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The Great Mage Returns After 4000 Years – Volume 2 – Capítulo 436

Capítulo 436

[Foi uma luta divertida.]

Foi o demônio que disse essas palavras.

O homem à sua frente, que parecia tão frágil que desabaria se tocado, permaneceu em silêncio. Ele se sentiu infeliz, em perigo e lamentável; para resumir, se sentiu miserável.

[Consegui muito graças a você. Ego, personalidade, memórias, valores. E até um nome.]

O Demônio Kasajin riu.

[Gostaria de expressar meus sinceros agradecimentos. No entanto, fora isso, não tenho mais negócios com você.]

O ‘Homem sem Nome’ sentiu que conhecia esse jeito de falar.

[Eu vou deixar este lugar. Provavelmente não verei você novamente. Então diga-me o que você quer.]

— O que eu quero?

O Homem sem Nome falou pela primeira vez.

Era uma voz tão baixa e quieta que parecia impossível ouvi-la se não prestasse muita atenção.

Mas foi suficiente para ‘Kasajin’. Ele deu um grande aceno de cabeça.

[Qualquer coisa está bem. Até devolverei algo que você perdeu, ou seja, que roubei de você. Ou pode até ser algo que você não perdeu. No meu estado atual, provavelmente poderia lhe dar o que você quisesse.]

— …

[Você acha que há algum problema? Não pense muito. Já que tirei muitas coisas de você, quero pelo menos lhe dar alguma coisa. Considere isso um presente de despedida, um gesto de simpatia. Ou pura boa vontade. Não importa como você encare.]

O Homem sem Nome ficou em silêncio por um longo tempo.

‘Kasajin’ não sabia o que ele estava pensando. Assim como na primeira vez que este homem olhou para ele.

Ele não era melhor do que uma concha vazia.

Foi por isso que ficou ainda mais curioso.

O que um homem que não tinha mais nada lhe pediria?

— O 0º Demônio.

Hmm…]

‘Kasajin’ sussurou para si mesmo.

Então ele olhou nos olhos do Homem sem Nome. Ainda não conseguia ver nada em seus olhos.

— Dê-me esse nome.

No entanto, parecia haver um poder fraco em sua voz.

Ele sentiu pena desse fato. Por um momento, uma pitada de pena apareceu nos olhos de ‘Kasajin’.

[Provavelmente não era isso que você queria.]

— …

[Sinto sincera simpatia pelo seu destino, Ser sem Nome.]

Swoosh.

‘Kasajin’ abriu suas asas. Só isso criou um vento forte que varreu a área. As centenas e milhares de estátuas que preenchiam os arredores tremeram.

[Você perdeu tudo. Ficou vazio. Essa era a condição absoluta para se tornar o [0º Demônio]. Em outras palavras, você já tem o nome 0º Demônio.]

— …

[Você está pedindo algo que já tem. Tem certeza de que não quer mais nada?]

O Homem sem Nome não respondeu.

[Acho que você perdeu até sua ambição…]

— …

[Tudo bem. Se isso é tudo o que você quer, eu darei a você. Sua razão fundamental para vir ao Fosso. Você continuou a lutar para alcançar o que procurava. Mesmo que não fosse o que você realmente queria.]

Enquanto falava, ‘Kasajin’ olhou nos olhos vazios do Homem sem Nome.

[De agora em diante, você é o 0º Demônio.]

Tum—

Naquele momento, o Homem sem Nome sentiu uma imensa pressão envolver todo o seu corpo.

Parecia que algo estava crescendo dentro dele, ao mesmo tempo, parecia que a pressão externa o estava apertando. Sentir a grande pressão de dentro e de fora ao mesmo tempo fez com que parecesse que todo o seu corpo explodiria a qualquer momento.

Ao mesmo tempo, um poder desconhecido parecia estar surgindo.

— Ku— Ahah

[Você provavelmente dormirá por muito tempo. Talvez morra, mas esse também seria o seu destino. E eu…]

‘Kasajin’ falou.

[Vou deixar este lugar.]

Num instante, uma tremenda aura pareceu subir em direção ao teto. Se alguém visse a cena na caverna, poderia tê-la confundido com um brilho de luz negra.

Apesar da saída na sua frente, ‘Kasajin’ não saiu imediatamente.

Seus olhos estavam em outra pessoa.

— Onde você está indo?

Pale encostou-se na única entrada da caverna com os braços cruzados.

[Estou saindo deste lugar.]

Um sorriso apareceu no rosto de Pale.

— Este lugar… Você não está falando do Fosso, não é?

[Você entendeu rapidamente. Isso mesmo. Estou deixando este mundo.]

— Você não sabia? Isso é impossível.

[Depois de adquirir um ego, ganhei não apenas as memórias daquele homem, mas também ‘memórias que eu tinha’. Memórias do Início…]

Um sorriso apareceu nos lábios de ‘Kasajin’.

