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Kill the Sun – Capítulo 672

A Grande Conferência

Um grupo de sete pessoas se entreolhava enquanto permaneciam em círculo.

Três delas estavam presentes fisicamente, enquanto as outras quatro eram representadas por projeções em grandes painéis de vidro.

— Helia Janus. Codinome: A Braço Esquerdo. Presente. Linha segura via presença do Campeão — disse a Braço Esquerdo de um dos lados da sala.

Seus cabelos pretos e o rosto mais velho lhe conferiam uma aura intensa de liderança enquanto lançava um olhar à pessoa à sua esquerda.

Após terminar de falar, a pessoa à sua esquerda coçou a parte de trás da cabeça com um ar constrangido, seus cabelos brancos desgrenhados.

— James Cloudless. Codinome: O Técnico. Presente. Linha segura via presença do Campeão — acrescentou o Técnico.

Então, o Técnico olhou para o holograma à sua esquerda.

À sua esquerda estava o holograma de um homem com quase dois metros de altura. O homem era bastante volumoso, e não era possível dizer se aquilo era músculo ou não.

O homem sorriu com uma mistura de alegria e confiança enquanto colocava as mãos na cintura.

— Bieronymus Hosch. Codinome: O Muralha. Presente. Linha segura via Barreira de Isolamento grau S — disse o Muralha.

— Elabore sobre a Barreira de Isolamento — ordenou a Braço Esquerdo com um tom sério.

O Muralha balançou a cabeça e suspirou, impotente, mas obedeceu. Durante cerca de 30 segundos, falou sobre diferentes configurações e padrões que sua Barreira seguia.

— Reconhecido — disse a Braço Esquerdo após o Muralha terminar de explicar sua Barreira de Isolamento.

Então, todos voltaram o olhar para a esquerda do Muralha, o próximo holograma.

O holograma era de uma garotinha que mal aparentava ter mais de dez anos. Ela parecia suja e desnutrida, mas seus cabelos brancos e seu sorriso brilhante a faziam parecer radiante.

— Henrietta Opfer. Codinome: A Faca. Presente. Linha segura via conexão direta por Barreira de Conferência de Fortaleza grau A — falou a garotinha com naturalidade.

Sem esperar que a Braço Esquerdo perguntasse, a Faca explicou como funcionava a Barreira naquele local.

Naturalmente, todos ali sabiam como essas Barreiras funcionavam.

O motivo de todos precisarem falar sobre como haviam garantido sua conexão era provar que eram realmente quem diziam ser.

Dependendo de onde se conectavam, esperava-se que dissessem frases-chave diferentes como autenticação secreta.

Aqueles eram os Escudos da Égide, e estavam discutindo assuntos de altíssimo sigilo.

Os inimigos da Égide eram Espectros extremamente poderosos, e alguns desses Espectros tinham a capacidade de usar equipamentos humanos e se disfarçar como humanos.

Era imperativo que nenhum Espectro conseguisse se infiltrar em uma dessas reuniões.

— Reconhecido — disse a Braço Esquerdo antes de olhar para o próximo holograma.

A próxima pessoa era um homem que aparentava estar na casa dos vinte e poucos anos. Tinha cabelos pretos e parecia tão sério quanto a Braço Esquerdo.

De certo modo, parecia uma versão masculina mais jovem da Braço Esquerdo.

— Mendez Silpheon. Codinome: O Político. Presente. Linha segura via Barreira de Isolamento grau S — falou com uma voz sem emoção.

Depois, falou sobre sua Barreira por cerca de meio minuto antes de silenciar.

— Reconhecido — disse a Braço Esquerdo antes de se virar para a próxima pessoa.

O próximo holograma era de um homem mais alto, de cabelos loiros. Tinha cerca de 1,85 metro de altura, postura firme, relativamente musculoso e vestia uma armadura brilhante.

Era um dos únicos dois que não usavam os uniformes da Égide.

Sua aura era confiável, poderosa, resplandecente e heroica.

— Byron Inferno. Codinome: O Braço Direito. Presente. Linha segura via Barreira de Conferência de Fortaleza grau A — falou com uma voz autoritária, mas encorajadora.

Assim como os outros, ele falou por um tempo sobre como havia protegido sua conexão.

Naturalmente, não bastava repetir o que alguém já havia dito.

Havia muitas frases-chave possíveis, e era necessário citar quatro apropriadas, sem repetir nenhuma já usada.

— Reconhecido — disse a Braço Esquerdo.

Por fim, ela se virou para a pessoa à sua direita.

Essa pessoa também estava à esquerda do Braço Direito.

Naturalmente, havia apenas uma pessoa que teria o Braço Direito à sua direita e a Braço Esquerdo à sua esquerda.

— Todos estão presentes, Campeão — falou a Braço Esquerdo com respeito.

— Ótimo — disse uma voz retumbante.

A voz vinha de um homem que brilhava com uma luz laranja-escura.

O homem tinha cabelos brancos e aparentava estar no início dos trinta. Seu rosto era anguloso, e suas sobrancelhas pareciam espadas.

Sua voz sombria preenchia toda a sala com autoridade e poder.

Sua aura falava de uma única coisa.

O topo.

O líder.

O auge.

O rei.

Ele era o líder de toda a humanidade, o Campeão da Luz.

