“Vai, se esforça mais! O destino de todos já foi selado!” Paente sorriu maliciosamente, abrindo bem os braços.
Souta saltou para o céu, brandindo sua espada. Com relâmpagos correndo soltos, a lâmina desceu em um golpe poderoso.
Um relâmpago atingiu Paente, provocando uma enorme explosão envolvendo tudo em fumaça.
–Boom!
De dentro da névoa emergiu Paente, com um sorriso maligno. De repente, sua expressão mudou quando teias carregadas de relâmpagos caíram de todas as direções.
Usando as teias eletrificadas para se impulsionar, Souta disparou ao redor de Paente, acertando golpes em seu peito e manobrando com agilidade.
–Whoosh! Whoosh!
Paente parou para acompanhar os movimentos rápidos de Souta, sofrendo cortes no pescoço, rosto e corpo. Antes que pudesse reagir, as teias o prenderam, restringindo seus movimentos.
Rangendo os dentes, Paente rasgou as teias, apenas para encontrar Souta parado diante dele.
No instante seguinte, foi arremessado contra um dos galhos da árvore, com um ferimento aberto no peito. Paente levantou-se rapidamente, o pescoço e outros ferimentos cicatrizando rapidamente.
“Lutar é inútil! O fim está chegando!” Paente riu, gesticulando com as duas mãos. Centenas de galhos convergiram simultaneamente, avançando em direção a Souta.
Souta recusou-se a ceder, avançando e cortando rapidamente os galhos que obstruíam seu caminho. Num piscar de olhos, ficou cara a cara com Paente, descendo suas lâminas duplas em um ataque implacável.
Paente esquivou-se no último segundo, escapando por pouco do golpe letal, mas a força por trás dele roçou sua pele.
O olhar de Souta se estreitou. A cada segundo que passava, Paente ficava mais forte, apresentando um desafio cada vez mais assustador.
–Whoosh!!
Souta observou enquanto Paente avançava. Recuando a lâmina, Souta mirou no pescoço de Paente, perfurando-o, mas sem sucesso. Sem esboçar reação, Paente continuou, ignorando a lâmina alojada em sua carne. Agarrando Souta pelo ombro, Paente desferiu um golpe devastador no estômago.
–Bang!
O corpo de Souta se dispersou em um fluxo de luz, caindo no chão de uma altura considerável, criando uma cratera colossal com o impacto.
Cuspindo um bocado de sangue, Souta percebeu a futilidade de mirar em pontos vitais. Seu único recurso consistia em aniquilar cada partícula que compunha o ser de Paente – uma tarefa realmente formidável.
Examinando os arredores, Souta notou a distância considerável que o separava da árvore colossal, onde Kessa lutava bravamente para destruí-la.
Paente desceu lentamente, os olhos queimando em loucura, numerosos galhos brotando de suas costas. Sua aura permaneceu tão forte como sempre.
“Haha, isso está divertido pra caralho…” Souta riu, limpando o sangue do canto da boca.
…
Em outras regiões do país, os combatentes habilidosos restantes protegeram valentemente os civis do ataque implacável de figuras humanoides feitas de árvores.
Explosões e gritos de guerra reverberaram pelo campo de batalha enquanto feitiços eram lançados no ar, dizimando os adversários humanoides.
Entre eles, Vashno ficou no Clã Darkna ao lado de outros guerreiros, sua força inegável, mas esmagada pelo grande número de inimigos.
“Ela nem se preocupou em explicar por que proteger as mansões dos Clãs Mestres é crucial,” Vashno resmungou interiormente enquanto desferia um golpe poderoso em outra figura humanoide, a onda de choque resultante engolfando os inimigos próximos.
Exalando pesadamente, examinou a cena, sua expressão ficando sombria ao ver incontáveis pontos pretos pontilhando o céu. Cada ponto representava um humanoide gerado na árvore colossal, e sua grande quantidade trazia pavor sobre o campo de batalha.
Deve ter pelo menos um milhão desses humanoides, uma força além de sua capacidade de vencer sozinho.
“A pior batalha que enfrentei na minha vida…” Vashno murmurou com os dentes cerrados, seu olhar se voltando para a árvore imponente. Embora obstruído pela multidão de adversários, ele sentiu a intensa energia que emanava em sua volta. A Hidra de Nove Cabeças persistiu em seu ataque implacável à árvore, enquanto mais perto ainda, Souta entrou em combate com um inimigo não identificado.
Abruptamente, a atenção de Vashno foi atraída para uma presença que emanava da mansão do Clã Darkna.
“Tem alguém lá dentro?” O olhar de Vashno se estreitou, sua atenção atraída para a mansão do Clã Darkna.
Dentro dos limites da mansão, uma figura saiu do portão – uma mulher gostosa vestida de vermelho.
“Me escute”, Ela pronunciou, seu dedo arrastando ao longo da borda do portão enquanto ela examinava os arredores.
Os guerreiros que ajudavam Vashno permaneceram em combate, sem tomar consciência da presença da mulher até que sua voz atravessou o caos. Embora curiosos, o foco deles permaneceu no ataque implacável dos adversários humanoides. Apenas Vashno, depois de afastar momentaneamente os inimigos a sua volta, teve o luxo de dispensar um momento de atenção.
“Foram vocês quem me despertaram do meu sono?” A voz da mulher ecoou em meio ao enxame de humanoides que cercavam a mansão.
“Ah, não consegue falar? Que lamentável”, ela comentou, seus olhos brilhando com um fraco tom carmesim. Com um movimento amplo de sua mão, uma explosão de luz irrompeu, derrotando todos os humanoides, deixando a área estranhamente desprovida de inimigos.
Os olhos de Vashno se arregalaram de espanto, lutando para compreender a rápida mudança dos acontecimentos. As ações da mulher ocorreram muito rapidamente para que ele as acompanhasse.
Imperturbável, a mulher continuou seu passo, sem prestar atenção aos guerreiros envolvidos no combate com os humanoides restantes.
“Parece que todos me deixaram para trás. Talvez eu devesse visitar aquele que perturba meu sono”, ela refletiu em voz alta, seu olhar vagando para as figuras distantes travadas em combate.
Desviando sua atenção, ela contemplou o espetáculo colossal da Hidra de Nove Cabeças travada em batalha com a árvore imponente. Apesar de seu imenso tamanho, a hidra parecia ofuscada pelas proporções colossais da árvore, que se estendia por dezenas de quilômetros.
O País de Selnes ostentava uma extensão de terra superior a três mil quilômetros quadrados, mas os galhos da árvore envolviam cada centímetro dele, superando até mesmo algumas das lendárias Árvores do Mundo em magnitude.
“Eles nunca deveriam ter quebrado as regras da barreira. Tudo o que fizeram foi agravar a situação ao conceder a fuga a essas entidades. Se a Morte Glacial não tivesse intervindo, essas criaturas permaneceriam presas”, Observou ela com desdém.
–Boom!!
Souta caiu no chão mais uma vez, tossindo enquanto lutava para se levantar. Paente voou em direção a ele, colidindo com sua localização anterior com uma força tremenda.
Examinando o galho afiado que se projetava de seu abdômen, Souta o arrancou sem hesitação, a ferida cicatrizando rapidamente.
Paente dissipou a fumaça com um aceno de mão, fixando Souta com um olhar feroz enquanto rugia: “Por que você não morre?! Aceite seu destino! Abrace a aniquilação iminente dos mundos e dimensões!”
“O que, não consegue me matar? Vai precisar se esforçar mais”, retrucou Souta com uma risada, sem se deixar intimidar por seus numerosos ferimentos. Tanto ele quanto Paente possuíam habilidades regenerativas notáveis, tornando-os igualmente iguais em resistência.
De repente, Souta e Paente cessaram a batalha, ambos virando a cabeça em uníssono ao sentirem a chegada de uma presença formidável. Embora pudessem ter ignorado um especialista menor, essa recém-chegada exalava uma força que exigia atenção.
Dando um passo à frente, uma mulher capturou o olhar deles, fixando-se em Paente com foco inabalável – Névoa Vermelha.
“Você… você ainda está aqui”, comentou Souta, estreitando os olhos com suspeita.
Relembrando a saída deles da barreira com Hoei, Souta percebeu que não havia sentido a presença da Névoa Vermelha naquele momento. Qual papel Hoei desempenharia depois de se infiltrar entre os Pecados Capitais?
Com um sorriso, Névoa Vermelha levantou a mão, direcionando sua atenção para Paente.
“Foi você quem perturbou meu sono?” Ela perguntou calmamente. Seu olhar então se deslocou para cima quando ela acrescentou: “Você é o cérebro por trás daquela árvore colossal. Parece que as raízes da árvore atingiram a barreira, um desenvolvimento que talvez até mesmo a Morte Glacial tenha falhado em antecipar. Você pode criar uma abertura para permitir que eu saia deste lugar?”
“Sair? Ninguém vai fugir! Todos devem morrer aqui! Cada um de vocês!” Paente gritou, sua mão atacando a Névoa Vermelha como um chicote, cortando a terra com força devastadora.
–Bang!!
O chão tremeu sob o impacto.
Paente recuou quando as chamas envolveram sua forma, emitindo um grito de dor.
–Argh!!
Virando-se, viu Névoa Vermelha parada atrás dele, os lábios franzidos em determinação enquanto ela estendia a mão envolta em chamas.
“A negociação falhou. Agora é hora de incinerar essa folhagem maldita,” ela declarou solenemente.
Com sua proclamação, uma torrente de chamas irrompeu de seu ser, uma tempestade infernal caindo de todas as direções. A temperatura disparou enquanto a onda de calor escaldante irradiava pelo campo de batalha.
–Boom!
Observando o espetáculo, Souta não pôde deixar de relembrar lembranças do jogo. A Névoa Vermelha permaneceu tão formidável como sempre.
Névoa Vermelha, a Julgadora Espírito das Chamas, a Bruxa Brasas do Terror. Seu poder era inconfundível, sua presença uma força a ser considerada.