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Sword Pilgrim – Capítulo 47

Capítulo 47

A Floresta Afundando.

Mesmo em meio ao inverno gélido do Norte, seu interior era manchado de verde.

Porque as árvores eram cobertas com uma camada de folhas parecidas com agulhas de pinheiro que não cairiam mesmo no inverno.

Como resultado, a neve não se acumulava dentro da Floresta Afundando, e manchas verdes pairavam misteriosamente no ar.

— Então esta é a Floresta Afundando. É a primeira vez que estou vendo com meus próprios olhos. É difícil acreditar que este lugar costumava ser um penhasco nos tempos antigos…

Allen olhou em volta com o olho que lhe restava, enquanto o cabelo loiro tremuluzia à luz solar toda vez que balançava a cabeça.

— Ei, Allen. Nós não viemos aqui para passear, então dê uma olhada com cuidado… Se você cair em um poço, vai ser muito pequeno para eu tentar te salvar.

— E eu lá quero que você me salve. Cuido de mim, então se preocupe com você, Aaron. Você não está em mais perigo do que eu com esse seu corpo pesado?

Enquanto Aaron estava prestes a replicar…

— Fiquem quietos. Não estamos aqui para brincar.

Callius interrompeu a briga deles.

— Mestre Callius. Bem ali…

Naquele momento, Rinney, que havia subido em uma árvore, chamou Callius.

— Lá. Tem Orcs bem ali.

— Certo.

No entanto, Callius olhou para Emily, que também estava perto de Rinney.

Naqueles olhos exigindo confirmação, Emily olhou para Rinney uma vez e respondeu.

— Está embaçado, mas posso ver algo se movendo. Rinney pode estar certa.

Callius assentiu com a cabeça. Os olhos da Rinney caíram em Emily.

A estranha ligação entre os dois fez as sobrancelhas de Rinney se franzirem.

— Localização?

— Nordeste.

— Nada mal.

Callius olhou para Bruns, que tirou algo do saco de pano como se estivesse esperando.

Era um telescópio.

A forma do Callius desapareceu em um instante e apareceu no topo da árvore.

Escalando ainda mais alto que Rinney, ele observou os orcs por meio do telescópio.

— Então é isso.

Os orcs não eram estúpidos.

Eles não trouxeram as bestas gigantes que tentaram destruir brutalmente as muralhas da fortaleza para a Floresta Afundando, sabendo que seria uma péssima ideia.

Era conveniente usar as bestas gigantes para mover suprimentos, mas era inevitável que elas se destacassem.

‘Esses são dragões terrestres.’

Eles escolheram dragões terrestres para se moverem pela Floresta Afundando.

Os dragões terrestres eram bestas répteis bípedes, com músculos fortes nas pernas que lhes permitiam se mover com rapidez e agilidade.

Nas costas, eles transportavam grandes cargas, que provavelmente eram os suprimentos.

Então eles estão pensando em passar pela Floresta Afundando usando os dragões terrestres.’

Era um jeito novo.

Porque eles têm um grande senso de equilíbrio e podem pular bem, ou seja, não são afetados pela singularidade da Floresta Afundando.

Era necessário usar um grande número de dragões terrestres, mas era uma maneira segura de passar pela floresta.

Este era um método que se adequava aos orcs, que eram mestres das bestas demoníacas.

Se eles estão usando os dragões terrestre para se mover, é improvável que os inimigos estejam esperando por uma emboscada aqui.’

Por um momento, o gosto do dragão terrestre grelhado que tinha comido em uma pousada veio à mente. Descartando esses pensamentos, Callius desceu da árvore e ordenou:

— Se prepare.

Os cavaleiros, como se estivessem esperando por sua ordem, tiraram algo das próprias bolsas e começaram a espalhar por toda parte.

Era algum tipo de substância em pó dourada, mas os cavaleiros a polvilharam com tanto cuidado como se fosse ouro de verdade.

‘Que droga é essa…’

Orphin, acompanhada dos cavaleiros restantes, polvilhou o pó de acordo com o plano, mas não pôde deixar de ficar curiosa.

Porque este pó foi feito moendo uma planta comum. Moringa, também chamada de acácia-branca, ela crescia em todos os lugares, até mesmo nas terras áridas do norte, e foi tratada como uma erva daninha.

Callius fez o pedido disso há alguns dias.

Reunindo-se com os cavaleiros, ele ordenou que arrancassem folhas de moringa onde quer que vissem e as transformassem em pó. Os cavaleiros naturalmente ficaram curiosos com a ordem, mas não questionaram.

A fé deles em Callius havia sido completamente fortalecida ao longo desta guerra no Norte.

— Mestre, terminamos.

— Bom trabalho.

Quando reconfirmou os locais onde o pó foi polvilhado, Callius assentiu com a cabeça.

‘Deve ser o suficiente.’

Dentro da Floresta Afundando, o solo foi composto de sedimentos acumulados em cima do emaranhado das raízes de árvores por um longo período de tempo.

E a maioria das árvores tinha algumas propriedades peculiares, que não podiam ser explicadas logicamente, incluindo uma específica.

A maioria das pessoas não sabe disso…’

Por alguma razão, se polvilhar pó de moringa nas árvores da Floresta Afundando, elas começam a corroer em cinco minutos, e as fibras gradualmente se decompõem e quebram após dez minutos.

Essa erva daninha podia não ser prejudicial aos humanos, mas era um veneno absoluto para as árvores desta floresta.

O que acontece se polvilhar pó de moringa nas raízes da Floresta Afundando, onde o solo já estava fraco?

Vai desabar com o menor impacto.’

Esse cenário seria usado como um trampolim para virar a guerra quando o Norte começasse a desmoronar, quando um certo grupo ficasse sabendo disso…

‘É inevitável.’

Como é uma maneira mais simples de matar os orcs de fome, não tem nada de errado em usar agora.

Afinal, não vou ficar parado assistindo à guerra que será travada no futuro.

— Agora só precisamos esperar.

Se esperar, não importa quantos dragões terrestres o inimigo use, será a ruína deles com um leve choque.

Callius sorriu para a armadilha que o lembrava de uma dolina.

— Mas, mestre, vai funcionar mesmo?

— Droga, Bruns, vira essa boca para lá. Meu plano é perfeito. Se eles desviarem do caminho esperado, vamos nos revelar e direcionar os orcs de volta.

Os cavaleiros foram divididos em dois grupos e ficaram esperando de ambos os lados da emboscada para esse fim.

Não havia lacunas.

— Venham.

Foi então que…

Taptap.

Os passos dos dragões terrestres foram ouvidos.

Eles também eram sensíveis a cheiros, então os cavaleiros até aplicaram ervas com cheiro forte nas armaduras e roupas.

Um orc se destacou na vanguarda.

Olhando ao redor, ele sinalizou ao resto que estava tudo bem em se aproximar.

Atrás dos numerosos dragões terrestres que carregam as cargas.

‘Sim, venham um pouco mais. Só mais um pouquinho.’

Aproximem-se um pouco.

Um pouco, mais um pouquinho.

Justo quando estavam prestes a chegar onde a armadilha tinha sido colocada…

Tas.

Outra pessoa também chegou.

Aquele cara…’

Um homem usando um capuz veio até os dragões terrestres e os bloqueou.

‘Sem chance…’

Os olhos do Callius se semicerraram.

O homem podia estar usando um capuz, mas dava para ver uma esplêndida juba loira.

E ele estava empunhando uma lança nas mãos.

— Apareça. Só porque você está se escondendo não significa que eu não saiba onde você está.

A voz do homem encapuzado era bastante jovem.

Era uma voz que mostrava um espírito considerável e estava cheia de confiança.

E era uma voz muito familiar para Callius.

A Bênção de Bardo reanimou suas memórias quando ele ouviu a voz.

Da época de quando era um monge na Igreja. Um amigo próximo e um companheiro do seu comportamento de lixo.

Ao contrário dos outros monges, ele era filho de uma família nobre do mesmo nível, mas foi tratado de forma diferente por causa do seu talento extraordinário.

Naquele momento, uma rajada de vento pela floresta tirou o capuz do homem e esvoaçou seu cabelo loiro e brilhante.

— Lutheon…

Callius, que estava se escondendo na grama, levantou-se lentamente. Da mesma forma, sacou a Espada Predadora pendurada na cintura.

— Callius. Quanto tempo.

Lutheon ergueu a lança, enquanto seu rosto mostrava uma mistura de alegria e ódio.

Vendo aquela lança, Callius agarrou a Espada Predadora com ainda mais força.

— Lutheon, o renegado.

O renegado, Lutheon.

Ouvindo essa denominação, o sorriso de Lutheon se curvou ainda mais.

— Por alguma razão, tenho que destruir o Norte, então vou te pedir um favor.

Lutheon falou como se estivesse falando com um velho amigo.

— Por favor, morra.

E, imediatamente, sua figura desapareceu.

Callius ficou momentaneamente surpreso, mas não teve escolha a não ser cerrar os dentes.

Kaang!!

Porque Lutheon, que de repente apareceu na frente dele, havia estocado aquela lança com uma lâmina vermelha escura nele a uma velocidade explosiva.

Ele conseguiu bloquear, mas acabou sendo empurrado alguns passos.

Só que não teve tempo para corrigir sua postura.

Porque Lutheon estocou mais uma vez, mirando no peito do Callius.

Ttt.

No momento em que tentou bloquear o ataque com sua espada, um cheiro pungente o alertou, forçando-o a se afastar.

E, bem nesse momento…

Kwaaang!!

Uma explosão, como uma bomba detonando, sacudiu toda a floresta.

Boom! Boom! Thud!

Callius, que escapou da explosão, deslizou pelo chão e quebrou algumas árvores antes de se estabilizar.

Todo o seu corpo tremia devido ao choque recebido.

— Merda, mas que merda!

Callius se levantou cuspindo sangue.

