— P-Poupe-me…
Uma jovem implorou com lágrimas escorrendo pelo rosto.
Seu rosto estava pálido e todo o seu corpo tremia incessantemente de medo.
[…]
Os movimentos de Lucid pararam.
A ponta de sua espada, que estava erguida em preparação para o golpe, tremeu incontrolavelmente.
Talvez essa ação tenha dado esperança à jovem, pois sua expressão horrorizada ganhou um toque de expectativa.
Bang!
De repente, uma mão gigante de ossos apareceu no ar antes de esmagar a mulher em pedaços.
Sangue espirrou por toda parte.
Lucid não escapou do banho inesperado. As gotas de sangue destacando-se nitidamente em sua armadura negra.
[Ainda não está perfeito…]
Diablo soltou um longo suspiro.
Ele pensou que tinha sido capaz de corromper completamente o caráter heroico de Lucid, mas estava errado. O sistema de comando havia sido estabelecido perfeitamente, mas parecia que ele ainda precisava fazer alguns ajustes quando se tratava de detalhes específicos.
Ele olhou ao redor.
Embora seus arredores fossem uma cena de miséria e horror, o coração imóvel de Diablo não foi afetado. Em vez disso, ele estava apenas calculando quantos mortos-vivos seria capaz de extrair desta cidade.
Mesmo que já tivesse recebido a cooperação da maioria dos Magos, um trunfo como Lucid, e a morte de Snow, ainda era um pouco imprudente enfrentar abertamente todo o continente por conta própria.
“A maioria das pessoas aqui são apenas civis sem qualquer capacidade de combate. Mesmo se eu revivesse todos eles, não seriam muito úteis.”
Seria muito difícil para ele obter um exército útil ali.
Claro, se injetasse lentamente sua energia de morte neles ao longo do tempo, seria possível transformá-los em uma força útil. Mas, infelizmente, Diablo não tinha tanto tempo.
Iris Phisfounder facilmente tinha a capacidade de chamar reforços. Claro, não seria uma grande ameaça a menos que trouxesse uma pessoa importante como Ivan, mas Diablo ainda não estava em seu melhor estado.
Não havia necessidade de apostar em probabilidades pouco claras.
Além disso, o objetivo desse ataque não era matar alguém.
[Eu não pensei que você viria pessoalmente.]
Ao dizer isso, Diablo se virou para olhar para trás.
Asilla estava lá.
Srrng–
Lucid desembainhou sua espada e tentou passar na frente dele, mas Diablo ergueu sua mão branca.
[Asilla Goldiroth, o brinquedinho dos Semideuses. Como é viver preso nesse corpo frágil?]
— …
[Não consigo imaginar que seja agradável.]
As chamas nas órbitas oculares de Diablo queimavam intensamente.
Asilla encontrou seu olhar por um momento antes de finalmente falar…
— Você realmente precisava fazer isso?
[Hmm.]
— Se você tivesse tentado negociar, eu teria concordado.
[Não acredito nisso.]
— Por quê?
[Porque se esse fosse realmente o caso, você não teria chamado a Bruxa Negra imediatamente após obter aquele item.]
Os olhos de Asilla se arregalaram.
[Não há necessidade de ficar tão surpresa. Não houve vazamento de informações. Foi uma conclusão puramente especulativa. Não faz muito tempo que você obteve aquele item e Iris apareceu nesta cidade. Isso não teria sido possível sem uma resposta rápida e precisa. Em outras palavras, você não tinha intenção de me dar esse item desde o início.]
— Você ao menos sabe o que é essa coisa?
[Parece que você acredita que sou irracional o suficiente para ser ganancioso sobre algo que não sei o verdadeiro valor.]
Crunch.
Seus dedos esqueléticos se contraíram ameaçadoramente.
[Eu tenho uma pergunta para você.]
Como esperado, ele também tinha um objetivo.
Talvez fosse por isso que ele ainda permitia que Asilla estivesse viva.
