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The Great Mage Returns After 4000 Years – Volume 2 – Capítulo 364

Capítulo 364

Imediatamente após deixar a caverna escura, eles se depararam com um mundo cinza.

O céu estava claro como se não houvesse oceano para refletir a cor, e o chão estava coberto por algo como areia seca.

A razão pela qual era ‘algo parecido’ era porque, embora tivesse a aparência de areia, claramente não era. Tinha uma cor única, quase branca, semelhante ao céu acima… Esse que também parecia estar se contorcendo como se estivesse vivo.

— Siga-me.

Kasajin falou novamente em um tom indiferente.

Ele disse a Lukas para ver este lugar por si mesmo. Mesmo que Lukas lhe fizesse alguma pergunta, provavelmente não receberia uma resposta.

Então Lukas o seguiu em silêncio.

Mais estranho para ele do que a textura desconhecida do solo e os arredores desérticos sobre os quais não havia uma única brisa, era a própria existência de Kasajin.

Ele não estava acostumado.

As roupas esfarrapadas que usava não desviavam a atenção de seus braços e pernas, que pareciam os galhos secos de uma velha árvore. Parecia que mesmo se vestisse um espantalho da mesma maneira, não seria tão magro quanto ele.

Esse pensamento o deixou triste. Este homem era realmente Kasajin?

Naquele momento, ele não conseguia sentir nada do carisma do Rei Guerreiro que havia polido seu corpo ao limite no passado.

Não… Agora não era o momento para ele se preocupar com isso.

Sem dúvida, Kasajin provavelmente pensou o mesmo quando viu Lukas.

Coo… oo… oo…

De repente, um som estranho surgiu.

Tirando os olhos das costas de Kasajin, Lukas se virou para encontrar a origem do som. E imediatamente depois quase saltou para longe.

Uma estranha criatura que nunca tinha visto antes em sua vida estava passando lentamente.

— …

O que era aquilo?

Ele não conseguia pensar em nada para compará-lo. Nunca tinha visto um animal ou um monstro que tivesse uma aparência semelhante.

Ele andava sobre seis patas enquanto um par de asas degeneradas pendia inutilmente em suas costas. Não havia olhos ou ouvidos no que parecia ser sua cabeça, mas dois narizes protuberantes se moviam ativamente.

Sniff, sniff…

As partes que mais se movimentavam do corpo da criatura eram seus narizes. O enorme par de narizes se movia como as antenas de um inseto, e suas narinas abriam e fechavam constantemente. Ele virou a cabeça para eles como se sentisse a presença.

Dependendo da perspectiva, parecia bastante assustador.

Claro, Lukas prestou mais atenção nas garras afiadas em cada um de seus seis pés do que em seus narizes.

— Ignore. Dois narizes é inofensivo.

— Dois narizes?

— Esse é o nome daquele cara.

— Esse é um nome estranho.

— É mesmo?

Apesar de suas palavras, Kasajin continuou andando em um ritmo uniforme.

Lukas hesitou por apenas um momento antes de seguir atrás dele. E como Kasajin disse, a criatura não parecia ter nenhuma intenção de atacá-los.

Quando o dois narizes desapareceu completamente de vista, Kasajin finalmente falou novamente.

— É realmente estranho?

— …

O nome dois narizes.

Você que inventou.


Depois disso, criaturas estranhas começaram a aparecer uma após a outra.

Uma cama com mãos e pés.

Um monstro com um corpo enorme que parecia uma língua e estava coberto de tentáculos.

Um gigante cujo rosto estava no meio do peito.

Todos eles eram criaturas monstruosas que até mesmo Lukas, que havia visitado incontáveis universos, estava vendo pela primeira vez.

Sempre que Kasajin os via, dizia o nome que havia dado a eles.

Aquele era dorminhoco, aquele era o monte de línguas, aquele era o rosto gigante…

Mas ao contrário dos inúmeros monstros que apareceram, a paisagem ao redor mudou muito pouco.

Eles ainda estavam caminhando pelo deserto cinza pálido com um céu de cor semelhante pairando sobre suas cabeças.

Quantos monstros encontraram até agora?

Quanto caminharam?

Pouco depois de cruzar uma duna que mais parecia uma montanha de areia, Kasajin falou.

— Chegamos. Você vê aquele castelo?

— Castelo?

Lukas olhou para onde Kasajin apontava, mas não havia castelo à sua vista.

No entanto… Havia algo ali. Barulho? Não. Provavelmente seria mais correto chamá-lo de miragem. Era como se algo estivesse tentando se esconder.

— Acho que você não consegue ver.

Kasajin inclinou a cabeça para o lado.

— Parece que ainda não é o suficiente.

— O que não é suficiente?

— Não deveria ser por causa de Diablo… Ah. Isso mesmo. Provavelmente é ela.

A expressão de Lukas mudou com suas palavras repentinas.

— Você sabe sobre Diablo?

— Eu já te disse. Tenho acompanhado tudo daqui. De qualquer forma, acho que você ainda não tem as qualificações.

