Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx
Anuncios foram retirados do site e foi criado uma meta de DOAÇÃO mensal, se batermos a meta tentaremos manter o site sem anuncios pra todos. Teste inicial por cerca de dois meses sem anuncios iniciado em 22/07/2024.

The Great Mage Returns After 4000 Years – Volume 2 – Capítulo 439

Capítulo 439

A memória daquele pesadelo ainda estava vívida.

—Ele faleceu.

—O quê?

—É algo que ele queria há muito tempo e era vontade dele. Mesmo sendo sua discípula, não tenho o direito de impedi-lo de fazer o que deseja.

Uma mulher com cabelos pretos como ela. Ela não era tão ruim. Para ser honesta, não havia muitas coisas que pudessem entrar em sua mente, mas definitivamente havia alguns pontos que ela não podia ignorar. Além disso, olhando para trás, Sedi provavelmente não a odiava tanto assim.

No entanto, quando ouviu isso, Sedi quase matou aquela mulher, Min Ha-rin, em um instante.

—Você… Do que diabos está falando?

Certamente havia vários motivos pelos quais ela estava emotiva e com raiva.

Sua expressão desligada e tom baixo. Tudo isso mostrou a ela que Min Ha-rin estava tentando manter a compostura.

Ela tinha perdido a cabeça?

Poderia esta mulher realmente demonstrar essa atitude ao falar sobre a morte de seu Mestre?

O rosto de Min Ha-rin se aproximou. Foi ninguém menos que ela quem fez isso. Antes que Sedi percebesse, ela agarrou Min Ha-rin pelo colarinho e puxou-a para mais perto.

—Sem enrolação, fale de uma vez. O que aconteceu com o pai?

Na verdade, ela já sabia. Ela provavelmente sabia.

Porém, talvez… Talvez não fosse isso, não era possível.

Ela negou a realidade. E esperava desesperadamente que a resposta que recebesse fosse diferente do que ela esperava.

—Ele está morto.

Ela não conseguia respirar. Seu peito estava apertado e sua mente ficou em branco.

Enquanto isso acontecia, sua boca se moveu e perguntou.

—Morto?

—Sim.

—E você… Simplesmente o deixou sozinho?

A boca de Min Ha-rin se abriu novamente. Ela provavelmente tinha algo a dizer sobre a situação.

Mas Sedi não conseguia aceitar.

Babump, Babump.

Sua visão tremeu com os batimentos cardíacos. Antes que ela percebesse, o ambiente parecia ter ficado preto e parecia que cada som havia se tornado distante, como se seus tímpanos tivessem rompido.

—Sim… Está tudo bem já que vocês sobreviveram, já que ele salvou suas vidas.

—Eu não acho.

—Cale. Sua. Boca.

Se fosse realmente verdade, isso não teria acontecido.

Ele realmente queria morrer?

Então e ela?

O relacionamento com ela não era importante para aquela pessoa? Era tão insignificante que ele não diria nada a ela diante da morte?

Ela sabia… No final, foi Sedi quem se forçou a ser filha dele, e foi Sedi quem se agarrou ao título de família.

Mesmo assim, Lukas aceitou sua teimosia.

—Eu não vou aceitar isso.

Seria mais correto dizer que não conseguia aceitar isso.

Ela sentiu que se aceitasse os fatos, ficaria louca.


Quando sua cabeça esfriou, ela percebeu algo…

Só porque Min Ha-rin estava assim, não significava que ela não estivesse triste. Ela devia estar sentindo uma dor semelhante à de Sedi.

Porém, curiosamente, diante da morte de um ente querido, um mortal parecia muito mais maduro que Sedi.

Mesmo que fosse apenas uma atuação, ainda assim era incrível. Porque Sedi não conseguia fazer nem isso.

Eu respeito e aceito a escolha do Mestre.

A Min Ha-rin em sua memória parecia fazer essa afirmação.

— Sua resposta estava correta?

Foi correto aceitar a escolha e a morte de Lukas?

“…”

Não. Isso não estava certo.

Essa podia ser a resposta correta para Min Ha-rin. Até mesmo para aquela mulher chamada Beniang. E também podia ser a escolha certa para os outros discípulos.

No entanto, não foi para Sedi Trawman. Nunca foi.

Uma filha nunca poderia aceitar a morte de seu pai tão facilmente.

— De qualquer forma, é a vida do pai… Não direi coisas infantis como essa.

