Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx
Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

Throne of Magical Arcana – Capítulo 46

Silvia

— Piano — Lucien respondeu, — o Sr. Victor melhorou seu cravo e o renomeou de piano. Logo ele irá registrar o novo instrumento musical na associação.

Enquanto Lucien tinha feito algum progresso na aprendizagem da magia, ele nunca deixou o estudo da música de lado. Afinal, ele precisava de um trabalho decente para ganhar a vida e, o mais importante, servir de disfarce. Ser um músico seria bom o suficiente. Afinal, ninguém suspeitaria que um músico elegante e jovem fosse um feiticeiro maligno e notório.

— Cravo… Piano… — Pierre repetiu, pensativo. De repente, ele ficou empolgado e entrou nas fileiras de estantes. Um momento depois, Pierre voltou com um livro na mão. — Você vai precisar desse livro! Eu ganhei muito com isso! Aliás, eu já lhe disse que daqui a quatro meses eu vou fazer o teste de qualificação da associação? Se eu conseguir passar, eu vou ser um músico qualificado!

Como outras associações, a Associação de Músicos também funcionava como um monopólio. A avaliação do músico era completamente controlada por ela.

— Não, você nunca mencionou isso — Lucien pegou o livro intitulado A Arte de Tocar o Cravo da mão dele —, mas acredito que você vai conseguir, Pierre, — disse ele sinceramente.

Durante a próxima hora, Pierre não deu a Lucien tempo para estudar o livro. Como ele sabia que Lucien também era um estudante de música, Pierre tentou aproveitar todas as possibilidades de compartilhar seus pensamentos sobre música com seu amigo.

No entanto, aquele definitivamente não era um bom dia para tal discussão, visto que Lucien estava com muito sono para conseguir acompanhar as ideias de Pierre. Suas pálpebras estavam tão pesadas que ele mal conseguia manter seus olhos abertos. Lucien tentou fazer ele parar muitas vezes, mas Pierre nunca deixou que ele o interrompesse.

Felizmente, neste momento, uma senhora vestindo um longo vestido branco e um chapéu pillbox preto entrou na biblioteca. Ela era uma dama muito elegante, com uma cintura fina e pernas esbeltas, como se tivesse simplesmente saído de uma pintura.

Lucien também notou suas meias-calças brancas, que deixavam suas pernas ainda mais sexy. No entanto, esse não era o foco de Lucien. Ao invés disso, ele estava pensando de onde é que aquele material parecido com raiom veio. Seria provavelmente obtido através da alquimia?

— Bom dia, Srta. Silvia. — Mudando de repente sua atitude, Pierre saudou a dama educadamente e cutucou Lucien de leve, — O que posso fazer por você hoje?

Lucien então percebeu que era a Silvia de quem Pierre falava o tempo todo. Os longos cabelos pretos eram como seda, brilhante e macia. Sob seu pequeno e lindo nariz, havia lábios da cor de cerejas. Com certeza, ela era muito bonita e graciosa.

— Bom dia, Pierre, eu preciso pegar vários livros. Eles são…

Silvia enumerou os livros com um sorriso doce no rosto. Ela estava acostumada com a atenção especial das pessoas, então o olhar duradouro de Lucien não a incomodava.

O rosto de Pierre instantaneamente corou de animação, já que ele nunca esperava que Silvia se lembrasse de seu nome. Ele balançou a cabeça várias vezes e correu para as prateleiras novamente para pegar os livros para sua deusa.

Lucien ficou atrás do balcão. Uma fragrância doce e familiar alcançou o nariz dele. Poucos segundos depois, Lucien percebeu que o cheiro era muito parecido com o do véu preto que ele encontrou no lixão, o pano caro chamado Rouxinol Preto.

Porém, Lucien não tinha certeza, e também não havia necessidade de ele descobrir se a Srta. Silvia era ou não a dona do véu. Afinal, o cheiro ainda parecia um pouco diferente.

Por nervosismo e entusiasmo, quanto mais Pierre queria impressionar a Srta. Silvia, mais desajeitado ele agia. Depois de alguns minutos, ele começou a se sentir envergonhado.

— Você precisa da minha ajuda ai? — Lucien se virou e perguntou. Ele então caminhou em direção a uma estante de livros e tirou um dos livros que a Srta. Silvia queria, livro que estava bem na frente do rosto de Pierre. Claro, não foi por causa da boa memória de Lucien, mas de sua incrível biblioteca espiritual, que era capaz até de armazenar o arranjo de toda a biblioteca.

— Lucien! — A boca de Pierre se abriu, — Quando foi que você ficou tão familiarizado com a biblioteca?

Com uma pilha de livros em seus braços, Lucien se aproximou da senhorita Silvia e perguntou educadamente:

— A senhora quer que eu leve esses livros para a sala de leitura?

Claro, Lucien não tinha como dizer que não tinha pensamentos obscenos quando olhava para uma mulher tão bonita como aquela. Porém, Lucien sabia que um relacionamento era algo dispendioso e dificultoso para ser colocado em seus planos futuros por enquanto. Dessa forma, a atitude indiferente de Lucien contrastava fortemente com o nervosismo de Pierre.

— Basta deixá-los na mesa, por favor. Alguém virá pegá-los mais tarde. — A voz de Silvia era rouca e sexy. — Como você se chama? Eu nunca vi você antes.

— Meu nome é Lucien Evans. Sou novo aqui, — respondeu Lucien lentamente. Depois, ele acrescentou, — Eu sou aluno do Sr. Victor.

— Entendo. — Silvia sorriu docemente. — Não é de se admirar… Ouvi dizer que o Sr. Victor conseguiu aprimorar o cravo e o chamou de piano. Diga-lhe que estou ansioso para o seu concerto, Lucien.

A mudança rápida de atitude de Lucien foi ligeiramente intrigante para Silvia. Quando ela entrou na biblioteca, Lucien estava encarando suas pernas como um pervertido, enquanto agora parecia que Lucien não estava sequer interessado em uma mulher como ela.

Depois que Lucien terminou de registrar os livros emprestados, Silvia agradeceu e deixou a biblioteca. Ele notou que havia outra dama, também vestindo um chapéu pillbox preto, esperando pela Srta. Silvia. De pé e ereta como uma lança, a dama esbelta era uns quinze centímetros mais alta do que Lucien. Atrás dela havia uma linda criada jovem e uma elegante senhora de meia-idade.

Percebendo que alguém estava olhando para elas, a mulher de meia-idade, sem qualquer expressão no rosto, olhou imediatamente para Lucien. Naquele momento, Lucien de repente sentiu como se tivesse sido arremessado de um penhasco e todas as cores do mundo desapareceram. Era como se a mulher tivesse um oceano imenso dentro de seus olhos, e Lucien não conseguia parar de tremer em frente às enormes ondas daquela imensidão.

Lucien perdeu a habilidade de pensar. Ele não se recuperou completamente até a mulher virar de costas. A senhora trocou algumas palavras com a outra dama, e ela olhou para Lucien com uma expressão de interesse. Porém, Lucien também conseguia sentir uma aura grandiosa e autoritária vindo dela.

Quem são elas…? — Lucien ficou atônito. Ele nunca conheceu alguém como elas antes neste mundo, especialmente a mulher de meia-idade. Parecia que seu olhar poderia facilmente desarmar Lucien completamente.

Pierre se aproximou de Lucien e deu um longo suspiro.

— Silvia, ela é minha deusa. Eu sei… eu não impressionei muito… — Então ele cutucou Lucien, — mas bicho, você não pode ficar olhando assim para as pernas da Srta. Silvia. Isso já é demais né…

Porém, Lucien nem prestou atenção ao que Pierre acabou de dizer.

— Pera aí, por que você é que você ficou mais pálido, Lucien? — Perguntou Pierre, surpreso.


Comentários

5 1 voto
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
1 Comentário
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Miller
Visitante
Miller
1 ano atrás

Sinta a pressão neném

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar