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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 193

Capítulo 193

Os olhos de Zich brilharam.

— Agora que penso nisso, você disse que viu um futuro onde eu era o herói, não foi, Lyla?

— Sim.

— Então, você se lembra de algum outro futuro para Glen Zenard?

— Um… — Ela vasculhou suas memórias incompletas —Não… nada. Posso ter perdido as memórias, mas não consigo me lembrar de nada.

— No período em que eu era um herói, que tipo de pessoa era ele?

— Quando você era um herói? Fiquei interessada, mas também não consigo me lembrar.

— Ok, tudo bem.

Ele deu uma tapinha nos ombros dela algumas vezes, já que parecia decepcionada consigo, e mandou-a de volta para seu quarto. Por mais que ela tivesse perdido as memórias, era estranho que ela não tenha conseguido se lembrar dos outros futuros de Glen.

Era desconcertante como ela via dois futuros opostos com Zich: um onde ele era um herói e outro onde ele era um Lorde Demônio, porém não via nenhum outro para Zenard. Ou, podia ser uma mera coincidência e ela podia ter esquecido apenas.

“Mas não deixa de ser bem suspeito…”


Depois que o grupo foi oficialmente contratado pela Tribo do Lago, eles se mudaram na hora. Não queriam começar tarde. Leona quis se juntar, entretanto o irmão protestou e Zich recusou.

“Como temos que parecer um grupo de humanos terceirizados, não podemos ter um elfo conosco”, foi o que ele disse.

D’niel guiou-os até o caminho que levava a Mentis, planejando voltar em seguida. E, após passarem por uma floresta densa, chegaram ao seu destino.

— E ali é Mentis. — Apontou para um lugar, surpreendendo a todos.

Era um grande lago — não, chamá-lo de lago era um eufemismo. Eles viram um longo horizonte do outro lado do lago. Se D’niel não tivesse dito a eles que era um lago, com certeza pensariam que era um mar. No centro do enorme corpo d’água, havia uma ilha gigantesca depois da névoa, incrivelmente misteriosa e magnífica.

— Como podem ver, já que os arredores são cobertos por um lago, ela pode ser usada como uma forte defesa. Tem apenas uma passagem, também.

O lago e Mentis estavam conectados por apenas uma ponte. Como a cidade que viram na capital da Tribo do Lago, o local era feito de uma mistura de árvores vivas e emaranhadas. A ponte era gigante, mas não o suficiente para compensar o posicionamento desconfortável e o acesso limitado.

Zich focou seus olhos nos arredores de Mentis.

— É diferente das cidades élficas que vimos até agora. A maioria dos edifícios é de pedra, e não tem tantas árvores quanto às outras cidades élficas.

“Na verdade, parece mais uma cidade humana”, pensou Zich.

— Não há elfos morando, apenas um casal que administra a área. É muito desconfortável para nós ficarmos lá. — Então, o elfo tirou um pedaço de pergaminho de seus pertences — Este é o mapa de Mentis que nosso príncipe queria lhe dar.

Zich pegou o mapa e o abriu. Nele, havia descrições da estrutura interna da grande ilha e alguns lugares circulados em vermelho.

— Os lugares com círculos vermelhos são as áreas onde achamos que nossos cativos estão.

— Quando tivermos oportunidade, vamos dar uma olhada. — Zich pôs o mapa dentro da caixa mágica.

— Continuando… vocês podem não ter notado, visto que a região é cercada por florestas, mas tem muitos olhos observando agora, incluindo nossa tribo. Tenho certeza de que outras esconderam suas próprias tropas por aqui, sem falar nos batedores.

De fato, o humano sentiu um número considerável de presenças; todas pertenciam a elfos.

— Então, vou embora agora. Te desejo boa sorte. — Com essas palavras, o elfo sumiu. Seus movimentos silenciosos eram esperados de um elfo, muitas vezes conhecidos como moradores da floresta.

— O que você vai fazer agora? — perguntou Lyla. Zich olhou para Mentis de longe.

— Por enquanto, temos que mostrar que os humanos estão intervindo nesta guerra. — Ele sorriu — Vamos nos exercitar um pouco mais duro esta noite.


O sol pôs-se e a lua nasceu. O lago brilhava com o reflexo das estrelas, e todo o resto estava coberto pela escuridão total. Contudo, havia um lugar onde os movimentos afastavam a escuridão: Mentis. Várias tochas ardiam e iluminavam a cidade, dando uma impressão de reprodução da claridade do dia. As forças armadas entravam e saíam. Como se estivessem tentando evitar um único ponto cego, um número incrível patrulhava a área.

Uma figura escura passou entre essas forças. Dois elfos patrulhando caminharam até uma área remota de Mentis. Por maior que fosse a força, não era o suficiente para cobrir uma cidade daquele tamanho. Infelizmente, para esses dois elfos, uma sombra se aproximou e interceptou seu caminho.

Whoosh!

Com um golpe de espada, ambos tiveram os pescoços meio cortados. Por não terem morrido na hora, contraíram-se um pouco sem poderem emitir som algum. Não demorou muito para que parassem de mover-se.

Depois da confirmação da morte deles, Zich retornou ao seu lento mover, assassinando a fim de manter a exploração. Após um tempo, todos os elfos ao redor desapareceram, deixando-o sozinho no meio da terra.

