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World Domination System – Capítulo 169

O Grande Debate (1)

Duas semanas depois

CRACK

Dentro do quarto alugado por Olfax para facilitar o treinamento de Daneel, o Rei de Lanthanor abriu os olhos enquanto um largo sorriso se espalhava em seu rosto.

O som veio da gema Ker quebrando nas mãos de seu clone que estava ao lado dele treinando.

Sem hesitar, Daneel ordenou ao Sistema que dissolvesse o clone e absorvesse a sua energia, seguindo o fluxo familiar que disparou nele com uma velocidade ofuscante.

Um segundo CRACK ressoou na sala, mas só foi audível para Daneel.

De fato, enquanto respirava profundamente e saboreava a sensação de dar um salto adiante em força, Daneel não pôde deixar de rir para si mesmo ao perceber que já era um Mago e Guerreiro Humano de 6° Grau.

Na verdade, ele estava a apenas um passo do nível que atualmente era o pico em Lanthanor.

Mais de um mês e meio de absorção frenética usando gemas Ker deu esse resultado e, embora o suprimento de gemas já estivesse diminuindo, Daneel sentiu que valia a pena.

Se a notícia que o Rei de Lanthanor era um Mago Humano Eminente E Guerreiro de 16 anos se espalhasse, isso definitivamente causaria um rebuliço em toda Angaria.

 Levantando-se, Daneel sacudiu a poeira acumulada antes de olhar para fora e ver que já era meia-noite.

Sentindo-se feliz pelo avanço ter ocorrido em um momento tão auspicioso, ele sorriu ainda mais antes de repassar mentalmente o plano que aconteceria no dia seguinte para colocar Eldra no trono.

Subindo em sua cama, ele adormeceu com os sonhos agora familiares de dragões, castelos e princesas.

No dia seguinte.

Em uma grande clareira nos arredores de Elfaven, um enorme palco recentemente montado e atualmente sob a guarda de vários soldados, que patrulhavam os arredores, certificando-se de impedir que todos e quaisquer invasores entrassem na área.

No processo eleitoral de Eldinor, havia duas datas principais para as pessoas lembrarem: uma era o dia da votação e do anúncio do resultado, para o qual faltavam duas semanas para ocorrer, enquanto a outra era hoje – a ocasião do Grande Debate.

No período que antecedia a eleição, cada candidato fez o máximo ao seu alcance para realizar o maior número possível de propagandas eleitorais e comícios com o objetivo de divulgar sua mensagem e influenciar os votos a seu favor.

Todas essas atividades tinham que ser financiadas por eles mesmos, o que, na verdade, era a razão pela qual apenas candidatos com forte apoio financeiro participassem das eleições, a menos que fossem indivíduos especiais que optassem por não se envolver em campanha, mesmo que tivessem se candidatado para concorrer às eleições.

A única exceção era o Grande Debate. Duas semanas antes do dia final de votação, o governo organizaria uma reunião em que todos os candidatos teriam a oportunidade de aumentar suas chances de vitória, fazendo discursos sinceros e debatendo com os outros concorrentes.

Ao longo das décadas, houve muitos casos em que uma única observação errada dita por um competidor no calor do momento resultou na sua derrota, mesmo que as previsões até então mostrassem que eles venceriam.

Assim, não importa qual fosse a condição até hoje, dizia-se que o Grande Debate era o verdadeiro momento no qual o próximo governante de Eldinor seria decidido.

Como tal, era obrigatório para todos aqueles que se candidataram. Essa prática surgiu para impedir que as pessoas se candidatassem à toa e ignorassem todos os fóruns públicos, essencialmente desperdiçando o tempo do governo que distribuía segurança e também tinha que fazer ferramentas de votação para cada participante.

A lista de candidatos era pública, portanto, todos sabiam que a notícia que a filha da ex-Rainha, que atualmente enfrentava a ira dos Elfos, estava concorrendo às eleições era verdadeira.

Claro, não houve campanha ou anúncios durante essas duas semanas cruciais em que quase todos os Elfos eram bombardeados com propagandas e mensagens repetidas sobre cada competidor.

Os mais irados eram os pais dos Elfos desaparecidos.

