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Apocalypse Hunter – Capítulo 19

Missão Já Concluída (2)

Tenente Charl olhou para Zin, sua estava boca aberta de espanto. Zin descreveu perfeitamente os tipos de armas roubadas assim como a aparência dos tranqueirões. E, Charl, que conhecia os salteadores que ele estava tentando localizar, percebeu que Zin estava falando a verdade.

— O fato que você sabe sobre os salteadores não significa que você os matou. Você pode só ter visto eles e ter ido embora.  Além disso, se você já tomou conta deles antes do pedido, eu não acho que faça sentido te pagar.

Obviamente, se um problema já foi resolvido, não havia razão para pedir para alguém resolvê-lo. Zin não sabia sobre a missão e matou os salteadores. O Armígero não tinha razão para pagar por um problema que já foi resolvido.

Basicamente, Charl podia retirar o pedido. As palavras de Zin eram difíceis de acreditar, e Charl não tinha razão para recompensá-lo.

— Argumento válido, mas você vai pensar de novo quando ver isso. — Zin tirou as ogivas de pressão-térmica do seu armazém do vazio. Assim que Charl viu os explosivos, ele ficou surpreso novamente.

— Você não deveria recuperar todas as armas perdidas?

Mostrar para Charl que ele estava carregando armamento Armígero, mas Zin determinou que ele não era arrogante.

— Hah…

Charl não podia mais duvidar depois de ver a evidência em sua frente. Ele nem tinha que checar o número do lote porque sabia que apenas os Armígeros usavam tais armas.

— Como você já deve saber, há muitas armas que não pude trazer. Eu posso prover as coordenadas se você estiver disposto a pagar.

Zin amava armas, mas ele amava lascas ainda mais. Armas eram usadas para matar inimigos, mas lascas eram absolutamente necessárias para prolongar sua vida. Ganhar dinheiro era mais lucrativo do que armazenar armas em uma península que ele nem tinha certeza se voltaria.

— Hmm…

Charl caiu em um dilema.

Ele podia discutir sobre pagar Zin por tomar conta dos salteadores, mas as coordenadas das armas perdidas tinham valor prático. Ou, era bem possível que ele teria que pagar ainda mais.


— … Nós vamos voltar?

— Sim.

— Eu te segui até aqui, e você está me dizendo que nós vamos voltar? Eu estou ouvindo direito? Você está louco?

— Não. Nós vamos voltar para o Ponto Ardente.

— Merda…

Leona perdeu a cabeça assim que ouviu o que Zin disse. Depois de reganhar sua compostura, ela encarou Charl que estava sentado perto de Zin.

— Não percebi que você tinha companhia, caçador.

— Ela consegue andar rápido, então você não precisa se preocupar com ela.

— Hmm, contanto que eu consiga recuperar as armas, vou poupar muito tempo. Tudo certo então.

Charl pediu para Zin segui-lo de volta para o Ponto Ardente, porque ele não tinha garantia que as armas estavam enterradas naquelas coordenadas. Se Charl pudesse confirmar que as armas estavam no local informado, ele prometeu pagar mais 100 lascas em cima das 1.400 lascas oferecidas, por um total de 1.500 lascas.

Era uma oferta incrível, e seria necessário que Zin aceitasse pelo menos dez pedidos de caça para conseguir essa quantia de lascas. Entretanto, depois de ouvir sua explicação, Leona caiu em desespero.

— Eu andei todo o caminho de lá até aqui, e agora vou ter que voltar e, depois, voltar de novo…

Ela andou por uma semana. Ela não reclamou muito enquanto viajava, mas não foi uma viagem fácil. Zin olhou para Leona e falou:

— Se não quiser vir junto, você pode ficar aqui. Eu vou voltar.

Tudo que Leona tinha que fazer era ficar no hotel até que Zin voltasse. Ela não tinha que andar por uma semana. Estava por conta dela ficar duas semanas em Shera.

— Hmm… eu não me sinto tão segura ficando aqui ou te seguindo, moço.

Leona sabia que Zin não daria qualquer lasca para ela se ela quisesse ficar em Shera por duas semanas. Sem lascas, Leona teria que roubar para sobreviver.

Leona ficou preocupada, e pensou bem na situação atual. E em um instante, ela pensou em algo enquanto seus lábios tremiam.

— Moço, não tem algo errado aqui?

— O que está errado?

— Eu matei todos aqueles salteadores, então por que é você que fica com toda a  recompensa?

— Hmm?

— Pense bem nisso. Eu explodi a caixa de lasca e matei a maioria deles. No máximo, você matou seis deles.  — Leona juntou suas mãos. — Certo. Vamos dividir isso igualmente. Oito para dois. Eu fico com oito.

— Bobagem.

— O que, estou errada?

Zin ficou brevemente atordoado com o argumento inesperado de Leona. As palavras dela faziam sentido. Mas ele estava chateado.

— Se eu estou errada sobre isso, vá em frente e explique você mesmo. Eu matei a maioria deles, mas por que você é que está recebendo o crédito? Isso não é estranho?

Ao ouvir suas palavras, Charl reagiu.

— Espere um segundo… Foi essa criança que matou os salteadores?

E ao ouvir isso, Leona assentiu vigorosamente.

— Não todos, mas a maioria.

— Caçador, o que ela disse está correto?

— Hmm…

Amargamente relutante, Zin assentiu lentamente. Leona pagou o que devia para Zin. Dessa forma, era verdade que Leona exterminou a maior parte dos salteadores por ela mesma. Zin recebeu o pedido inicial, mas Leona tinha o direito de pegar a maior parte da recompensa.

— Sim. Está certo. — Zin reconheceu o fato com relutância. Com suas mãos em seu quadril, Leona continuou a discutir com Zin.

— Moço, eu também exijo justamente minha parte por esse pedido.

— … Haha…

Era impossível para Zin refutar ela. Conforme Charl ouvia Leona falar, ele percebeu que ela não era só uma criancinha seguindo um caçador, mas ao invés disso, alguém bem estranha. Zin não era um ladrão nem um salteador.

Zin não agia por qualquer padrão moral ou consciência, ele agia pelo código do caçador. Ele tentava cumprir o código o máximo possível.

— O que você vai fazer, moço?

Zin relutantemente começou a falar novamente.

— Sim… vamos… fazer como você disse… quero dizer… é o certo.

— … Você está bravo, moço?

Quando Leona perguntou, Zin franziu o cenho.

— Não, não estou.

Zin começou a descer até o primeiro andar do hotel, sentindo-se infeliz. Leona e Charl assistiam Zin descer e olharam um para o outro.

— Ele parece bem bravo.

Ao ouvir suas palavras, Leona estalou com sua língua.

— Mas ele não é fofo? —Leona deu de ombros.

Eles desceram até o primeiro andar para pegar algo para comer. Zin estava prestes a comprar comida para Leona, mas então ele parou. Leona estava agindo por si mesma, então, tecnicamente, Zin podia tirar o dinheiro da refeição dela mesmo. Isso colocaria Leona sobre pressão já que ela não tinha dinheiro no momento.

Zin pensou por um momento e, então, balançou sua cabeça.

O que eu estou pensando…

Zin pensou sobre o quão covardemente estava agindo. Uma criancinha o provocou, e ele mesmo estava agindo como uma. Leona teria teria reclamado que Zin estava começando a agir meticuloso. Zin pensava de si como uma pessoa prática, mas não infantil.

A refeição foi batata doce cozida no vapor e milho na espiga. Por uma única lasca, a refeição não era pequena nem grande. Zin olhou para Charl e disse:

— Charl.

— Estou ouvindo.

— Posso considerar que a missão já começou? É o princípio do caçador que o solicitante pague pela refeição quando o mesmo acompanha o caçador.

— … — Leona olhou atônita para Zin, e Charl assentiu em concordância.

— É mesmo? Eu não sabia disso. Eu vou pagar. Olá, três porções, por favor.

— Sim, senhor.

Charl não tinha problema em pagar as três lascas. Zin não percebeu o quão muquirana ele parecia.

Charl estava parecendo bem generoso já que ele estava disposto a pagar pelas refeições. Por qualquer razão, Leona corou e abaixou sua cabeça. Zin estava feliz em comer de graça, e assentiu com sua cabeça agradado. Não foi um princípio que Zin inventou do nada. Entretanto, uma pessoa não era necessariamente sábia só porque elas viveram por um longo tempo.

A refeição foi preparada, mas não era algo grandioso. O dono do hotel estava assustado por causa da presença do soldado Armígero na frente dele. Ele estava tão assustado que não teve coragem de pedir pela comissão. Zin deu a dica para Charl, que prontamente pagou o dono do hotel.

— Pessoas me tratam como se eu aniquilasse uma cidade inteira.

— Pessoas têm medo porque você tem a habilidade para fazer isso.

Charl assentiu com as palavras de Zin. Impressionada, Leona estava checando Charl que não tinham uma mancha em sua aparência. Era natural para Leona ficar maravilhada ao ver um soldado Armígero o qual pessoas ordinárias nunca veriam uma vez sequer em suas vidas.

Quando Charl descascou a batata doce e começou a comer, Leona ficou surpresa.

— O que você está fazendo?

— Estou comendo a batata doce.

— Por que você descascaria ela?

— … Não tem um gosto bom se você comer junto com a pele?

Charl estava entretido ao ver Zin e Leona comerem a batata doce com sua casca, e Leona olhou de volta para Charl espantada.

— Ah… Certo…

Leona começou a comer a batata doce de novo. Ela não conseguia entender como alguém podia comer algo e pensar sobre seu sabor. Ela sempre comia o que estivesse disponível, e ela nunca pensou se a comida era boa ou não. Claro, ela evitava carnes de morto-vivo e de cão venenoso porque elas eram um tipo de comida perigosa de se consumir.

Não havia problema em comer a batata doce com sua pele, e ela pensou que era desperdício jogá-la fora.

Não é que ele é um desgraçado mimado? — Se sentindo irritada, Leona enfiou a comida em sua boca, sentiu seus olhos lacrimejarem, e bebeu um copo de água.

— Phew…

Por outro lado, Leona estava feliz em conhecer alguém que parecia vir de outro mundo. Eles conversaram por um longo tempo. Ela sentiu que ele não teria a luxúria para descascar a batata doce na selva.

Carne de morto-vivo ainda é horrível mesmo sem a pele.

Leona ficou animada ao pensar como Charl ficaria quando ele tivesse que comer carne de morto-vivo.  era bem durona. E especialmente de um jeito negativo.


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