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Lightning Is the Only Way – Capítulo 203

Dívidas

— Está pronto. Venha para testarmos! — a voz do Vice-Mestre da Guilda do Fogo soou na mente de Gravis. Nos dois dias seguintes, Gravis passou praticamente o dia inteiro andando em sua nova prancha, tentando se acostumar com ela. Ele aprendeu a fazer curvas melhores, acelerar mais rápido e até lutar enquanto estava sobre a prancha.

Porém, lutar enquanto estava na prancha era complicado. Ataques corpo a corpo eram quase impossíveis de realizar, e qualquer golpe mais amplo desequilibrava Gravis de forma significativa. Além disso, a incapacidade de fazer curvas fechadas tirava sua flexibilidade. A prancha provavelmente só seria útil para perseguir ou fugir de alguém.

Mas Gravis não se importava tanto com isso. Seu corpo e raio já eram perfeitos para aceleração instantânea e curvas rápidas. Se concentrasse seu raio nos pés, sua aceleração seria até absurdamente rápida. O custo de Energia, no entanto, era bastante alto, mas ele sabia que ninguém em seu nível seria capaz de acelerar tão rápido quanto ele.

E quanto ao elemento vento? Claro, o vento era geralmente considerado o mais rápido, mas Gravis era uma exceção nesse quesito. Seu Raio da Destruição era um pouco mais do que o dobro da potência de um Raio Natural, o que o tornava tão rápido quanto alguém com o elemento vento. Além disso, outros cultivadores não conseguiam explodir seu elemento condensado sob os pés. Mesmo com um corpo poderoso, seus pés explodiriam em pedaços sangrentos.

O que permitia Gravis fazer isso era sua imunidade e absorção do raio. Se seu Espírito não tivesse sido refinado pelo raio, ele não seria capaz de realizar essa façanha, mesmo que ainda tivesse sua Sincronia Elemental. A Sincronia Elemental faria seu corpo ignorar o dano do raio, mas isso também enfraqueceria significativamente o efeito da explosão, diminuindo a aceleração.

Por essas razões, Gravis não se importava em não conseguir usar a prancha para combates diretos.

Após esses dois dias de testes, as outras quatro pranchas de Gravis ficaram prontas. A primeira demorou mais, pois precisaram desenhá-la e forjá-la do zero. As seguintes foram produzidas mais rapidamente, com mais facilidade e refinamento.

— Obrigado — disse Gravis enquanto colocava as quatro novas pranchas em seu Espaço Espiritual.

— Não, obrigado você — disse o Vice-Mestre da Guilda do Fogo. — Desenhar isso e ver seu efeito me deu muita inspiração e motivação. Talvez eu consiga projetar coisas semelhantes para outros elementos. Uma pergunta, você se importa se eu vender esse design para outras pessoas?

Gravis deu de ombros. — Não me importo. Você que desenhou, afinal — ele disse de forma despreocupada.

O Vice-Mestre sorriu e convocou um cubo de ouro. — Obrigado. Como forma de retribuição, vou devolver o seu ouro.

Gravis franziu as sobrancelhas. — Eu paguei pelo seu trabalho — ele disse. — Seu trabalho está concluído, então esse ouro pertence a você. Não vou aceitar de volta.

O Vice-Mestre riu levemente. — Hehe, acho que você não entende o que acabou de fazer por mim — disse ele. — Esse design vai revolucionar a maneira como os Especialistas no Reino de Formação do Espírito se movem. Se eu vender esse projeto para a nossa Seita do Fogo, vou ganhar mais de dez vezes esse valor. Na verdade, estou te dando muito menos do que você merece.

Gravis refletiu sobre isso e assentiu. Depois, pegou o ouro. — Você tem razão. Obrigado pela honestidade! Considere todas as dívidas quitadas com este cubo de ouro.

O Vice-Mestre assentiu novamente. — Combinado. Obrigado!

Gravis invocou uma das pranchas de raio e subiu nela. — Estou indo — ele disse. — Tchau!

— Adeus! — disseram os dois Vice-Mestres da Guilda enquanto acenavam.

Com isso, Gravis disparou em direção ao horizonte. Enquanto viajava, continuava admirando a paisagem. Provavelmente não retornaria ao Continente Intermediário. Ele havia ficado lá por cerca de seis meses, e agora era hora de partir. Essa seria a última vez que veria essa terra.

Ele pensou nas diferentes pessoas que conheceu. Lembrou-se de Skye, seu pai, da grande árvore, da Seita Celestial, de Wendy, de seu pai, de todas as Guildas Elementais e de Aion. A filial sudeste da Seita Celestial seria reconstruída, e Aion permaneceria lá como gerente da filial. Skye provavelmente ainda estava voando pelo Continente Intermediário, se temperando ao lutar contra outras bestas ou humanos que a atacassem.

Ao se despedir mentalmente do Continente Intermediário, Gravis lembrou-se de algo. Apenas três dívidas restavam. Duas delas só poderiam ser cumpridas no Continente Central. A primeira era a vingança pela morte de Gorn, que exigia que ele fizesse a Seita do Relâmpago crescer. A segunda era a dívida com Joyce, que o ajudou a ganhar dinheiro na Guilda de Caça.

A última dívida era com Jaimy. Gravis duvidava que Jaimy já tivesse alcançado o Continente Central. Gravis estava crescendo em uma velocidade sem precedentes e duvidava que Jaimy estivesse cultivando mais rápido que ele. Segundo a lógica, Jaimy deveria estar em algum lugar no Continente Intermediário.

No entanto, nem o departamento de inteligência da Seita Celestial, nem a Guilda do Relâmpago o encontraram. Se nem a Seita Celestial conseguiu localizá-lo após meses de busca, onde ele estava? Aion havia dito a Gravis que eles estavam procurando por ele, mas ele nunca apareceu.

Gravis estava 100% certo de que, se Jaimy tivesse ido a qualquer grande guilda ou cidade no Continente Intermediário, a Seita Celestial o teria detectado. Então, restavam três possibilidades.

Uma possibilidade era que Jaimy vivia no mundo secular no Continente Exterior, longe das lutas de cultivação.

Outra possibilidade era que ele estava cultivando em isolamento, longe da civilização.

A última possibilidade era que ele já estava morto. Mas, e quanto ao seu irmão nesse caso?

Gravis descartou imediatamente a primeira possibilidade. A fome de Jaimy por vingança e poder era genuína, e ele não pararia de cultivar por causa disso.

Gravis também descartou a segunda possibilidade após pensar um pouco. Jaimy havia pensado que Gravis estava morto, e as notícias de sua sobrevivência só teriam surgido semanas depois. Além disso, Gravis havia sido marcado como criminoso naquele período. Jaimy não teria motivos para não ir à Guilda do Relâmpago. Mesmo que tivesse aparecido apenas uma vez, a Seita Celestial teria tomado nota disso. No entanto, ele não apareceu.

Isso deixava apenas a última possibilidade. Jaimy estava morto?

Se sim, como ele morreu tão rapidamente? Não deveria ter havido nenhum problema para ele chegar à Guilda do Relâmpago. Afinal, ele estava no Reino de Reunião de Energia. Ele também tinha uma quantidade média de Sorte Cármica. Não deveria ter havido nenhum acidente infeliz…

— Espera — disse Gravis enquanto parava sua Prancha de Relâmpago. Então, estreitou os olhos e olhou para o céu. — Foi você quem matou Jaimy e o irmão dele, Céu? — perguntou…

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