Depois que saí da mansão de Pérola , fui para o beco mais próximo. Como de costume, olhei ao redor, certificando-me de que ninguém estava por perto antes de estender a mão e imaginar meu quarto como meu destino.
‘[Portal.]‘
[Defina seu destino.]
‘Meu quarto, Ironshade Town.’
[O destino foi definido.]
Um portal que parecia um pequeno buraco negro se abriu na minha frente.
[O portal foi aberto! ]
Rapidamente, andei no portal enquanto eu desativei minha forma incubo. Assim que saí, já estava em meu quarto e havia retornado à minha forma humana. Como Foxy não estava lá, tirei minha pulseira de escudo de demônio e a coloquei na minha mesa antes de caminhar em direção à saída. Desabotoei e baguncei minha camisa e cabelo para fazer parecer que acabei de acordar. Continuei a descer as escadas silenciosamente. Eu só esperava que Foxy não tivesse aberto a porta para elas e Celia ainda estivesse em seu quarto.
Quando estava no final da escada, espiei com atenção a porta da frente e vi que Foxy estava esperando por mim ansiosamente.
‘Que bom!’ Fui até ela e ela se virou para mim.
“Mas-” Ela só queria me cumprimentar, mas fechou a boca. Ela sabia que não podia fazer barulho, porque elas podiam tê-la ouvido.
“Celia ainda está no quarto dela?” Eu perguntei em voz baixa. Meu olhar estava em Foxy, minhas mãos se moveram para tirar meus sapatos.
“Ela está dormindo, mestre”, respondeu Foxy em voz baixa.
Boas notícias, pois preferia enfrentá-los sem Celia.
“Tudo bem. Esconda-se no meu quarto”, eu sussurrei, minhas mãos puxando meus sapatos.
Ela acenou com a cabeça e se virou para sair.
Depois que Foxy desapareceu de minha vista, voltei a olhar para a porta da frente, destranquei a porta e a abri.
“Olá, Ethan. Sinto muito por incomodá-lo tão tarde”, a Sra. Clea me cumprimentou com um sorriso. Enquanto Ruby me encarava com o rosto vermelho, seus olhos estavam fixos na minha camisa desarrumada e entreaberta. Uma sacola de compras na mão.
Eu puxei minha camisa, fingindo arrumar-lá sem jeito.
“Sinto muito por deixar vocês esperando por muito tempo. Há algo que vocês precisam?” Eu perguntei confuso.
“Nós só queríamos-“
Sra.Cléa ainda não tinha acabado de falar, mas Ruby a interrompeu.
“Podemos conversar lá dentro?” ela perguntou empolgada. Seus olhos ainda estavam grudados na minha camisa bagunçada.
“Tudo bem. Mas, por favor, fale baixo, Celia ainda está dormindo e ela tem uma prova amanhã de manhã.” Se eles quisessem me atacar ou me acusar de ser um demônio, eles deveriam ter invadido quando eu abri a porta, mas como não o fizeram, significava que eles tinham outro propósito. Recuei quando minha mão se moveu para abrir mais a porta para que eles pudessem entrar.
“Obrigada”, Ruby disse, pisando feliz. Enquanto isso, a Sra. Clea parecia aborrecida. Pelas expressões deles e relembrando a conversa anterior, pensei que já poderia adivinhar por que eles vieram aqui.
Soltei um suspiro cansado.
‘Parece que o que fiz esta manhã me trouxe mais problemas’ , pensei enquanto fechava a porta com a mão.
“Como você se conheceram?” Eu disse enquanto caminhávamos para a sala.
“Ruby é minha cunhada. Ela me visitou para brincar com Alan. Ela me contou sobre o incidente desta manhã e queria agradecer a você. Como somos vizinhos, trouxe ela ate a sua casa. Espero que não se importe comisso “, explicou a Sra. Clea. Bem, eu duvidei de sua explicação. Como eu podia imaginar, Ruby forçou a sra. Clea a mostrar a ela onde ficava minha casa. E porque ela sabia que a Sra. Clea estava observando eu e Celia, ela poderia adivinhar que minha casa não ficava longe dela. É por isso que, em vez de deixar Ruby ir sozinha à minha casa, ela escolheu acompanhá-la para me encontrar.
Elas se sentaram no sofá.
“Você gostaria de algo para beber?” Eu ofereci.
“Não, obrigada. Não vamos demorar muito”, disse a sra. Clea.
“Ok. Espere um segundo”, eu apenas me virei, mas Ruby me parou.
“Ethan, onde você está indo?”
Eu me virei para ela.
“Eu só quero ajeitar minhas roupas. Acho que é impróprio falar com vocês assim”, disse enquanto apontei para minha camisa bagunçada com os olhos. Na verdade, como um incubo, eu não me importava e não tinha vergonha das minhas roupas bagunçadas. Mas nenhum homem receberia suas convidadas neste estado sem constrangimento.
Ruby se levantou, agarrou minha mão e me puxou para o sofá.
