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The World After the End – Capítulo 122

Deus e Seguidor (2)

O Portão se fechou na frente deles, e Jaehwan e Runald olharam para ele em silêncio. Depois de um tempo, Runald falou.

— Hah, ultrapassado.

Jaehwan ergueu a sobrancelha com curiosidade pela mudança repentina na atitude de Runald.

— Adultos são todos assim. Eles não podem viver sua própria vida adequadamente e ainda querem dar uma lição em você.

— …

— O que há com todo esse sermão? Faça isso, não faça aquilo… Talvez ele não saiba que esse tipo de sermão está forçando seu ‘mundo único’ nos outros.

Essas foram palavras muito sarcásticas para virem de um garoto de quatorze ou quinze anos. Jaehwan olhou para Runald silenciosamente, e o garoto pensou que havia cometido um grande erro e olhou para baixo enquanto seu rosto escurecia.

— Eu sinto muito. Não sabia que o Capitão seria assim. É de conhecimento comum não mexer com as [Configurações] de outros Deuses no <Abismo>.

— Não se importe.

Runald se animou um pouco.

— Ah, e você sabe falar.

— Hehe, obrigado. Mas você não sabe falar, não é?

Jaehwan então sentiu que não teria chance de ganhar falando com esse garoto. Ele também achava que o menino pelo menos faria sua parte através de sua habilidade de falar.

“Ah, mas ainda tenho uma inútil.”

[…?]

“Você não provou que é útil, provou?”

[O quê? Você passou pelo Portão, graças a mim!]

“Hã? Vamos deixar claro. Foi por sua causa que quase não consegui passar pelo Portão.”

[De jeito nenhum! Se não fosse por minha causa, você teria acabado na prisão de <Caspion>.]

Com as palavras de Andersen, o portão principal se abriu. Era outra porta da pequena porta que Jaehwan e Runald tinham saído. Havia filas de pessoas andando pelo portal, mas eles tinham algemas nas mãos e eram escoltados por Guardiões.

“Por que ele ia me colocar na prisão?”

[Existem inúmeras razões pelas quais podem colocá-lo na prisão. Por exemplo… Seu mundo único.]

“O que tem meu mundo único?”

[É ruim.]

A voz de Andersen veio do céu. Jaehwan virou-se para a voz, e no céu onde não havia nada, algo estava lá. Era apenas no céu de Jaehwan.

[Esse olho.]

O Olho de Asura, no meio do <Abismo>. Andersen estava apontando para o olho.

“O que tem o olho?”

[Isso deveria ser <Grande Irmão>, certo?]

Jaehwan olhou para o olho. Seu mundo não foi criado com nenhum tipo de significado. Foi sua consciência e sua vontade que o criou. Ele nem sabia da existência do <Grande Irmão> quando criou este mundo, afinal.

[Qualquer coisa que zombe ou contenha reclamações sobre o <Grande Irmão> é proibida. Eles são como deuses entre deuses. O Imperador dos Deuses. E você acabou de fazê-los parecer um globo ocular nojento. É loucura.]

Parecia que o respeito pelas diferenças não era muito, afinal. Não havia liberdade de expressão ali.

[Mas esse não é o único problema.]

“O que foi agora?”

[Você é um Deus ilegal.]

“Deus ilegal?”

[É o que chamamos de Deus que não está incluído nos registros do <Grande Irmão>. Você geralmente é gravado automaticamente quando se torna um Deus, mas você é diferente. Os Deuses do <Grande Irmão> nunca aceitam ‘sua espécie’ como um Deus.]

O <Grande Irmão> não aceita ‘sua espécie’ como um Deus?

Jaehwan não conseguia entender o que Andersen estava falando. Ele queria perguntar mais, mas um grupo de pessoas passou por Jaehwan.

— SAIAM DA FRENTE! RÁPIDO!

— OS DEUSES ESTÃO ESPERANDO!

— MOVAM-SE OU VOU TE ENVIAR PARA O CAMPO DE TRABALHADORES!

As pessoas estavam sendo açoitadas enquanto caminhavam desesperadamente, e Jaehwan encontrou os olhos de um deles. Naquele segundo, Jaehwan ficou chocado ao ler os sentimentos daquele homem.

Medo.

Não era o medo da morte ou o futuro incerto que estava pela frente. Era um medo com o qual Jaehwan estava familiarizado.

Medo de ficar sozinho.

Jaehwan uma vez leu isso dos olhos de Runald um tempo atrás. Mas não foi por causa do medo que deixou Jaehwan chocado. Enquanto o homem caminhava junto com o grupo, Jaehwan o encarou por um longo tempo.

Fazia muito tempo desde que havia ficado tão chocado.

“Mas como?”

Ele até esqueceu do que estava falando com Andersen. Naquele momento, Jaehwan mal conseguiu abrir a boca para perguntar.

— O que são eles?

— Quem? Ah, eles…

Runald respondeu:

— Acho que são de um Ponto de Pesca. Deve ser um grande ponto de pesca, especialmente com tanta gente. Eles estão sendo colocados em uma cela de prisão até serem vendidos na casa de leilões.

Foi uma explicação casual, como se fosse uma ocorrência comum. Jaehwan perguntou novamente.

— Ponto de Pesca?

— Sim. Uh…

Runald explicou como funcionava um Ponto de Pesca. ‘Pesca’ era uma forma de aumentar o número de Seguidores. Andersen entrou.

[Ei, eu sei que pode soar desumano para você, mas não há outra maneira. Esses novos espíritos que acabaram de ser pescados precisam encontrar um Deus.]

Andersen continuou cuidadosamente enquanto verificava se Jaehwan estava chateado.

[Se não fizermos isso, eles enlouquecem e se tornam os Perdidos. O <Abismo> não é um lugar para se estar sem um Deus.]

Andersen sabia que Jaehwan ainda tinha um coração ‘humano’ e que os humanos reagiam com sensibilidade ao tratamento deles. Ela temia que Jaehwan ficasse zangado com o tratamento que seus companheiros humanos estavam recebendo. No entanto, não estava com raiva. Ele perguntou algo diferente.

— O Ponto de Pesca, onde está conectado? Às <Grandes Terras>?

[Não, às <Terras Distantes> principalmente. Acho que está ligado diretamente às <Raízes>. São todos de lá. Não há nenhum que venha do <Caos> como você.]

— Que tipo de espíritos são pescados, principalmente?

[A maioria são espíritos errantes das <Terras Distantes>. E às vezes…]

— Às vezes?

[Às vezes há espíritos que morreram na Torre dos Pesadelos.]

Torre dos Pesadelos!

A boca de Jaehwan abriu e fechou. Andersen perguntou ao sentir que a mente de Jaehwan estava abalada.

[Por quê? Algum problema?]

O homem que estava sendo arrastado. Jaehwan conhecia seu rosto.

Ele não foi encontrado ali.

Foi quando Jaehwan estava na Torre dos Pesadelos, ele tinha um amigo que o seguiu até o fim. O homem que ‘fingiu’ voltar ao passado para que Jaehwan pudesse deixá-lo sem culpa. O homem que era tão esperançoso e brilhante, que ganhou o apelido de ‘Cavaleiro Sorridente’. Jaehwan ainda se lembrava de seu nome.

“Por que você está aqui, Yoonhwan…”


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