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Lightning Is the Only Way – Capítulo 752

Arc

A mente de Gravis estava em um turbilhão ao ver o ‘professor’.

Que professor?

Isso era definitivamente o Céu superior!

Ele se parecia demais com o Céu intermediário, exceto por duas diferenças: ele claramente parecia um homem e não assexuado, e tinha cinco olhos em vez de sete.

No entanto, quanto mais Gravis pensava sobre isso, menos certeza ele tinha. Orthar também parecia um Céu, e ele certamente era um polvo, não um Céu. Além disso, se esse fosse o Céu superior, ele estaria quebrando tantas regras ao estar ali.

Primeiro, ele estava entrando em contato direto com os seres deste mundo e até os ensinando pessoalmente. Segundo, ele estava se comunicando diretamente com eles.

Será que o Céu mais elevado permitiria algo assim?

Gravis escutou a lição que o professor estava dando e percebeu que era apenas sobre como perceber Leis. Ele explicou que havia muitas formas de entender Leis. Podiam tentar ressoar com uma Lei, como as pessoas da Seita Irrestrita faziam. No entanto, ele também explicou que podiam compreender Leis analisando-as e entendendo-as.

Ele não ensinou nada específico sobre Leis, apenas mostrou como poderiam se concentrar em compreendê-las. Algo assim não prejudicava o caminho de ninguém, e Gravis certamente teria se beneficiado de uma palestra como essa quando entrou no Mundo intermediário.

O professor encerrou a sessão em cerca de dez minutos, e os Cultivadores foram embora. Os mais jovens dispararam como se finalmente estivessem livres de uma aula entediante, enquanto os mais velhos ficaram imersos em seus pensamentos.

As bestas e os humanos passaram por Gravis, lançando olhares curiosos em sua direção.

O professor endireitou as costas, como se estivesse cansado. Então, ele olhou para Gravis e sorriu de maneira amigável.

— Olá, Gravis — disse.

Todas as dúvidas de Gravis desapareceram ao ouvir o professor chamá-lo diretamente pelo nome. Para Cultivadores normais, ele pareceria apenas um homem comum, mas Gravis já havia falado com o Céu intermediário por um bom tempo.

Era definitivamente o Céu superior!

Gravis não havia notado antes porque o professor não havia se dirigido diretamente a ele, mas agora ele sentia a mesma ressonância com o mundo que o Céu intermediário tinha.

Gravis estreitou os olhos. — Tenho quase certeza de que o que você está fazendo vai contra as regras — disse.

O sorriso do Céu superior se alargou, divertido, enquanto a Rainha Imortal ao lado de Gravis ficava confuso. Regras? Que tipo de regras?

— Samantha, poderia ser tão gentil de voltar para os outros? — disse o Céu superior. — Quero conversar com ele a sós.

Samantha assentiu. — Claro — disse com uma leve reverência. Em seguida, lançou um último olhar a Gravis e foi embora.

O silêncio voltou à clareira, restando apenas Gravis e o Céu superior.

— O que você quer? — perguntou Gravis, com evidente desagrado na voz.

O Céu superior apenas riu de maneira amistosa.

— Exar não lhe contou? — perguntou enquanto caminhava até um grande lago. O lago não era gigantesco para os padrões imortais, mas tinha alguns quilômetros de comprimento.

— Ele disse que você queria falar comigo — disse Gravis, percebendo que Exar provavelmente se referia ao Irmão mais velho.

— E é exatamente isso que quero. Só quero conversar — respondeu o Céu superior. Ao chegar ao lago, sentou-se e colocou os pés na água, relaxado.

— E sobre o que quer conversar? — perguntou Gravis, sem se aproximar.

— Qualquer coisa — respondeu.

— Qualquer coisa? — repetiu Gravis, arqueando uma sobrancelha.

— Sim, qualquer coisa — confirmou o Céu superior. — É raro eu poder conversar com alguém que não seja do meu mundo. Além disso, temos um destino entrelaçado.

— Nossa luta, certo? — perguntou Gravis.

O Céu superior assentiu. — Sim, infelizmente.

— Infelizmente? — perguntou Gravis com ceticismo. — Isso é novidade para mim. Todos os outros Céus que encontrei mal podiam esperar para esmagar meu rosto.

— Bem, nós Céus somos tão diversos quanto as pessoas — disse ele. — Todos buscamos nosso propósito na vida, e, quando não conseguimos encontrar um propósito externo, buscamos desesperadamente outro.

— Vi o seu passado, Gravis, e tenho que dizer que você realmente encontrou os exemplos mais extremos dos meus chamados irmãos — disse ele, a palavra ‘irmãos’ carregada de desgosto.

— Aquele Céu inferior que você encontrou percebeu que nunca poderia se tornar mais poderoso. Portanto, decidiu encontrar um propósito em sua vida sentindo-se superior. Como uma criança que recebeu poder supremo, ele suprimiu todos e queria que todos o adorassem.

— Aquele Céu intermediário percebeu a mesma coisa. No entanto, em vez de buscar um propósito na superioridade, fez do meu criador o seu propósito. Em resumo, vivia para outra pessoa.

Gravis ficou surpreso com várias coisas. Primeiro, o Céu superior disse a palavra ‘criador’ com um desdém muito maior do que ‘irmãos’. Todos os outros Céus chamavam o Céu mais elevado de pai ou ancestral, mas este se referia a ele como criador, um termo mais distante e frio.

