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The Player that Can’t Level Up – Capítulo 237

Crescimento (2)

Gi-Gyu estava no 60º andar da Torre. Todos que passaram por este andar afirmaram que era o mais seguro até então, mas também era o mais longo e tedioso.

‘Só porque é seguro não significa que vai ser fácil.’

O mundo ao seu redor estava escuro, escuro como breu, sem um único raio de luz. Gi-Gyu se sentou na posição de lótus.

Inicialmente, faltava apenas luz ao espaço; com o passar do tempo, ele sentiu que estava lentamente perdendo seus outros sentidos. Começou com a visão, depois o tato, audição e o paladar.

E quando todos se foram, Gi-Gyu sabia que teria que passar a eternidade aqui. Seria o tempo que a Torre julgasse necessário.

[2160:00]

No espaço sem luz, um outdoor se materializou. A luz piscou e o número no quadro mudou.

[2159:59]

O primeiro número representava as horas e o segundo, os minutos. Dos 90 dias que tinha que passar aqui, já tinha passado um minuto. Ele tinha que sobreviver neste andar pelos próximos três meses.

‘Bem, é isso que a Torre quer, então…’

Gi-Gyu fechou os olhos e o outdoor desapareceu junto com ele. Não havia como saber quando esse outdoor reapareceria; até então, ele só tinha que lutar contra o terrível tédio.

Era como lutar contra si mesmo.


Antes de Gi-Gyu sair para fazer o teste do 60º andar, Soo-Jung disse a ele: — Você parece bem, hein?

Gi-Gyu estava esticando os braços vagarosamente. Sua recuperação foi rápida. Embora ele não estivesse totalmente curado, se mover não era problema agora.

Soo-Jung estava o visitando em seu quarto. Eles estavam sozinhos agora.

Gi-Gyu respondeu: — Sim, me sinto bem. Não podia ser melhor.

Ele não estava no auge, mas respondeu com um sorriso satisfeito: — Minha cabeça parece muito mais clara agora.

Como se perdido em pensamentos, Soo-Jung olhou para ele por um longo tempo antes de perguntar: — Você usou, não foi?

— …

Ela esclareceu com hesitação: — Estou falando sobre o poder de deus.

Gi-Gyu parou de se alongar e se virou para Soo-Jung. Ele deu a ela um sorriso largo, e eles compartilharam um olhar estranho.

Ele abriu os lábios e finalmente quebrou o silêncio constrangedor. — Acho que devemos primeiro visitar a conselheira Lim Hye-Sook.


Gi-Gyu não sabia quanto tempo havia se passado. Este mundo de nada havia consumido seus poderes e sentidos.

Há quanto tempo?

Uma hora?

Um dia?

Um mês?

Talvez ele já estivesse perto dos três meses.

Mas…

[2150:59]

O outdoor aparentemente se materializou apenas para decepcioná-lo.

Nove horas.

O número cruel quase o fez rir.

Mas…

‘Está tudo bem.’

O que ele precisava era de tempo. E não um tempo qualquer, mas um que parasse e não continuasse. Foi exatamente por isso que ele veio aqui. Ao contrário de outros jogadores, ele não precisava se preocupar com o tempo no outdoor porque era um inferno para os outros, mas uma chance para ele.

Gi-Gyu estava aqui por necessidade. Para ele, este era um porto seguro. Ele se sentia muito melhor agora. Não, na verdade, ele se sentia um pouco impaciente. Cada segundo contava, então ele desligou sua consciência novamente.

Seus sentidos e o outdoor desapareceram juntos.

Fwoosh.

Eventualmente, Gi-Gyu pôde ver. Este não era mais um lugar de pura escuridão. Tanto o tempo quanto todos os seus sentidos despertaram. Ele logo esqueceria o fluxo do tempo, mas pelo menos recuperou os sentidos.

Segundo os jogadores que passaram do andar 60, não havia nada pior do que perder os sentidos.

‘A privação sensorial é a experiência mais assustadora que você pode ter. Não há nada pior…’

Os outros jogadores temiam a solidão que seu vasto e vazio lugar trazia. Mas isso não dizia respeito a Gi-Gyu. Os outros jogadores provavelmente não entenderiam, mas ele não se sentia sozinho naquele lugar.

