Leon dormiu três dias direto, então quando acordou, estava faminto. Felizmente, era hora do café da manhã, e conseguiu sentir o cheiro da comida caseira da Amanda. Na cozinha, Leon viu Amanda e Maya comendo.
“Dia.” Leon disse.
“O herói finalmente acordou.” Amanda sorriu: “Você dormiu como uma pedra nos últimos dias que a gente conseguiu ouvir seu ronco por toda a casa.”
“Eu não ronco… provavelmente.” Leon acariciou a cabeça da Maya: “Onde estão todos?”
“Eles estão limpando a cidade.” Amanda respondeu: “O número de demônios e monstros é alto demais; se deixarmos eles sozinhos, o cheiro causará doenças.”
“Temos mãos suficientes para isso?” Leon perguntou.
“Sim, cinquenta soldados de Nova Iorque vieram nos ajudar.” Amanda disse: “Você pediu pela ajuda deles, certo? De qualquer forma, temos outro problema.”
“Que problema?” Leon franziu a testa.
“Alguns sobreviventes estão questionando por que você não nos ajudou mais cedo.” Amanda explicou: “O poder daqueles dois anéis é inacreditável, então eles acham que poderiam ter impedido muitas mortes se tivessem ficado conosco. Algumas pessoas reconheceram você da primeira vez que veio e sabem que é meu irmão.”
“Consegui aquele equipamento do William, Sanchez e Alisson.” Leon disse: “Se tivesse isso antes eu teria os deixado em suas mãos.”
“Eu sei disso, e é por isso que expliquei que você deixou o Arco Angelical e a Foice do Ceifador, e quando ouviram isso se acalmaram um pouco porque foi graças a isso que conseguimos ganhar muito tempo. Embora tenha dito que temos um problema, essa situação deveria ter se resolvido. Os sobreviventes só estão chateados porque perderam amigos.”
“Entendo… quantos civis morreram?” Leon perguntou.
“Só sete, graças a isso as pessoas estão se acalmando porque você é o motivo da maioria das pessoas aqui poderem a Manipulação da Terra.” Amanda explicou: “Graças a esse tipo de magia, as pessoas criaram abrigos subterrâneos embaixo de suas casas. É por isso que evitamos uma catástrofe.”
“Isso é bom, mas deixa a pergunta do porquê vocês dois não criaram um embaixo da casa.” Leon disse: “A Sasha teve dificuldades contra os slimes negros.”
“Devíamos ter feito isso, mas nos últimos meses, não tivemos tempo.” Amanda disse: “De qualquer forma, irmão… posso perguntar por que você deixou os diretores naquela situação? Não podemos alimentá-los e mal conseguimos dar água.”
“Isso é mais que o bastante; aqueles caras tem sorte de estarem vivos.” Leon disse: “Eles usaram duas amigas minhas como reféns e também cegou uma delas. Tive dificuldades de me controlar para não matá-los enquanto viajava.”
“Entendo… não me lembro de ver você com tanta raiva.” Amanda disse: “Então, acho que eles merecem isso.”
“Bem, quando Hector disse que se casou com você, eu quase fiz o mesmo com ele.” Leon sorriu.
“Nem mesmo pense nisso…” Amanda avisou.
Leon riu e então começou a comer. Ele encheu o estômago até ficar estufado, mesmo que quisesse ajudar, ele tinha algumas coisas para fazer. Primeiro de tudo, precisava entregar os prisioneiros ao Makoto e depois disso, tinha que checar as coisas em Nova Iorque. Sarah enviou ajuda, mas ainda tinha que confirmar as coisas com os próprios olhos. Além disso, também estava interessado em como William conseguiu criar itens mágicos e helicópteros que usavam mana. Esse tipo de informação ele acharia em Nova Iorque.
Depois do café da manhã, Leon foi à San Diego entregar o ‘pacote’ ao Makoto. Mais uma vez, encontrou o transportador no meio do dia.
“Aqueles são?” O transportador perguntou.
“William, Sanchez e Alisson.” Leon disse: “Os fundadores das Forças Aliadas da América do Norte. Você provavelmente já está ciente, mas eles conseguiram colocar alguns equipamentos poderosos em mãos. Acho que antes de executá-los, Sua Majestade deveria ‘perguntar’ onde conseguiram.”
“Não se preocupe; perguntaremos.” O transportador disse: “Sua Majestade ficou bastante satisfeito quando entreguei os outros seis prisioneiros. Porém, ficou incomodado quando eu disse que você queria que ele perdoasse alguém. Quando pretende visitá-lo?”
“Em três ou quatro dias, ainda tenho algumas coisas para resolver em Nova Iorque.” Leon respondeu: “A propósito… vocês só coletam informações aqui? Não acho que Sua Majestade daria a ordem para causar as quebras de dungeon, mas há uma chance de algum espião japonês causar isso mesmo sem ordens?”
“… Não posso negar essa possibilidade.” O transportador fechou os olhos: “Contudo, se esse tipo de coisa aconteceu, deveria acabar, pelo menos do nosso lado. Temos informação que os espiões das outras nações estão causando quebras de dungeon por todo o mundo.”
“Suas identidades…” Leon disse.
“É impossível identificá-los porque cobrem os rostos quando estão trabalhando nas sombras.” O transportador explicou.
“Suspeitava tanto…” Leon disse.
Depois disso, Leon retornou à Las Vegas para almoçar. Ele ainda estava faminto e a comida de Amanda era muito melhor que qualquer coisa que Leon já comeu. Desde que Betty provavelmente estava ajudando Hector e os outros, Leon decidiu deixá-la para trás. Além disso, voaria mais devagar, transportando mais alguém.
“Considerando que terei que ir à Tóquio não importa como, eu deveria deixá-la descansar o máximo possível. Também há o assunto que seus amigos a traíram… mas precisa de um tempo para pensar nas coisas.”
O trabalho de Leon estava prestes a terminar. No entanto, já tinha um objetivo, e sem dúvidas, teria dificuldades em alcançar esse objetivo. Ele treinaria para obter o poder curar os olhos de Gisela. Isso era o mínimo que podia fazer depois de causar tanto problema a ela.