— E qual é o seu propósito? — perguntou Gravis, agora menos distante. Ele havia julgado este Céu com base em suas interações com os outros dois, o que talvez tivesse sido um erro.

— Não percebe? — disse ele, levantando o braço direito enquanto ainda mantinha as costas viradas para Gravis. — Gosto de preservar talentos e de ter seres ao meu redor.

— E devo acreditar nisso? — perguntou Gravis com ceticismo.

— Por que não? — disse o Céu superior com um sorriso. — Não gosto quando seres talentosos com uma grande mentalidade para o cultivo são destruídos por circunstâncias fora de seu controle. Então, os trago para mim, dou-lhes uma família e um professor.

— E por que você faz isso? — perguntou Gravis novamente.

— Gravis — disse o Céu superior com uma leve risada. — Você e eu conhecemos a liberdade. Você deveria saber por que eu faria isso.

— Porque você quer — respondeu Gravis.

— Exatamente — confirmou o Céu superior, reclinando-se, com os pés ainda balançando na água.

— E é por isso que quer conversar comigo — acrescentou Gravis.

— Sim — confirmou o Céu superior. — Só quero conversar com você, falar com alguém do mundo mais alto e ouvir seus pensamentos.

— Você sabe como o mundo funciona. Conheceu muitos outros Céus. Sabe sobre meu criador. Sabe sobre a Marca.

De repente, o Céu superior olhou para o céu com um sorriso arrogante. — Oh, você não gostou disso, não é? — perguntou. — Não gosta que eu fale sobre seu esquema covarde de controle, não é?

Gravis ficou surpreso ao olhar para o Céu superior. Falar sobre a Marca não era brincadeira! O Céu superior estava desafiando diretamente o Céu mais elevado bem na frente dele. Na verdade, enquanto Gravis observava o Céu superior confrontar o Céu mais elevado dessa forma, lembrou-se de si mesmo.

Era assim que as outras pessoas viam Gravis quando ele falava de maneira desrespeitosa com o Céu?

Gravis realmente ficou interessado neste Céu superior. Ele definitivamente parecia bem diferente do que havia imaginado.

Quando ouviu sobre o poder insano do primogênito do Céu mais elevado, havia imaginado um ser distante que via tudo abaixo de si.

Mas ali estava ele, falando com Gravis de forma casual, ensinando algumas crianças desabrigadas e até tocando no maior tabu do Céu mais elevado, a Marca.

Pela primeira vez, Gravis soube como os outros se sentiam quando ele desafiava o Céu de maneira desrespeitosa. Ironicamente, fazer isso pessoalmente parecia menos assustador do que ver outra pessoa fazê-lo.

— Como você ainda está vivo? — perguntou Gravis.

— Porque estou fazendo um ótimo trabalho — respondeu o Céu superior. — Não estou promovendo refino nem nada disso, mas uma combinação de circunstâncias favoráveis e muito tempo resultou em este mundo se tornar muito poderoso. A Seita Irrestrita está em uma área relativamente mais fraca do meu mundo. Assim que você sair dessa área, perceberá o quão poderosos, em geral, são os Cultivadores.

Gravis já suspeitava de algo assim. Este provavelmente era um dos, senão o mais poderoso dos mundos superiores. Ainda assim, os Cultivadores que Gravis havia visto eram apenas um pouco acima da média, se é que chegavam a isso.

— Por que você é tão abertamente antagonista em relação ao seu pai? — perguntou Gravis.

WHOOOM!

Por um breve momento, Gravis sentiu o mundo congelar, mas tudo voltou ao normal enquanto o Céu superior soltava um suspiro. — Por favor, evite chamá-lo de meu pai — disse o Céu superior.

Gravis assentiu. — Desculpe por isso — respondeu.

— Quanto à sua pergunta — continuou o Céu superior — porque estou preso em uma prisão que eu mesmo criei. Fui presenteado com um mundo só meu, mas nunca poderei sair dele. Quero ver outros mundos, me tornar mais poderoso, ser livre. No entanto, meu criador não quer isso e me força a permanecer aqui, aprisionado por toda a eternidade.

— Acho que ele percebeu que não estou seguindo seu grande plano, e é por isso que não quer que eu me torne ainda mais poderoso. É seu desejo irracional de controle total sobre tudo que o faz agir assim.

O Céu superior se virou para Gravis com um sorriso. — E eu não gosto de ser controlado, então quebro quantas regras quiser, só para irritá-lo.

— Por quê? — disse o Céu superior com um sorriso malicioso. — Porque eu quero.

— Usando o seu vocabulário, acho que seria apropriado dizer ‘Que se dane ele!’ — disse o Céu superior com uma risada.

Gravis também soltou uma risadinha. Ele duvidava que aquilo fosse algum tipo de esquema elaborado para fazê-lo simpatizar com o Céu superior. Um ser tão poderoso tinha confiança em seu poder.

Isso provavelmente significava que essa era a verdadeira personalidade do Céu superior.

Gravis caminhou mais perto e parou ao lado do Céu superior, olhando para o lago.

— Como devo chamá-lo? — perguntou Gravis.

— Um nome só é relevante quando você está em contato com outros seres, e é por isso que todos os outros Céus não têm nomes — respondeu o Céu superior.

— Mas eu não sou como os Céus comuns, então também me dei um nome.

— Meu nome é Arcerius, mas pode me chamar de Arc.

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