De fato, várias famílias sabiam muito bem que seus filhos foram sequestrados, mas não podiam fazer nada a respeito com seu poder limitado. O governo, é claro, trabalhou tão duro quanto pôde para localizar seus filhos, mas era um fato conhecido que era quase impossível tirar uma criança Elfa das garras dos traficantes de escravos.

Devido ao seu maior potencial, a taxa de natalidade dos elfos era baixa quando comparada aos humanos. Assim, cada criança Elfa nascida era apreciada como um presente dos deuses.

Isso só aumentou a dor da perda.

O horário do debate estava marcado para o meio-dia, mas as pessoas começaram a chegar desde a madrugada.

Nenhuma arma ou ferramenta mágica foi permitida na área, então todos os elfos e humanos que participaram do debate foram verificados minuciosamente.

De fato, embora os humanos não tivessem direito a voto, eles ainda podiam assistir ao Grande Debate.

Assim, se passando por plebeus, Kellor e Olfax abriram caminho em meio à multidão segurando uma bolsa nas mãos depois de serem verificados minuciosamente pelos soldados.

Olhando em volta, Kellor não pôde deixar de suspirar ao ver a evidente raiva reprimida nas expressões de muitos elfos ao seu redor.

O crime de escravizar os filhos de uma raça tinha o poder singular de unir todos os membros dessa raça, independente de terem sido afetados pessoalmente ou não.

Exatamente como em Lanthanor, onde as multidões se uniram depois de ver o estado daqueles cujas vidas foram destruídas pela nobreza e temendo que compartilhassem o mesmo destino, os elfos se uniram diante de alguém que cometeu um ato tão horrível.

Até agora, embora soubessem desse horror, não tinham um rosto ao qual atribuí-lo.

Agora que o fizeram, todos os sentimentos reprimidos por muitos anos irromperam, prontos para devorar o indivíduo, mesmo que ela não fosse responsável por tudo o que havia acontecido ao longo dos anos.

Tal era o poder da terrível arma desencadeada pela ex-Rainha que, assim, abriu caminho para a vitória.

Por volta de 11:30, a ex-Rainha subiu ao palco em meio a aplausos e gritos como “Precisamos de você de volta!”, “Reeleja a Rainha Eldara!” e “Nação sobre Família!”

Por volta de 11:45, o restante dos competidores subiu ao palco com alguns aplausos dispersos que mostravam seu apoio já reduzido.

Desses competidores, o que recebeu mais aplausos foi uma elfa enrugada com longos cabelos prateados que caíam em cascatas até as costas.

Embora seu corpo ainda parecesse estar no auge da forma física, sua idade era evidente em seu rosto, que tinha várias rugas que lhe davam um ar de experiência.

Seu nome era Katerina.

Como soldado aposentado, Katerina ouviu vários rumores no exército sobre os métodos sujos da Rainha. Na verdade, ela era uma das poucas, além de Eldra, que tinha mais informações sobre o desejo de poder da Rainha.

Esse conhecimento veio principalmente de servir sob o seu comando, atuando como Comandante. Como uma astuta juíza de caráter, Katerina ficou chocada quando descobriu que a Rainha não era a Santa que os elfos pensavam que ela era.

Infelizmente, tudo o que ela tinha eram rumores sem provas e um sonho de servir ao próprio povo que a levou a disputar as eleições todas às vezes.

Como pessoa íntegra, seu orgulho não lhe permitia fazer uso dos boatos de forma alguma, a menos que encontrasse provas concretas. Contudo, devido à cautela da Rainha, ela ainda não encontrou nenhuma.

Assim, Katerina enfrentava a Rainha como sua principal adversária há 20 anos.

Este ano, por ter conseguido descobrir alguns casos de corrupção no governo que, embora não incriminassem a Rainha, ela acreditava que faria as pessoas verem que a governante não era perfeita.

Usando este ímpeto e a vantagem de poder passar muito mais tempo em campanha que a Rainha, que tinha que cuidar do Reino, Katerina conseguiu obter seguidores sólidos, que ela pensou que a levariam ao trono.

No entanto, tudo isso foi derrubado devido à notícia da escravidão que trouxe simpatia pela Rainha.

Agora, enquanto caminhava para o palanque, ela se pegou desejando que houvesse alguém que limpasse aquele sorriso de satisfação do rosto da ex-Rainha, o que mostrava sua confiança.


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