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Hunter Academy’s Battle God – Capítulo 72

Capítulo 72

Zona do Portal Internacional Italiano…

Wmmm!

Uma figura solitária estava saindo das luzes brilhantes. Aqueles que estavam esperando se aglomeraram rapidamente.

— É verdade que você vai participar da Competição Internacional como representante da Itália?

— Por que você saiu da Coreia e voltou para o seu país de origem?

— É porque ficou em segundo lugar na Seleção da Coreia?

Essas perguntas foram feitas em italiano fluente. No entanto, os guarda-costas contratados pela Associação os impediram de avançar ainda mais.

‘Itália…’

Mesmo quando toda a atenção foi colocada nela, Adela olhou lentamente para o ambiente. Fazia muito tempo que não voltava ao seu país de origem.

Seu motivo era nítido: participar da Competição Internacional em que YuSung estava.

Ela teria que se tornar uma representante para lutar contra ele mais uma vez. A Seleção da Coreia acabou, mas a da Itália não. Na verdade, aconteceria em breve.

Justiça, regras ou procedimentos complicados. Todos eram inúteis para Adela.

O seu regresso à Itália foi um tema muito apreciado por todo o país. A Associação também optou por deixar essa garota com habilidades incríveis participar da Seleção, mesmo com o alvoroço que podia acontecer.

‘Porque… quem me pediu para voltar foi a Associação.’

Adela soltou um suspiro longo.

— Por favor, gostaríamos de uma resposta!

— Você vai mesmo participar da Seleção?

Ela fechou os olhos, ignorando todas as perguntas barulhentas que jorravam nela.

‘Não tenho tempo a perder.’

Mantendo o dia em que ela lutaria contra YuSung como uma promessa para seu coração, Adela saiu com confiança da zona do portal.

Hospital da Cidade Metropolitana. O lugar que visitava regularmente nos últimos anos…

Mas EunAh parecia diferente do normal. Uma camiseta fina que normalmente não usaria nem mesmo morta fora de casa… Um rosto tenso para manter a compostura… Ela parecia nervosa.

— Você deve estar com frio… pelo menos, use a minha jaqueta.

EunAh negou com a cabeça para o tom preocupado da SuHyun.

— Está tudo bem. Tá tudo certo.

Bip.

SuHyun pressionou o botão do elevador. O tempo que levava para o elevador descer era geralmente tão insignificante que EunAh nunca pensou nisso. Só que pareceu uma eternidade neste dia.

‘Meu irmão. Meu irmão realmente…’

Quanto mais pensava nisso, mais boba ficava.

Quando foi a última vez que conversou com ele? Foi há dois anos, num dia, sem dúvida, tão pacífico como qualquer outro.

[Está tudo bem. Você está ocupado, irmão, então não precisa vir… Tenho certeza de que o papai enviará algum velho.]

EunAh podia ter dito isso, mas ficou de mau humor. Ela foi a representante da turma para o Dia do Esporte para um evento de luta, por causa da sua característica fantástica e habilidades excepcionais.

Seus pais estavam tão ocupados como sempre, então não esperava por eles. No entanto, seu irmão tinha prometido para EunAh que viria assistir, de modo que ficou ansiosa.

[Foi mal, EunAh. É a minha turma de graduação, então…]

Mas os resultados foram sempre os mesmos.

[Não se desculpe… Vai fazer parecer que eu estava animada para você vir aqui. O que eu sou, uma criança?]

Ela se sentiu como uma idiota naquela época por ficar desapontada. Contudo, não teria se achado se soubesse que seria a última vez que conversaria com ele.

Em vez disso, teria feito uma birra, exigindo que viesse e a observasse no Dia do Esporte, para não aceitar o trabalho perigoso de raide.

Claro, não importava o quanto se arrependesse das suas ações, os resultados permaneceriam os mesmos. Kim JunHyuk, o irmão da EunAh, perdeu o controle devido ao uso excessivo de suplementos e, no fim, entrou em coma.

A partir de então, o tempo para EunAh e JunHyuk ficou parado.

‘Minha cabeça dói.’

Sua cabeça estava latejando, e seu estômago também estava revirando, possivelmente devido ao nervosismo.

— Jovem senhorita… você está realmente bem? — perguntou SuHyun, preocupada.

EunAh beliscou a testa com os dedos e assentiu. — Sim, estou bem.

— Tá bom…

Ela caiu ainda mais fundo nos seus pensamentos.

Não conseguia se lembrar que tipo de conversas costumava ter com o seu irmão, nem o que dizer a ele.

No começo, não conseguia acreditar.

O fato de que isso tinha acontecido com seu irmão, com quem havia conversado há pouco tempo.

Então sentiu vergonha.

Pelo fato de que ele usou suplementos inúmeras vezes, sendo que era perigoso até mesmo uma vez.

Então, sentiu saudade.

Quando ela tinha cinco anos…

[EunAh, esta flor é bonita, não é?

[Nossa, é mesmo!]

[Repita comigo, o nome dela é edelvais!]

[Edelvais!]

[Sabe qual é o significado de edelvais?]

[Eu? Sei lá.]

[Significa “memórias preciosas”.]

[Memórias preciosas…]

[Sou legal, não sou?]

[Sim! Você é!]

[Vou levar essas flores para você da próxima vez que eu precisar me desculpar.]

[Flores? Por quê?]

[Bobinha. Não é mais legal fazer isso do que só pedir desculpas com palavras?]

Aos seis anos…

[Todo mundo é tão mau. Mamãe, papai, vovô. Todo mundo. Hoje é meu aniversário…]

[Não tem o que fazer. Eles estão ocupados.]

[Mas isso significa que acham que o trabalho deles é mais importante do que eu.]

[Adultos deveriam ser assim.]

[Mas e você, irmão? Você será assim quando se tornar um adulto?]

[Eu? Uh… quem sabe?]

[Morra.]

Aos quatorze…

[Parabéns por entrar no ensino fundamental, EunAh.]

[Por que veio aqui pessoalmente? Que vergonha, não sou uma criança…]

[Mas é claro que é. Se acha ruim, então venha logo para o ensino médio. Aí vou te tratar como uma adulta.]

[Fala sério. Você não vai nem mesmo estar lá quando eu chegar.]

As memórias passaram pela mente dela.

Era inquestionável que sentia mais saudade do que qualquer coisa. O único membro da família em que a EunAh podia confiar era JunHyuk. A maioria das memórias preciosas foram passadas com ele.

Era por isso que tinha tanto medo da bondade do YuSung. Conforme ficava mais próxima dos seus companheiros de equipe, a emoção que a dominava era preocupação, em vez de outras como felicidade ou alegria.

Preocupada que fosse traída novamente, que as pessoas com quem se abrisse fossem embora como seu irmão tinha feito; ela continuava erguendo paredes ao redor do coração pelas mesmas razões.

Stomp stomp.

Em algum momento, EunAh chegou na porta.

SuHyun inclinou a cabeça para a outra garota em vez de segui-la.

— Vou te esperar aqui fora, jovem senhorita.

EunAh não respondeu, somente assentiu com a cabeça.

Vmm.

As portas do quarto do hospital foram abertas sem a necessidade de inserir uma senha.

E, na cama, JunHyuk estava deitado, quem lhe mostrou um sorriso fraco.

— EunAh…

Ela se sentou na cadeira e ficou quieta, encarando o irmão.

— Mhm

Uma conversa com um intervalo de dois anos…

EunAh queria falar tanta coisa. Foi por isso que as palavras tiveram dificuldade de sair da sua boca. Ela deveria cumprimentá-lo como se nada tivesse acontecido ou xingá-lo, culpando por tudo? Não conseguia achar uma resposta nos seus pensamentos tumultuados.

Ela finalmente falou, certificando-se de escolher as palavras com cuidado. — Eu… bem, quero dizer, a eu de dois anos atrás… Pensei que te conhecia m-muito bem… naquela época.

Parecia que estava na beirada de um penhasco, à beira de cair. A própria EunAh teve dificuldade em descobrir suas próprias emoções sobre a situação.

Não conseguia perdoar o fato do JunHyuk ter usado suplementos para sua carreira de caçador desde quando era estudante. Como se atreveu a se agarrar às expectativas de outras pessoas com tanta força, a ponto de se descartar?

Foi incrivelmente idiota.

Foi patético.

Sempre que voltava para casa e olhava para o quarto arrumado e limpo do irmão, sentia um ressentimento interminável.

Mas também se sentia encantada. Encantada pelo fato de que poderia vê-lo cara a cara novamente, falar com ele outra vez.

— Mas você, irmão…

EunAh olhou para o irmão com os olhos trêmulos.

— Aham… você está certa. Tudo aquilo? Para isso?

JunHyuk riu, se autodepreciando.

Então, estendeu a mão, pegou a jarra de vidro com uma flor falsa e entregou para ela.

EunAh não tinha muito conhecimento sobre flores, mas aquela ela conhecia.

Na verdade, não conseguia esquecê-la.

O nome da flor branca era “edelvais”.

E o significado dela era…

— Desculpa.

O incômodo dela o fez se desculpar.

Os ombros da EunAh afundaram, então começaram a tremer levemente. Seus olhos estavam ficando cada vez mais vermelhos. Ela começou a murmurar, furiosa.

— Imbecil… retardado… sniff! Babaca… urgh, estúpido… retardado…

EunAh lançou uma enxurrada de insultos no JunHyuk, com a respiração presa em um esforço para conter suas lágrimas. Mesmo entre sua turbulência emocional, ela fez questão de chamá-lo de retardado duas vezes.

— E… você ainda falou isso, sniff, quando me dá a flor… é para me dar em vez de pedir desculpas. Não se lembra… nem disso? Eu lembro de tudo…

Ela não parou de falar, mesmo quando as lágrimas começaram a cair.

JunHyuk, vendo isso, colocou a mão na cabeça dela e começou a afagá-la suavemente.

— Urgh, ghk… buá!

As emoções da EunAh, contidas até aquele momento, começaram a transbordar junto com as lágrimas.

JunHyuk não se sentiu muito bem ao vê-la chorar.

Finalmente…

— Haha… só que parece que não se lembra tudo. Não falei que você só devia chorar quando…

— Quando você estiver morto… sniff, não me venha com essa merda…

Ele tentou trazer à tona as memórias de quando ela tinha nove anos como uma maneira de acabar com a tensão, mas EunAh não deixou.

Por cinco minutos. Por 300 segundos contínuos, ela continuou soluçando e chorando. Só parou depois que apontou seus olhos avermelhados para o irmão.

— Você… fez uma pausa por dois anos e me fez sofrer. — Sua voz ficou rouca por causa de todo o choro. — Então… É a sua vez de trabalhar de agora em diante, irmão.

JunHyuk riu, confuso.

— ? Do que está falando…

— Faça todas as lições chatas que precisa para se tornar o próximo herdeiro. Assuma a posição, também. E o trabalho relacionado à empresa. Fique com tudo… irmão.

JunHyuk olhou para sua irmãzinha em vez de responder.

Vendo isso, EunAh o encarou com mais intensidade, mostrando seu descontentamento. — Eu vou vagabundar.

— É… mesmo? — Ele não conseguiu fazer nada além de rir da situação.

EunAh enxugou os olhos com o dorso da mão. — Sim… Não vou fazer nada disso. — Sua voz mostrava confiança. — Sniff… Vou procurar um cara gostoso, me casar com ele e gastar uma grana preta.

Uma declaração chocante da irmãzinha do JunHyuk.

O pecador JunHyuk não teve escolha a não ser sorrir ao ver EunAh com os olhos inchados.


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