[Se há algum ser que merece, sou eu. Estou indo além do universo para encontrar minha outra metade. Isso está errado?]

— …

[Tal precedente já existe, Cavaleiro Azul da Fome.]

Pale olhou para ‘Kasajin’ com olhos frios por um momento antes de bufar friamente. Então, virando-lhe as costas, ela pulou para o fundo do Fosso.

Foi uma permissão tácita.

Olhando para ela de volta, ‘Kasajin’ sorriu.

[Foi o que pensei, seguidora das regras.]


— …

A breve história chegou ao fim.

Lukas olhou para o homem à sua frente e forçou sua boca a abrir.

— Então como você se lembrou de mim?

— Você não sabe? Que tipo de mundo é esse.

— !

Lukas cerrou os punhos.

— Você comeu outro Kasajin.

Kasajin assentiu.

— Eu não fui atrás deles. Depois que aquele cara saiu, eu não saí do Fosso por muito tempo. Então, um dia, um dos incontáveis ‘Kasajins’ do Mundo Vazio veio até mim e eu o comi.

— …

— Recuperei um minúsculo senso de identidade. Mas eu ainda estava confuso. E minha fome aumentou. Naquela época, eu quase não tinha mais motivo. Impulsionado pelo instinto, saí correndo do Fosso e comi tudo o que vi. Provavelmente comi muitos Kasajins no processo.

— …

— Eram todas possibilidades diferentes de ‘Kasajin’, mas todas tinham um denominador comum. Como resultado, assumi o destino deles e obtive algo semelhante ao que fui no passado… Você entende? Não recuperei o que perdi. Em vez disso, fui preenchido com algo semelhante.

Kasajin levantou-se e lentamente começou a olhar em volta.

— Eu gosto de álcool? Lukas.

Lukas não respondeu.

— Eu poderia ou não gostar. Eu quero beber agora. Mas não sei se isso foi realmente algo que fiz no passado. Porque, tecnicamente, aquilo que me preenche não é meu. Tomando emprestada a analogia de Pale, é como se eu tivesse sido preenchido por um líquido completamente diferente. Tem uma composição completamente diferente.

Era semelhante…

— Os componentes da minha essência já se foram. Como resultado, não sei se minha composição agora é realmente o que o ‘Kasajin existente’ tinha.

Assim como o atual ele.

Foi isso que Lukas pensou.

— Agora você consegue entender. Porque neguei ser Kasajin no começo e porque não tive escolha a não ser afirmar que sou apenas uma concha vazia.

No entanto, era diferente.

Mesmo na pior das hipóteses, Lukas pelo menos tinha escolha. Afinal, foi sua própria decisão arbitrária consumir tantos ‘Lukas’. Por outro lado, ‘Kasajin’ não teve essa escolha. Para ele, tudo foi inesperado e indesejado.

Kasajin foi repentinamente levado para um lugar desconhecido, arrastado por Pale, perdeu tudo e acabou sendo preenchido por componentes indesejados.

Como ele se sentia? O que ele estava pensando? Quais eram suas emoções?

Ele provavelmente sentia como se estivesse andando constantemente sobre gelo rachado. Talvez até agora mesmo.

Mesmo sabendo desse fato, Lukas permaneceu em silêncio. Seus lábios bem fechados não abririam facilmente.

Ele poderia ter dito alguma coisa.

Poderia ter dito a Kasajin as palavras mais simples, mas mais encorajadoras que ele poderia ouvir agora. Palavras que podiam salvá-lo.

Por exemplo, ele poderia dizer que ainda era seu amigo. Ou que ele não tinha mudado nada. Poderia sorrir como se não fosse nada e dizer que isso não importava…

— Entendo…

Ele não podia dizer isso.

Não podia deixar essas palavras saírem de sua boca.

Lukas não podia encarar esse assunto levianamente, não podia deixar passar. E ele também não podia consolá-lo.

Porque afirmar Kasajin não seria diferente de afirmar a si mesmo.

“Não posso.”

Ele cerrou os punhos ainda mais forte.

Seu peito doía mais do que as unhas perfurando em sua pele.

O atual Lukas não conseguia simpatizar ou se consolar. Ele não deveria.

Se fizesse isso, ele pensou que iria realmente quebrar e desmaiar sem nunca mais conseguir se levantar.

— Foi possível para mim, observar um pouco o exterior, seja graças ao ‘Demônio Kasajin’ que saiu, ou por um dos poderes do [0º Demônio]. E quando sua existência foi esquecida no universo, quando você não pertencia mais ao ‘Universo Original’ ou ao ‘Mundo Vazio’, tornou-se possível para mim, conversar com você.

Ele estava falando sobre o momento em que eles se encontraram no sonho.

— Você é um ser especial, Lukas. Como Pale disse, poucos forasteiros vêm a este lugar. Quando o fazem, é como Candidato a Lorde do Vazio, Candidato a Cavaleiro ou…

— Candidato a Rei.

Ele alegou descaradamente que era um Candidato ao Rei do Vazio na frente de Michael, mas realmente não sabia se esse era realmente o seu destino.

— Existem atualmente dois Candidatos a Rei confirmados. Você… E Diablo.

Ele ouviu esse nome novamente.

— É porque originalmente existe um Cavaleiro ao lado de um Candidato a Rei?

— Isso.

— Então o Cavaleiro de Diablo deve ser… Lucid.

— Isso mesmo.

Lukas se perguntou sobre o objetivo de Lucid mais uma vez, mas balançou a cabeça no final. De certa forma, Lucid tinha uma crença mais firme do que qualquer outra pessoa. Tinha que haver uma razão convincente para suas ações.

Embora esta fosse uma interpretação tendenciosa, Lukas optou por acreditar.

Kasajin.

Ele ainda estava olhando para Lukas com um sorriso.

Não ouviu nenhuma palavra de consolo de Lukas, mas não pareceu se importar.

“Entendo…”

O esquelético Kasajin, o Kasajin que esculpe estátuas, o Kasajin aprisionado.

Ele havia mudado, mas não havia mudado.

— Há mais alguma coisa que você queira me dizer?

Lukas mudou deliberadamente de assunto.

Como se esperasse isso, Kasajin sorriu.

— Sim. Sobre Sedi Trawman. Eu a conheci depois que o [Fosso] se tornou um território decente… Bem. Eu não tive participação nisso.


Quando o ser conhecido como Sedi apareceu neste mundo, Kasajin foi capaz de perceber isso imediatamente.

— Ah.

— O que foi?

Jiltex, um dos apóstolos, perguntou.

Sentado em um trono, Kasajin virou-se para olhar para ele.

Em algum momento, os seres começaram a se reunir no Fosso. Todos eles tinham aparência de demônios.

Não, não eram apenas as aparências deles. Todos eles se originaram do conceito de demônios.

Deste Fosso, ou de Kasajin. Uma sensação vazava constantemente e atraía tais seres para lá.

Era natural que eles fossem atraídos para lá. Não era diferente do cheiro das flores para as abelhas.

Os demônios reunidos.

Eles formaram um grupo, formaram uma sociedade e, no processo, naturalmente nomearam Kasajin como seu Lorde. E eles desenvolveram este lugar por conta própria.

Kasajin não precisou fazer nada.

Quando ele acordou imerso em seus pensamentos intermináveis, o Fosso tinha a aparência de uma cidade que se desenvolveu durante séculos.

Quanto mais demônios se reuniam, mais o nível geral aumentava.

Em algum momento, Kasajin aprendeu que o número de demônios presentes no Fosso era comparável à população de um universo.

Entre os incontáveis demônios, aqueles que eram especialmente fortes receberam o epíteto de Apóstolo por Kasajin para distingui-los.

— Alguém está aqui.

— É um candidato a Apóstolo?

Kasajin geralmente era capaz de prever quando demônios fortes apareciam.

Mas Kasajin balançou a cabeça.

— Não. Talvez—

Boom!

De repente, a enorme porta da sala foi destruída.

— O que— O que foi isso?!

[O que é isso!]

Este era um lugar onde somente o Lorde e os Apóstolos podiam entrar. E com um pouco de exagero, poderia até ser chamado de lugar inviolável aos demônios. Naturalmente, ninguém tinha o direito de arrombar a porta de entrada.

Na verdade, havia uma pessoa assim, mas atualmente ele estava sentado em um trono com o queixo na mão.

Tap tap—

Alguém apareceu pela porta quebrada.

Quando a fumaça se dissipou, sua aparência foi revelada.

Era uma garota com cabelos longos e olhos vermelhos brilhantes.

— Oi.

Ela deu uma saudação distraída.

[Essa…]

[Essa pirralha malcriada…]

Os olhos dos dois apóstolos mais próximos mudaram e, num instante, eles alcançaram a garota. Não havia necessidade de conversa. Afinal, essa garota já havia cometido uma grosseria que ultrapassava em muito os limites da paciência dos demônios.

Comparado com as auras ferozes das mãos que se estendiam, o corpo da garota parecia estar em uma posição precária, como uma vela ao vento.

Crack!

Mas o par de mãos se torceu antes que pudessem alcançar a garota. Seguindo o som aterrorizante de carne e ossos se misturando, o sangue escorreu.

[Uaaaargh!]

— M-Meu braço!

Agarrando os braços, os dois apóstolos caíram.

Paak!

Numa velocidade quase invisível, a garota os chutou na mandíbula. Os olhos dos Apóstolos instantaneamente rolaram para trás e eles perderam a consciência.

— Desculpe pela primeira impressão.

A garota falou sem olhar para os Apóstolos caídos.

— Quem é o mais forte aqui?

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