Sedi enxugou as lágrimas.

Então olhou para o céu com seus olhos vermelhos e inchados.

— Só… Porque eu quero.

Isso era tudo.

Por isso que, de agora em diante, o que ela iria fazer seria completamente hipócrita. Sedi entendeu e aceitou esse fato primeiro.

Seu desespero para reencontrar Lukas era uma negação completa da escolha de Lukas, que tinha algum tipo de motivo oculto.

Não era diferente disso.


Muita coisa aconteceu.

E ela desistiu de muita coisa.

Ficava mais difícil a cada dia, mas seu desejo por seu objetivo não diminuía nem um pouco. Isso a deixou feliz, mas, por outro lado, ela também estava assustada. Não sabia o que aconteceria se essa aspiração desaparecesse.

Ela estava com medo, mas não desistiu.

Em algum momento, parou de se mover e recordou seu objetivo.

E encontrou uma pista para realizar seu desejo.


Doeu. Mas foi isso.

Lukas esfregou a bochecha.

Não doeu tanto quanto seus ataques anteriores. Ou, pelo menos, deveria ter sido esse o caso, mas aquele tapa na bochecha doeu mais do que o formigamento no queixo ou o estômago latejante.

— É Trawman.

A voz de Sedi ainda não mudou enquanto ela falava.

— Você ainda está dizendo isso…

— Vou dizer isso repetidas vezes. Quantas vezes forem necessárias. Esse tipo de fingimento não funciona com o pai, você deveria desistir.

— Você acha que estou fingindo?

— Não quero responder a mais perguntas bobas.

Sedi tocou a mão dela. Foi a mão que deu um tapa na bochecha de Lukas.

— Eu sei que você já passou por muita coisa. Deve ter sido muito difícil. Ainda parece que está sendo.

— …

— Você me perguntou antes, não foi? Se faria diferença se você me contasse, você estava falando sério?

— Claro…

— Olhe para mim e diga.

Não coloque seus olhos em mim.

As palavras que ela acabara de dizer. E o fim das palavras que ela se impediu de dizer antes.

As palavras que ele ouviu.

— Você está hesitando porque é difícil até falar sobre isso? Quão imensas foram as coisas pelas quais você passou?

— O que está tentando dizer?

Os cantos da boca de Sedi se ergueram. Em outras palavras, ela sorriu.

— Ah… Bem, só tenho uma pequena dúvida. Do ponto de vista do pai, pode parecer um absurdo, mas pode não ser grande coisa.

— Você acha que estou exagerando?

— Eu não disse isso.

Ele sabia em sua cabeça. Que isso era apenas uma provocação infantil.

Nada mais do que uma provocação descarada para fazer Lukas abrir a boca.

Até Lukas sabia disso.

— O que você sabe sobre mim?

E ainda assim, uma voz clara e raivosa saiu de seus lábios.

— Você sabe como é sempre ser forçado a fazer escolhas indesejadas? Você tem alguma ideia de como é não poder morrer quando quiser e não poder viver quando quiser?

— Sério? Deve ter sido difícil.

O sorriso desapareceu dos lábios de Sedi.

— E quanto ao pai? Você sabe como eu me senti? Espero que você não tenha esquecido. Você deliberadamente escolheu morrer nas qualificatórias.

Por um momento, Lukas não soube o que dizer.

— Tenho certeza de que você pensou que foi uma morte sem arrependimentos. Verdade. Bem. Fui eu quem forçou o pai a assumir esse papel. Você provavelmente nem pensou em mim antes de morrer.

— Não. Isso…

— Fique quieto. É a minha vez de falar.

Lukas fechou a boca.

— Você sabe como eu me senti quando meu pai morreu daquele jeito? Como se aquela pessoa não tivesse nada a ver comigo. Foi tão ridículo você nem ter dito uma palavra para mim antes de morrer.

— …

Lukas se lembrou daquele momento.

Pouco antes de partir para lutar contra Nodiesop, quando estava pronto para aceitar sua morte, quando terminou sua última despedida de Min Ha-rin.

Ele só se sentiu despreocupado naquele momento. Apenas pensou que finalmente seria capaz de escapar de seu terrível destino. Ele nem sequer pensou em Sedi.

— Desculpe.

Ele não pôde deixar de se desculpar por isso. Mas a expressão de Sedi piorou.

— Merda. Não mencionei isso porque queria ouvir algo assim. Só porque mostrei minhas emoções não significa que me tornei uma criança. Eu só…

— …

— Como meu pai me disse há muito tempo… Pensei nisso desde então. Como um pai deve tratar sua filha. O que você pode fazer por mim. Um relacionamento…

A voz de Sedi ficou um pouco rouca.

— O relacionamento ideal entre pai e filha…

Essas foram obviamente as palavras de Lukas.

— Quer dizer… Eu fiz as coisas que o pai disse. Pensei nisso seriamente, mais seriamente do que qualquer outra coisa na minha vida. É por isso que, quando soube que meu pai havia morrido, tudo que consegui pensar foi em reencontrá-lo de alguma forma.

— …

— E esta é a minha resposta.

Sedi deu meio passo à frente.

Então, sem hesitar, abraçou Lukas.

— …

Esta foi a primeira vez em sua vida que Lukas sentiu tanto calor.

— Eu vou lutar por você.

Algo pareceu subir em sua garganta.

— Não importa o que seja, vou acabar com tudo que incomoda o pai.

Foi então que percebeu o motivo.

Ninguém nunca havia dito algo assim para Lukas.

Todos, inclusive seus amigos mais próximos, consideravam Lukas alguém em quem confiar. Até Kasajin, o único com uma atitude diferente, queria um relacionamento onde eles se apoiassem.

Esta foi a primeira vez.

Que uma pessoa queria assumir essa responsabilidade.

Lukas sempre foi a sombra de alguém. Ele tinha sido a sombra deles.

E agora.

A filha que ele havia esquecido, e continuava a esquecer, estava tentando se tornar sua sombra. Ela estava dizendo a ele que lutaria por ele.

Essas palavras o sufocaram.

— Então apenas diga alguma coisa. Tudo que eu quero é que meu pai olhe para mim e me diga.

Foi nesse momento que inúmeras vozes ressoaram em sua cabeça.

[Que diabos você está fazendo? Lukas.]

[Por que está hesitando? Você não está realmente considerando o que ela disse, está?]

[Isso não vai funcionar. Por que acha que permitimos que você nos absorvesse e lhe demos nossa força?]

[É sua responsabilidade… Confiamos a você nossos sonhos não realizados porque queríamos um ‘Lukas’ com outra possibilidade de realizá-los.]

A dor, que parecia que seu cérebro estava sendo perfurado por uma agulha, diminuiu um pouco.

Então pôde ignorá-la.

— Então você vai ouvir?

Lukas falou.

— As situações em que estive. As coisas que aconteceram.

Pela primeira vez, Sedi sorriu de verdade.

— Conte-me.


Ele contou.

Lukas contou a Sedi sobre sua situação.

Foi completamente o oposto do que aconteceu anteriormente. Sedi fez apenas algumas perguntas simples que nunca interromperam o fluxo e apenas ouviu Lukas. Quase não houve nenhuma mudança em sua expressão.

A voz de Lukas era o único som na sala, mas a atmosfera era terna.

E quando sua história terminou, Sedi disse abruptamente…

— Desculpe.

— Hã?

Lukas ficou surpreso com o pedido repentino de desculpas.

— As coisas pelas quais o pai passou, não foram brincadeira. Entendo por que você não quis nem pensar nisso. Você dificilmente poderia se dar ao luxo de… Merda. Se aquele tal Deus ainda estivesse vivo, eu adoraria chutar o traseiro dele.

— …

— De qualquer forma, tudo bem. Recebi o pedido do pai.

— Recebeu?

Sedi falou de maneira indiferente…

— A mulher chamada Pale está incomodando você, você está curioso sobre a identidade do Mago do Início e quer saber a verdade sobre o Castelo. Mais alguma coisa?

— …

Lukas…

Pensou que a situação dele fosse mais complicada que isso. Havia muitas coisas que queria realizar e achava que nenhuma delas poderia ser resolvida imediatamente.

Mas quando apresentadas por Sedi dessa forma, seus objetivos não pareciam tão grandes quanto ele pensava.

— Isso é verdade, mas…

— Ótimo.

Sedi levantou-se da cadeira. Então, se virou como se estivesse indo para algum lugar.

— Aonde você está indo?

— Resolver o mais próximo.

— O mais próximo?

— Pale. Ela ainda não está em Demonsio?

Com um sorriso malicioso, Sedi estalou os dedos.

— Vamos começar com aquela mulher. Afinal, ainda tenho coisas para acertar com ela.

Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Comentários

0 0 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar