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The Villain Wants to Live – Capítulo 127

Névoa (1)

“…Sim. Eu sei.”

Lia sentiu a tensão sufocando-os. O chefe intermediário no momento

— Deculein – não era apenas um professor.

Ele era um caçador de demônios herdado de uma antiga linhagem, e a cabeça do clã destruía demônios.

A melhor opção deles era fugir.

Enquanto estivessem com Carlos, não havia como derrotar um Yukline.

Com um grito, Lia jogou uma adaga em Deculein, enfiando-a em seu braço. Era a característica de [Golpe certeiro].

Deculein moveu o metal sem se mover, as dezenas de peças de aço movendo-se em resposta à sua vontade como um enxame de abelhas furiosas.

Lia liberou sua mana e jogou-os de volta, mas o aço de madeira embutido no chão vibrou com [Psicocinese] e virou o chão de cabeça para baixo. Ela começou a cair, mas foi pega no ar por uma força invisível.

Seu braço direito estava pendurado no céu enquanto Deculein envolvia o artefato da pulseira em torno de seu pulso com [Psicocinese].

“…Eu não vim para prejudicá-la. Não tenho interesse em matar crianças.”

Seu tom frio cortou sua carne. Lia virou-se para Leo, que estava cambaleando e acenando de cabeça para baixo no ar como um macaco.

“Vou pegar esse.”

Deculein apontou para Carlos, a criança apanhada na explosão e jogada fora.

Meio-humano, meio-demônio, sofrendo de uma febre causada por seu lado demoníaco. Lia e Leo responderam imediatamente, fazendo um vaso sanguíneo inchar na testa de Deculein.

“Você sabe quem você está protegendo?”

“Eu sei. Eu sei melhor do que ninguém.”

Lia respondeu sem hesitar. A expressão de Deculein se acalmou para uma de indiferença. Era uma aura calma, mas ainda assassina.

“Esse é um problema maior. Você que protege o diabo também é culpado”.

Ele falou como se fosse o juiz e começou a mover o aço de madeira novamente.

Inúmeros fragmentos de aço correram para Carlos, transformando a sala ao redor em pó.

Lia jogou fora a pulseira que estava amarrando sua mão. Cercando-se de energia protetora, ela correu para Carlos para defendê-lo contra a chuva de aço de madeira.

Felizmente, sua energia não foi destruída, mas ela quase morreu na primeira onda. A túnica de Lia estava rasgada em pedaços, e o sangue escorria das feridas que agora cobriam seu corpo.

“… Isso tudo é inútil.”

Deculein olhou para Liacom um sorriso de escárnio. Com isso, Lia se virou com veneno em seus olhos.

“Não é inútil!”

“É tolice. A própria ideia de abraçar alguém com sangue de demônio é…”

Nesse momento, Deculein parou de falar.

A tensão na área imediatamente desapareceu, e a dúvida penetrou em seus olhos. A ressonância da madeira de aço cessou, e seu olhar ardente se abrandou.

Como folhas de chá verde em uma panela, uma sensação estranha se espalhou por sua mente com uma onda… Era uma chance que não aconteceria duas vezes.

Lia se recompôs. A colcha. Ela levantou a colcha e cobriu Leo e Carlos; então, ela mudou a natureza da colcha para metal.

O interior dos lençóis foi transformado em um espaço fechado. Deculein manifestou sua magia tardiamente, mas já era tarde demais.

Quando Lia levantou a colcha, eles já estavam em um espaço diferente.

“Uau… eu mal sobrevivi~.”

Uma onda de tontura a assaltou enquanto gritava. Ela cambaleou e sentou-se.

“…Uau. Lia! Meu corpo ficou imóvel o tempo todo; o que é que foi isso?! É realmente estranho!”

Por outro lado, Leo correu animadamente. Provavelmente era a [Psicocinese] de Deculein… não, provavelmente não era.

