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Throne of Magical Arcana – Capítulo 104

Os Jovens Visitantes

Na última semana do Mês da Vida, o terceiro do ano.

Conforme o tempo foi ficando mais quente, Aalto, a cidade dos salmos, se recuperou rapidamente do inverno amargo e se agitou com imenso vigor, acolhendo todos os convidados que vieram de lugares diversos de todo o continente para participar do Festival de Música de Aalto, que era realizado a cada três anos.

Músicos, instrumentistas, bardos e nobres de outros países se reuniam na maior cidade perto da Cordilheira Sombria. Mesmo no período da tarde, ainda havia um tráfego enorme de pessoas na frente dos portões de entrada da cidade no Distrito Nolan.

Lilith, uma menina de cabelo rosado, estava puxando seu irmão mais velho pelo braço para fazê-lo andar mais rápido.

— Pare de se distrair com qualquer coisa, Sarre!

Ao dizer aquilo em voz baixa, a menina parecia estar um pouco chateada com seu irmão mais velho, mas era evidente que ela não queria chamar a atenção de ninguém.

Esta menina de dezesseis anos de idade era alegre e bonita. Um ligeiro sentimento de melancolia ainda acrescentava mais charme a ela. Lilith era muito popular em sua cidade natal. Um jovem nobre quase desistiu de seu título para tentar conquista-la.

Sarre parecia bem mais animado do que sua irmã.

— Olha, Lilith! Elas são Elfas da Lua! Minha nossa… são tão bonitas! Como os contos dizem, suas orelhas são ligeiramente protuberantes… Que graça!

Por curiosidade, Lilith ficou na ponta dos pés e olhou para os elfos. De fato, as várias donzelas elfas que estavam andando juntas eram beldades absolutas. A pele delas era tão formosa como a lua cheia, suas faces eram bem definidas, e suas orelhas pontudas eram elegantes.

Descendo da ponta dos pés, Lilith murmurou:

— Só um pouco mais bonitas do que eu… — Em seguida, ela beliscou o braço de Sarre e reclamou, — Preste atenção no que você está fazendo, Sarre! Estamos em Aalto. Deus está vendo você!

Quando ela mencionou “Deus”, ela baixou a voz ainda mais.

— Relaxe, Lilith. — Sarre parecia um pouco com a irmã, com o cabelo rosado também. — Ficar nervoso demais é ainda mais suspeito.

Depois de entrarem na cidade, irmão e irmã mudaram de direção e vieram para um canto tranquilo, onde não havia ninguém.

— Mas nós somos… aprendizes. — Lilith olhou ao redor e finalmente disse a palavra.

— E daí? Você sabe quantas feiticeiros aprendizes há em Aalto? — Sarre deu de ombros. — Depois de encontrar um estudioso que possa responder às nossas perguntas, nós vamos embora.

— E perder o festival? — Lilith parecia um pouco decepcionada.

— Sim. — Sarre parecia sério, — O Festival de Música de Aalto é realizado a cada três anos, mas provavelmente só teremos uma chance de nos tornar feiticeiros de verdade. Você sabe o que é mais importante.

Lilith assentiu. Ela entendia o quão horrível seria se eles fossem pegos pela Igreja. Os dois tinham vivido com medo por um bom tempo, desde que eram crianças.

O Coroa de Cobre, com certeza, não era um lugar decente. Aventureiros, mercenários e prostitutas estavam bebendo e rindo em voz alta. Abrindo caminho no meio das pessoas, Sarre protegeu cuidadosamente sua irmã mais nova de muitas mãos desagradáveis ​​no bar, e, finalmente, conseguiu passar pela multidão e chegar até o balcão.

— Bebida? — Como de costume, Cohn, o anão, estava bêbado.

— Duas cervejas, — respondeu Lilith abruptamente.

Emitindo um som que parecia um ralo borbulhando, Cohn soltou um grande soluço.

— Menina interessante! Uma cerveja por conta da casa!

Agarrando a caneca no bar, Sarre tomou um gole de cerveja e balançou a cabeça.

— Muito boa.

— Com certeza! — Cohn respondeu com orgulho: — Eu bebo o tempo todo. Eu não beberia uma cerveja de merda!

— Como o proprietário de um bar tão movimentado, você deve conhecer um monte de gente na cidade. — Lilith perguntou com um pouco de hesitação, — Você pode nos dizer quem é o estudioso mais sábio de Aalto? Encontramos por sorte um manuscrito antigo, mas não conseguimos compreendê-lo.

— Na língua comum? — Depois de mais um soluço, Cohn perguntou: — Ou élfico, língua dos anões, dracônico…

— Língua comum. Foi traduzido por alguém. — Sarre o cortou diretamente, ou Cohn poderia continuar listando todas as línguas existentes no continente.

— Bem… se o manuscrito traz um grande tesouro, — Cohn colocou um sorriso misterioso, — vocês alunos poderão estar em apuros. Às vezes, ele pode trazer azar.

— Nós não temos ideia do que se trata. Nós viemos de uma cidade pequena. — Lilith parecia inocente.

— De qualquer forma, a única razão para eu ainda estar vivo é porque eu nunca pergunto demais. — Cohn engoliu sua cerveja. — Um historiador deve ser útil… Bake, Alfonso…

— Qual desses você recomendaria? — perguntou Lilith com cautela.

— Nenhum deles — Cohn respondeu diretamente. — Essas pessoas que sabem sobre a história antiga… eles são todos nobres ou pastores. Você acha que vocês poderiam simplesmente aparecer na casa deles perguntando um monte de coisa?

Tanto Lilith quanto Sarre pareceram um pouco decepcionados. Eles sabiam que não podiam correr o risco de visitar um nobre, para não falar um pastor.

— Espera… Eu conheço uma pessoa que pode ajudar, — disse Cohn. — Ele era um menino bem pobre.

— Sério? Um menino pobre se transformando em um historiador? Quem é!? — exclamou Lilith.

— Lucien Evans, — disse Cohn com orgulho. — Um músico genial, e também um historiador!

— O compositor de Para Silvia e Sinfonia do Destino? — Lilith pareceu muito surpresa. — Como é que ele é um historiador? Isso é impossível!

Sarre parecia muito cético.

— Eu sabia que vocês não acreditariam. — Cohn riu e acenou com suas mãos grandes, — Eu conheço Lucien! Eu o vi crescer… um jovem rapaz muito talentoso. Gênio! Ouvi dizer que ele conseguiu acesso à biblioteca da princesa já que ele é o seu consultor de música pessoal.

— É sério isso? — Sarre ainda não conseguia acreditar. — Um monte de livros agora fazem um historiador?

— Além do grande talento! E uma grande memória! Essa é a bênção de Lucien! — Cohn pareceu ficar um pouco chateado com o comentário de Sarre. — Acredite ou não!

Lilith deu um puxão leve no cotovelo de seu irmão mais velho e disse a Cohn educadamente.

— Você sabe onde o Sr. Evans mora? Você poderia nos contar?

— Todos em Aalto sabem que a princesa acabou de dar a ele uma mansão nas margens da cidade. Ele deve estar morando lá para se preparar para seu próximo concerto, — disse Cohn orgulhosamente. — Mas vocês deveriam esperar até amanhã, ou o portão estará fechado quando vocês voltarem.

— Você mencionou que você viu o Sr. Evans crescer… Ele é… elegante e bonito? — Lilith perguntou, um pouco tímida.

— Com certeza. — Cohn riu alto.

Lilith agarrou o braço de Sarre e lhe disse:

— Nós vamos visitar o Sr. Evans agora.

— O quê? Mas o anão acabou de dizer que deveríamos ir lá amanhã! E se os portões da cidade estiverem fechados mais tarde? — perguntou Sarre.

— Então nós vamos torcer para que o Sr. Evans seja bondoso o suficiente para nos deixar ficar em sua mansão esta noite. — Lilith parecia muito resoluta.

Sarre nem argumentou.

No momento em que chegaram à mansão de Lucien, cujo nome era Brons, a noite escura já havia caído sobre eles. Localizada na frente de uma floresta, a mansão parecia um pouco assustadora. Depois de se apresentar para os guardas da mansão, Lilith e Sarre se encontraram com o mordomo, o Sr. Lopez.

Lopez estava na casa dos cinquenta, e também foi o mordomo anterior da mansão, então Lucien deixou ele continuar no cargo. Os irmãos foram convidados a entrar e esperar no sofá da sala de estar.

Eles esperaram pacientemente durante vários minutos. Então, Lilith e Sarre viram um jovem vestindo um terno preto e uma camisa branca descendo as escadas. Ele parecia ligeiramente misterioso e elegante.


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