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Warlock Apprentice – Capítulo 10

Banimento de Ilusão

Angor levou Mara até a casa de pés de madeira, onde seu Professor estava.

“Senhor Mara, meu professor deve estar descansando lá dentro. Por favor, espere que eu entre e o informe.”

Mara assentiu e olhou Angor subir as escadas.

“Essa é uma casa peculiar. Nunca pensei que encontraria tal estrutura na Terra Arcaica,” comentou Mara silenciosamente, vendo a casa. Ele já tinha visto várias construções com formatos estranhos no Continente Fey. Essa casa mostrava grande engenhosidade, mas, afinal, era um trabalho feito por mortais.

Ele elogiou a habilidade apenas porque um mortal pôde construir uma visão tão incrível.

Diferente de Mara, que estava meramente interessado na casa, Alan e Aleen não conseguiam segurar a curiosidade, e circularam ao redor da casa, maravilhados. Até mesmo foram para debaixo da chuva para observar os vegetais e frutas perto da cremalheira de vinho.

Eles ainda eram jovens. Aparentar ser maduro não ajudava a esconder suas infantilidades que ocasionalmente se apresentavam. Essa inocência pura fez com que todos ao redor sorrissem. Vendo como eles estavam interessados na grade de uvas, Leon tirou duas garrafas de vinho tinto, que estava preservado na adega por dois anos, e ofereceu a todos um copo.

O vinho era rico e aromático. Como companheiros de copo, Leon e Eton começaram a conversar sobre a linha de frente. Eton também gostaria de se livrar do silêncio constrangedor, então ele alegremente conversou com Leon e juntou-se a atmosfera agradável.

Após distanciar-se deles, Angor foi até o segundo andar e acordou o servo mudo. Ele ajudou seu professor a se vestir, então mandou o servo sair e disse a Jon porque veio.

Com sua noite de sono interrompida, Jon sentiu-se confuso por um momento, até que subitamente brilhou com a menção de “mago”.

“Mago? Você conheceu um mago?” Jon agarrou a manga de Angor e exclamou, não conseguindo acreditar.

“Sim. Um Mago Aprendiz Nível 3, para ser exato. Foi o que Mara chamou a si mesmo.”

Confusão e curiosidade apareceram no resto de Jon brevemente. Ele então murmurou, encantado.

“É isso. É isso! Está tudo explicado agora. Magos, magos! É por isso que muitas fórmulas de física que venho pesquisando por todos esses anos não puderam ser usadas aqui. Eu estava errado desde o começo. Esse não é um mundo normal, há poderes sobrenaturais aqui! Ha… Eu sempre me senti superior aos habitantes locais aqui por causa de minhas visões. Deus, eu estava preso dentro de minha visão patética. Falando para mim mesmo dentro de uma caverna!” gritou olhando pela janela, com um olhar vazio. Aqueles gritos carregavam duas fortes emoções: relutância e arrependimento.

Todos os outros que aguardavam no salão do primeiro altar também ouviram os gritos. Mara ouviu cuidadosamente ao questionamento de autoironia,

“Qual o significado disso? Não é nossa língua universal, é?”

Angor nunca disse a ele detalhes sobre Jon, suas origens, ou o fato de o Orvalho da Manhã ter sido cultivado por ele. Portanto, Mara achou que o homem chamado Jon era apenas um civil do império.

“Essa era sua língua materna. Ele chama sua terra natal de… China? Eu não muito sobre.” Disse Leon.

“China?” Mara pesquisou em suas memórias e nunca ouviu nenhum lugar com aquele nome. “Um pequeno país afastado em algum canto remoto do mundo, talvez?” Ele não se aprofundou mais. Estava curioso quanto a grande emoção que carregava aquele grito, mas, como Mago Aprendiz, estava mais curioso acerca de diversas outras coisas. Seu valioso tempo não podia ser perdido pensando em problemas de pessoas comuns. Além disso, acabara de tornar-se um Alto Aprendiz. Tudo o que pensava agora era como resolver o problema do jovem Angor o mais rápido possível, deixar esse lugar, e voltar à academia e se aprofundar nos estudos. Nada era mais importante que aperfeiçoar sua própria força. Com esse objetivo em mente, Mara fechou seus olhos e começou a meditar.

Não se passou muito tempo, e Angor logo veio para baixo com Jon, que recuperou sua personalidade usual.

Jon não pediu ajuda a Angor. Antes de suas pernas ficarem murchas, ele criou uma cadeira de rodas para si, para ajudá-lo subir as escadas com a ajuda de rodas adicionais e amortecedores.

Enquanto Leon explicava esse aparelho, Mara pensou em silêncio.

“Um verdadeiro talento em mecânica. Ele teria feito grandes conquistas no caminho da alquimia. Uma pena que tal talento não possa ser ajudado agora, ele está muito velho.”

A primeira impressão que Mara teve de Jon podia-se resumir em uma palavra: idoso.

O próprio Mara estava perto de seus 80 anos agora. Ele não era Mago solene, então apenas podia contemplar a passagem do tempo. Tentou inúmeros meios de recuperação, então aparentava, nesse momento, ser alguém na casa do 60.

Quanto a Jon… Se Angor não tivesse falado a ele que Jon mal tinha 50, Mara teria acreditado que o homem em sua frente poderia muito bem ter 100 anos.

“Patologia na pele? Problema no fluxo sanguíneo? Ou alguém lançou uma maldição nele que acelerou seu envelhecimento?”

Mencionando o “grande problema”, Angor esperava que Mara pudesse curar seu professor. Era por isso que Mara primeiro tentou saber sobre a natureza da condição de Jon.

Porém, Mara franziu à medida que Jon se aproximava dele. Ele sentiu-se estranho, como se algo muito estranho estivesse saindo do corpo de Jon. Ele sabia o que era esse sentimento. Quando viu aqueles escravos de outro mundo capturados pelos magos no Leilão Escarlate, ele sentiu algo similar, como se o que visse não pertencesse a esse mundo.

“Esse homem era um visitante de outro plano?” Mara franziu ainda mais.

Falando sobre visitantes de outro plano, Jon não realmente aparentava ser um. Mara lembrou de ler um livro na biblioteca da academia, Prós e contras das expedições em planos externos. escritos pelo Grande Mago Retorcido, Barzel.

O livro explicava claramente que, apesar de haver criaturas inteligentes em outros planos, ninguém jamais descobriu outros humanos por lá.

Havia, porém, muitas criaturas que pareciam com humanos; alguns com três olhos, outros com escamas de peixe atrás das orelhas; havia aqueles com pequenas mãos, asas… Eles pareciam com humanos, mas as pessoas deram-lhes um nome: Os Humanoides.

“Talvez esse homem seja um humanoide de outro plano?” Pensou Mara tentando adivinhar. Porém, ainda mantinha seu sorriso por fora.

Se isso fosse verdade, ele apenas capturaria Jon e o venderia para os magos, o que o renderiam ao menos 10 Cristais Mágicos. Mara trabalhou dia e noite por todos esses anos, e ainda assim somente conseguiu menos de 100 deles.

Com isso em mente, o sorriso de Mara cresceu tanto que seus olhos eram apenas uma linha.

Quando Jon se sentou diante dele, Mara limpou a garganta e explicou,

“Primeiro, preciso usar um Detectar Doenças em você. Uma vez encontrado a metodologia correta, não deve haver nenhum problema em tratar você.”

Mara sequer esperou Jon e Angor responderem, ele simplesmente conjurou sua bola de cristal e começou a murmurar algo. Logo uma pálida aura verde emergiu da bola de crista e lentamente cobriu o corpo de Jon.

A surpresa que Jon sentiu testemunhando tal milagre gradualmente o acalmou, e seu rosto recuperou sua cor vigorosa. No fim, Jon fechou seus olhos e caiu em uma letargia profunda.

Todos se perguntavam sobre o método de Mara. Eles apenas pensaram que Mara estava lançando uma cura. Ninguém sabia que Mara usou não uma magia de nível 1, Detectar Doenças, mas uma de nível 2 que apenas Magos Aprendizes conseguiram lançar: Banimento de Ilusão.

Essa era uma magia de suporte que podia ser usada para ajudar alguém a ver através de ilusões e trapaças. A magia não podia ser definida com uma simples explicação. Por exemplo, a magia Graxa servia para obstruir os passos de alguém, mas com alguns ajustes, poderia facilmente pegar fogo. Cada magia possuía uma infinidade de possibilidades, o fato de magos perseguirem a verdade era essencialmente um processo no qual eles faziam infinitas possibilidades no infinito absolutismo. Isso também tra verdade para a magia Banimento de Ilusão—com um pouco de mudança, ela poderia ser direcionada em um alvo para que mostrasse sua raça original.

Porém, há um pré-requisito para que esse método funcionasse, o alvo tinha que aceitar. Se ele, ou ela, tivesse qualquer desejo de resistir, a magia falharia.

Agora, Mara fingia está ajudando Jon, então claro que o homem não resistiria.

A aura verde persistiu por meio minuto. Primeiro cobriu a cabeça de Jon e, lentamente, moveu-se até os seus pés, como um processo de varredura. Quanto tudo estava finalizado, a aura retornou para a bola de cristal.

Com uma mudança em seus olhos, Mara silenciosamente injetou seu poder espiritual na bola de cristal para ler o resultado da magia Banimento de Ilusão.

“Humano… 100%, absolutamente puro humano?? Claro,” Mara secretamente se tranquilizou com o resultado. No entanto, ainda tinha uma pequena dúvida porque ele tinha confiado em seus instintos antes. Mesmo assim ele não conseguiu chegar a uma conclusão após um tempo, então decidiu apenas acreditar no resultado da magia. Jon era um humano, ele não deveria se preocupar tanto em ajudá-lo.

Já que Jon não era uma criatura de outro mundo, Mara parou com sua desconfiança e começou a cumprir sua promessa para com Angor.

Ele moveu sua bola de cristal novamente e construiu um novo padrão de magia. Dessa vez, ele realmente estava construindo a real magia Detectar Doença.


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