Enquanto os três garotos seguiam Fex, não puderam deixar de se perguntar que tipo de plano tinha. Ele disse que havia preparado tudo. Quinn estava pensando em todas as possibilidades, considerando quão jovem Fex era e como o sistema não o reconheceu, estava claro que as duas mentes vampíricas eram separadas por uma geração.
Significando que talvez houvesse algumas coisas que mudaram que até o sistema não sabia. Talvez no ao longo do tempo, eles tenham conseguido encontrar um substituto da carne humana? Seja lá qual plano possa ter pensado, tinha que ser melhor que deixar Peter vagar e matar pessoas.
Enquanto seguiam Fex, perceberam que estavam voltando aos dormitórios. Até que finalmente, chegaram num quarto não muito longe do seu, localizado no final do corredor. Era o último quarto.
“Espero que esteja com fome,” Fex disse ao abrir a porta.
Assim que entraram no quarto, suas mandíbulas desabaram no chão. Quinn imediatamente olhou no corredor para ver se alguém havia os visto antes de fechar a porta.
“Qual é o significado disto?!” Quinn perguntou.
Atualmente, havia sete estudantes diferentes que foram amarrados no chão. Cada um estava com os olhos vendados e tinha um pedaço de pano na boca. Seus braços e pernas estavam amarrados usando o mesmo tipo de fio que foi usado em Peter.
“Isto é o que alguém deve fazer antes de transformar outro em um ghoul. Notei que ele era um ghoul enlouquecido, então não devia ter comido muita carne humana para evoluir. Ele precisaria de um tipo diferente, certo? Então aqui está, trouxe uma pessoa diferente para ele comer todo dia da semana.” Fex explicou.
Quinn percebeu que não era que o sistema não tivesse algo que Fex tinha… era que eles eram dois tipos diferentes de Vampiros. O sistema sabia que Quinn nunca consideraria esta opção, então nunca sugeriu.
Enquanto Fex, mesmo que estivesse interessado em humanos, os via somente como uma coisa a ser usada.
“E depois, planeja matar todos estes alunos?” Vorden perguntou: “A escolha descobriria se sete alunos simplesmente desaparecessem, isto não é um plano de verdade.”
“Ei, ei, olha quem está sendo o idiota aqui, ninguém disse nada sobre matar,” Fex respondeu: “O tamanho da carne que um ghoul precisa comer é do tamanho de um sapato. Então não precisa matar, e a escola não descobrirá.”
“Mas eles não dirão que algo aconteceu? Se eu fosse eles, faria isso assim que saísse daqui.” Peter disse preocupado enquanto via os alunos se debatendo, assustados por suas vidas.
“Embora pareçam ser amigos, você não sabe muito sobre Vampiros, né?” Fex balançou a cabeça: “Se usar meus poderes de persuasão, então posso fazê-los esquecer de tudo que aconteceu. Quanto aos membros perdidos, posso substituí-los com uma memória dizendo que perderam num acidente em uma luta entre si.”
Quando Quinn estava pensando em maneiras diferentes de ajudar Peter, pensou numa opção similar. O único problema era que Quinn não estava confiança em sua skill Persuasão. Independente de funcionar ou não, dependia de duas coisas, se a pessoa que usou tinha uma boa força mental e seu atributo charme fosse baixo no momento.
Se houvesse a chance de acabar não funcionando, Quinn teria que matar alguém com as próprias mãos. O matar não era a parte que Quinn não gostava, porém, matar alguém que não fez nada de errado ou não o feriu era diferente.
Estas pessoas no quarto eram estranhas para ele e tinham famílias os aguardando em casa, quem era ele para decidir o que aconteceu com eles. Se abusasse de seus poderes, não seria diferente de muitas pessoas de quem odiava.
“Bem, Quinn, o que quer fazer?” Peter perguntou. Ele já tinha feito sua escolha. Este estava cansado de se preocupar e só queria acabar com isso de uma vez por todas. Se convenceu que se não recorresse a isto, então haveria mais sacos de cadáver e um membro desaparecido era melhor que isto.
“Não posso,” Quinn falou: “Nem mesmo conheço estas pessoas.”
A resposta e Quinn surpreendeu Peter, pois tinha certeza de que o primeiro se sentia da mesma maneira. Como se quisesse encontrar a solução mais rápida.
“Se facilitar para você, algumas destas pessoas não são boazinhas.” Fex então ficou em cima de dois estudantes ao lado direito e levantou suas cabeças, revelando alguns hematomas em seus rostos.
“Vê estes dois aqui, eram meus colegas de quarto. Assim que entrei no quarto, eles começaram e me dar ordens, recusei e você deve saber o que tentaram fazer, me surrar, então os espanquei. Nem mesmo havia dito uma palavra a eles.
“E quanto ao resto?” Quinn perguntou.
“Bem, o resto foi selecionado aleatoriamente, só foram azarados, isso é tudo. Olha, alguém tinha que ser escolhido, certo?”
Enquanto Vorden estava olhando para os estudantes, reconheceu um deles. Era a mesma garota que copiou a habilidade regenerativa do outro dia. Agora fazia sentido porque não conseguiu encontrá-la mais cedo, deve ter sido devido ao Fex a sequestrando e colocando neste quarto.
“Quinn, há algo que possamos fazer?” Vorden perguntou.
Vorden explicou como quando estava pensando no plano B, que conseguiu uma lista das habilidades dos primeiranistas e quais classes pertenciam. Nesta lista, declarou que entre todos os primeiranistas havia três alunos que tinham habilidades regenerativas.
Antes, nunca considerou esta opção, somente agora que eram capazes de limpar as memórias que pensou nisto.
“Ainda há um problema,” Quinn falou: “Mesmo que a gente consiga pegar aqueles três estudantes, ainda precisaremos de mais dois.”
“Mas pelo menos é um começo, Quinn,” Vorden respondeu.
Eles explicaram seu plano a Fex, afinal, precisavam dele para ter certeza de limpar as memórias. Embora reclamasse um pouco, aceitou no final.
Ele então levantou a estudante do chão que tinha a habilidade regenerativa: “Vou dizer, poderíamos acabar com isto bem rápido. Tem certeza de que querem seguir o caminho difícil?” Fex perguntou.
Quinn assentiu em resposta.
“Então tudo bem.” Fex então empurrou a estudante na direção de Quinn, que a pegou antes que ela tropeçasse e caísse: “Isto é problema seu, não meu, não vou fazer tudo, então vocês terão que cortar o membro. Não sou um psicopata que tem prazer em ver as pessoas com dor, então não vou me voluntariar.”