Neste mundo, não havia Psicocinese capaz de tal poder. De qualquer forma, o que quer que fosse, aquela magia era muito ameaçadora.

“Quem era agora?!”

Lia respondeu enquanto consertava os cortes por todo o corpo.

“Sim. Ele é um nobre mesquinho.”

“Uau! Mas foi estranho! Existem muitos mestres de verdade no mundo~. Além de Ganesha, quero dizer.

Leo estava tagarelando com entusiasmo, mas Lia não podia ouvi-lo. Ela estava ocupada pensando em Deculein.

“Sim. Ele era muito, muito… estranhamente forte.

A força de Deculein era anormal. A pessoa que Lia acabou de conhecer era diferente do cenário original. Claro, mesmo depois de considerar que a família Yukline se tornou extraordinariamente forte ao lidar com demônios…

“… É o efeito borboleta?”

“Não. É outra coisa.”

Lia lembrou do pequeno ovo de páscoa que adicionou um dia. A primeira noiva de Deculein, um cenário que não afetaria o progresso do jogo.

Ela incutiu nele esse sentimento de amor, e a morte de sua noiva tornou Deculein mais forte. Era uma provável inferência.

Este mundo não era mais um jogo, mas a realidade e os personagens se moviam tridimensionalmente de acordo com suas próprias emoções e memórias.

“… acho que é por causa disso?”

Mas, ironicamente, ela viveu graças a esse cenário adicional. Lia se lembrou da expressão de Deculein enquanto a olhava, lembrando o momento em que aquele instinto de aniquilação que engolfava seu corpo foi devorado por uma certa emoção pura.

Foi uma cena impressionante que permaneceria em sua mente por muito tempo.

“Porque eu pareço aquela noiva… A coisa que a irmã mais nova de Deculein, Yeriel, disse.

—A criança chamada Lia se parece com sua noiva.─A primeira… noiva?─Sim. Julie também tem um pouco de semelhança, mas aquela criança é muito parecida com ela.

A cor dos olhos e do cabelo são diferentes, mas provavelmente se parecerá mais com ela à medida que crescer. Consigo ver bem os rostos das pessoas. Lia fechou a boca e olhou para Carlos.

Ela colocou a mão na testa dele. Felizmente, a febre diminuiu um pouco. Liaforçou um sorriso brilhante em seu rosto e bateu palmas.

“Vamos nos mover de novo! Não sabemos se ele virá de novo, então temos que nos manter ocupados, certo?!”

Desta vez, Lia carregou Carlos. Eles apenas tiveram que segurar assim até Ganesha voltar.

Não importa o quão alto as especificações de Deculein fossem amplificadas, ele não seria capaz de derrotar Ganesha.


…Em algum lugar no Castelo Fantasma.

O peixe estava sendo cozido, mas por algum motivo, a atmosfera parecia estranha e precária.

Esperando pela comida, Jackal olhou para Carla.

O olhar de Carla alcançou Ganesha do outro lado. Ela encontrou os olhos de Carla casualmente.

“Faz muito tempo~, aquela que escapou de seu ‘inferno’”.

Com as palavras de Chacal, Ganesha deu de ombros.

“Sim, foi bem difícil. Eu admito. Respeito.”

Autoridade de Carla. Sua característica era confinar alguém em uma imagem.

Seu cenário era equivalente a um inferno infinito, e qualquer pessoa designada por Carla como prisioneira ficava presa lá dentro.

A única saída era atravessar aquele inferno de frente.

Claro, a habilidade veio com uma penalidade. Até que a pessoa aprisionada na imagem morresse ou escapasse, o corpo de Carla não poderia usar mana.

No entanto, essa era uma fraqueza quase esquecível, pois Chacal a protegeria nesse meio tempo.

“Então, eu vou~.”

…No entanto, quem pensaria que haveria outro monstro que poderia romper aquele inferno?

