota louco.

— Reúna os Cavaleiros.

A guerra tinha acabado de começar.

Atrás do quartel temporário.

Callius estava passando tempo com Emily.

KaangChaeeng!

— Bom trabalho.

Ignorando a convocação, ele estava treinando sozinho. Os eventos fluíram naturalmente para um duelo com Emily, que apareceu com Lucen nas mãos.

— Desta forma?

— Sim.

Kaang!

O som de faíscas rompeu o ar.

Fazia duas semanas desde que perfurei seu sangue divino.

Em tão pouco tempo, ela fez um bom progresso na quantidade de poder divino que consegue controlar.

Além disso, a técnica, bem como a ideia de condensá-la, também estavam indo em uma boa direção.

Era difícil acreditar que ela era apenas uma garota na faixa dos dez anos. Emily era de fato um gênio da esgrima.

Ela já estava em um nível de habilidade que não seria facilmente derrotada por nenhum outro Cavaleiro.

Ao aceitar e internalizar a experiência prática e os conselhos que Bernard e Callius lhe transmitiam, uma ou duas palavras de cada vez, ela já estava criando sua própria esgrima, coexistindo nitidez e suavidade.

Claro, essa esgrima ainda tinha que ser polida, mas era óbvio que ela se tornaria uma grande cavaleira em um futuro próximo.

— Ahrf Ahrf, como fui?

— Será útil.

No entanto, ao contrário do que ela pensava…

As palavras de Callius foram monótonas.

Por alguma razão, era difícil receber até mesmo um único elogio.

Ela não ficaria cheia de si se fosse muito elogiada?

Então Calius estava sendo cuidadoso com cada palavra, porque ficou com muitas preocupações sobre ela se machucar no campo de batalha.

Por causa disso, as palavras que ele proferiu foram curtas e concisas, o suficiente para escurecer com decepção os olhos que brilhavam em antecipação.

— Obrigada… pela sua orientação.

— Eu não preciso disso.

— Ainda assim, quero te agradecer.

O nariz de Callius se contraiu.

A atmosfera frígida de um duelo de alguma forma aqueceu em um instante.

Um aconchego que pareceu muito estranho.

— O que é isso pendurado no seu pescoço?

— É feito do chifre da besta que peguei da última vez. Não é legal? Vou soprar quando a guerra começar. É bem alto e incrível. Quer ouvir?

— …

Não sei o que falar para Emily, que estava orgulhosamente acariciando seu prêmio.

Eu me pergunto por que os traços de um maníaco não se ativam.

No final, Emily também era uma Jervain.

‘Ainda assim, talvez seja porque não quero mostrar à minha filha meu lado tolo.’

Eu realmente não sei.

Foi então que…

Os passos de alguém chegaram aos ouvidos do Callius.

— O que está acontecendo, velho?

Era Bernard.

— Por que você desobedeceu à convocação?

— Eu não queria ir.

— Sim, e graças a isso, você e seus Cavaleiros estão agora ordenados a se moverem como uma unidade separada.

Os lábios do Callius se curvaram como se soubesse com antecedência.

— Isso é o que eu estava esperando.

— Seu louco. Quer morrer? Você não sabe que desobedecer ordens em tempo de guerra é uma sentença de morte?

— Eu sei.

— Então por que você fez isso, mesmo sabendo disso?

— Porque ele não será capaz de me matar de qualquer maneira.

— Você é um tapado mesmo…

Callavan não conseguia.

Mesmo que ele tentasse impor uma disciplina como essa, se Callius começasse a fazer um motim, ele só perderia mais moral por nada.

De qualquer forma, Callavan não podia fazer nada sobre Callius, que tinha uma linhagem honrada.

Não importa o quão ínfame fosse Callius, ele ainda era da linhagem de Elburton e do um filho de Deus que havia retornado da Ordem.

— O que eu tenho que fazer?

— Olhe para si mesmo.

Whirlik!

Tas!

Os olhos cinzentos se debruçaram rapidamente sobre o pergaminho.

Emily, curiosa também, perguntou sobre a ordem que estava escrita no pergaminho.

— Ele está me pedindo para roubar os suprimentos inimigos.

— Uh… isso não é uma coisa boa?

Mesmo que seu talento para espadas fosse excelente, ela ainda era uma criança nesse aspecto.

— Sim, é muito bom, só se for para morrer.

O que significa guerra de cerco?

Significa estar isolado.

Um exército orc está acampado em frente ao portão do castelo, e você nunca sabe quando a guerra pode começar.

Assim tem que sair do castelo, enquanto evita ser percebido para destruir ou roubar os suprimentos?

Não é diferente de dizer para sair e morrer.

É bom se tiver sucesso, e bom se falhar.

— Quando os portões se abrirem por um momento e um ataque surpresa for lançado do nosso lado, um batalhão destacado chamará sua atenção e avançará para o norte.

Era uma ordem para se tornar uma isca e distrair o inimigo.

Parecia ordená-lo à morte, mas Callius não se importou, porque era o que esperava em primeiro lugar.

No castelo, o atributo de um maníaco continuava surgindo dentro dele, dificultando o controle.

Era mais conveniente sair e agir separadamente.

Se algo der errado, seria bom morrer.

Afinal, a guerra havia começado.

Porque chegou a hora de terminar a missão.’

Callius amassou o pergaminho e agarrou o cabo da espada em volta da cintura.

Para aumentar as recompensas da missão para o rank S, eram necessárias condições mais especiais.

‘Grande Guerreiro Orc.’

Sua batalha com Kel’tuk ainda não tinha terminado.

Se eles se encontrarem desta vez.

Só então a luta com ele terminaria.

— Você vai junto?

— Não posso. Tenho uma missão separada.

— Como esperado.

Não havia como Callavan deixar um Paladino tão poderoso quanto Bernard sozinho.

O confronto seria daqui três dias.

Callius já estava esperando por esse momento.

Três dias depois.

Callius falou calmamente com os Cavaleiros que olhavam para ele.

— Aqueles que querem ficar, fiquem. Aqueles que querem morrer comigo, me sigam.

É isso.

Callius se dirigiu para o portão fechado.

Mas seus Cavaleiros o seguiram, sem hesitar.

— Você é abençoado. Não é?

— Exato. Como um maníaco.

Callavan caminhou para o lado de Callius, que estava na vanguarda, e olhou para os Cavaleiros armados atrás dele.

Depois de todas as longas batalhas que ocorreram, aqueles que entraram e saíram vivos da Floresta Branca se tornaram Cavaleiros por completo.

Verdadeiros Cavaleiros com fé ilimitada e lealdade ao Callius.

Callavan olhou para aqueles cavaleiros com um sorriso malicioso e curvou os lábios.

Sim, eles vão morrer de qualquer maneira.

Não há necessidade de pensar mais.

— Abram os portões!

— Abram os portões!

— Abrindo!

Chwaaaak!

Os soldados giraram a roldana e o portão de ferro começou a se abrir com um rangido alto.

Na frente dele esperava um mar verde.

Callius desembainhou a espada sem hesitar, e o mesmo aconteceu com Callavan.

— Você disse que ia me matar, mas vai morrer em breve.

— Só o tempo dirá.

Está esquecendo sua própria situação?

Como pode estar tão calmo apesar de saber que tipo de missão lhe foi dada?

Callavan mordeu os lábios.

Ppuuuuuu!

Um chifre feito de um unicórnio cantou com um alto e magnífico chamado estridente.

Um trompete anunciando a partida do Callius.

— Esse é um bom som.

— É? É o berrante da Emily.

— Emily…?

Ele ainda parecia brilhante, apesar de enfrentar um campo de batalha onde a morte o esperava.

Uma jovem chamou a atenção de Callavan, que estava se perguntando quem era Emily.

Ele a viu, segurando um berrante nas mãos.

— Ainda está viva?

Ele pensou que ela já tinha sido destruída na Roda.

— Estou ansiosa por isso. Callavan.

— O que quer dizer com isso?

Callius, marchando para fora do portão, falou na cara dele.

— O dia do meu retorno.

Esse dia.

— Será o dia em que sua cabeça cairá.

Gulp!

Sem saber, Callavan engoliu em seco e depois sorriu.

— Lute com ferocidade. Você ainda tem o sangue dos Jervain, então quero te dar um funeral de um guerreiro. Só não sei se seu cadáver estará intacto.

Foi engraçado ouvir o sarcasmo dele.

Callius falou, olhando para ele com um rosto inexpressivo.

— Sobreviva até o fim, Callavan, para que eu possa cortar a sua cabeça.

Tas!

O sangue estava escorrendo na frente do Callius enquanto sua capa vermelha tremulava ao vento.

A cor do sangue era verde.

Fontes de sangue espirrando dos orcs no caminho.

Depois de muito tempo…

Na frente do Callius, que desviou bastante do caminho enquanto era perseguido pelos orcs, um Grande Guerreiro gigante emergiu, bloqueando seu caminho.


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