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Apocalypse Hunter – Capítulo 25

Desastres Não Discriminam (1)

Levou uma semana para viajar até Busan. Se Zin estivesse viajando sozinho, ele teria chegado mais cedo, mas já que Leona estava junto, ele tinha que acalmar o passo.

Leona seguiu Zin com toda sua força. Durante a viagem deles para o sul, ele tinha que decidir lutar ou não com os monstros.

Houve alguns Pontos e cidades ao longo do caminho, mas Zin e Leona não foram bem-vindos já que eles não precisavam de um caçador.

— Que hospitalidade, pfffft.

— Vilas menores tendem a ser mais hostis. Ponto Ardente foi uma exceção.

— Eles acham que você é um Salteador mesmo viajando junto com uma criança como eu?

— Nunca machuca ser mais cuidadoso.

Leona estava frustrada que as vilas não os recebiam e ela levantou seu dedo do meio para os aldeões assistindo eles irem embora.

— Vadias! Melhor vocês esperarem por uma vida boa.

Leona xingou e cuspiu. Eles estavam quase sem comida ao ponto de ter que  caçar monstros para comer, mas as vilas ainda não aceitavam eles.

— Você é exigente com comida, criança.

— Eu não sou muito exigente. Mas a comida que você sugeriu… ela é só desagradável.

— O que você comeu quando viajava por aí? Você não morreu de fome, então deve ter comido algo para sobreviver.

— Qual coisa era comestível… coisas desse tipo. Eu não podia caçar monstros, e não queria queria comer a carne deles também.

— Pode ter um gosto ruim, mas você precisa de proteína na sua idade. Você ganhou peso enquanto viajava comigo. Isso me diz que você não comia o bastante antes.

Leona estava ganhando peso e agora tinha algum músculo em seus braços e pernas. Zin não pulava refeições, e Leona continuava comendo proteína e comida que engordava. Leona estava ficando mais em forma do que antes.

— Eu definitivamente me sinto menos cansada do que antes…

Era óbvio que ela ganhou mais energia por comer carne. Embora não fosse gostosa, Zin alimentava Leona com carne nutritiva.

— Eh. Estou ficando acostumada com carne de qualquer jeito.

Leona disse com um sorriso alegre. Não havia motivo para ficar triste, e era melhor ter uma mentalidade positiva. Leona firmemente acreditava que seu humor e sentimentos impactavam sua saúde.

Zin sorriu e respondeu:

— Bom, então hoje teremos bife de lombo de cão venenoso sauté em óleo de morto-vivo.

— … você está brincando, não é?

Leona respondeu com uma voz chateada, e Zin adicionou.

— É um plano de dieta que é cheio de nutrientes. Você deveria ser grata.

— Eu sinto vontade de vomitar só de ouvir isso!

— Seria engraçado ver isso.

Leona estava fumegando, mas ela não tinha outra escolha além de comer o que Zin preparasse.

E Zin realmente serviu bife de lombo de cão venenoso sauté em óleo de morto-vivo.

Leona comeu a carne que parecia ter saído da panela de maligno, e comentou que estava na verdade muito bom.

Depois de jantar cedo, Leona e Zin prosseguiram.

— Onde a Charl estaria agora?

— Bom, nós vamos encontrar ela se estivermos indo para o mesmo destino.

Mas, Zin estava certo de que Charl estava indo em direção ao PCMB. Ou Charl ou Zin chegariam lá primeiro.

Entretanto, se eles fossem encontrar com ela, Zin não estava certo de como ela reagiria.

— Hmm…

Leona olhava ao redor e andava.

Ao redor deles, havia ruínas de uma cidade com prédios caídos.

— Cuidado onde pisa. Pode haver buracos.

Cidades caídas eram mais perigosas do que a sela. Especialmente em cidades grandes, onde era possível encontrar buracos onde antigos porões haviam desmoronado. E era comum para o chão afundar quando alguém pisava em pontos fracos.

Assim como em um abismo, Leona e Zin passaram por vários buracos gigantes.

— Minha cidade natal tinha uma atmosfera similar.

— É mesmo?

— Sim, muitas crianças iam longe para brincar e morriam quando o chão caía. Eu conheço um pouco de buracos. Não precisa se preocupar comigo.