[Onde conseguiu essa caixa?]
— Você não deveria saber também? Ouvi dizer que chegou logo depois que peguei a caixa.
[Isso é mais ou menos verdade. Mas ainda gostaria de ter certeza. Claro, não importa se você não quer responder.]
“Nesse caso eu não teria mais negócios com você.”
Embora ele não tenha dito essas últimas palavras, foi basicamente explicado pela atmosfera.
Asilla hesitou.
Com toda a honestidade, não era tão difícil responder à sua pergunta.
No entanto, o que aconteceria a seguir? Fazia menos de um minuto desde que ela começou esse confronto com Diablo. Segundo Peran, ela precisava ganhar pelo menos mais nove minutos.
Ela sabia que se eles brigassem ela não duraria nem dez segundos, muito menos nove minutos, então tinha que dar um jeito de arrastar a conversa…
Deveria tentar enganá-lo? Ou dizer que não poderia contar a ele tão facilmente?
Não, ela não podia. Isso não funcionaria.
Diablo provavelmente havia falado seus verdadeiros sentimentos.
Não importaria para ele se ela lhe contasse ou não, ele estava apenas tentando ter certeza.
Essa pessoa não se arrependeria, mesmo que não ouvisse uma resposta definitiva de Asilla.
Nesse caso…
— O deserto de Amakan.
Primeiramente, confesse a verdade.
[…]
Os olhos de Diablo brilharam ligeiramente.
Talvez fosse porque ele achou surpreendente a complacência de Asilla.
Ou talvez a resposta que recebeu foi diferente do que esperava.
A resposta veio alguns momentos depois na forma de um murmúrio de Diablo.
[Entendo, como esperado.]
Ao dizer essas palavras, a mão que estava segurando Lucid caiu.
Então, Diablo falou em um tom breve.
[Agora, para acabar com isso.]
— …
Um lugar conhecido.
Esse foi o pensamento de Lukas ao abrir os olhos.
Fosse um sonho ou realidade, sua mente estava um pouco nublada. Mas isso não era porque havia um problema com sua mente. Em vez disso, era como se esse espaço borrasse sua consciência à força.
— O nome Grande Mago deve estar chorando.
Uma voz surgiu em seus ouvidos.
Quando ele virou a cabeça, se deparou com o rosto desconhecido de uma pessoa familiar.
Um homem, o mesmo Kasajin que encontrou da última vez…
Ele estava sentado em uma pedra, balançando as pernas magras em um movimento que não combinava com sua aura.
Suas memórias voltaram lentamente para ele. Lukas já esteve aqui antes e encontrou Kasajin.
Era estranho.
Por que havia esquecido disso?
— Eu não estava entediado.
— O quê?
— Assistindo você rolar assim, o tempo passou muito rápido. Mas que caralho? Rola, rola, rola… Como diabos o grande Lukas Trawman ficou assim? Não, não é isso.
Kasajin sorriu descaradamente.
— Você sempre foi assim.
— Assim como?
— Você sempre se sentiu mais confortável quando está rolando em cocô de cachorro do que quando está em paz… Existe uma palavra para isso. Como era mesmo? Acho que chamam isso de masoquismo?
— Do que diabos você está falando?
— Hehehe.
Talvez fosse por causa de sua piada ou da risada vulgar de Kasajin.
Mas Lukas também deu uma risada ridícula antes que sua expressão mudasse.
— Kasajin.
— O quê?
— Você é o verdadeiro Kasajin?
Podiam ser apenas seus sentimentos, mas quando disse essas palavras, Lukas sentiu que tudo ao seu redor ficou um pouco mais claro.
Mas ele ainda não sabia onde era esse lugar.
Talvez realmente estivesse sonhando.
— Não tenho certeza se há tempo suficiente.
— O quê?
— Siga-me e veja por si mesmo.
Ao dizer isso, Kasajin levantou-se de seu assento.
— Que tipo de lugar é este.