The Oracle Paths – Capítulo 447

Jake então percebeu que Carmin não estava entre eles.

“Onde Carmin foi?” Ele perguntou a Svara e Kewanee ruidosamente. Ao contrário dos Aldeões e Jogadores sob sua proteção, Carmin não era um de seus protegidos nem parte de sua facção.

Elas trocaram olhares inquietos e balançaram a cabeça se desculpando.

“Eu não a vejo desde que o ataque começou.” Drastan também testemunhou severamente. “Peter lutou conosco, mas nos perdemos de vista durante a luta.”

Jake verificou suas Missões de Provação e encontrou o nome de Peter Brady na lista. O viciado em drogas estava muito vivo e chutando.

‘Tanto faz, eu vou deixá-lo fazer o que ele quer por enquanto.’ Ele encolheu os ombros.

“O que você vai fazer agora, Jake?” Will perguntou preocupado. “Eu estava otimista há uma hora, mas agora vai ser difícil voltar aos trilhos com uma Vila incendiada.”

“Você está errado.” Jake objetou calmamente. “Eu nunca me importei com os prédios. Claro, é legal ter um lugar para dormir, mas nunca foi essencial para o meu plano.”

“Mas esses edifícios do Jogo têm seus usos.” O empresário argumentou baixinho. Era parte de seu trabalho descobrir coisas, e ele tinha feito o dever de casa. “Para começar, eles são virtualmente indestrutíveis contra os métodos normais e há bônus a serem ganhos em certas construções. Por exemplo, sua função de Senhor será inutilizável até que você reconstrua o Castelo.”

Jake teve um mau pressentimento quando ouviu isso. Pegou sua Carta de Fluido e olhou para sua lista de funções. Um olhar superficial o confirmou, infelizmente, que Will estava dizendo a verdade.

“Porra!”

Sua maldição ecoou por quilômetros ao redor. Qaundo se acalmou arrancando uma dúzia de árvores com as mãos nuas na frente de seus companheiros atordoados, Jake recuperou sua compostura habitual. Maldita corrupção.

“Como eles fizeram isso?” Jake levantou a questão mais crucial com sua lucidez recém-adquirida. “Para quase destruir minha cabana de madeira na primeira rodada, eu precisei de todo o meu poder do Modo Berserk. Eu me recuso a acreditar que esses jogadores ou inquisidores são poderosos o suficiente para destruir uma vila inteira em tão pouco tempo. Eu sei que Avros, um dos atacantes tem uma função ou um item que lhe permite destruir construções, mas não sei mais do que isso.”

“Qual é a função inicial deste Avros?” Will perguntou, levantando uma sobrancelha.

“Monstro… E Pedreiro se minha memória não me falha.” Kewanee respondeu enquanto coçava o queixo com o dedo indicador.

Jake soltou uma infinidade de maldições ao ouvir isso. Era raro ele perder a paciência assim.

“Não procure mais. Ele tem a função de Demolidor. É uma função rara, que requer a função de Pedreiro como pré-requisito, bem como uma certa quantidade de materiais para fazer explosivos. Esses explosivos não são nada de especial se usados ​​contra nós, mas são assustadoramente eficazes nos Edifícios do Jogo.”

Jake não estava tão abatido quanto seu camarada. Muito pelo contrário, havia recuperado um pouco de seu otimismo. Ele se lembrou das bananas de dinamite que Avros havia usado em sua luta. Se impedi-lo de plantar suas bombas era o suficiente, estava perfeitamente dentro de suas capacidades.

“Eu não quero bancar o advogado do diabo, mas você está deixando passar alguma coisa.” Enya interrompeu, os braços cruzados. “Além da explosão cataclísmica na Vila ao sul da nossa que serviu de distração, não vi ou ouvi uma única explosão. Se eu tivesse que adivinhar, diria que os prédios foram incendiados. Então, ou eles têm um Piromaníaco, ou esse arsenal de Avros não se limita a bombas. No caso do castelo e das outras mansões de pedra, obviamente foi sabotado por dentro. Então eles têm pelo menos um ladrão que pode arrombar fechaduras, ou um serralheiro para fazer duplicatas.”

“Faz sentido.” Jake assentiu. “Precisamos encontrar outro pedreiro agora, já que eles mataram todos os aldeões nativos. Se algum de vocês tiver a carta de Função, passe para mim. Eu reconstruirei a vila do meu jeito desta vez. Eu os desafio a destruir o novo castelo quando eu colocar meu próprio toque nele.”

Draston, Kewanee e Svara estavam um pouco céticos, mas os outros riram conscientemente. Esses caras realmente mexeram com a pessoa errada se pensaram que poderiam desmoralizá-lo destruindo algumas casas.

Para ser justo, não poderia realmente culpá-los. Agora, achavam que seu cadáver estava alimentando os peixes. A destruição da Vila foi apenas um bônus.

“Eu tenho a carta.” Drastan disse categoricamente. “Mas construir não é minha especialidade. Prefiro lutar.”

“Perfeito.” Jake sorriu. Depois de equipar a função, ele gritou: “Agora vamos trabalhar”.

“Espere Jake.” Will o parou. “Lembre-se, isso ainda é um jogo. Como as Poções da Bruxa, você precisa de receitas, ou melhor, neste caso, plantas e materiais específicos. O primeiro prédio a ser reconstruído depois do Castelo será o Quartel para que os Guardas possam ressuscitar.”