“Você não quer mais lutar, não é? Estou disposto a aceitá-lo, no entanto.”

Ganesha se levantou, seu cabelo esvoaçando para os lados. Jackal fez beicinho, mas continuou.

“Mas Ganesha. Eu vi uma cena estranha, sabe?”

Chacal balançou sua espada. Em seguida, uma cena foi projetada no ar. Foi a última memória de seus homens que foram mortos por Deculein.

“Acho que Deculein encontrou a criança.”

Por um momento, os olhos de Ganesha se arregalaram e Carla continuou suavemente.

“Yukline é um parente de sangue da aniquilação. Eles não aceitarão uma criança nascida de sangue demoníaco.”

“… Por que você está dizendo isso agora?”

Ganesha estalou a língua e começou a correr. Jackal, vendo-a partir, riu.

“Ei. Isso é incrível, hein? Dizem que o dinheiro vem de uma vez.”

O Altar queria Carlos. Não havia outra linhagem tão rara quanto um meio-humano, meio-demônio, exceto talvez gigantes. Além disso, o Altar também queria o cérebro de Deculein.

Aquela cabeça cheia de conhecimento de runas não era nada menos que o baú de tesouros mais caro do mundo. A recompensa oferecida pelo Altar pelos dois foi quase suficiente para criar um país.

“Temos duas grandes recompensas…”

Jackal sorriu enquanto polia sua espada. Seu sorriso refletido na espada vermelha estava gelado.


O segundo andar do Castelo Fantasma, nas acomodações de Deculein e seu grupo. Epherene acordou olhando para o teto com os olhos arregalados.

A cama era macia, o cobertor quente e os travesseiros confortáveis, mas ela acordou com o som de passos.

“É outro pesadelo…?”

Agora Epherene estava ficando cansada disso. Epherene levantou-se lentamente e saiu. Que tipo de fantasma seria desta vez? Os passos se moveram em direção ao quarto de Deculein.

Epherene olhou para Allen, que ainda estava dormindo profundamente. Embora pensasse em acordá-lo, se isso fosse realmente um pesadelo, Allen só se transformaria em um fantasma. Relutantemente, Epherene se moveu sozinha. Então, os passos pararam.

Epherene se escondeu atrás da parede e olhou ao redor no corredor.

Deculein estava lá, não um fantasma. Em outras palavras, isso significava que isso era realidade. Mas sua aparência era estranha.

Havia um arranhão em seu braço, e seus olhos estavam imersos em contemplação.

“Parece tanto… não importa quem você é, não vou perder um segundo…”

De repente, uma voz abafada fluiu de seus dentes cerrados, palavras que não formavam uma frase adequada e se espalharam.

Ela suspirou… Essa pessoa era Deculein?

Era um lado dele que Epherene nunca tinha visto antes, então Epherene saiu de lá olhando fixamente. Deculein tossiu um pouco.

Sangue preto escorria entre seus lábios – um claro efeito colateral de mobilizar excessivamente sua mana, mas os olhos de Epherene, inconscientes, se abriram como os de um coelho assustado.

Sangue.

Deculein estava sangrando.

Essa cena simples, mas clara, se repetiu na mente de Epherene junto com as palavras que Louina uma vez falou brincando.

-Eu me pergunto se ele tem uma doença fatal… diz-se que se uma pessoa muda repentinamente, ela está morrendo…

Epherene tropeçou, seu dedão do pé batendo diretamente contra o batente da porta.

Uma dor verdadeiramente insuportável a atravessou.

Deculein olhou de volta para ela quando um grito vazou. Eles se envolveram em uma competição silenciosa de olhares enquanto Epherene acariciava seus dedos machucados.

“Você teve um sonho?”

Seus olhos azuis afundaram para assumir sua aparência usual. Era a do aristocrata impecável, do professor impecável.

Epherene coçou a bochecha em resposta.

Então, ela olhou para Deculein. Epherene se sentou em sua cadeira, aparentemente desinteressado, e pegou um livro.

Foi intitulado [O arquivo do caso da ilha Fantasma].

“Professor. Mas você sabe…”

Epherene continuou, gaguejando. Deculein escutou enquanto virava a página do livro.

“… A coisa em Locralen. Você se lembra?”

O som das páginas virando era tranquilo, e o frio da noite filtrando pela janela aberta esfriava o quarto.

“E-eu não consigo me lembrar de uma única, realmente uma única coisa.”

Finalmente, Deculein virou-se para ela. Epherene evitou seu olhar em um ângulo, imaginando o que ele poderia estar pensando.

“Não é grande coisa…”

‘Algum dia, se você morrer em um futuro não muito distante… não sei onde e como você vai morrer, mas não será uma morte pacífica e natural.’

“…Eu só estou perguntando.”

O que o professor faria?

Se anunciasse aquela morte, ele tentaria mudar o futuro?

Não, ele acreditaria?

Ou se não… talvez, Deculein já estava ciente de sua morte?

Essa foi sua única resposta.

As páginas do livro foram virando e revirando com o passar do tempo.

Epherene estava no meio da brisa da noite, balançando os dedos das mãos e dos pés.

Uma mensagem de repente veio à mente, a frase que Deculein escreveu em seu patrocínio.─ Estou torcendo por você.

Epherene foi encorajada por essas palavras a falar novamente.

“Professor. Você sabe disso, certo? Eu escutei naquela época.”

Então, a mão de Deculein parou de virar as páginas.

— Você disse que era minha responsabilidade completar a pesquisa.

Seus olhos indiferentes a alcançaram.

“Porque você disse isso?”

Epherene encontrou seu olhar nivelado. Ela não gostou do som de sua voz trêmula.

Deculein não disse nada. Ele apenas a encarou por um longo tempo enquanto a luz das estrelas penetrava pelas frestas da janela. Deculein respondeu brevemente.

“Porque eu não posso.”

Naquele momento, Epherene engasgou. Suas costas doíam como se tivesse sido rachada com um bastão. O significado das palavras de Deculein era complicado, mas ao mesmo tempo claro. Parecia que a última peça do quebra-cabeça se encaixava no lugar. Epherene cerrou os punhos, mordendo o lábio.

“Então eu vou fazer isso. Em vez de você, em vez de meu pai.

Sua determinação e resolução foram transmitidas apesar de sua voz trêmula. Ela ficou forte como um cavaleiro. Deculein olhou para ela com um sorriso.

“Sim. A propósito.”

Epherene puxou um maço de papel do bolso de seu roupão.

Era a tese que carregava no corpo 24 horas por dia, ao lado de um documento que resumia o conteúdo que ela havia aceitado.

“Eu mesmo escrevi. Posso pedir uma pontuação?”

Epherene pediu a Deculein para ajudar a guiá-la, para ver se ela estava andando na direção certa.

Deculein assentiu fracamente.

O gesto, muito diferente do habitual, a incomodou por algum motivo.

Deculein levantou a tese de Epherene em vez de seu livro.

Enquanto lia linha por linha, Epherene olhou para ele. O inimigo de seu pai, o professor malvado.

Ele era um bruxo estranho que quase perdeu sua posição para a família Luna, mas a aceitaria como discípula.

“Hoje é lua cheia. Você conhece a lenda da lua cheia?”

Epherene começou a conversar sem motivo.

A lua cheia no céu, o luar suave permeando suavemente o quarto para iluminar Deculein.

Ela descansou o queixo na mão e observou seu rosto arrogante.

Enquanto isso, ele fechou os olhos.

A princípio, ela pensou que sua condição estava piorando de repente.

Assustada, Epherene pulou, mas logo perdeu toda a força de seu corpo e foi forçada a se sentar novamente. Era da névoa sonolenta que Hesrock falava.

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