“Eles provavelmente vão começar a notar. Tanto faz eu estar sendo furtivo, matei soldados demais para não notarem nada.”

Ele, então, ouviu uma grande comoção à distância, fora os passos fervorosos.

“Devo começar?”

Ele assobiou. Os outros aparentaram ter escutado, pois ele sentiu-os se virando para ele. Todavia, não fugiu. Não demorou muito para que um grupo de elfos armados viesse correndo em direção a ele.

— Lá! — O comandante apontou para ele, fazendo com que os soldados apontassem as flechas para Zich. O comandante ficou surpreso ao ver quem era.

— Um… humano?

Com suas palavras, aqueles atrás começaram a murmurar entre si.

— Um humano?

— Como pode um humano vir até aqui…?!

— Quietos! — exclamou o comandante, olhando devagar os entornos. Ele avistou cadáveres da sua espécie, ocasionando em veias saltando no seu rosto.

— Obra sua?

— Isso? — Zich chutou de leve uns corpos, sorrindo — Eu os matei porque pensei que poderiam fazer muito barulho. Ah, eu não deveria ter feito isso? Este daqui talvez seja seu irmão mais novo? Se for verdade, peço desculpas. Eu sinto muito.

Ele tirou uma moeda do bolso e jogou-a na direção do comandante. Mesmo no mundo humano, era quase uma moeda sem valor.

— Você não pode me perdoar por isso? É que não tenho muito dinheiro, mas seu irmão não era só um pedaço de lixo que ia te roubar? Se você pensar nisso, eu não deveria ser recompensado por ter cuidado dele?

Ele fez uma cara verídica, como se sentisse arrependimento, irritando a todos os presentes, agora vermelhos de raiva. Outra vez, ele inclinou a cabeça e chutou o cadáver.

— O quê? Não era seu irmão?! De jeito nenhum! Seu irmão estúpido e inútil que te rouba ainda está vivo? Foi mal, erro meu. Por favor, parem de me olhar assim e me digam onde está…

— Peguem eeeeleee! — gritou o comandante, sentindo que a garganta explodiria. Os soldados também cerraram os dentes e atiraram flechas. No entanto, Zich brandiu a Windur e acertou todos os projéteis.

Alguns dos soldados sacaram suas espadas; Zich correu em direção a eles. O resto dos soldados continuaram atirando flechas. Como esperado da raça, os que estavam atirando possuíam um longo alcance impressionante — o que não bastou para Zich, que, no meio de uma pirueta, assobiou alto.

De repente, o som de metal afiado pôde ser ouvido, e soldados armados até os dentes saíram de ambos os lados.

— Hã? O que?

O comandante estava perplexo. Seus soldados também pararam de atacar Zich e encararam os soldados blindados.

— Haha! É guerra, seus bandos de filhos da puta! É a terra sagrada e preciosa dos nobres elfos! Terá uma tonelada de raridades, então peguem bastante para vocês!

Os soldados blindados gritaram alto e correram aos elfos.

— Quem diabos são esses malditos, cacete?

— Porra, eles saíram de onde? Que desgraça!

— Não se surpreendam! — gritou o comandante — Entrem em formação de linha e fiquem contra eles! Nossos reforços estão chegando em bre…!

— Não.

Um arrepio percorreu as costas do comandante. Ele tentou balançar rapidamente sua espada, mas antes que conseguisse, uma lâmina perfurou seu peito.

— Agh!!

Com os olhos trêmulos, ele olhou para o indivíduo. O humano que zombou dele estava parado na frente dele antes que ele percebesse.

— É senso comum matar os comandantes primeiro, tio.

Zich sacou sua espada, espirrando sangue por toda parte. O comandante caiu no chão, vendo os ver os seus soldados esparramados com sangue escorrendo e os soldados blindados massacrando os restantes.


Mentis estava em frenesi. Um grupo de soldados armados apareceu de repente e varreu a ilha. A Tribo do Ferro demorou a reagir, porque para evitar qualquer intruso, a maior parte de sua força militar foi alocada pela ponte. Os soldados espalhados pela ilha estavam ali para conter pequenos grupos de elite ou enviados para resgatar os reféns. Ninguém esperava inúmeras tropas entrando pela retaguarda.

— O que é toda essa comoção?! — exclamou pro subordinado o rei da Tribo do Ferro, Reno un tu Dras.

— Intrusos entraram pela área traseira da ilha!

— E por que tanta comoção com alguns intrusos?!

Independentemente de quão habilidosos fossem os infiltrados, era desconcertante ser repelido assim. Porém, seu subordinado contradisse suas palavras.

— Senhor, não são apenas alguns intrusos! Tem um número altíssimo de inimigos!

— O que você quer dizer?! Como poderia tantas tropas entrarem pela retaguarda?! O que os guardas estavam fazendo?! Eu continuei dizendo a eles para tomar cuidado com qualquer intruso viajando de barco!

— Senhor, nós verificamos, e nenhum barco chegou perto da ilha!

— E como caralhos esses merdas se infiltraram?!

O subordinado baixou a cabeça, sem saber como responder. Reno bufou por um tempo antes de falar de novo.

— Que tribo é?!

— Senhor, não é uma tribo! Nosso oponente é um humano!

— O quê?!


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