Era o outro que não usava os uniformes da Égide.

Em vez do uniforme, ele vestia uma camisa branca e uma calça preta justa ao corpo.

De certo modo, parecia um executivo vestindo-se de forma relativamente casual para os seus padrões.

— A conferência mensal está oficialmente iniciada — disse o Campeão antes de se virar para a sua direita. — Byron, quais são as novidades do seu lado?

Todo mês, todos os Escudos realizavam uma grande conferência para trocar informações.

Essas reuniões não existiam antes de o novo Campeão da Luz assumir.

O novo Campeão havia criado esses encontros para que todos pudessem se manter atualizados sobre os assuntos com que os outros estavam lidando.

Na época em que chegou à Égide para reivindicar seu trono por direito, ele havia ficado furioso com a confusão caótica de informações.

Alguns Escudos lhe diziam uma coisa, enquanto outras diziam outra.

Era quase como se a mão direita não soubesse o que a esquerda fazia.

Desde então, cada Escudo era obrigado a comparecer à conferência mensal para compartilhar informações.

— Localizei a Fome Eterna em uma área de 10.000 quilômetros quadrados — disse o Braço Direito. — Continuarei refinando a localização sem ser detectado.

O Campeão da Luz assentiu com seriedade. — Já decidiu o destino da Fome Eterna?

— Ainda não, Campeão — respondeu o Braço Direito. — Matar a Fome Eterna tornaria possível a vida no mundo externo novamente, mas sem seu efeito dissuasor, a Falsa Esperança se tornaria praticamente imparável.

A Fome Eterna e a Falsa Esperança provavelmente eram os dois Adversários mais amplamente conhecidos.

A Fome Eterna criava inúmeras gosmas negras por todo o mundo que atacavam qualquer coisa viva.

A Falsa Esperança criava florestas falsas que matavam qualquer ser vivo que entrasse.

Esses dois estavam em guerra constante, já que ambos caçavam o mesmo tipo de presa.

— Não há esperança de contenção? — perguntou o Campeão.

— Eu precisaria da ajuda de Helia e Bieronymus para ter uma chance, e precisaria deles por um tempo — respondeu o Braço Direito.

O Campeão estreitou os olhos e olhou para o chão.

Era arriscado.

— Não vale a pena — disse o Campeão após um tempo. — Deixarei a decisão a seu critério.

O Braço Direito assentiu.

Isso deixava apenas as opções de matá-la ou tentar forçar os dois Adversários a um confronto final.

Se o Braço Direito conseguisse localizar com precisão a Falsa Esperança e a Fome Eterna, ele poderia encontrar uma forma de fazê-los se encontrar.

Não havia garantia de que algum dos dois morreria no confronto, mas certamente sairiam enfraquecidos, e o caos resultante poderia criar oportunidades para a Égide lidar com um ou com ambos.

Isso era tudo o que o Braço Direito tinha a relatar sobre o mês anterior.

Depois do Braço Direito, o Político falou sobre o que havia feito.

O Político tinha sido um dos alunos da Braço Esquerdo, e sua função era produzir Zephyx para a Égide como um todo.

O Político reunia dados do mundo inteiro para verificar como andava a produção de Zephyx e quais áreas estavam produzindo menos.

Também era sua função determinar novos assentamentos para novas cidades.

Depois do Político, foi a vez da Faca falar.

A Faca não tinha nenhum papel de liderança.

Ela era simplesmente uma assassina poderosa cuja função era localizar e caçar os inimigos da humanidade.

Também tinha sido ela quem encontrou o paradeiro da Peste alguns anos atrás.

Infelizmente, essa missão não deu em nada.

Depois da Faca, foi a vez do Muralha.

O Muralha era essencialmente o oposto da Faca.

Tinha uma gama imensa de habilidades defensivas, e sua função era proteger a humanidade dos Adversários.

Embora não fosse forte o suficiente para enfrentar os Adversários, seu conjunto de habilidades permitia ganhar tempo até a chegada da Faca para ajudar.

Quando a Faca e o Muralha trabalhavam juntos, eram mais fortes do que a Braço Esquerdo e o Braço Direito combinados.

Depois do Muralha, o Técnico apresentou seus relatórios.

Sua função era recursos humanos e pesquisa.

Por fim, chegou a vez da Braço Esquerdo relatar.

— Libertamos 16 cidades no Grande Continente da influência dos Espectros — ela disse.

Após ouvir isso, os outros a olharam surpresos.

Era muita coisa!

— Como conseguiram isso? — perguntou o Campeão.

A Braço Esquerdo não respondeu de imediato.

— James e eu estamos trabalhando em um projeto secreto há algumas décadas — ela disse. — A libertação dessas cidades é resultado desse projeto.

O Técnico sorriu sem graça enquanto coçava a parte de trás da cabeça.

Os outros olharam para a Braço Esquerdo.

Projetos secretos eram… malvistos.

Não havia motivo para manter segredos entre eles.

— Você conhece nossa política sobre segredos — disse o Campeão com tom de repreensão.

— Conheço — respondeu a Braço Esquerdo. — No entanto, se eu tivesse contado antes de haver resultados positivos, você teria mandado encerrar.

Silêncio.

— Explique — ordenou o Campeão.

A Braço Esquerdo respirou fundo.

— Temos um Espectro como aliado.

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