Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx

Circle of Inevitability – Capítulo 349

Praça do Sacrifício

“Os amigos dele desapareceram?” Lumian, segurando uma vela branca, observou o jovem correr até lá, suas sobrancelhas se contraindo levemente.

Nas catacumbas, era comum que as pessoas desaparecessem. O que era incomum era que esse cara ainda se lembrava de seus amigos e de seu estranho desaparecimento.

Ele não era o administrador de túmulos, nem tinha um anjo selado dentro dele!

Qualquer anomalia que ocorresse significava que algo estava errado!

— Pare! — Lumian sacou o revólver com a mão direita livre e apontou para o jovem de cabelos pretos, olhos castanhos e rosto pálido.

À luz bruxuleante das velas, o rapaz balançou a cabeça freneticamente e disse: — Socorro! Salve-me! Eles todos desapareceram!

Ele diminuiu um pouco a velocidade, mas não parou.

Estrondo!

Lumian puxou o gatilho do revólver, fazendo com que a bala amarela passasse de raspão pelo corpo do rapaz e desaparecesse na escuridão que não podia ser iluminada pela luz de velas.

Sentindo a determinação de Lumian em detê-lo, o rapaz finalmente parou e revelou uma expressão suplicante.

— Salve-me! Salve-me!

Observando o silêncio de Hela sem intenção de puxar assunto, Lumian não teve escolha a não ser perguntar: — O que aconteceu?

Enquanto falava, ele usou a luz das velas para examinar o ambiente no terceiro nível das catacumbas.

Diferentemente dos dois primeiros níveis do túmulo, que eram cercados por ossos brancos e tinham cadáveres alinhados em ambos os lados do caminho, este nível tinha uma pequena praça desprovida de cadáveres.

A praça era pavimentada com paralelepípedos manchados, sem musgo ou solo nas fendas. Era inacreditavelmente limpa.

Dois pilares branco-acinzentados feitos de pedras ficavam de cada lado dela. Suas superfícies estavam severamente desgastadas, deixando marcas de descascamento.

Mesmo assim, Lumian, com sua visão aguçada, discerniu o Emblema Sagrado do Sol e o Emblema Sagrado Triangular gravados nos dois pilares. Ao redor deles, havia símbolos como Girassóis, virabrequins e bielas.

Ao redor da praça, onde a luz das velas não conseguia penetrar, a escuridão era densa, como se inúmeras figuras estivessem ali, lançando olhares que faziam a pele de Lumian arrepiar.

O jovem de cabelos pretos, olhos castanhos e rosto pálido respondeu com medo:

— Não sei. Estávamos prestes a deixar a praça onde ficam os altares do Eterno Sol Ardente e do Deus do Vapor e da Maquinaria para explorar a tumba antiga no terceiro nível. De repente, eles tropeçaram em algo e caíram, um por um. Até as velas em suas mãos caíram no chão e se apagaram.

— Eu estava lá atrás e os vi desaparecerem assim!

— Desaparecer? — Lumian perguntou deliberadamente, buscando mais informações.

Para ele, a questão mais urgente não era como eles desapareceram, mas por que a testemunha ainda se lembrava do desaparecimento deles.

— Sim, eles desapareceram! — O jovem assentiu fervorosamente. — Foi como se eles tivessem evaporado bem na minha frente a uma velocidade incrivelmente rápida. Eu estava tão assustado que não ousei procurá-los ou retornar à superfície. Eu só podia esperar nesta praça sacrificial, rezando para o Sol. Assim que minha vela estava prestes a queimar, alguém finalmente chegou!

“É claro que se você não for afetado pela estranheza e conseguir escapar, sua fé no Eterno Sol Ardente aumentará…” Lumian não conseguiu discernir nada de errado com a outra parte, então ele casualmente fez outra pergunta.

— Vocês são estudantes universitários?

O rapaz assentiu novamente.

— Sim, somos estudantes do Colégio Normal de Trier. Formamos uma equipe para nos aventurar aqui. Meu… meu nome é Gérard.

Lumian não conseguiu evitar rir. Ele até considerou convidar Gérard para se juntar a ele e Hela em sua busca pela Fonte do Esquecimento. Afinal, as chances de um aluno como ele sobreviver até a formatura pareciam pequenas. Ele poderia ser mais útil como isca.

Enquanto ele pensava em como determinar se havia algo errado com Gérard, Hela de repente falou com um tom frio: — Nós o escoltaremos de volta.

“Surpreendentemente gentil?” Lumian se virou para Hela, surpreso.

A impressão que ele tinha dessa mulher era que até o sangue dela era frio.

Gérard ficou tão grato que lágrimas escorriam pelo seu rosto. Ele continuou a agradecer profusamente enquanto se aproximava.

Lumian observou cada movimento seu. Ele pegou uma vela branca de sua bolsa de lona e jogou-a.

Desesperado, Gérard pegou-a e acendeu a nova vela com a antiga, que tinha apenas um pequeno segmento restante.

Ao ver a luz bruxuleante das velas, o estudante universitário deu um suspiro de alívio e seguiu Hela e Lumian a escadaria de pedra que levava ao segundo andar.

Assim que ele deu dez passos para cima, Gérard ficou subitamente atordoado.

Lumian olhou e percebeu que o medo persistente em seu rosto havia desaparecido.

— Será um problema para você retornar à superfície sozinho? — Hela perguntou novamente, mas suas palavras eram totalmente diferentes de antes.

Gérard riu.

— Sem problemas. Obrigada pela vela. Fuuu, perder a vela extra é problemático.

“Hum…” O coração de Lumian se agitou enquanto ele perguntava: — Você se aventurou até o terceiro nível da tumba sozinho?

Gérard assentiu orgulhosamente. — Claro, eu possuo coragem e experiência suficientes.

“Ele finalmente se esqueceu de seus colegas de escola… Ele não esqueceu porque estava na praça do sacrifício? Madame Hela percebeu isso, sugerindo assim escoltá-lo?” Lumian assentiu em esclarecimento.

Depois de ver Gérard subir as escadas e sair pela entrada do Antigo Ossário, Lumian e Hela retornaram à praça de sacrifício.

Desta vez, quando Lumian olhou para os dois pilares de sacrifício representando o Eterno Sol Ardente e o Deus do Vapor e da Maquinaria, seus sentimentos por eles eram totalmente diferentes.

Talvez eles simbolizassem a proteção de uma divindade!

Entretanto, mesmo com o olhar e a proteção da divindade, os dois pilares de pedra inevitavelmente mostraram sinais de desgaste e corrosão após incontáveis ​​anos nas profundezas das catacumbas.

Lumian acreditava que mais proteção significava maior confiança. Ele não perderia nada ao tentar. De frente para o pilar sacrificial gravado com o Emblema Sagrado do Sol, ele levantou seu corpo ligeiramente e abriu seus braços.

— Louvado seja o Sol!

Hela observou em silêncio, sem interromper sua oração.

Depois que Lumian terminou seu louvor conciso, os dois seguiram em direção ao Pilar Noturno de Krismona, ao norte, seguindo a linha preta acima de suas cabeças e a placa na extremidade da praça.

Lumian, segurando uma vela branca, tinha dado apenas alguns passos para longe da praça sacrificial quando seu coração se agitou. Ele lançou seu olhar para frente.

Em algum momento, um esqueleto, coberto de mofo verde-escuro, caiu na estrada. Os ossos de suas mãos estavam espalhados pela estrada, como se quisesse agarrar o tornozelo de um passante.

Se Lumian tivesse caminhado mais rápido e não tivesse observado cuidadosamente o ambiente, poderia ter tropeçado no cadáver!

Isso o lembrou instantaneamente da descrição de Gérard: Os companheiros do estudante universitário tropeçaram em algo e caíram no chão, apagando suas velas. Só então eles foram “engolidos” pelas catacumbas, não deixando nenhum vestígio de sua existência!

“Eles tropeçaram nesses ossos caídos?” Lumian chutou o osso da mão para longe, pensativo.

Em meio aos sons metálicos, ele e Hela continuaram em frente. No entanto, depois de alguns passos, encontraram outro esqueleto branco com metade do corpo caído na estrada.