Zin e Leona andavam por um caminho firme entre os buracos. Tanto Zin quanto Leona andavam com cuidado.

— Se afastando da vila… crianças.

Era muito perigoso se afastar da vila.

— Bom, crianças sempre brincaram de jogos de caça ao tesouro.

— Tesouro?

Zin se perguntou quantas crianças iriam caçar tesouros nessas ruínas.

— Bom, se você procurar bem, há coisas que adultos não se importam muito.

— Como?

— Coisas como brinquedos, bonecas, presilhas, roupas ou sapatos. Adultos não ligam para isso, mas são valiosos para crianças.

Leona apontou para os prédios e suas janelas. Crianças buscaram aqueles lugares por tesouros.

Elas estavam procurando por seus tesouros, não os dos adultos. Havia muitos tesouros para crianças que adultos não ligavam.

— Os tesouros raros eram coisas como robôs de plástico. Especialmente se eles fossem robôs que se transformavam. Quando alguém encontrava um, as crianças lutariam por ele. O robô acabaria destruído enquanto elas lutavam. As crianças iriam destruí-lo se elas não pudessem brincar com ele. As crianças gritariam e chorariam, e o próximo dia, elas iriam procurar pelo tesouro de novo… Isso não parece bobo?

Leona riu enquanto lembrava de seu passado. Elas eram crianças inocentes, mesmo que bobas. Zin falou para Leona.

— Acho que você teve algumas boas memórias com seus amigos.

— …

Com as palavras de Zin, o rosto de Leona escureceu. Antes dela ser isolada, ela tinha algumas memórias boas com os amigos. E ela estava feliz em pensar sobre aqueles tempos.

— Eu era uma criança, então brincava com elas. Mas ficou chato. Então parei de brincar.

Zin sabia que Leona estava mentindo e tentando agir alegre, mas ele não falou nada. Leona ainda era uma criança. Não parecia bom que Leona estava tentando pensar sobre seu passado triste.


Cidades eram construídas para utilizar espaços da maneira mais eficiente possível. Havia prédios construídos, e buracos cavados. E depois da queda delas, estruturas velhas caíam. Zin e Leona andavam com cuidado para se certificarem de que eles não passassem por uma área de solo mais frágil. Em contraste, montanhas e campos eram mais seguros.

Cidades tinham muitos lugares para se esconder, e pessoas se escondiam nesses para se abrigarem. Mas monstros se escondiam nesses lugares, esperando para atacar.

Ruínas eram o lugar perfeito para monstros se esconderem para uma emboscada. E era o mesmo para os humanos.

Na selva, era necessário vigiar todas as quatro direções, mas na cidade, era necessário olhar para cima e para baixo também.

Eu não acho que vá haver muita coisa aqui, mas…

Zin estava cuidadosamente escoltando os arredores. O sol estava se pondo, e eles tinham de encontrar um lugar para passar a noite.

Zin e Leona continuaram a andar pelas ruínas até que o céu escureceu.

Não havia monstros, e alguns gatos selvagens estavam andando para lá e para cá entre os prédios, miando enquanto o faziam.

E de repente, Leona gritou:

— O que…!

— Qual o problema?

— Eu já vi isso… — Leona mordeu seu lábio enquanto olhava ao redor.

— É tão familiar.

Leona apontou para uma estátua caída. Ela tinha enferrujado então era difícil descobrir o que era, mas Leona falou como se já soubesse. Zin entendeu o que estava acontecendo.

— É sua cidade natal?

— Parece tão familiar. Todas as cidades pareciam as mesmas, então eu não estava certa… mas agora eu sei depois de ver isso…

No corpo da estátua, havia uma palavra gravada nela –

— Mok-Gol

— Hmm, você disse que não queria voltar para a sua cidade natal, certo?

— Bom, eu não quis dizer desse jeito… — Leona começou a olhar ao redor com cuidado enquanto o céu escurecia.

— O fato de que nós podemos ver essa estátua significa que estamos no meio da cidade.

Entretanto, estava escuro ao redor sem uma única luz visível. Eles estavam no centro da vila, mas não havia ninguém para ser visto. Zin nem passou a muralha de lixo.

A cidade natal de Leona era uma vila sem muralha. Conforme Leona olhava para a estátua, ela sorriu.

— Todos devem ter morrido. — Leona deu de ombros, e ela não parecia nenhum pouco triste ou com raiva.

De alguma forma ela voltou para sua cidade natal que agora era uma pilha de ruínas.

— É comum.

— Deve ter acontecido a algum tempo atrás, já que eu não vejo cadáveres.

Não tinha como descobrir se monstros ou Salteadores destruíram a vila. Mas era provável que eles destruíram tudo.

— Eu conheço o lugar como a palma da minha mão, então, porque não descansamos já que está de noite?

— Sim, está na hora de descansar.

Leona era corajosa o bastante para sugerir passar a noite entre as ruínas de sua cidade natal. Outras pessoas teriam tentado ir embora o mais rápido possível, mas Leona não demonstrou qualquer tristeza, medo ou pavor. Acima disso, ela adicionou:

— Se monstros, não Salteadores, destruíram a vila, eu sei de um lugar onde nós podemos encontrar algum saque.

Zin assentiu enquanto ela sorria.

— Isso é bom.

Leona e Zin não tinham muito em comum, mas quando dados a oportunidade, eles sempre iriam buscar a área em busca de saques.

Leona escolheu o quarto andar de um prédio que costumava ser um supermercado como o lugar deles para ficar.

— Os outros prédios parecem instáveis, mas este aqui era o mais estável e também o mais alto. Os outros prédios parecem já ter caído.

Todas as janelas estavam quebradas, e o vento estava soprando, mas Leona sabia que escolher um terreno mais alto era bom. Os instintos de sobrevivência dela surpreenderam Zin mais uma vez.

Leona estava encarregada de escoltar a área, e Zin decidiu vigiar em caso algum monstro ou Salteador viesse.

Ele assistiu ela ir para o primeiro andar do prédio.

Pensou que Leona deve ter começado a viajar pela selva a alguns anos atrás. E parecia que a vila de Mok-Gol caiu a um bom tempo atrás. A maioria dos itens já teriam sido roubados, e a maioria da comida teria estragado.

Zin não estava no ponto mais alto da cidade, mas a maioria dos prédios caíram, então ele tinha uma visão clara da área. Mesmo no escuro, sua visão podia vasculhar a área. Ele tinha uma visão levemente melhor que a maioria das pessoas. E pequenas diferenças valiam muito.

Parece que os gatos tomaram conta da vila. Sem cachorros ao redor. Cães selvagens não latem a menos que sejam provocados. Eles formavam alcateias, mas não havia sinais de uma.

Eles podiam usar os gatos como comida, mas Zin decidiu esperar Leona voltar.

Não há benefícios em caçar gatos.

Apesar de fraco, gatos tinham um poder espiritual, e eles eram usados em algumas magias. Não era bom caçar monstros espirituais em um lugar tão impregnado de morte.


E era uma ação perigosa de se tomar em uma vila cheia de gatos sem a presença de um único cão selvagem.

Zin não tomava ações que eram consideradas azaradas como uma superstição.

Depois de monstros aparecerem no mundo, a linha entre fato e superstição ficou vaga. Algumas superstições se tornaram fatos e alguns fatos se tornaram mentiras.

Ciência se tornou religião, e, geralmente, ela não era mais confiável. E Zin não sabia como confiar mais nela também. Como uma pessoa que testemunhou muitas tragédias causadas por superstições, ele sabia quais ações evitar. E naquele instante, Zin ouviu um som afiado.

— Kyaaaang!

Veio de muito longe, e Zin olhou na direção que o som veio.

— Gyaaaaong!

Era o som de um gato alarmado. Ele pegou seu monóculo, e olhou a área. Estava escuro, mas a luz da lua proveu luz o bastante para ele ver.

Ele avistou um gato, uma flecha acertou sua barriga. Ele estava tentando escalar uma parede, e, então, caiu.

Havia cinco homens com arcos, e eles estavam matando os gatos. Cada um deles carregava um saco, e depois de puxar as flechas dos gatos mortos, eles colocaram seus cadáveres nos sacos.


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