“Está tudo bem. Além disso, é nossa culpa por visitá-lo tão tarde.”
“Tudo bem. Se você não se importa”, eu disse enquanto me sentava no sofá. Minhas mãos abotoaram minha camisa desajeitadamente.
Ruby se sentou perto de mim, seus olhos fixos em mim, ocasionalmente ela olhava para o meu corpo.
“Posso saber por que você veio aqui?” Eu perguntei.
Ela pegou sua sacola de compras e me deu.
“Eu quero dar isso.”
Peguei a sacola de compras da mão dela.
“Obrigado. Mas, por quê?”
“Você me salvou. Então, quero lhe dar algo em troca”, disse ela.
“É apenas uma questão trivial, você não precisa fazer isso.”
“O que você quer dizer com assunto trivial? Se você não estivesse lá, aquele homem poderia ter me sequestrado”, disse ela com um sorriso doce.
“Abra, eu quero saber se você gosta ou não.”
Abri a bolsa e encontrei um suéter dentro. Então me lembrei da última foto que vi no celular dela.
‘Ela comprou isso porque Bern e Franz estragaram meu suéter esta manhã?’
“Você gostou?” A voz de Ruby dispersou meus pensamentos.
Coloquei o suéter de volta na bolsa.
“Sim, obrigado”, respondi o mais curto que pude, já que não queria falar muito.
Vendo que Ruby havia me dado o suéter, a Sra. Clea ia abrir a boca para se desculpar, mas Ruby voltou a falar.
“Também vim aqui como apresentação, porque a partir de amanhã ficarei na casa da dona Clea”, disse Ruby com um sorriso inocente.
“Ah, é mesmo?” Eu disse com um sorriso. Eu mantive minha compostura, embora estivesse em choque e em pânico.
‘Minha perseguidora vai morar na porta ao lado ?! Excelente! Talvez amanhã ela tenha minha foto nu em seu celular. ‘
Embora a Sra. Clea também parecesse chocada, parecia que isso estava fora de seus planos.
“Ela só vai ficar por dois dias. Ela disse que sentia falta de Alan, então queria acompanhá-lo para brincar por mais tempo”, acrescentou a Sra. Clea.
“Oh, tudo bem.” Eu me senti mais aliviado, pelo menos eu só precisava ter paciência e me segurar por dois dias.
Agora foi a vez de Ruby mostrar uma cara infeliz. Ela apenas abriu a boca para dar outra desculpa para poder ficar mais tempo na casa da dona Clea, mas eu a interrompi.
“Onde está Alan? Ele está dormindo?” Tentei desviar nossa conversa.
“Sim. Já passou da hora de dormir”, respondeu a Sra. Clea.
“Oh, ele está bem dormindo sozinho?” Eu perguntei em um tom preocupado. Eu sabia que Alan não era uma criança de verdade e apenas um elfo familiar, mas com isso, eu poderia dar a eles um motivo para voltarem mais cedo.
“É por isso que não podemos ficar aqui muito tempo”, a Sra. Clea acolheu minhas palavras, já que queria arrastar Ruby para casa.
Ruby apenas abriu a boca para falar, mas eu a interrompi novamente.
“Já que Ruby gosta tanto de Alan. Tenho certeza de que Ruby deve estar preocupada com ele, certo?” Eu disse enquanto olhava para ela.
Ela apertou os lábios e forçou um sorriso.
“Sim.”
Mrs. Clea levantou-se da cadeira.
“Então eu vou me desculpar.”
Eu balancei a cabeça e levantei da minha cadeira.
Então nosso olhar se desviou para Ruby, que ainda não se mexeu de seu assento. Um segundo depois, ela se levantou com relutância, fazendo beicinho.
Caminhamos em direção à porta da frente.
“Vejo você mais tarde”, disse Ruby de má vontade.
“Ate mais”, eu disse com um sorriso.
Acabei de abrir a porta, o fedor fedorento perfurou meu nariz junto com um anúncio em uma caixa vermelha na minha frente.
[!!! Aviso !!! ]
[Outros demônios detectados!]
Fiquei tenso porque sabia que a localização deles era próxima. Esta foi a primeira aparição do demônio perto da minha casa. Enquanto eu ouvia a vibração da Sra. Clea e Ruby. Eu imaginei que fosse sua Bússola Demoníaca que captou a presença dos demônios. Seus olhares ficaram sérios.
“Ethan, tranque a porta e não deixe ninguém entrar. Ouvi dizer que há alguns casos de roubo não resolvidos por aqui, você tem que ter cuidado”, a Sra. Clea me avisou. Eu sabia que ela tentou me dizer para me esconder dos demônios.
“Tudo bem. Obrigado por sua preocupação”, respondi.
Rapidamente, eles saíram da minha casa e fechei a porta. Pelo fedor que perfurou meu nariz, eu poderia dizer que havia muitos deles. Eu tinha certeza de que as duas tornariam as coisas difíceis para mim, mas eu tinha que fechar a fenda.
‘Vou aproveitar esta oportunidade para observar como a sra. Clea luta.’