Lumian franziu a testa e instintivamente olhou para o local onde quase tropeçou.

A luz fraca das velas mal chegava até lá, mas Lumian mal conseguia distinguir os detalhes com sua visão de Caçador.

Suas pupilas dilataram quando percebeu que o osso branco-claro da mão que ele havia chutado havia retornado à sua posição original, ainda servindo como um obstáculo para os transeuntes!

— Eles ainda estão vivos? Criaturas mortas-vivas? — Lumian perguntou, com os nervos à flor da pele.

— Não, mas é uma possibilidade, — Hela respondeu sucintamente.

Vendo a expressão confusa de Lumian, ela explicou: — Eles devem ter sido afetados pelo ambiente nas profundezas da tumba e estão exibindo certas anormalidades. Quando os perigos e horrores ocultos no ambiente irromperem, é provável que todos se transformem em criaturas mortas-vivas.

“Todos eles se transformando em criaturas mortas-vivas…” Lumian estremeceu instintivamente ao imaginar tal cenário.

Completos ou incompletos, havia pelo menos um milhão de esqueletos neste nível. Pode até ser uma ordem de magnitude maior. Se todos eles se tornassem criaturas mortas-vivas com ódio pelos vivos, a situação seria aterrorizante ao extremo!

Vendo que Hela não tinha intenção de voltar, Lumian seguiu. Eles confiaram na orientação das placa e nas linhas pretas acima de suas cabeças para navegar pelos ossos que tentavam obstruí-los e lentamente seguiram em direção ao seu destino.

Depois de um tempo desconhecido, eles finalmente chegaram ao Pilar Noturno de Krismona sem encontrar outra pessoa viva.

Era um pilar colossal feito de mármore preto, sua extremidade superior alcançava o teto da caverna. Não havia padrões ou símbolos gravados em sua superfície, nem havia sinais de desgaste ou corrosão.

Lumian ficou surpreso.

Na praça de sacrifício, os dois pilares de pedra simbolizando o Eterno Sol Ardente e o Deus do Vapor e da Maquinaria estavam desgastados e corroídos!

“Este pilar é mais especial que os na praça de sacrifício?”

Como se sentisse os pensamentos de Lumian, Hela falou friamente: — Krismona é membro da Seita das Demônias, que também pode ser chamada de Família das Demônias.

— Ela era uma Sequência 2: Demônia da Catástrofe. Ela pereceu na Guerra dos Quatro Imperadores na época anterior, morrendo dentro da Quarta Época de Trier. No entanto, suas características foram recuperadas pela família da Demônia.

— Além do Pilar Noturno de Krismona, há também o Pilar Noturno de Marianne e o Pilar Noturno de Lius no terceiro ou quarto nível.

— Quem são? — Lumian acreditava que eles eram anjos também. Caso contrário, não estariam no mesmo nível de Krismona.

— Marianne era a papa da Igreja da Noite Eterna naquela época, e Lius era um Abençoado da antiga Morte, um Cônsul da Morte. Suas características também foram recuperadas por suas respectivas facções. Quanto a se outros anjos pereceram aqui, não tenho certeza, mas muitos dos anjos que seguiram o Imperador do Sangue devem ter perecido. — Depois que Hela explicou brevemente, ela apontou para a escadaria de pedra atrás do Pilar da Noite de Krismona. — Vamos para o quarto nível.

Lumian concordou secamente, e eles rapidamente recolocaram suas velas brancas que queimavam rapidamente antes de irem para o quarto nível.

Depois de participar da reunião de misticismo, Franca e Jenna retornaram para a área subterrânea correspondente à galeria da casa de ópera.

Quando viraram uma esquina em uma bifurcação da estrada, Franca se inclinou e sussurrou no ouvido de Jenna:

— Alguém está nos seguindo.

“Alguém está nos seguindo?” O coração de Jenna deu um pulo.

Faça uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo! Conheça nossa Assinatura VIP e seus benefícios!!

Comentários

0 0 votos
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais Antigo Mais votado
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar