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World Domination System – Capítulo 109

Justiça

Dalia estava se divertindo nos últimos dias. Primeiro, sua mãe a trouxe para esta cidade incrivelmente grande, em que havia tantas coisas para ver. Tendo crescido em uma pequena aldeia, todos os pontos turísticos pareciam extraordinários para ela. 

A melhor coisa era a comida! De volta à sua aldeia, ela só podia comer carne algumas vezes por ano devido ao custo. Aqui, ela e sua mãe tinham pratos incrivelmente saborosos todos os dias. 

E os doces! Doces de todas as cores, sabores e texturas! Agora, sua coisa favorita a fazer era ir com sua mãe pela cidade enquanto comia todos os doces que ela desejasse. Na verdade, ela já tinha decidido que ela abriria uma grande loja de doces e daria doces de graça para todas as crianças que como ela não podiam pagá-los. 

Claro, outra coisa que ela amava sobre o Reino era o homem que apareceu no ar. Ele tinha algum tipo de pássaro em torno de seu ombro, que parecia bonito fazendo Dalia querer beliscar suas bochechas. O motivo dela amar este homem foi por ele dizer algo que fez com que sua mãe sorrisse o mais brilhante que ela já tinha visto em sua vida. 

Hoje, sua mãe a levou para um prédio que tinha muitos homens de uniforme verde em volta dele. 

Helena sorriu ligeiramente vendo o olhar curioso de sua filha para os policiais. Nos últimos dias, ela notou que sua filha que havia se tornado bastante introvertida estava se abrindo cada vez mais e se comportando como uma garota normal da idade dela. 

Ao contrário de antes, quando as duas pareciam não ter comido há semanas, mãe e a filha estavam agora sadias e curadas por todas as refeições completas que tiveram. Uma moeda de ouro era, afinal, muito dinheiro, então ainda havia um pouco de prata sobrando, mesmo após todos os desejos de Dalia  sendo realizados. 

Agora, ela tinha sido notificada a vir a este prédio a fim de declarar seu testemunho novamente na presença de outras pessoas. 

Nenhuma informação foi dada sobre quem mais estaria lá, por isso ela ficou bastante assustada quando viu que este era realmente um edifício enorme que poderia conter centenas de pessoas dentro. Também parecia estar recentemente renovado, com cartazes temporários mostrando direções e designando salas. 

Uma policial estava sentada em uma mesa, enquanto cerca de 20 plebeus tinham feito uma fila na frente dela. 

Juntando-se à fila, Helena esperou pacientemente enquanto mantinha um aperto firme na mão de sua filha. 

Em breve seria a vez dela. 

“Nome e dado local de residência?” Perguntou a policial, segurando em sua mão um pequeno pedaço de pergaminho. 

“Helena, Vila Burbery” 

“Tribunal 26, vá à esquerda no corredor até as escadas.” Disse a policial, apontando para um conjunto de escadas depois de dar um breve sorriso para a fofa Dalia. 

Acenando e agradecendo, Helena subiu a escada e chegou a uma grande sala que estava rotulada com o número que lhe foi dito. 

Quando ela entrou, congelou na entrada enquanto uma expressão de raiva e fúria apareceu em seu rosto. 

Mesmo que Dalia puxasse sua mão, ela não podia se mover nem um centímetro. Seus olhos estavam fixados no rosto magro do homem que tinha visitado seus pesadelos quase todos os dias desde que seu amado marido havia falecido. 

“VOCÊ!” Ela gritou, fazendo todos na sala se virarem enquanto ela corria em direção ao homem que só agora estava se virando para ver a mulher que tinha o ar de alguém que queria rasgá-lo em pedaços. 

“Contenham-na.” 

Enquanto uma voz soava do outro lado do corredor, Helena sentiu um vento forte soprando contra ela, fazendo-a diminuir seu ritmo. O peso da força atingiu seu corpo, enquanto os que estavam atrás só sentiam uma brisa moderada. 

Com o vento batendo o rosto, Helena finalmente voltou aos seus sentidos. 

Diminuindo os passos trôpegos até parar, ela quase perdeu o equilíbrio e caiu para trás. 

Uma mão forte apoiou-a de volta, a devolvendo seu equilíbrio. Ao ouvir Dalia chorando atrás dela na porta, Helena rapidamente correu para trás e levou sua filha em suas mãos. 

O mago que lançou o feitiço do vento, usando o artefato fornecido pelo palácio, voltou ao seu lugar vendo que a mulher estava bem. 

“Por favor, sente-se. O tribunal vai ouvi-la em breve.” 

A voz veio de um homem barbudo de vestes brancas que se sentou no final da sala. Acenando às pressas, ela fez o seu caminho para a fileira de cadeiras que estavam atualmente desocupadas. 

Sentada, ela começou a olhar ao redor da sala enquanto tentava não perder o controle novamente vendo o homem que era responsável pela condição de sua família. 

Foi dividido em quatro seções. No centro para o final da sala, o homem barbudo sentou-se em frente a uma mesa que segurava numerosos pergaminhos como o que a policial do lado de fora estava segurando 

Na frente deste homem e colocado em um ângulo reto para ele, mais duas mesas estavam lá. Não havia cadeiras atrás dessas mesas, a da direita tinha uma mulher com bochechas fundas parecendo que ela não dormia há semanas. Embora suas roupas ainda estivessem arrumadas devido aos encantamentos colocados sobre elas, elas não impediam o público da ver o desespero aparente em seu rosto enquanto ela mantinha a cabeça inclinada para baixo. 

Atrás da outra mesa, um homem corpulento cujo rosto estava torcido, em memória de algo precioso que tinha sido levado, estava com os olhos fixos na mulher na frente dele. Tanto o homem quanto a mulher tinham duas pessoas atrás deles que seguravam algum tipo de vara de metal em suas mãos. A última seção era composta pela fileira de cadeiras em que ela e Dalia estavam sentadas. 

“Prossiga!” 

“Sim, meu Senhor. Como eu estava dizendo, esta nobre mandou matar minha esposa porque me recusei a entrar na comitiva de guardas devido a alguns rumores que eu tinha ouvido. Ela mais tarde tentou me matar também, mas eu consegui fugir para o campo e viver sob uma identidade diferente. Todos esses anos, tudo o que eu podia fazer era cuidar do meu ódio e esperar o dia em que eu pudesse colocar minhas mãos em volta da sua garganta e…” 

Parando-se, o homem respirando com raiva ainda estava olhando para a mulher. Seus punhos estavam apertados ao lado dele, como se ele estivesse segurando a vontade de avançar nela. 

“Isso é verdade?” Perguntou o homem barbudo, fazendo a mulher olhar para cima. 

Por alguns momentos, um silêncio se seguiu no tribunal. 

“S-Sim” 

Quase como se ela não tivesse escolha a não ser responder, a mulher deixou sair as palavras antes de olhar para trás em derrota. 

“Tudo bem. Mago, liberte-o de seu juramento. Como a Srta. Arabella já excedeu as acusações de infrações previstas para punição via prisão, ela será executada daqui a uma semana em frente aos Portões da Cidade Interna. Quanto a você, por ordem do Rei, você é elegível para obter uma pensão do governo pelos próximos 50 anos, e você também pode usar uma referência especial ao se candidatar a qualquer trabalho. Você pode sair agora.” 

Cada palavra parecia esmagar a vontade da mulher enquanto queimava a agonia aparente no rosto do homem. No final, a mulher caiu para a frente, desejando que isso fosse apenas um sonho. 

Ouvindo o julgamento, o homem parecia ter entrado em transe. Lágrimas começaram a fluir de seus olhos enquanto ele olhava para cima e murmurava: “Lizzie, eu fiz isso. A bruxa que nos separou morrerá em breve. Agora, é hora de eu me juntar a você e nosso bebê não nascido.” 

“PAREM ELE!” 

Ao vê-lo tirar uma faca escondida da manga, o oficial barbudo gritou, fazendo os homens parados atrás saltarem para a frente e conterem suas mãos. 

“O Rei garantiu que a justiça que você pediu fosse entregue a você na íntegra! Você não tem a obrigação de recompensá-lo contribuindo para o Reino que ele ama e cuida? Como você pode encarar seu filho e esposa se você escolher não retribuí-lo?!” 

O oficial continuou falando em um tom agitado, fazendo o homem corpulento parar de lutar e ajoelhar-se no chão. Depois de alguns segundos chorando, ele disse: “Vo-você está certo. Eu só… queria vê-los novamente, mas devo retribuir ao Rei por tudo o que ele fez por mim e pelo povo de Lanthanor. De agora em diante, minha vida é dele para comandar…”  

Como se ele tivesse tomado uma decisão, sua expressão se transformou em determinação. No entanto, todos ainda ouviram a última coisa que ele murmurou. 

“Lizzie, verei você em breve…” 

Enquanto sua voz se desvanecia em silêncio, o oficial suspirou de alívio e sorriu brevemente, gesticulando os homens que o haviam contido para levá-lo embora. 

Helena ficou chocada ao ver tudo o que tinha acontecido. No entanto, ela entendeu o desejo do homem de se matar e se reunir com sua família. Na verdade, até ela teria desejado o mesmo se não fosse por sua adorável filha que foi a última coisa que seu marido deixou para trás para ela neste mundo. 

Tomando seu lugar novamente, o oficial disse: “Srta. Helena. Você pode aproximar-se e declarar o seu caso agora.” 

Com a respiração pesada, Helena caminhou em direção à mesa enquanto mantinha os olhos fixos novamente no homem que havia destruído sua vida. 

… 

Enquanto isso, Daneel bateu na porta do quarto de seu querido amigo Faxul. Finalmente era hora de descobrir o que estava assolando aquele que estava com ele quase desde o início de sua jornada neste mundo.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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