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The Regressed Demon Lord is Kind – Capítulo 83

Capítulo 83

— Brod, leve o senhor Joaquim e todos os outros para um local mais seguro!

Até cavaleiros com alta resistência adoeceram com o sangue dela. Se soldados comuns apenas fizessem contato, morreriam na hora. Seria fatal para o fragílimo Joaquim.

— Sim, senhor! — Brod rapidamente o pôs nas costas.

Quando Joaquim viu os cavaleiros largados no chão, mordeu os lábios.

— Temos que salvar os que caí…

— Temo que seja tarde demais, senhor!

— Bargot…! — gritou o moribundo Shalom, caído após ser atacado por Zich e infectado.

Apesar de estar meio transformado, não conseguia combater a doença, que fez surgir brotoejas na sua pele. Não desviava o olhar dela de jeito nenhum, e ninguém podia afirmar o que seus olhos demonstravam: preocupação ou rancor. No entanto, antes que adivinhassem, perdeu a força e bateu a cabeça.

Depois de ser consumida pela culpa, Bargot achou graça da situação. Foi um fim patético para alguém que matou inúmeros inocentes. Porém, nenhuma pessoa se preocupou com a sua morte e já o haviam esquecido — até ela, a quem ele chamara nos últimos momentos.

— Evacue todos os soldados comuns do castelo de imediato! Os cavaleiros vão lutar. Se certifiquem de nunca encostar em algo expelido dela! — gritou Joaquim antes de sair do lugar. Os que estavam reunidos do lado de fora da porta começaram a se mover.

“Ele é mesmo impressionante.”

Apesar de não ter mais a força de quando era o “Vampiro”, seu raciocínio rápido e capacidade de tomar decisões sob pressão o faziam se destacar.

— Hans — chamou Zich ao seu lado.

— Sim, senhor!

Por sorte, ele estava a um passo dos outros e não entrou em contato com o sangue.

— A menos que receba outra ordem, recue e ajude um pouco eles. Se tentar lutar com a sua habilidade atual, vai morrer que nem um inútil.

— Entendido, senhor!

— Vejo que Joaquim partiu e não tenho intenção de ficar mais tempo no território dos Draculs. Por que não seguimos nossos próprios caminhos? — falou Bargot.

— Cale-se! Não vamos deixar uma bruxa feito você escapar!

— Mas homens grudentos não fazem o meu tipo.

Whish!

Como se fosse segurar o cavaleiro, as palmas dela fizeram um som aterrorizante. Apenas o barulho tirou o suor escorrendo pelas costas das pessoas. Porém, não vacilaram e se aproximaram mais com Zich. Não tiveram escolha a não ser parar os ataques.

Ela usou o fato de que, se atacassem, expeliriam sangue através dos ferimentos, a seu favor. Se fosse machucada, se movimentaria ainda mais e cuspiria neles a cada poucos minutos. Acima de tudo, possuía uma enorme força física.

“Seria muito mais fácil com um mago.” Zich estalou a língua e se aproximou um passo além dos cavaleiros.

— Ai, Deus! Até você quer me pegar?

— Como não? Ainda mais quando estávamos tão apaixonados. — Apontou a espada.

— Hahaha! Pensando bem, acho você foi um bom parceiro, apesar de ser frio. Por que não esquentamos as coisas? — Levantou a mão, destacando as suas unhas brilhantes.

Rip!Riiip!

Numa questão de segundos, criou em si mesma uma ferida terrível a fim de expelir seu sangue em grande quantidade.

— Droga!

Os cavaleiros logo tentaram se afastar. Se movimentando, gotículas de sangue dela voaram pelo ar que nem chuva.

“Cara, ela já tá enchendo o saco.”

Ele colocou bastante mana na espada e atingiu o ar acima algumas vezes. Passando-se três segundos, a mana causou uma explosão de choque.

Boooom!

Todas as gotículas foram jogadas a um canto da parede.

— Eu pensei nisso quando sobreviveu ao ataque na aldeia, mas suas habilidades são impressionantes de verdade.

Visto que a onda de choque não foi dirigida a ela, e sim ao sangue, ela não sentiu nem um pouco de dor.

— Tenho certeza de que ninguém supera minhas técnicas, pelo menos.

— Quanta confiança. Mas tudo o que fez até agora foi espalhar sangue. Posso fazer isso o dia todo.

Fiel às palavras dela, ela encharcou o chão inteiro. Sua ferida estava agora quase curada por completo, embora não aparentasse mudar muita coisa.

— Tu é chata pra cacete. Até eu posso ser infectado, mas é irritante te ver contando vitória antes da hora.

Ele infundiu mais mana na lâmina. Desta vez, não a concentrou em uma parte da espada ou espalhou de forma igual nela inteira; foi aleatório. Contudo, a força aumentou ao extremo.

Zing!

A espada emitiu um zumbido.

Hissss!

Ela ficou vermelha, e o ar ao redor vacilou de leve.

Tut!

Zich se levantou e se lançou em direção à Bargot, que estendeu as mãos.

Whish!

Sem dificuldades, ele evitou o ataque. Não adiantava ela ter tanta força se nunca tivesse treinado, o que ocasionou em inúmeras aberturas.

Os olhos dele pousaram numa área do seu corpo: a ferida aberta. Era agora tão pequena quanto uma unha, todavia era suficiente para ele.

Pugh!

Ele empurrou com suavidade a espada. Era para o sangue sair feito um jato, porém, para surpresa dela, não saiu. Somente o cheiro de fumo queimado se espalhou.

— Urghhhhh! — gritou, se contorcendo.

A espada já havia cortado fundo a pele dela, então não adiantou tanto tirá-la.

— Ugh! Urgh!

— Qual o problema, minha dama? — perguntou docemente enquanto observava ela agarrar a região cortada — Arde um pouco, não?

Usando mana, ele esquentou a lâmina criando atrito com mana. Tinha um nome simples: “Ardente”.

“É bem triste ter que usá-la e perder a durabilidade da espada, mas deve ter queimado a doença por dentro e retardado a sua regeneração.”

Era o ataque mais eficaz a ser usado contra ela. Ele continuou golpeando, evitando a pele dura dela e atacando as partes já abertas.

— Kah!

Por mais que tenha tentado, desesperada, criar mais cortes com a unha a fim de sair sangue, Zich impediu.

— Singeeeeed!

Quando os ataques cortaram pedaços de seu corpo, ela sentiu uma imensurável dor junto do calor da espada viajando por dentro dela através da mana. Ela não podia se machucar mais, porque os ferimentos que criou de propósito se tornaram uma desvantagem.

Os cavaleiros que observavam por trás também começaram a ajudar. Como não podiam atacar sem derramar sangue, bloqueavam os ataques para proteger Zich.

— Teeeemu!

Outra ferida profunda no abdômen dela. O cheiro de gás e carne foi exalado dessa vez, e ela percebeu que poderia morrer.

— E-em um lugar desses…? — Rangeu os dentes — Acha que eu morreria num lugar desses, merda?! — Estendeu a boca e mordeu o próprio braço.

Chomp!

Seus dentes poderosos facilmente esmagaram sua pele. Mais sangue, incomparável à quantidade de antes, derramou, contudo ela não parou e mordeu ainda mais forte.

Craaack!

Com um barulho aterrorizante, o seu braço foi cortado. Então, ela o agarrou e balançou em direção a eles.

— C-cuidado!

Os cavaleiros se retiraram e gritaram de horror, e até Zich teve de aumentar a distância.

— Kuah! — Gritando, jogou para Zich, que deu um grande salto lateral.

Crash!

Virou as costas antes de correr e bater o ombro numa parede próxima.

Craaack!

A parede espessa quebrou, e o centro da cidade podia ser visto pelo buraco formado, o qual foi utilizado por ela para saltar.

“Ela está fugindo?”

Ele apressadamente a seguiu e gritou para os cavaleiros:

— Vou segurá-la, então digam agora pro Joaquim que ela escapou! Se ela for para o centro, terá muito mais danos!

— S-sim, senhor!

— Hans, segue as ordens do Brod!

— Sim, senhor!

Em um piscar de olhos, Hans, Brod e os cavaleiros foram à entrada. Sabiam o que aconteceria se Bargot saísse do castelo.

Plop!

Zich pulou, pousando nos jardins do castelo.

“É bem melhor lutar em terreno aberto do que entre quatro paredes. Posso simplesmente usar qualquer coisa sem pensar duas vezes. Foi até bom ela ter fugido, mas não posso deixá-la sair da propriedade.”

O estrago que ela causaria era impensável. Então, sorriu. “Não acredito que estou tentando poupar as pessoas do sofrimento.”

O que o Lorde Demônio, Zich Moore, pensaria se visse o atual Zich? Talvez teria o xingado ou emitido uma raiva absoluta. Mas não importava. Independentemente de quem costumava ser, o foco era o presente.

“Não vai ser o meu passado que vai ditar como vou viver!”

Crash!

Com mana fortalecendo e muito as pernas, ele correu em direção a ela antes antes que escapasse. Foi uma sorte que as instalações do castelo se estendessem por toda parte.

— Caraaalho!

As formalidades eram inexistentes agora. Soltando uma série de xingamentos agressivos, ela acenou com o braço restante.

— Esse teu linguajar se encaixa com a aparência! Pra ser honesto, achei nojento o discurso elegante mesmo depois dessa mudança de estética falha! — Ergueu a espada.

Depois que perdeu o braço, ela ficou sem um dos seus meios de atacar e lutou para manter o equilíbrio. Assim, para ele, os golpes dela estavam muito fáceis de evitar.

Claaang!

Ele disparou, emitindo um som áspero. Sem usar força pura, usou ataques que poderiam virar o jogo a seu favor.

Wobble!

Quando o corpo grande dela começou a balançar, ele avançou aonde seus braços foram cortados. Sua lâmina já estava exalando um calor fumegante.

Swish!

— Porra…! — gemeu de dor. Quanto mais tentava acabar com ele, mais se envolvia em seus movimentos. A diferença de experiência era clara — Aaaaah!

Talvez tenha julgado que não venceria, pois virou as costas de novo.

“Ela quer fugir?” Zich estalou a língua “Tá bem achando que vou deixar ir pela sombra.”

Por ela ter muitos ferimentos, ele não precisava mais passar pelo trabalho de tentar perfurar sua pele.

“Ela é muito perigosa para deixar viva para obter informações. Eu devia acabar logo com isso.” pensou, imbuindo mana na espada. Como não havia ninguém perto, achou que explodiria ela com um grande ataque.

Crash!

Feixes vermelhos e quentes de luz dispararam até ela, iluminando os arredores.

Bam!

O som do ataque ressoou baixo, e a parte superior dela desapareceu junto com todos os ornamentos no jardim e os feixes indo em direção ao espaço. Para dizer o mínimo, aquele poder foi de abrir a boca.

O que restou dela cambaleou alguns passos e caiu no chão, as feridas carbonizadas ao ponto que nada saía mais delas. Esse foi o fim de Greta Bargot, quem usou o território Dracul de playground para experimentos.

Ela, seu alvo, podia ter morrido, no entanto, ele não baixou a guarda. Em vez disso, aumentou ainda mais os sentidos. O golpe final não foi obra dele.

— Quem está aí?


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