Felizmente, não bloqueou desta vez e escapou imediatamente. Ele acabaria gravemente ferido se tivesse tentado bloquear.

‘Foi o manto.’

Originalmente, não teria sido chocante se até mesmo suas costas fossem carbonizadas por essa explosão, mas o Manto do Crepúsculo havia bloqueado um pouco do calor.

Se não tivesse cheirado aquele cheiro pungente semelhante à pólvora, não teria pensado nisso.

— A Lança Explosiva, Ames.

Uma lança que era considerada como tendo o poder mais forte, mesmo entre as lanças de classe mais alta.

Ames.

O dono da Lança Explosiva, Ames…

Era Lutheon von Ruydren.

Vulgo, Lutheon, o Renegado.

— Eu não sabia que você ia aparecer.

Já sabia que Krasion estava ligado ao Império, mas nunca esperei que Lutheon viesse.

Isso porque ele aparecia originalmente muito depois que a missão principal começasse.

‘Isso também é por causa da minha influência?’

Mas agora não era hora de pensar nisso.

Agora.

— O que você está pensando, idiota Jervain!

Kwaang!!

Ele tinha que bloquear a lança de Lutheon novamente.

— Mestre Callius!!!

Ududuk!

Callius rolou no chão mais uma vez evitando a lança do Lutheon.

— Não interfiram! Vocês lidem com os orcs! Peguem os suprimentos!

— E você acha que vou ficar só olhando?!

Uma lança que se dizia estar entre as três primeiras em poder. Além disso, a própria habilidade de Lutheon também não poderia ser subestimada.

Um gênio com uma habilidade natural em esgrima desde seus dias como monge, ele se uniu ao Império e adquiriu uma lança poderosa e excelente esgrima.

Lutheon de hoje era um adversário muito difícil.

Uma grande parte disso se devia à Lança Explosiva, Ames.

Ames, que possuía uma incrível habilidade única, era capaz de acabar com um oponente com apenas um golpe.

Como lidar com uma lança capaz de lançar explosões?

Não é diferente de lutar contra uma bomba cheia de pólvora!

Callius rolou pelo chão mais uma vez para evitar a próxima explosão vindo daquela lança.

Kwaaang!

— Callius. Você, um nobre entre os nobres, está rolando no chão. As coisas mudaram tanto?

— Cale a boca, Lutheon. Você, que traiu Carpe e a Ordem para pegar essa lança, não é digno de falar.

As coisas não estão nada bem.

Existem muitas variáveis.

Lutheon apareceu do nada.

E, com a chegada dele, o corpo do Callius começou a se lembrar de memórias que não são minhas.

Memórias do passado fazem minha cabeça latejar.

‘Callius. Eu te invejo.’

A imagem do Lutheon na minha memória se sobrepõe com ele agora correndo com ferocidade atrás de mim.

‘Você só faz o que quer.’

Aqueles olhos tristes sob o luar.

Seus olhos hoje se parecem com os de uma pessoa completamente diferente.

— Callius!!!

A lâmina vermelha de Ames, a Lança Explosiva, varreu de um jeito insano, novamente alvejando o pescoço do Callius.

‘Que perigo.’

No momento, Callius não tinha como lidar com Lutheon.

Suas armas podiam estar no mesmo nível em nome, mas uma era uma espada meio acabada e a outra era uma lança de alto nível.

As duas armas não estavam no mesmo patamar.

A Espada Predadora, Loas, estava muito longe de se igualar à Espada Trovão de Bernard.

Sim, é unilateral.’

Era verdade que os dois não estavam no mesmo nível agora.

No entanto, Callius tinha criado uma variável que seu inimigo ainda não conhecia.

Foi então que…

— Aonde está olhando, Callius!

Logo, uma luz vermelha brilhou e a explosão foi iminente de novo.

Callius evitou a ponta por um triz e agarrou o cabo com força com a mão, puxando a lança na sua direção.

— Seu idiota!

No entanto, a lança de Lutheon estava prestes a explodir novamente.

Nesse ritmo, a mão do Callius seria pega na explosão e seria destruída.

— Você achou que eu não seria capaz de explodir se eu chegasse muito perto?

Os lábios do Lutheon se curvaram e a Lança Explosiva novamente ficou vermelha. No momento em que outra explosão estava prestes a ocorrer…

Kugung!

Uma vibração enorme fez os olhos do Lutheon se arregalarem.

— O quê…?!

O chão abaixo dos seus pés começou a desmoronar.

Lutheon ficou surpreso, e os lábios do Callius se curvaram com uma satisfação sombria.

— Callius, seu…

O chão desmoronou, e os dragões terrestres, bem como os orcs, foram arrastados.

Lutheon tentou escapar, mas Callius, que estava sangrando e segurando a lança com força, nunca permitiria isso.

— Você quer morrer junto?!

Callius respondeu o grito do Lutheon com os lábios manchados de sangue.

— Esta é a minha vitória, Lutheon.

Logo, Calius e Lutheon desapareceram nas profundezas abissais.


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