— Você deu uma classe lendária a um jogador como Elias fez comigo? — Alex perguntou porque tinha novos pensamentos sobre o Coveiro de Almas.
Ele não pensou nesta possibilidade, mas o velho estava pronto para usar seus poderes de várias maneiras para progredir.
Usar o sistema era uma delas. E com Alex como o exemplo perfeito, o sistema poderia personalizar uma classe poderosa.
É claro, Elias Deathwill sacrificou muito para criar a classe, então se o Coveiro de Almas criou uma, deveria haver algumas diferenças… Por exemplo, o jogador lendário deveria confiar mais no Coveiro de Almas.
O velho assentiu: — Dei.
Os corações de Thanas e Alex aceleraram.
O Rei Dullahan estava pensando na mesma coisa por um bom tempo. Entretanto, tinha suas dúvidas. Ele não podia dar uma classe a alguém e dar oportunidades para se fundir a sua família.
Ele acreditava que seus filhos tinham planos próprios, no entanto… Apesar disso, ninguém além do Rei Dullahan conseguiria dar a classe lendária da Raça Dullahan.
Não… Talvez Celia pudesse dar no futuro.
O Coveiro de Almas poderia assumir riscos porque não tinha um reino ou família para cuidar. Só tinha uma filha que poderia cuidar de si. Se o jogador fosse um vilão ou alguém com pensamentos ocultos pelo Coveiro de Almas e Eva Mora, estes dois não perderiam muito a menos que o jogador se tornasse proeminente demais em sua classe lendária.
Por outro lado, Alex ficou animado. Posso conseguir pegar essa classe para meu amigo…
Não havia necessidade de dizer que sua esgrima era boa contra os mortos-vivos. Ele tinha Esgrima Óssea que podia aplicar junto da própria esgrima. Os esqueletos não eram um problema.
Sua espada cortou O Ghoul ao meio. Ele também tinha [Olhos da Alma], que o ajudaria contra fantasmas.
Alex vinha se desenvolvendo inconscientemente contra os mortos-vivos. Talvez, o Coveiro de Almas estivesse ciente disto e tenha gostado do processo. Apesar disso, Alex podia usar seu poder e conexões para pegar a classe lendária.
Devo pensar mais no meu relacionamento com a Eva Mora… Se jogar as cartas certas, conseguirei fazer isto, Alex pensou internamente.
A pior coisa seria se um jogador fosse um cara legal. Se fosse alguém das guildas de heróis com um bom coração, Alex o ajudaria a lidar com o Coveiro de Almas.
Por algum motivo, já pensei direto neste cara como um vilão… Não deveria deixar a ganância assumir meus pensamentos, Alex se repreendeu.
Sua ganância vinha de um desejo de dar uma classe forte aos seus amigos. Ele conseguiria jogar com eles e transformar num trabalho… Mas quando pensou desse jeito, percebeu que a classe lendária poderia ser uma responsabilidade séria.
Ninguém sabia a trama do Mundo de Avander… E se as pessoas com classes únicas se tornassem pilares ou forças principais contra algum exército gigante? Isso custaria vidas e Alex se sentiria consciente e responsável por seus amigos caso desse a classe.
Alex formou um novo pensamento rapidamente, Se eu colocar as mãos na segunda classe lendária, conversarei sério com eles. Se estiverem prontos para assumir a responsabilidade pelo que pode ser, então será escolha deles…
Estou pensando demais? Alex suspirou.
Os dois estavam o encarando com olhares peculiares.
Ele corou levemente ao sentir seus olhares: — Me perdi em pensamentos. Desculpe.
O velho riu: — Ele não é uma grande ameaça ainda, garoto. Ele não receberá uma missão para brincar com você por enquanto.
— Por enquanto… hein… — Alex olhou nos olhos azuis do Coveiro de almas: — Uma brecha no contrato.
O velho deu de ombros: — Sua classe se chama [Necromante Lendário]. Se divirta o encontrando e o matando.
— Claro… — Alex achou difícil de responder, então usou uma e provavelmente melhor palavra.
Após isso, Alex perguntou sobre os demônios famintos e uma maneira para matá-los. Para sua pergunta, os dois pensaram por um tempo.
Thanas abriu a boca: — Um reino especial sem medo algum. Mas isso é impossível.
— Concordo — o velho assentiu.
Um reino único sem medo algum seria uma boa escolha. E Thanas e o velho tinham seus próprios reinos.
Entretanto, Thanas herdou. O velho foi o criador, mas ele concordou com o Rei Dullahan.
O motivo era simples.
Medo influenciava tudo. Se uma pessoa com apenas uma gota de medo criasse o reino, o lugar manteria o demônio faminto imortal. As pessoas algumas vezes não estavam cientes de seus medos, e nenhum deles estava livre.
O Coveiro de Almas temia o fim. O Rei Dullahan temia as Autoridades…
Eles não conseguiriam simplesmente fazer uma lavagem cerebral para eliminar isto, pois medo estava na mana, ossos, carne, etc.
— Reinos podem nascer naturalmente… — o velho ponderou: — Isso é raro e você tem que ser extremamente sortudo para encontrar e conquistar. Você ainda só conseguiria aprisioná-los aqui devido aos motivos mencionados mais cedo.
— Então, esta opção está fora de questão — o velho suspirou.
Alex então sussurrou: — O que aconteceria se conseguirem muito medo?
— Essa não é uma má ideia… No entanto, eles são destemidos. Quanto mais brincar com eles, mais saberá disto — explicou o Coveiro de Almas.
Thanas estreitou os olhos: — Você dançou com eles e até os convidou para sua terra.
— Estamos usando um ao outro para pesquisas — respondeu o velho sem um pingo de vergonha. Não achou nada de errado nisto.
— O que eles são, exatamente? — Alex perguntou, mas para sua pergunta, ninguém respondeu.
Então, a senhoria se aproximou: — Thanas!
Os olhos do Rei Dullahan tremeram.
— Venha me ajudar! A pausa acabou! — A senhoria encarou o grupo com estranheza porque era uma combinação estranha.
Um jovem com aparência bonita; ele até a fez corar um pouco.
Um velho com um sorriso bem repulsivo; ele a deixou completamente enojada por algum motivo.
E Thanas… ela estava bem ciente.
Sua diferença de idade era grande demais!
Thanas se desculpou: — Vejo vocês depois.
— Tudo bem. Tenho que realizar alguns exorcismos também… Ah, estas pobres pessoas! Eles acreditam em demônios, mas só estão mentalmente doentes… — O velho se levantou e balançou a cabeça.
Alex estreitou os olhos: — Você gosta disto, não é?
— Desenvolvi um gosto porque é muito fácil e consigo dinheiro o bastante. Haha!
E com aquelas palavras, todos se separaram.