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The World After the End – Capítulo 169

Ruptura (4)

Os capitães então se entreolharam. Se o que ele disse fosse verdade, seria uma grande perda para as <Grandes Terras>. Varkant acrescentou:

— Mas ainda temos o poder de matar todos vocês aqui.

Mirel o ignorou e perguntou novamente a Gerome.

— E o Catástrofe?

— Ele foi selado temporariamente. Onze de nós o atacamos e não conseguimos matá-lo. Ainda precisamos do Monarca do Aço e do Monarca do Ouro para impedir que seu selo se quebrasse.

Yoonhwan achou difícil acreditar se o que ele estava ouvindo era verdade. Esses Monarcas e Capitães eram tão poderosos além de sua imaginação. Por mais poderosos que fossem esses seres, era preciso onze monarcas para selá-lo?

Gerome continuou:

— Acredito que pagamos o suficiente para nos encontrarmos com vocês. E ainda estão nos forçando a provar nosso ponto? Sofremos perdas suficientes até para pedir uma compensação.

— Você quer alguma coisa?

— Dê-nos os [Frutos].

— Isso será incluído em nosso tratado. Não podemos entregá-los a vocês simples assim.

Gerome ficou sério.

— Simples assim, você disse?!

Um poder mundial foi desencadeado e todos os capitães sacaram suas armas. Gerome zombou.

— Sim, era assim que deveria ser. Eu fui um tolo em tentar falar com vocês.

Yoonhwan ficou tonto com os poderes mundiais enchendo a sala. Até Seoyul estava vomitando sangue que se transformava em prata logo depois.

Eles estavam à beira da guerra. Então, um homem apareceu na sala de reunião. Yoonhwan olhou para o homem. Ele tinha algum tipo de trapo velho. Mas não era o Mestre como Yoonhwan esperava.

— Ah, então você não quer conversar?

Enquanto falava, o poder mundial desapareceu da sala. O poder mundial do homem afastou tudo. Alguns Monarcas até ficaram pálidos com seu poder. Gerome também ficou chocado. Provou que o homem era muito mais poderoso.

— Por que você está aqui, Budda?

Budda. Yoonhwan percebeu que já tinha ouvido o nome antes. Foi de um de seus livros que leu quando se juntou à Ruptura.

“Calma, Budda, um dos oito Deuses do <<Abismo>>?”

Os oito Deuses do <Abismo> eram os Deuses mais poderosos. O nome oficial era sete Deuses do <Abismo>, mas se tornou oito depois que Myad se tornou o governante do oitavo local, <Caspion>.

Budda, o Deus da Reencarnação, era o sexto Deus.

“Mas por que ele está aqui?”

Yoonhwan não sabia o porquê. O que quer que ele fosse, por que um Deus estava ali, na mesa de reunião da Ruptura?

Claro, ainda havia muitos assentos vazios ao redor da mesa. Da cadeira de Myad, à cadeira da segunda Capitã vazia, e outra também.

Yoonhwan então ficou chocado com a percepção. Budda sorriu.

— Eu sou um Despertado, você não sabia disso?

— Despertado?

Gerome também ficou chocado.

— Espera…

— Sim. Você provavelmente tem razão.

O segundo homem da Ruptura e o segundo homem mais forte. Todos os capitães guardaram suas armas e saudaram Budda.

— Já faz um tempo, Budda.

— Há quanto tempo.

— Você está atrasado, Budda.

— Sim, sinto muito.

Budda então passou pelos capitães e se sentou. Ele então se sentou no assento do primeiro Capitão e olhou para Gerome com um sorriso.

— Então, podemos começar a reunião agora?

Gerome cerrou os dentes.

O primeiro Capitão da Ruptura, Budda.

O misterioso primeiro capitão que Yoonhwan não conhecia. Ele era um dos oito Deuses do <Abismo>.

— Podemos começar?

* * *

Depois de recuperar tudo dentro do [Registro do Abismo], Jaehwan finalmente abriu os olhos. Todos os acontecimentos, junto com sua longa e épica história, o preencheu e acalmou sua mente.

— Você está acordado.

Quando abriu os olhos, Runald, Karavan e toda a raça Longa Vida o cercaram. Jaehwan perguntou:

— Há quanto tempo estou dormindo?

— Quase um mês. O Grande Guerreiro disse que você acordaria hoje. Ele estava certo.

Um mês. Jaehwan percebeu que havia gasto muito mais do que o esperado para ler o Registro do <Abismo>. Mas tinha que ser feito. Apenas lendo todas essas memórias, Jaehwan foi capaz de entrar em um mundo totalmente diferente.

Jaehwan agora parecia muito diferente. Runald, o seguidor dele, foi quem mais sentiu isso. Ele também notou uma certa emoção que crescia dentro de Jaehwan.

“Ele parece solitário.”

Era como se tivesse descoberto um segredo que este mundo escondia e ele fosse o único que pudesse saber. Runald queria perguntar que verdade Jaehwan havia encontrado, mas não podia perguntar. Parecia haver algum tipo de parede entre eles. Runald sentiu que Jaehwan agora era um ser totalmente diferente.

Logo depois, Jaehwan e os outros estavam na entrada da Floresta da Loucura.

Jaehwan se despediu da Raça Longa Vida e Ra-hamad pela última vez. O que estava falando não era óbvio, mas parecia que havia prometido algo a eles.

— Nunca pensei que sairia deste lugar depois de cem dias.

Comentou Karavan enquanto jogava fora sua luva de esfregar. Ele agora havia recuperado seu vínculo com Ignis com a ajuda de Jaehwan. Seu poder mundial depois de recuperar a ligação não ficava atrás de Jaehwan.

— Você também cresceu muito. Parece com meu poder mundial.

— Acabei de repetir Ouroboros.

— Sim. Eu me pergunto o que isso realmente significa.

— Nem quero saber…

Runald viu Jaehwan caminhando em direção a eles e perguntou:

— Vamos agora?

— Não. Precisamos esperar alguém.

— Quem? Quem estamos esperando?

Runald ficou surpreso. Jaehwan disse:

— Meus amigos.

Runald ficou preocupado se ele fizesse uma careta que pudesse ser rude, mas não conseguiu evitar.

Amigos? Jaehwan não tinha amigos. Ele estava sozinho desde que chegou ao <Abismo>. Foi quando conheceu Andersen e Runald. E Karavan. Se ele tivesse um amigo, apenas os dois estariam ali.

Mas outros amigos? Runald sentiu como se tivesse sido traído e perguntou:

— De quem você está falando…?

— Eles estarão aqui em breve. Consigo sentir isso.

E naquele momento, uma figura gigante parecida com uma sombra apareceu no céu. Karavan gritou.

— O-O que é isso!

Havia um navio gigante no ar, um navio todo preto. Runald lembrou que ouviu o nome do navio antes de entrar na Floresta da Loucura. Havia os piratas que se chamavam de ‘Portadores do Fim’.

— Nome cafona.

Jaehwan riu. Ao verem o nome, Runald lembrou que estava certo.

O nome do navio era…

-Jaehwan!!

Era ‘Fim’.

-Jaehwan!

-Mestre!

Vozes vieram do céu. Runald sentiu as emoções nas vozes. Era a voz do desejo e da espera que Runald conhecia muito bem.

As vozes de quem esperou por uma pessoa por muito tempo.

Jaehwan então viu as pessoas correndo em sua direção, dois homens e uma mulher.

Ao vê-los correndo, Runald sentiu-se solitário. Eles estavam no mesmo lugar, mas parecia que estavam em lugares diferentes. Runald então percebeu o que era mais importante nas relações humanas.

Esta era uma parede do tempo. Uma parede que ele nunca poderia quebrar. Era essa a parede que ele vinha sentindo o tempo todo?

Ele queria muito conhecer Andersen. Seus instintos lhe diziam que ele nunca poderia cruzar aquela parede. Ele nunca… Então sentiu como se estivesse sendo arrastado para a escuridão, para a solidão.

E naquele momento—

— O que está fazendo?

Uma voz o salvou como se não fosse nada.

— Vamos.

A grande mão de Jaehwan agarrou seu ombro. Runald percebeu que estava superando uma parede com muita facilidade. Ele também percebeu que algo iria começar naquele momento.

Runald olhou para trás. Ele não conseguia mais ver a raça Longa Vida se despedindo. Estavam se afastando da floresta.

Ele aprendeu muito dentro da floresta e deixou muitas coisas lá. Se virou novamente para o povo de Jaehwan. Assim como usar roupas, uma se foi e uma nova chegou.

Runald então pensou ter entendido um pouco mais sobre Ouroboros. Ele não tinha certeza se estava entendendo corretamente, mas não queria esconder esse sentimento.

Fechou os olhos.

Podia ouvir a música de Andersen. Era uma música calorosa que cantava para ele antes.

Um pobre Deus nu.

Enquanto voltava para casa sozinho,

Ele pensou nisso o tempo todo.

Pelo menos uma pessoa.

Pelo menos uma vez.

Ao ouvir a música, Runald murmurou a palavra pela última vez.

— Ouroboros.


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