— Droga, ainda não acabou? — Júpiter, envolto em correntes de metal e parado na frente de Gi-Gyu, murmurou.

Como sempre, ver seu outro eu era como se olhar no espelho. Eles pareciam iguais, mas ele sabia de verdade agora. Ele agora estava ciente da verdadeira identidade de Júpiter.

Gi-Gyu sorriu. Ele não estava mais sozinho. Ele não poderia estar. A Torre o isolou de tudo e de todos, mas optou por não separar Júpiter dele.

Isso porque Júpiter e Gi-Gyu eram iguais. Não havia como separá-los.

— Ainda falta muito tempo — respondeu Gi-Gyu.

Essa quantidade aparentemente interminável de tempo foi um grande presente para Gi-Gyu.

— Vamos começar, Júpiter.

— Tsc.

As correntes de metal que prendiam Júpiter lentamente começaram a se soltar.


— Isso é chocante — Lim Hye-Sook sussurrou.

— Gostou?

— Como eu não poderia?!

Ela estava deitada na cama como um cadáver apenas alguns minutos atrás; agora, ela estava passeando em sua bela e jovem forma.

— Não me sinto diferente de antes — Lim Hye-Sook anunciou enquanto ficava na frente de Gi-Gyu como seu Ego.

Gi-Gyu já havia conversado com Yoo-Bin sobre o que fazer. A única maneira de salvar Lim Hye-Sook era egoficá-la. Talvez usar o poder de deus fosse outra maneira, mas Gi-Gyu não tinha certeza se poderia usá-lo com sucesso novamente.

— Obrigada — Lim Hye-Sook agradeceu a Gi-Gyu. Ele tinha dado a ela um novo sopro de vida.

Ela continuou: — É essa a lealdade que seus outros Egos sentem? Que interessante.

Havia uma emoção que todos os seus Egos sentiam – lealdade inexplicável e incondicional – e Lim Hye-Sook agora também sentia o mesmo.

Gi-Gyu estava começando a entender seu título de Mestre de Egos, mas ainda não podia fazer nada sobre isso.

O que seus Egos sentiam era como…

‘Instinto protetor.’

Era como se os Egos tivessem nascido para proteger seu mestre, e Gi-Gyu não podia fazer nada a respeito.

Lim Hye-Sook parecia estar se divertindo com a situação. Ela comentou: — Isso não é uma coisa ruim. Não é uma sensação ruim. — Se virando para ele, ela perguntou: — Yoo-Bin está bem?

— Claro. Ela está em melhores condições do que antes, então não precisa se preocupar.

Lim Hye-Sook pareceu finalmente aliviada pela garantia de Gi-Gyu.

— Quero ver Yoo-Bin — ela respondeu infantilmente.

Mas…

— Não, ainda não — Gi-Gyu respondeu com firmeza.

Lim Hye-Sook parecia confusa.

Creak.

Antes que Gi-Gyu pudesse explicar, Soo-Jung entrou na sala.

Ela perguntou: — Você parece bem, hein?

Lim Hye-Sook murmurou: — Você é tão rude como sempre, não é?

— Hmph. — Soo-Jung bufou. Parecia que Soo-Jung e Lim Hye-Sook não se davam bem.

Gi-Gyu interrompeu a conversa para aliviar o clima e explicou: — Yoo-Bin ainda está se acostumando com seu novo corpo. Até então, seria melhor se você não a visse.

Olhando para eles, Gi-Gyu acrescentou: — Temos algum tempo, então vamos conversar agora? Já que a conselheira Lim Hye-Sook se recuperou, acho que é hora.

— Tudo bem — Lim Hye-Sook balançou a cabeça e respondeu. Ela se sentia bem, mas sua mente ainda parecia um pouco desorganizada.

Gi-Gyu se virou para olhar para Soo-Jung. Era como se ele estivesse perguntando se estava tudo bem Lim Hye-Sook ouvir a conversa.

Soo-Jung murmurou: — Por que está olhando para mim? Ela não é inquestionavelmente leal a você agora? Então não importa se ela ouve. Na verdade, o que você quer ouvir dela provavelmente se sobreporá ao que estou prestes a dizer, então vai ser mais conveniente.

