Trash of the Count’s Family – Capítulo 349

De repente, a mente de Cale ficou calma.

O inimigo que os ex-donos dos poderes antigos tiveram que combater. Cale perguntou sobre aquela pessoa, mas ninguém respondeu ainda.

Swoooooosh— Swoooooosh—

Ele podia ouvir o vento que soprava do lado de fora do templo.

Por outro lado, o corredor dentro do templo estava completamente silencioso. Também estava escuro sem qualquer fonte de luz.

—Amigo, não há armadilhas naquele templo. Você apenas tem que seguir o corredor escuro. Eu lhe darei um pergaminho mágico de orbe de fogo, então use-o.

—“Humano! Você não precisa do pergaminho do Rei Mercenário! Eu vou fazer um para você! Use o orbe do grande e poderoso Raon Miru!”

—Ignore a criança e use o meu.

Hehe.

Só de pensar nisso fez Cale sorrir, mesmo durante esse momento sério. Ele tirou um pergaminho mágico de sua bolsa espacial.

Riiiiiip.

Um orbe de fogo apareceu no ar enquanto ele rasgava o pergaminho.

—“Vovô Douradinho! O humano precisa usar o meu!”

—Aahh, minha pobre vida.

Raon Miru foi o vencedor no final.

Cale olhou para o orbe de fogo brilhando acima de sua cabeça. Ele então se encolheu.

—Meu companheiro de bebida, há uma pintura no teto do corredor do templo, mas você pode simplesmente ignorar ela.

—Ignore ela? Ignorar a pintura no teto?

No entanto, Cale não teve escolha a não ser prestar atenção.

A primeira imagem no local do teto mais próximo dele.

— A selva…?

Era muito parecido com a selva do continente ocidental.

Foi naquele momento.

-No passado.

Em tempos antigos.

-Havia um humano que desejava se tornar um deus.

A ladra começou a falar novamente.

— Alguém que desejava se tornar um deus?

A ladra voltou a falar depois que Cale fez a pergunta.

-Não. Ele não estava tentando se tornar um deus.

Cale olhou para o teto.

Havia um templo localizado na área que parecia semelhante à Selva.

-Ele desejava se tornar a própria natureza.

Cale começou a andar.

-E tinha um grupo de pessoas que o seguia.

A selva.

Um templo.

Os seguidores da pessoa que desejava se tornar a própria natureza.

Cale começou a falar.

— A Floresta das Trevas?

Ele pensou no que a sacerdotisa glutona do Escudo Indestrutível disse no passado.

-Eu nasci na selva.

-A selva estava escura naquela época. As árvores eram todas pretas. Por isso que também era chamada de Floresta das Trevas.

-Você está certo. O nome dos seguidores era ‘A Floresta das Trevas’.

Ela continuou a falar.

-A glutona foi uma das pessoas que foram capturadas como candidatas a sacerdotisa.

Cale se lembrou de outra coisa que a sacerdotisa glutona havia dito.

-Os malditos da Floresta das Trevas nunca me deram nada delicioso enquanto diziam que eram pessoas que serviam a um deus.

-Claro que fui expulsa de lá.

Tap. Tap.

Cale pôde ver novas imagens enquanto continuava andando.

A selva que ficou preta.

Terra que ficou preta.

Grandes golens e monstros com aparências únicas que estavam no chão preto.

Cale começou a falar.

— A Floresta das Trevas. Eles eram magos negros?

Cale não pôde evitar zombar.

Rei Mercenário Bud Illis.

As imagens que Bud lhe disse para ignorar.

Tecnicamente, ele não estava errado. Para Bud e para a maioria das pessoas no mundo hoje, eles não seriam capazes de entender o que essas imagens diziam.

-Correto. Eles eram magos negros.

O grupo Floresta das Trevas era formado por magos negros.

Cale pensou no pão-duro do Fogo da Destruição.

A Super Rocha disse algo sobre o pão-duro que incendiou a parte norte do continente ocidental.

-O pão-duro é aquele que destruiu o maior desespero e golens negros no continente ocidental. É por isso que ele foi um herói, pelo menos para nós.

Isso significava que o Fogo da Destruição acabou lutando contra esse grupo chamado Floresta das Trevas também.

A carranca de Cale ficou ainda pior à medida que ele continuava a caminhar mais fundo no caminho.

A maior parte da imagem era preta.

Muitos dos continentes estavam ficando pretos.

Porém, havia uma área que também estava ficando mais verde e bonita. As duas partes criaram um contraste muito visível.

Cale começou a falar.

— Quem foi que quis se tornar a natureza?

-Aquela pessoa—

Cale acrescentou antes que a ladra pudesse responder.

— Foi alguém com o atributo céu?

A pessoa que essas vozes ficavam dizendo que Cale precisava parar.

A pessoa contra quem a Água que devora o Céu disse que iria se defender desta vez. Era essa pessoa?

A ladra começou a falar novamente.

-Correto.

Sua voz calma continuou.

-Essa pessoa conseguia controlar o céu, porque tinha o atributo céu. Foi por isso que conseguiu controlar a chuva, o vento e até a luz do sol usando nuvens.

Cale pôde ver a imagem de um campo cheio de plantações e árvores com frutas deliciosas. Ele também podia ver pessoas felizes debaixo das árvores.

-Graças a isso, as terras que ele selecionou tornaram-se mais férteis e abundantes com o passar do tempo. As colheitas cresciam indefinidamente, enquanto as frutas cultivadas em um ambiente onde a luz do sol e a chuva eram controladas eram extremamente doces e deliciosas.

Cale começou a franzir a testa novamente.

-Foi assim que aquele maldito fez com que as pessoas que ele escolheu e a terra que escolheu fossem abundantes e felizes.

Ele abriu a boca para falar.

— Que maldito completamente maluco.

O que a ladra havia dito estava correto.

Ele foi alguém que tentou se tornar natureza. A pessoa que possuía o atributo céu tentou se tornar a natureza e governar os povos do continente ocidental.

No entanto, Cale ainda tinha uma dúvida.

— Por quê?

Tap.

Cale parou de andar.

— Por que os magos negros seguiram a pessoa com o atributo céu?

Magos negros eram pessoas que controlavam mana morta.

Essa pessoa era alguém que controlava o céu.

À primeira vista, as duas existências pareciam colidir uma com a outra.

—Acho que a Estrela Branca também tinha uma relação de mestre-servo com o Campanário dos Alquimistas.

Bernard, o Mestre do Campanário dos Alquimistas. Ele mostrava total lealdade à Estrela Branca.

O Campanário dos Alquimistas era como a Floresta das Trevas dos tempos antigos.

Cale esperou a resposta da ladra.

Ele sentiu como se precisasse de uma resposta para essa pergunta para juntar as peças do quebra-cabeça em sua mente.

Ela logo deu uma resposta.

-A pessoa com o atributo céu absorvia periodicamente mana morta.

“Hã?”

Os malditos da Floresta das Trevas nos tempos antigos criaram mana morta para oferecer ao maldito com o atributo céu.

Cale olhou para o teto e começou a andar novamente.

-O depósito de mana morta na Ilha do Vento também foi um sacrifício para ele.

— Haaaaaaaaa.

Cale soltou um suspiro.

— Por que a pessoa com o atributo céu precisava de mana morta?

Ele não conseguia entender nada.

Cale tinha muitos poderes antigos, mas nenhum deles precisava de mana morta.

-Não sei o motivo disso. Tentei descobrir muitas vezes, mas não consegui.

Cale pensou na Estrela Branca.

Ele era um reencarnador, mas não alguém que aprendeu magia negra nem tinha cheiro de mana morta ao seu redor. O Dragão Ancião e Raon teriam notado imediatamente se ele tivesse aprendido magia negra ou cheirasse a mana morta.

Cale de repente pensou em uma conversa que teve com Adin.

Foi o que o Príncipe Imperial disse enquanto olhava para os recipientes de mana morta embaixo do Campanário dos Alquimistas.

—Você acha que essa mana morta é para mim?

Cale perguntou a ele depois de ouvir isso.

—Então é para os magos negros? É para o Mestre do Campanário?

—Ah! Não, estes são sacrifícios. São sacrifícios que a família real e o Mestre do Campanário precisam oferecer.

Adin disse que eram sacrifícios enquanto ria incrédulo.

Cale perguntou mais uma vez depois de ouvir essa resposta.

—A Estrela Branca?

Adin olhou para Cale como se estivesse perguntando por que Cale estava fazendo uma pergunta tão óbvia.

O Império jurou lealdade à Estrela Branca por muito tempo e trabalhou com o Campanário dos Alquimistas para oferecer periodicamente mana morta à Estrela Branca.

E a Estrela Branca era alguém com o poder antigo do atributo céu.

As peças do quebra-cabeça foram se juntando lentamente.

Cale começou a falar.

— Preciso descobrir por que a pessoa com o atributo céu precisa de mana morta.

-Correto.

“Minha lista de coisas para fazer aumentou novamente.”

Cale ergueu a cabeça.

Ele estava agora no ponto onde a imagem terminava e reiniciava com a mesma imagem da Selva na entrada.

A imagem final foi um mapa do continente ocidental dos tempos antigos.

Ele olhou para todas as imagens no teto.

“Por que estão assim…?”

Cale teve uma dúvida depois de ver as imagens.

Por isso que estava prestes a perguntar sobre aquilo.

— Mas por que—

No entanto, não conseguiu terminar sua pergunta.

Boom. Boom. Boom.

Seu coração começou a disparar novamente.

— Gaah!

Cale respirou fundo. A palma da mão pousou na parede do corredor. Seu coração se acalmou um pouco antes de correr selvagemente novamente.

Cale apertou o ponto acima do coração.

Seu coração, não, todo o seu corpo reagia com sensibilidade quanto mais entrava no templo.

Ele podia ouvir a voz fria do Fogo da Destruição.

-A mana morta está armazenada aqui há muito tempo.

Este era um depósito de mana morta que não era tocado desde os tempos antigos.

-Precisamos purificar este lugar o mais rápido possível.

Cale afastou a mão da parede e se endireitou mais uma vez.

Ele se lembrou do que Bud lhe dissera. Demoraria um pouco para passar por esse corredor.

—Preciso guardar as perguntas para mais tarde.

—Três dias se demorar muito.

Foi isso que Bud disse, porém, Cale precisava se apressar. Ele tinha que pensar no grupo que o esperava, bem como em Eruhaben, cuja vida estava chegando ao fim.

Swoooooosh— Swoooooosh—

O Som do Vento se reuniu novamente na ponta dos pés de Cale.

-A corda do meu pião está com o artefato antigo.

O corpo de Cale disparou rapidamente para frente.

Cale se movia sem qualquer hesitação, como se estivesse sendo sugado para um corredor escuro. O orbe de fogo que Raon fez para ele estava acima de sua cabeça iluminando a área.

* * *

Depois de menos de um dia.

Cale chegou ao fim do corredor escuro.

O corredor não continuava em linha reta.

Ele ia em diagonal em alguns pontos, havia escadas e até subia e descia.

— Beacrox realmente faz uma comida deliciosa.

Cale não precisava dormir graças ao Escudo Indestrutível e à Vitalidade do Coração.

Por isso conseguiu chegar ao fim do corredor mais rápido que o Rei Mercenário.

-Parece delicioso…

Cale ignorou a sacerdotisa glutona e colocou uma torta inteira de mirtilo na boca.

Ele então saiu do corredor.

—Amigo, a área com o altar aparecerá assim que você sair do corredor.

Cale começou a franzir a testa.

Ele podia ver o altar negro.

Podia ver o pote com uma rachadura em cima.

—Traga o pote rachado. Esse é o artefato antigo.

Cale fez uma pergunta a Bud depois disso.

—Está tudo bem apenas trazer esse pote? Não é um artefato antigo?

—Sim.

O Rei Mercenário então continuou em tom sério.

—Você só precisa devolvê-lo dentro de três dias.

Devolvê-lo não era o problema.

O problema era que esse artefato antigo era um item de uso limitado.

A necessidade de devolvê-lo significava que não poderia ser destruído.

—Isso significa que Eruhaben-nim não pode quebrá-lo quando o usar?

—Sim.

—Por quê?

Bud Illis olhou para baixo.

—A maldição das lâminas de vento ao redor da Ilha do Vento irá perseguir a pessoa que pegou o artefato e o destruiu.

Um dos guardiões da casa do Rei Mercenário tentou roubar o artefato antigo e fugir.

No entanto, aquele guardião foi morto como os outros cadáveres da Ilha do Vento três dias depois. Até mesmo os familiares dele foram todos mortos, exceto uma pessoa para continuar a linhagem. Eles foram mortos mesmo não estando na Ilha do Vento.

Dizia-se que o vento os perseguia, não importava onde estivessem. Quanto ao artefato antigo, ele foi varrido por um redemoinho e retornou ao seu devido lugar.

—Ninguém se atreveu a desejar aquele artefato antigo depois disso. Muitos guardiões nem sequer entraram no templo, porque tinham medo da maldição.

Eles estavam preocupados com a possibilidade de ficarem gananciosos e tentarem fugir com o artefato antigo. Eles também estavam preocupados com a possibilidade de usá-lo para curar alguém e o jarro chegar ao seu limite.

Muitos medos diferentes impediram os guardiões de aceitá-lo.

—Mas você era um guardião que entrou e usou ele?

—Você tem razão. Eu sou um pouco corajoso. Graças a isso, consegui determinar o número aproximado de vezes restantes que poderia ser utilizado, bem como seus limites. O que você acha? Amigo, você não acha que vai perder essa aposta na bebida?

Cale apagou de sua mente as bobagens do Rei Mercenário e estendeu a mão.

Tap.

Sua mão pousou no altar negro e frio.

Cale então agarrou o jarro com a outra mão.

Era apenas do tamanho de uma pequena garrafa de álcool.

Cale ouviu a voz da ladra naquele momento.

-Três dias, mais um dia.

Cale pegou o jarro.

Havia uma rachadura do lado de fora, mas ainda estava bem.

-É quanto tempo a mana morta que preenche esta montanha negra pode resistir antes de explodir sem o artefato.

Cale estremeceu com a história que ouviu pela primeira vez.

Três dias.

A razão pela qual eles precisaram devolver o artefato dentro de três dias era para evitar que esta montanha negra explodisse como um vulcão em erupção.

Era o tempo que eles tinham para evitar que a mana morta fluísse desta explosão da montanha negra.

-Este artefato antigo é um artefato para cura, bem como para acalmar a mana morta.

Cale teve uma única resposta assim que a ladra terminou de falar.

— Filho da puta.

“Por que sou tão azarado?”

No entanto, os cantos dos lábios de Cale subiam.

Ele não estava tentando curar uma pessoa, ele estava tentando restaurar a força de um dragão e prolongar sua vida. Isso forçaria o artefato antigo a usar muita força.

-Crie um incêndio sobre o oceano! Crie um verdadeiro mar de fogo!

Ele ignorou o comentário animado do pão-duro.

A mão no altar começou a se mover.

— Quebre.

Uma grande lança de pedra atingiu o altar negro.

Baaaaaang!

A poeira encheu a área junto com a explosão.

O altar foi destruído.

Não havia mais lugar para colocar o jarro.

Swoooooosh— Swoooooosh—

O vento soprava forte fora do templo, mas Cale não sabia disso.

Ele apenas desativou o escudo prateado que o protegia dos escombros antes de voltar para o altar negro.

-A corda do meu pião!

A voz empolgada da ladra pôde ser ouvida.

A corda do pião estava localizada no centro do altar negro destruído.

A corda do pião estava brilhando em ouro.

Ele só precisava aceitar isso também.

Cale olhou para a corda do pião antes de começar a falar.

— Por falar nisso…

Ele agora tinha tempo de perguntar algo que o deixou curioso.

— Na imagem localizada no teto…

A imagem no teto se repetiu muitas vezes, como se fosse para fazer uma lavagem cerebral na pessoa que passava.

Uma das imagens era um mapa do continente ocidental. Era bastante semelhante ao atual continente ocidental, embora fosse dos tempos antigos.

Cada uma das áreas do mapa foi expressa como imagens diferentes.

A Selva que se tornou o solo negro, o Norte e as terras férteis que foram escolhidas pela pessoa com o atributo céu.

Embora fosse na antiguidade, todas as imagens do continente ocidental foram exibidas nele.

Cale pensou em algo enquanto olhava para aquilo.

— Por que o Reino Roan não existe?

A região Nordeste do continente Ocidental foi desenhada nesse mapa.

Essa era a localização atual do Reino Roan.

No entanto, não havia imagens dele no teto.

Todo o resto, como a Selva e o Norte que foram ignorados pela pessoa com o atributo céu, bem como o terreno que foi escolhido por ela, foram todos retratados.

No entanto, o Reino Roan não foi marcado por nada.