“Droga.” Jake grunhiu. “E como conseguimos essas plantas? Devemos saquear os pedreiros das outras Aldeias? A propósito, como você reivindica outra Aldeia se você não é um desses cidadãos.”

“Eu apoio essa ideia.” Drastan rugiu ferozmente enquanto segurava seu enorme martelo de guerra com ânsia de lutar.

“Eu também sou a favor.” Svara e as duas irmãs assentiram.

Tim, que ainda estava deitado por causa de seus ferimentos, levantou a cabeça e gritou: “Estou dentro. Quero encontrar o filho da puta que disparou todas as suas flechas em mim e enfiar seu arco no seu…”

“Cala a boca, Tim!” Will rosnou antes de massagear seu cérebro, sobrecarregado com um tremendo cansaço. “Deixe-me lidar com isso. Nossos inimigos pensam que você está morto por enquanto e isso é uma coisa boa. Eu ainda tenho minha loja na vila de Skaur.”

“Nós podemos perguntar a Avy.” Esya relutantemente ofereceu.

“Vamos fazer isso então.” Jake obedeceu com uma expressão de desagrado. O que diabos ele deveria fazer enquanto esperava que eles voltassem?

O grupo então se dividiu em três grupos. As duas irmãs, Svara e Kewanee foram para a Vila de Avy Shanmin, enquanto Will voltou para negociar com Skaur sob a proteção de Drastan e seus dois guarda-costas. Os últimos eram aparentemente Cavaleiros de Fluido nativos conquistados por seu Carisma. Ele também aproveitaria a chance de obter o instrumento musical que precisava para a função de músico.

No final, apenas Tim, ainda convalescente, ficou com ele.

Jake primeiro atravessou a Floresta para investigar a Vila ao sul, onde a explosão se originou e lá encontrou uma cidade fumegante e destruída. Ele havia presumido que Avros e os outros o estavam mirando pessoalmente, mas talvez estivesse enganado.

Depois disso, ele e o adolescente voltaram calmamente para sua Vila. Ouvindo uma comoção sob os escombros, Jake encontrou o Capitão da Guarda ainda vivo. Ele e seu cavalo foram soterrados por várias toneladas de escombros, mas de alguma forma ele conseguiu sobreviver.

“Meu S- Você não é mais meu Senhor.” O guerreiro o encarou em um ataque de crise existencial, como se não pudesse mais entender as novas instruções que ocupavam sua memória.

‘Que assustador. Até os NPCs sabem que o programa está mexendo com seus cérebros.’ Jake pensou com muitas dúvidas.

Ele não o ajudou imediatamente. Em vez disso, escaneou o Guarda com seu bracelete, mas sem sucesso, depois com seu próprio Corpo Espiritual e Visão Myrthariana. Quando concentrou toda sua Percepção em seus olhos, sentiu algo estranho.

‘Então, é assim que é.’

‘Tim, nunca confie nos Guardas.’ Jake ordenou telepaticamente.

O adolescente assentiu sem questionar. Cada comando de Jake foi tomado como evangelho. Jake então ajudou o Guarda a limpar os escombros e ordenou que ele procurasse por sobreviventes. Cada Guarda extra era trabalho extra grátis.

Visitaram o Castelo, bem como outras residências importantes como a do Oficial de Justiça ou a Catedral, mas praticamente nada restou. Os atacantes foram extraordinariamente meticulosos em seus esforços para incendiar tudo. Em particular, a residência do pedreiro, onde não haviam deixado nada, nem mesmo as cinzas das ferramentas.

Quando chegaram ao pé da colina, Jake parou surpreso. Olhando para o topo, murmurou pensativo: “Então nem você fugiu?”

Subindo a colina em um ritmo uniforme, Jake caminhou até uma mansão em ruínas. O cheiro de carvão e cinzas ainda era predominante e alguns fios de fumaça preta ainda ondulavam dele. Vasculhando os escombros, Ostrexora e Laksmini pareciam desanimadas. Especialmente Laksmini, que ainda parecia bastante abalada.

“Por que você ainda esta aqui?” Jake quebrou o silêncio, o que surpreendeu a jovem. Em comparação, Ostrexora apenas se virou lentamente, como se já tivesse antecipado sua chegada.

“Por que você ainda está vivo?” Ela respondeu com uma cara séria.

Jake sorriu. “Vamos conversar.”

Das pedras de paralelepípedos, Jake arrumou quatro bancos. Quando todos estavam sentados, não fez rodeios.

“O que você quer?”, ele perguntou gravemente. “Eu sei que você não está com aqueles outros Monstros que acabaram de atacar, mas também sei que comparados a você eles são como meninos do coral.”

Ostrexora não fez nenhum esforço para negar.

“Eu quero o que qualquer Monstro quer. Matança e Descanso Eterno.” Mesmo alguém tão endurecido pela batalha quanto Jake recuou um pouco.

“Mas eu só mato homens.” Ela acrescentou com franqueza, exibindo um sorriso angelical contra todas as probabilidades.

‘Ok, ela é definitivamente louca.’ Jake concluiu interiormente, mas não mostrou nada disso. Certamente algum cara arruinou sua vida no passado para fazê-la odiar homens assim.

“Mas eu sou um homem.” Ele apontou o único detalhe importante que ela parecia ter encoberto.

“Sim.” Ela assentiu apática novamente.

Jake sentiu uma dor de cabeça chegando. Esta seria uma longa discussão.