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The Divine Hunter – Capítulo 39

A Pessoa Esquecida

Depois de certificar-se que a sala estava do mesmo jeito antes dele entrar, Roy voltou para a sala como se nada tivesse acontecido. Ele conjurou ‘Observação’ em todo mundo na escola, incluindo Vivien e Cardell – especialmente na senhora. Ele passou a maior parte do tempo olhando para ela, mas todos os seus status eram os de uma pessoa normal. Todos os outros também. Nenhuma delas eram entidades poderosas ou seres misteriosos no ‘jogo’.

 Roy ficou surpreendido ao descobrir que uma mulher humana com mais de quarenta anos como Cardell tinha um físico melhor do que aquele de um adulto comum. Os seus status eram 7 em geral, e ela tinha duas aptidões: Treinada, e Maestria de adaga. Roy sabia que ela estava relacionada com a revolução só se baseando nisso.

 Depois do almoço, Roy foi ao Miguel, que estava brincando com os garotos no campo. O garoto era corpulento e tinha muitas espinhas, e ia se formar no ano seguinte. No começo, ele ignorou Roy, olhando para ele com desdém, obviamente não indo com a cara dele. Tinha ciúmes de Roy, pois ele era bem tratado pela bela Vivien, algo que Miguel nunca foi.

 Mas ficou todo sorridente e respondeu à pergunta de Roy quando ele lhe pagou duas coroas. “O irmão de Vivien?”. Miguel ficou chocado quando ouviu a pergunta. “Estou aqui já fazem 4 anos, e eu sou o sênior das crianças. Prestei muita atenção na Vivien durante quatro anos, e posso dizer com certeza que ela não tem irmãos. Não sou o único que gosta dela, vê aqueles garotos ali? Eles gostam dela também. Você também gosta, não gosta? Não minta para mim”.

 Quando Miguel ouviu a próxima pergunta, ele ofegou. “Lutar? Você está maluco, Roy? Não acha que isso é absurdo? Nunca vi o seu irmão, como eu poderia ter lutado contra ele? No entanto, não gosto do pai dela. Se eu tivesse a oportunidade, talvez cobriria a cabeça dele com um saco e brincaria com ele”.

 A resposta de Miguel estava nas expectativas de Roy. Depois ele escolheu outros estudantes mais jovens e perguntou para eles sobre a família de Vivien. Eles deram as mesmas respostas. Roy não tinha certeza se alguém estava mentindo. Ele também não podia provar, como não sabia conjurar Axii, mas era impossível fazer todas as crianças mentirem como se não fosse da conta de ninguém. É plausível, mais do que provável.

 Roy olhou para Vivien que estava brincando com as crianças debaixo do choupo com um sorriso. Sentiu pena que a Vivien estava mentalmente doente. Como a sua primeira investigação havia acabado, ele ia falar com ela e ver se tinha mais alguma pista.

 Roy e Vivien estavam de pé, fora dos dormitórios no terceiro andar, deixando o vento frio soprar contra eles enquanto observavam as crianças e os pais a saírem da escola com a Sra. Cardell conduzindo-os para fora. “Tenho algumas pistas sobre o seu ‘irmão’, Vivien”.

 “Descobriu alguma coisa?” Vivien tinha saudade em seus olhos. Ela segurou sua mão nervosamente e o arrastou para seu quarto. “É uma pista grande?”

 “Bem…” Roy massageava suas têmporas. Ele não achou apropriado dizer a ela diretamente. “Perguntou a todos na escola sobre ‘ele’?”

 “Claro que perguntei”. Ela franziu as sobrancelhas, suspirando. “Eu te disse que ninguém admite que ‘ele’ existe”.

 “O que você acha, então?” Roy tentou ser o mais gentil possível. “Se ‘ele’ realmente existe, então porque ninguém se lembra dele? Nem mesmo seus pais”.

 “Isso é impossível de explicar, e já fazem dois anos que eu investigo isso”. Ela cerrou os punhos e andou em pânico. A luz do pôr do sol pairando sobre ela, dando a ela um olhar de uma santidade misteriosa. “Eu eliminei todas as possibilidades improváveis, e cheguei a uma conclusão – todas as nossas memórias sobre ‘ele’ foram apagadas. Por isso que eu te pedi a sua ajuda. Os bruxos sempre estão cara a cara com coisas estranhas, né? Nunca encontraram algo parecido? Como um monstro misterioso que poderia levar o meu pobre irmão e apagar todos os seus vestígios?”

 “Apagar todos os seus vestígios?” Roy ficou surpreso. Ele não queria pensar nessa possibilidade, mas não podia ignorar ela. No entanto, ele tinha provas de que esse não era o caso. “Alguma vez você já pensou que se as memórias de todo mundo fossem apagadas, algumas coisas não poderiam desaparecer?”

 “Você está dizendo…” Vivien ficou séria.

 “O formulário de registro”. Roy olhou nos seus olhos com calma. “O seu diário dizia que ele frequentou a Casa de Cardell, e todos os estudantes tinham um formulário de inscrição. Para te dizer a verdade, Vivien, eu procurei pelo gabinete da Sra. Cardell e folheei quase trezentos formulários de alguns anos atrás. Os formulários incluem os estudantes que temos nesse momento, mas o seu irmão não está em nenhum deles. Não tem nenhum registro dele. Sabe o que isso significa?”.

 Vivien balançou a cabeça em decepção. “Os formulários não provam nada, Roy. Sou assistente da Senhora Cardell, e posso ver esses papéis facilmente, se quiser. Sei que não tem nenhum registro lá, mas e daí?” Ela perguntou: “Se a criatura consegue apagar memórias, a remoção de um simples registro não seria uma brincadeira de criança?”

 Roy não conseguiu responder isso. Uau, ela é ainda mais teimosa do que eu pensava. Não vai ser fácil convencer ela. Uma criatura que apaga tudo o que quiser? Será que ela pensa que é um Melitele ou Lebioda? E quanto às provas?

 Vivien continuou. “Você se esqueceu, Roy? Viu os nomes faltando nas entradas do diário. Não acha que eu fiz de propósito, né? Obviamente, o seu nome foi removido junto com as memórias de todo mundo. É por isso que tem esses espaços em branco”.

 “Isso não faz sentido. O que te faz pensar isso?” Roy retrucou. Mas depois ele fez uma pausa. Uma ideia apareceu em sua mente. “Um espaço branco que aparece quando algo é apagado…”

 Ele ponderou sobre essa afirmação, se concentrando. Quando ele passou pelos formulários, havia alguns vazios entre eles. Ele não pensou muito neles, supondo que eram apenas a forma de Cardell encher o número de estudantes, mas depois de ouvir a explicação de Vivien, teve outra ideia. “Um espaço em branco que aparece quando algo é apagado”.

 Será que os formulários vazios tinham registros antes disso, mas foram apagados junto com as memórias dos alunos desaparecidos? Esse deve ter sido o motivo deles terem se tornado papéis brancos e vazios que ninguém ligava sobre. “As memórias sobre as pessoas desaparecidas e os registros, assim como as fotos que provam que ele existe, foram apagadas, né?” A inspiração enchendo-o, e ele se lembrou de algo que Toya tinha pedido.

 “Roy, quem desenhou um pentagrama na sua manga esquerda? E está pela metade”.

 “Não me lembro. Provavelmente foi algum garoto atrevido da Casa de Cardell. Provavelmente fez enquanto eu não estava olhando”.

 Roy olhou para a sua manga esquerda onde o pentagrama inacabado foi desenhado com carvão vegetal. Tinha quase desaparecido, sem deixar nada a não ser um canto tênue. Em todos os outros cantos parecia ter sido lavado, sem deixar qualquer vestígio. Não tem como ele ter apagado de uma forma tão limpa só de usar a camisa.

 Não, espere. O pentagrama não estava inacabado. Deve ter estado completo em primeiro lugar.

 A forma simples quase desapareceu ao longo de alguns dias, e Roy nunca imaginou que era a prova de que ele esqueceu da existência de alguém. Os vestígios das pessoas desaparecidas também foram apagados. Não me admira que eles não ‘existem’. Ele podia sentir algo pesando sobre ele, e começou a hiperventilar.

 Em outras palavras, desde que eu entrei nessa escola, estava inconscientemente me esquecendo de alguém, e que algum estudante deixou essa marca na minha manga. E em breve, a nossa única pista vai desaparecer.


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