— Qualificações?

Mais uma vez, sua pergunta ficou sem resposta. Dependendo de quem fosse, quando suas perguntas fossem evitadas tantas vezes, isso poderia incomodá-las mais do que receberem uma mentira.

Era algo que teria levado mais à raiva, mas Lukas apenas soltou um suspiro profundo.

— Você não é assim, Kasajin.

— Não sou assim?

— Você tem evitado minhas perguntas esse tempo todo. Das perguntas que tive desde que cheguei a este lugar, você não respondeu a nenhuma.

Onde era este lugar?

Por que você está assim?

Você é mesmo real?

Independentemente de quantas vezes tenha perguntado, Kasajin sempre permaneceu em silêncio.

Mas desta vez, sua expressão estava um pouco diferente.

Lukas lentamente abriu a boca.

— Eu vi você.

E começou a falar.

Sobre Kasajin, mas não Kasajin.

Sobre o Rei Demônio, não o Rei Guerreiro Mágico.

— Em um universo diferente… Você era o subordinado do Deus Demônio de Chifres Negros, um Governante, e matou inúmeros humanos.

— …

— Eu gostaria que você respondesse isso. Foi realmente você? O Rei Demônio, era realmente o Kasajin que eu conhecia?

— Não.

A resposta veio sem hesitação.

Era a resposta que Lukas queria, mas quanto mais ouvia, mais confuso ficava.

— Não era eu. No entanto, aquele cara, o Rei Demônio que você conhecia, era Kasajin.

— Então você…

— Eu sou só a escória, Lukas, um lixo que não merece nem falar com você.

Pela primeira vez, Kasajin sorriu amargamente.

— Você disse que eu estava evitando responder? Não é isso. É que não posso responder. Assim como você poderia pregar sobre o multiverso sem fim para os mortais neste mundo e ninguém entenderia uma palavra do que você diz, da mesma forma, você não pode entender minha situação. Esse é o tipo de lugar que aqui é.

— É por eu ainda não tenho as qualificações?

— …

O silêncio de Kasajin era uma afirmação tão boa quanto qualquer outra.

— Esta é a segunda vez que você vem aqui… Você até vagou por um tempo antes de sair. Não entende o quão ridículo isso é.

— …

— No entanto, eu, nós, vimos uma possibilidade. Lukas Trawman, mesmo que eu seja um lixo, vou ajudá-lo a trilhar esse caminho novamente. Assim como quatro mil anos atrás.

Por um momento, Lukas teve uma breve sensação de nostalgia.

A última vez que teve esse sentimento foi quando Kasajin o lembrou da existência de Frey Blake…

A expressão de Lukas tornou-se urgente.

Isso geralmente era um sinal de que ele estava prestes a deixar este mundo.

— Espere um minuto. Kasajin, eu ainda…

Outra pergunta ficaria sem resposta. Não. Isso não era tudo.

Lukas definitivamente tinha mais a dizer a Kasajin.

— Você definitivamente se sairá bem, Lukas. A próxima pista é a caixa, e Diablo.

— O que–

Com uma expressão perplexa, Lukas desapareceu antes mesmo de terminar a frase.

Kasajin ficou sozinho na duna e olhou para a paisagem. De repente, caiu no chão exausto. Ele não pôde deixar de sentir que teria sido bom se houvesse um pouco de vento.

Infelizmente para ele, esse não era o caso.


Asilla não sentia que Deukid era uma espada. Em vez disso, era mais como um grande edifício, como um castelo, comprimido na forma de uma espada e brandido.

Bang!

A cada balanço, o chão tremia e ouvia-se o som de uma explosão.

Krrr…

Os edifícios altos e esplêndidos que os cercavam gradualmente desmoronaram como castelos de areia. E com cada um que desmoronava, parecia que um pedaço de seu coração desmoronava com ele. Ela realmente estava profundamente ligada a Yuterdam.

[…]

Lucid de repente parou de se mover. A cabeça que estava completamente envolta em armadura preta também parecia um pouco inclinada. Não era estranho para ele estar confuso.

Asilla, a loira platinada na frente dele, quase não tinha habilidade de luta.

As palavras de Diablo ‘corpo frágil’ não eram apenas uma zombaria, elas eram verdadeiras. E, no entanto, Lucid falhou em acertá-la três vezes seguidas.

[Entendo.]

Diablo, que estava observando de lado, rapidamente entendeu o motivo disso.

Ele podia ver os lábios de Asilla se movendo levemente antes de cada ataque.

[Então você ainda pode usar Língua de Dragão, Dragão de Ouro Asilla.]

— …

Como esperado de um Grande Mago.

Era impossível enganar os olhos de um ser como Diablo mais de três vezes.

[Estou impressionado. Língua de Dragão é um poder que está gravado nas próprias almas dos dragões. Mesmo que seu corpo seja alterado, esse poder não desaparecerá, mas… Você não deveria ter o poder de usá-lo.]

Diablo calmamente continuou sua especulação. Não havia absolutamente nenhum sinal de tensão.

Talvez fosse por causa de sua fé cega em seu próprio poder ou no poder de Lucid. Ou talvez houvesse outro motivo.

Em todo caso, não era uma coisa ruim para Asilla naquele momento.

Porque ela precisava ganhar cada segundo que pudesse. Se Diablo tivesse decidido intervir, ela não teria conseguido evitar o ataque de Lucid três vezes.

“Já faz quanto tempo?”

Ela estava tão concentrada em aguentar por mais um segundo e desviar por mais um segundo que não estava consciente da passagem do tempo.

Ela esperava que tivessem passado pelo menos cinco minutos… Não. Espere um pouco. Se fossem cinco minutos, significava que ela ainda precisava ganhar mais tempo.

Você está louca, Asilla? V-Você consegue mesmo fazer isso?

“Não consigo.”

Depois de responder sua própria pergunta, ela levantou lentamente os cantos dos lábios. Era quase um sorriso de resignação.

Verdade. Se ela cometesse algum erro, morreria.

Bang!

Com um respingo de lama, a luta recomeçou.

Apesar da bagunça caótica, os olhos de Diablo permaneceram fixos em Asilla.

Uma mente curiosa.

Essa era a maior força e fraqueza dos Magos.

Atualmente, Diablo estava focado em analisar Asilla. Não havia nenhuma razão especial para isso. Como mencionado antes, ele estava apenas curioso.

Dragão.

Os Absolutos do continente, comparáveis aos Semideuses. No entanto, depois de perder a Grande Guerra do Destino, eles foram privados de seus corpos poderosos e seus orgulhos foram castrados.

Diablo estava naturalmente interessado em dragões. Seres que foram abençoados desde o nascimento com uma sensibilidade extraordinária à mana e sua manipulação. Qualquer mago estaria interessado neles.

[De fato.]

Clack.

Dedos brancos e esqueléticos se entrelaçaram, criando um som desagradável.

[Esse corpo, é de um golem.]

Como um matemático que finalmente encontrou a resposta para um problema particularmente difícil com o qual estava se debatendo, havia um toque de satisfação na voz de Diablo.

[Seria mais correto chamá-la de fantoche. Não foi inserido com memórias e uma personalidade, em vez disso, é uma combinação de carne artificial e uma alma… Eu conheço apenas um ser capaz de tal façanha.]

Sem dúvida, foi o trabalho de Hector.

Diablo tinha um leve interesse no relacionamento entre eles, mas era muito fraco.

A pergunta que mais o interessava já havia sido respondida.

Como um dragão conseguiu usar Língua de Dragão sem um Coração de Dragão.

[É isso.]

Diablo deu sua sentença.

[Você pode terminar agora.]

Shuk–

Com essa frase, o ímpeto de Lucid mudou.

— !

Asilla nem teve a chance de usar Língua de Dragão.

Lucid, que apareceu na frente dela em um piscar de olhos, brandiu sua espada sem hesitar.

Crack!

Da coxa esquerda ao ombro direito.

O corpo de Asilla se partiu em um instante, mas não houve grito. Não havia sequer um respingo de sangue.

Em vez disso, um líquido da mesma cor e consistência de ferro fundido pingou lentamente.

[Então, a semelhança com um humano termina na aparência.]

Ele não tinha certeza de quão durável era o corpo. Mas mesmo que todo o corpo fosse feito de aço, teria terminado da mesma forma perante a esgrima de Lucid.

— Ugh…

No entanto, Asilla ainda estava viva.

Parecia que, enquanto a cabeça ainda estivesse intacta, ainda haveria uma chance de sobrevivência. Ou, pelo menos, havia uma chance do golem sobreviver.

Mas essa chance não seria dada.

Porque Deukid gradualmente se moveu em direção à cabeça dela.

Pouco antes da espada perfurar a cabeça de Asilla.

A cabeça de Lucid se virou para o lado.

Deukid, que ainda estava em movimento, foi rapidamente puxada para frente do seu peito.

Bang!

Um som pesado veio de Deukid. Lucid, incapaz de suportar a força do golpe, foi lançado voando. Seu corpo quicou no chão algumas vezes antes de bater pesadamente em um prédio de três andares.

[…]

Como se não pudesse acreditar na cena que acabara de se desenrolar diante de seus olhos, Diablo permaneceu congelado no lugar.

Seu olhar se fixou na jovem que havia enviado Lucid voando.

Ela tinha um corpo pequeno e esbelto. Além disso, estava atualmente nua.

No entanto, a pressão que estava sendo exalada de seu corpo tornava difícil prestar atenção a esses fatores.

— Não acreditei quando ouvi, mas é verdade.

A garota, Anastasia, olhou para Diablo, seu cabelo prateado esvoaçante.

— Seu desgraçado… O que diabos fez com minha amiga?

Nem era preciso dizer.

Seus olhos turquesa ardiam de raiva.


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