Ela acrescentou: — E por que não chama Lou e El também? Será útil se eles ouvirem sobre isso também.

Gi-Gyu assentiu. Ele esperou tanto para ouvir esta história; finalmente chegou a hora.


Whoosh.

A mão acorrentada foi em direção a Gi-Gyu enquanto cortava o vento. Gi-Gyu moveu o pé para sair do caminho e a mão acorrentada errou. Então, uma espada apareceu na mão de Gi-Gyu.

Era uma espada negra feita da Morte. Gi-Gyu o levantou para dividir Júpiter em dois.

— Haa, — Júpiter suspirou. Ele não se mexeu; em vez disso, aceitou a espada com seu corpo.

Clunk.

O som de duas peças ocas de metal colidindo ecoou no ar. A espada feita da Morte atingiu seu alvo, mas nem uma única ferida apareceu em Júpiter.

Júpiter parecia irritado enquanto rosnava: — Você não pode me prejudicar com sua força atual.

Gi-Gyu mordeu os lábios e se recostou enquanto Júpiter só observava, despreocupado sobre qual seria o próximo movimento de Gi-Gyu.

Gi-Gyu se reposicionou quando outra espada apareceu em sua outra mão. Como a primeira, esta também era feito de Morte.

Júpiter sorriu. — Você não pode nem usar a Morte totalmente, então como duas espadas podem mudar alguma coisa? Você pode ter quatro espadas, mas o vai ser o mesmo.

Júpiter estava certo. Enquanto Gi-Gyu não pudesse usar a Morte totalmente, ele não poderia nem arranhá-lo.

Júpiter era tão forte.

— Pelo menos você se cansa? — Júpiter perguntou com um suspiro.

O ignorando, Gi-Gyu apontou ambas as espadas para o alvo.

Boom!

Gi-Gyu correu em direção ao inimigo tão rápido que ficou invisível.

Clankkkkk!

Um som diferente foi ouvido desta vez, pois Gi-Gyu havia girado como uma estaca para atacar Júpiter.

— Nada mal. — Júpiter percebeu que Gi-Gyu o havia enganado e um olhar sério apareceu em seu rosto. Descobriu-se que Gi-Gyu não tinha simplesmente feito outra espada da Morte. A energia da Morte era mais espessa do que antes, mas Júpiter não percebeu até agora.

Gi-Gyu fez a mudança secretamente, então um Júpiter inconsciente enfrentou o ataque de frente.

Clankkk!

Quando as correntes de metal e as espadas da Morte colidiram, faíscas de cores estranhas voaram por toda parte.

— Estou tão entediado — Júpiter murmurou, mas só eram palavras vazias.

Whoosh!

Seu punho rasgou o ar dentro deste espaço virtual – que Gi-Gyu havia criado dentro de seu receptáculo – enquanto corria em sua direção. Júpiter não colocou toda a sua força, mas ainda assim foi o suficiente para fazer Gi-Gyu ofegar.

Ele ficou tenso quando o punho de Júpiter parou bem diante de seus olhos. O primeiro não se moveu mais; permaneceu suspenso no ar.

— Droga — Júpiter jurou.

Barulho.

As correntes de metal soltas se apertaram em torno de Júpiter novamente, puxando-o de volta para onde estava.

Júpiter gritou: — Por quanto tempo tenho para fazer isso? Isso é tão irritante. Se simplesmente parasse de resistir e me deixasse ter seu corpo… eu teria sido capaz de fazer tudo o que você quisesse.

— Calado — Gi-Gyu respondeu a Júpiter pela primeira vez desde que chegou aqui.

Gi-Gyu sabia melhor do que ninguém o quão repugnantemente poderoso Júpiter era. Talvez não houvesse ninguém mais forte que Júpiter. Mas Gi-Gyu nunca o deixaria ter seu corpo.

— Vou derrotá-lo — disse Gi-Gyu a Júpiter enquanto baixava suas espadas feitas de Morte.

Conseguir isso seria impossível em sua condição atual, mas…

— Tenho muito tempo — Gi-Gyu anunciou enquanto assumia uma posição de batalha.

Barulho.

As correntes de metal ao redor de Júpiter se soltaram novamente e atingiram o solo.

— Droga, de novo não. — A voz irritante de Júpiter preencheu o espaço.


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