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Sword Pilgrim – Capítulo 72

Capítulo 72

Tum!

◈◈◈◈◈

『Filhote do Desastre』

Missão completa

<Recompensa> Relâmpago Azul (雷靑)

◈◈◈◈◈

Olhando para o dragão lobo do trovão caído no chão, Callius respirou com dificuldade. Sua respiração ofegante diminuiu lentamente, conforme exalava vapor branco que entrava em conflito com o ar gélido.

Rapidamente, uma luz fraca surgiu de uma parte do cadáver do dragão lobo do trovão, onde o poder do trovão estava mais concentrado: seu coração.

O lugar onde o relâmpago foi condensado na medida em que podia ser visto a olho nu, por mais fraco que fosse.

Callius atacou imediatamente.

Snikt.

O poder do trovão aumentou significativamente.

Assim que golpeou o coração da besta com a Espada Relâmpago, toda a energia se infiltrou em sua lâmina.

Pelo menos o dobro de antes.

Isso mostrava como ficou mais forte.

Ele conseguiu sentir quase que de imediato.

Spark, crackle!

— Ficou um pouco nublado.

A lâmina vermelha escura, que simbolizava uma espada espiritual, ficou um pouco mais escura.

— Que inesperado.

Com essa missão, o nível da Espada Relâmpago tinha subido, embora apenas um pouco.

Certamente, não se transformou em uma espada da visão ou coisa do tipo.

Mas elevar o nível de uma espada não é muito comum neste jogo.

Isso era verdade até mesmo para missões relacionadas a uma espada específica, a menos que haja alguma conexão clara com sua classe.

Claro que “não ser comum” significava que missões como essa existiam, mas uma coisa era certa…

— Não tinha nenhuma para essa espada.

Mas ainda assim aconteceu.

Isso era algo que nunca foi configurado, um passado não escrito por trás do status quo atual.

Esta não era uma mudança agradável para Callius.

O fato de haver partes que não conhecia criava variáveis.

Neste mundo, variáveis poderiam significar sua morte.

— E onde você acha que está indo?

— Hic!

Ryburn havia se transformado em um punhado de poeira.

Druma teve a cabeça arrancada pelo dragão lobo do trovão.

Orcal foi golpeado, mas não estava morto, só que, sendo mais preciso…

Ele ainda não estava morto.

— Não te matei.

“Verme Errante”, Orcal.

Sua especialidade estava em outros aspectos além da batalha.

Refletindo seu apelido, ele era mais útil para explorações e infiltrações usando seus vermes, porque a espada que fez uma bainha era a Alma de Verme.

Ele era um paladino que se uniu com uma espada que materializava vermes que podia controlar.

Ao contrário dos demais capitães, ele era bastante útil em um papel de utilidade.

— Bruns

— Oi! Estou aqui! Mestre!

Bruns, que estava escondido nos arbustos, saiu. Por ordem do Callius, ele puxou uma corda do saco de pano duplo e amarrou Orcal firmemente com ela.

Não importa o quão ferido um paladino possa estar, ser amarrado por um cara como Bruns… era uma visão e tanto.

— Ugh… Merda! O que você está planejando fazer comigo?

— Mestre, o que devemos fazer agora?

— Cala essa boca.

— Sim! Fique quieto, seu desgraçado!

Puff!

— Kgh! Como se atreve, seu desgraçado?

— Claro que me atrevo, seu arrombado! Só o conde pode me dar ordens!

Tum! Após ser atingido mais algumas vezes, Orcal desmaiou e o silêncio voltou.

Matar Orcal seria a abordagem usual.

Mas Callius ainda não tinha se decidido, já que poderia decidir seu destino mais tarde após considerar o futuro claramente.

Callius tirou do subespaço várias garrafas de vidro.

Assim como com o sangue de troll, o sangue de um dragão também era um tesouro.

Ele veio aqui para caçar a besta em primeiro lugar, então estava carregando várias garrafas de vidro consigo.

— Mestre! Eu faço isso!

— Esqueça.

O dragão lobo do trovão tinha um pequeno traço de sangue de dragão.

Estava misturado com impurezas, isto é, energia demoníaca, mas se pudesse ser purificado, poderia ser possível extrair um pouco de essência desse sangue.

O sangue do dragão poderia ser usado em vários lugares.

Os artefatos eram um uso básico para ele.

Um uso mais complexo era em carcaças.

Se for essência de sangue de dragão, pode até ser possível criar uma relíquia, embora seu grau será definitivamente menor do que uma verdadeira relíquia sagrada.’

Realmente valia a pena o esforço.

Mesmo que não seja usada, os artesãos espirituais fariam fila para comprar.

Eles tinham que armazenar o máximo de sangue possível antes que coagulasse.

Bruns, que havia terminado de amarrar Orcal com mais força, correu de volta para ajudar.

Quando o sangue do dragão lobo do trovão foi derramado nos recipientes pouco a pouco, uma voz se aproximou.

— Você vai vender para mim?

— Ugh! Mas o quê?

Era Helena.

Ela estava parada em silêncio na sombra de uma árvore próxima.

Deixando Bruns assustado e tremendo, Callius respondeu.

— Vou pensar no seu caso.

— Mesmo se comprarmos pelo melhor preço?

Callius olhou para Helena.

Então Helena inclinou a cabeça como se estivesse perplexa.

— O que, o que foi?

Você não vai perguntar?

Callius acabou de matar dois capitães da Inquisição.

Mais um foi capturado, e ele até usou uma espada demoníaca no processo.

Havia vários pontos questionáveis, mas Helena falou calmamente como se não soubesse de nada.

Se ela não estivesse curiosa, Callius também não falaria nada.

— Quanto você sugere?

— Hum… bem! O couro está rasgado. A carne também está bastante queimada, então é difícil de vender. Ainda assim, os chifres estão bons.

— Eu fico com os chifres.

— Sério? Então suponho que as garras e os dentes estão em bom estado, pelo menos. Ah! A pele da cauda também está em boas condições. Então…

Helena, acenando com a cabeça, pegou um galho de árvore e anotou alguns números no chão, depois olhou para ele.

— O que acha de dez mil?

Dez mil moedas de ouro para todos os materiais, exceto os chifres.

— Que tipo de vagabundo você pensa que eu sou?

Era uma criatura com sangue de dragão.

Não uma simples besta que manipulava relâmpagos. O sangue de um dragão corria em suas veias.

Mas quer comprar o cadáver por dez mil?

É por isso que os comerciantes não são confiáveis.

— Mas a carne e o couro estão em péssimas condições… Considerando os custos de transporte e taxas de manuseio, esse é o preço certo.

— Não seja boba. Em primeiro lugar, é verdade que a carne da besta é inútil e o couro está muito danificado, mas isso não impede que eles sejam usados. Além disso, as outras partes estão intactas o suficiente para serem usadas para qualquer coisa.

Os órgãos internos podem ser inúteis, mas os olhos, garras e dentes estavam em bom estado.

E, principalmente…

— Mesmo que você venda apenas os ossos do dragão lobo do trovão, ainda vai receber dez mil de ouro. Você nem mesmo sabe disso?

Não só isso…

Entre os aristocratas ricos, havia aqueles que comprariam o cadáver inteiro e o empalhariam.

Para tais casos, a história por trás do cadáver faria seu preço subir bastante.

Por exemplo, a besta caçou e comeu vários capitães da Inquisição de Hereges, mas no final perdeu sua vida nas mãos do Callius, a famosa ovelha negra do reino que também era chamado de Herói do Norte.

— Não tenho certeza se você está fazendo isso intencionalmente. Mas está me desprezando demais.

— Hum, eu esqueci por um momento.

Callius não era alguém que aceitaria tal mentira e seguiria em frente. Ele estendeu três de seus dedos.

— Trinta mil.

— Isso é muito! Vinte mil!

Mesmo para uma besta com sangue de dragão, trinta mil era muito.

O preço variaria dependendo de quanto sangue de dragão permaneceu… Era assim que a barganha funcionava.

— Trinta e cinco mil.

— Espera, estamos negociando, por que você está subindo o preço?

— Negociar leva tempo. Claro, o preço vai subir se você desperdiçar meu.

— Tá maluco? Quem inventou essa fórmula? Você acha que isso faz sentido!?

— Quarenta mil.

— Tudo bem, entendi, trinta mil!

— Quarenta mil.

— Nem ferrando! Por que eu pagaria isso tudo!!? Nem sei se é realmente o descendente de um dragão ou não, não sei quanto do sangue foi herdado, isso é demais!

— Quarenta mil!

— Não, amigo, vamos lá! E olha para ela. É uma fêmea! Uma fêmea… Hã?

Helena, que estava sendo barulhenta, ficou quieta.

Dando uma olhada no cadáver, falou em um tom estranho.

— Acredito que devia estar grávida. Ela deu à luz recentemente? Olhem aqui. Tem leite.

— …

Era verdade.

Havia de fato vestígios.

Esta besta gerou outro filhote?

— Parece que ela teve um filhote. Ah… o que te deixou tão cauteloso?

— É improvável, mas terei que verificar.

Callius pegou a Espada Relâmpago e fez uma incisão na barriga da besta.

A lâmina definitivamente ficou mais afiada.

Mas isso não é importante agora.

A lâmina ficou presa em algo. Callius arrancou a pele de couro que cobria o estômago do cadáver e começou a vasculhar o interior.

Ele puxou algo como uma bolsa e a abriu para encontrar o que estava escondido dentro.

— Parece que tem mesmo filhotes.

Após cortar a barriga do dragão lobo do trovão, e logo viu algo que pareciam ser seus filhotes.

Havia cinco ao todo.

Pareciam filhotes de lobo.

Ao contrário do dragão lobo do trovão, seus corpos não estavam cobertos de escamas, e eles apenas pareciam filhotes de lobo normais.

— Ela acasalou com uma besta do tipo lobo?

Era necessário ter um companheiro para o dragão lobo do trovão ter filhotes.

Se ambos fossem da mesma espécie, isso não combinaria com o nome da missão, “Filhote do Desastre”.

No entanto, vendo que os filhotes não mostravam nenhuma característica draconiana, o companheiro parecia ser uma simples besta do tipo lobo.

— Que pena. Um selvagem matou todos esses filhotes antes que pudessem ver a luz do mundo.

— …

Quando ele estava prestes a atacar Helena, que ousou zombar dele…

Um dos filhotes que pensava estar morto se contorceu.

— Eu acho que está vivo! O quê? O que está fazendo?

Callius pegou a espada e a colocou acima do filhote.

Os olhos de Helena se arregalaram, como se perguntasse como ele poderia fazer isso com algo que não conseguia nem abrir os olhos.

— Fique quieta!

A ponta da espada emitiu silenciosamente uma pequena faísca de relâmpago.

O filhote choramingou e se mexeu em direção à espada.

— Está respondendo ao som do trovão.

— Então?

Talvez porque o relâmpago veio de sua mãe?

O filhote parecia ser sensível a isso.

Ele choramingou por um longo tempo, contorcendo-se sobre seus irmãos mortos, e tocou a espada com a cabeça.

Depois disso, ele se inclinou para trás como se tivesse ficado confortável e começou a respirar baixinho.

— Eu estava brincando quando chamei de patético, sabia? É uma besta.

Sua aura estava contaminada com magia demoníaca, então machucaria pessoas um dia.

As únicas bestas que não fazem mal são as que estão mortas.

No momento, era apenas um filhote fraco, mas cresceria e comeria humanos um dia.

Embora fraco, tinha sangue de dragão, então teria uma tendencia viciosa.

Assim que provasse carne humana, devastaria aldeia após aldeia, e se tornaria um desastre que afogaria as terras do Norte e talvez até o mundo.

Era melhor matá-lo agora.

— Assim falou o Deus, Valtherus. Não poupe o demônio.

Os restos dos demônios devem ser purgados onde quer que sejam encontrados.

Realmente.

Era a coisa certa a fazer, mas…

— O que é isso?

— Sangue de Troll.

— Eh?! Os trolls já não foram extintos há séculos, de onde você tirou esse sangue? Nossa família procurou por tanto tempo, mas nunca encontramos nenhum vestígio!

Sangue de troll não refinado.

Como está misturado com magia, como apenas uma bebida pode se tornar um viciado em magia e logo perecerá.

De modo geral, sendo um pouco otimista…

Seria bom para uma besta.’

Era um filhote que nem mesmo bebeu leite ainda.

O sangue do troll seria suficiente para restaurar sua energia.

— Kiyaakiyaaa.

Quando Callius abriu a tampa da garrafa e começou a derramar uma ou duas gotas de sangue, o filhote rosnou como convinha a uma besta.

Naquela cabeça que balançava, embora os olhos não se abrissem, o filhote começou a beber o sangue que pingava na boca dele.

— A Igreja não permitirá isso.

— A Igreja também não permite essas bestas mágicas que os nobres mantêm como animais de estimação.

Era um tanto incomum.

Mas havia muitos nobres que mantinham bestas mágicas como animais de estimação.

Callius seria apenas mais um deles.

— Mas por que está fazendo isso do nada?

— Não é da sua conta.

Ele ficou apenas curioso.

Ao ver o filhote reagindo ao som gerado pela Espada Relâmpago, Callius ficou curioso.

Não havia outro motivo.

— É por causa da espada?

— Helena.

— Sim?

— Fingir ignorância é uma virtude para um comerciante. Por que você está fingindo ter conhecimento?

Helena, surpresa, bateu nos lábios com um dedo.

— Humm… Então, que tal trinta e cinco mil?

— Quarenta.

— Merda! Pelo menos diminua um pouco!

Não posso.

Tenho muito em que gastar.

— Quarenta mil. Eu cuidarei do transporte, então nem pense em cortar o preço.

— Sério?

— Sim. Não se preocupe, não será danificado se estiver dentro do meu artefato.

— Ótimo.

Helena, que concordou com a negociação, não fez mais perguntas, como se já estivesse se sentindo melhor.

Talvez, eu possa ser capaz de fortalecer ainda mais a Espada Relâmpago criando esse filhote.’

Se isso acontecesse, a Espada Relâmpago poderia subir de classe e se tornar uma espada da visão.

Havia uma chance pequena.

Então não existia motivo para não tentar se existisse uma chance, mesmo que mínima.

Logo, os olhos do Callius mostraram um traço de compaixão quando olharam para o filhote do dragão lobo do trovão.

Assim que nasceu, toda a sua família de sangue já estava morta, deixando-o sozinho no mundo, de modo que precisava confiar em um estranho que conheceu pela primeira vez na vida para sobreviver.

Parecia que ele estava olhando para si mesmo.


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