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Lord of Mysteries – Capítulo 1418

Nos Dias Modernos (16)

Roubou dois carros sedan seguidos… Provavelmente é uma gangue. Como uma pessoa pode dirigir dois carros? Não posso deixar de murmurar interiormente. 

Esse é o resultado pelo qual passei como fã de dramas de tribunal e séries policiais, além de ser um leitor fiel de romances de dedução criminal.

Claro, eu não digo isso em voz alta. Acredito que pessoas com inteligência padrão podem chegar a uma conclusão semelhante.

Quando o guarda de plantão liga para confirmar minha identidade, pego meu telefone e verifico a hora.

Há tempo mais que suficiente… Soltei um suspiro de alívio enquanto ando sem pressa ao redor do lago no meio do pátio e entro no prédio de frente para a entrada principal.

Depois de analisar mentalmente a possível conversa, bato na porta do escritório do alvo três minutos antes.

— Por favor entre. — Uma voz suave soa lá dentro.

— O-oficial Deng… — Assim que abro a porta e entro, percebo que o policial sentado atrás da mesa é quem veio verificar minha autorização de residência!

Sempre imaginei que ele fosse policial de delegacia, mas nunca imaginei que ele tivesse um escritório na Secretaria Municipal de Segurança Pública. Ele ainda tem um só para ele!

— Você é? — O oficial Deng levanta a mão para pentear a linha do cabelo e pergunta com um olhar perplexo: — Nós nos conhecemos?

— Ontem à noite, você verificou minha autorização de residência e me avisou de um culto misterioso. Mais tarde, nos encontramos novamente em Lawson. Até denunciei uma mulher suspeita de ser membro do culto. — Começo a suspeitar que a pessoa à minha frente seja o irmão biológico do policial Deng, mas ainda forneço os detalhes.

O oficial Deng está esclarecido.

— Zhou-Zhou Mingrui, certo?

— Sou ruim da vista e não tenho boa memória. Era noite, então não consegui ver claramente.

Não preciso que você me diga que sua memória não é boa ou que você tem péssima visão. Eu posso ver… eu sorrio educadamente.

— Hoje represento o Grupo Intis para assumir o projeto anterior.

— Sim, combinamos de nos encontrar às quatro. — O oficial Deng aponta para a cadeira em frente à sua mesa.

Aproximo-me imediatamente e pretendo colocar sobre a mesa o caderno preto que acabei de comprar. Em seguida, vou virá-lo para o meio — não posso deixar o policial Deng perceber que acabei de comprá-lo e nunca escrevi nele.

O oficial Deng olha para o caderno e franze a testa ligeiramente.

Depois disso, pega o telefone e disca um número interno do departamento.

— Ei, o Grupo Intis está aqui. Venha para uma reunião.

Após um breve briefing((rapaz, mt preguiça de explicar, mas é basicamente uma reunião com o tema “tempestade de ideias”, onde todos dizem oq acham sobre um assunto)), ele desliga o telefone e sorri para mim.

— Este é um projeto de colaboração internacional. Não podemos decidir sozinhos. Sim, o representante da outra parte estará aqui em breve.

— Eu estou ciente disso. — Li os documentos relevantes pela manhã e sei o que está acontecendo.

Claro, mesmo que eu seja preguiçoso e não tenha lido, ainda assim terei dado essa resposta. Não posso deixar que o parceiro com quem trabalho descubra que estou fugindo e não fazendo bem o meu trabalho.

Pouco depois de me sentar, ouço a porta do escritório do oficial Deng se abrir.

Levanto-me educadamente e olho para trás. Vejo um velho com uma longa túnica preta.

Seu cabelo é branco e as rugas nas bordas dos olhos e da boca são profundamente recuadas. Seus olhos vermelhos escuros parecem ligeiramente turvos.

Um pingente de lua vermelha está pendurado em seu peito. Ele parece um padre de uma catedral.

Um padre estrangeiro… Aceno com um sorriso, demonstrando totalmente minha cortesia.

Por alguma razão, acho esse velho um pouco familiar, assim como na primeira vez que conheci o oficial Deng.

Estranho… Recentemente, tenho me sentido triste por algum motivo inexplicável. Este é o efeito colateral da bebida Assassino? Eu silenciosamente inspiro e controlo minhas emoções.

Naquele momento, o oficial Deng apresenta: — Velho Neil, um representante da Interpol, um padre.

— Olá, Sr. Neil. — Eu rapidamente o cumprimento.

O velho Neil não fala. Ele me avalia e ri.

— Rapaz, você foi incomodado por fantasmas recentemente?

… Você percebeu? Estou chocado. Não sei se devo admitir ou esconder de um estranho.

— Não minta. Meus olhos são muito aguçados. — O Velho Neil sorri e aponta para os olhos.

— Um pouco… — eu murmuro.

— Haha. — O Velho Neil ri imediatamente. — Você ainda é muito jovem. Você confessou no momento em que te perguntei. Na verdade, não tenho tanta certeza. Sim, sou padre. Tenho a habilidade de expulsar fantasmas e sombras. Você precisa da minha ajuda?

… É correto discutir tais superstições feudais na frente de um policial? Abro a boca, sem palavras.

O velho Neil caminha até a mesa do oficial Deng e naturalmente pega a garrafa de café que está sobre ela.

— Não se preocupe. Eu não cobro muito. Se você ainda acredita na Deusa, posso até fazer isso de graça.

Eu não acreditava na Deusa no passado, mas agora acredito! Neste momento, meu coração está palpitante.

Hesito por dois segundos antes de suspirar.

— Mas eu já encontrei uma ajudante.

— Quem é? Não existem muitas pessoas com tais habilidades. A maioria são trapaceiros. — O Velho Neil prepara seu café com habilidade e pergunta casualmente.

— … Daly, você a conhece? — Eu pergunto hesitante.

— Daly… Ah, então tudo bem. — O Velho Neil retrai o sorriso e pergunta: — Você é o representante do Grupo Intis? Vamos começar.

Ao mesmo tempo, o oficial Deng balança a cabeça com um sorriso, parecendo desamparado.

— Você conhece Madame Daly? — Eu pergunto.

O velho Neil suspira e aponta para o oficial Deng.

— Sua noiva.

— Oh, oh… Todos se conhecem! — Não posso deixar de suspirar.

Isso aumenta minha confiança em Madame Daly.

Paro de conversar e começo a me comunicar com o oficial Deng e o Velho Neil sobre o projeto, anotando seus pedidos.

Uma hora se passa.

— Aarrrhg. — O velho Neil boceja e estica as costas. — Finalmente acabou. Esses meus velhos ossos realmente não suportam o tormento de tais reuniões. Não tenho mais energia.

Com isso dito, ele se levanta e sorri para mim e para o oficial Deng.

— É hora de me aposentar.

— É hora de eu ir embora. Irei para uma aldeia distante. Cultivarei algumas flores, alimentarei as galinhas e tocarei piano para minha esposa. Não preciso mais me preocupar com as coisas aqui.

O oficial Deng também se levanta. Ao mandar o Velho Neil sair, ele sorri e diz: — Vamos juntos.

Enquanto os vejo partir, de repente fico sem palavras.

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