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Reincarnated With The Strongest System – Capítulo 130

O Colega de Quarto de William 

“Uh, meu nome é Kenneth Xin Ashleigh,” disse timidamente o delicado garoto de cabelos prateado-acinzentados e olhos azuis.

“Meu nome é William,” respondeu William. “William Von Ainsworth. Fique à vontade para me chamar de Will.”

William olhou para seu novo colega de quarto e mentalmente levantou o polegar em aprovação. Ele nunca imaginou que seu colega de quarto seria tão fofo!

“Will, seu nome é muito bonito,” disse Kenneth com um sorriso. “Você também é do primeiro ano?”

“Sim.” William assentiu. “Por quê? Pareço velho?”

Kenneth balançou a cabeça com firmeza. “É só que… você me passa uma impressão muito madura.”

William coçou a bochecha enquanto olhava para seu colega com aprovação. Estava bastante contente por Kenneth ser seu colega de quarto. Com apenas um olhar, William podia dizer que o garoto de cabelos acinzentados fora criado como um nobre.

Ainda assim, Kenneth não tinha a arrogância que a maioria dos nobres demonstrava. Por alguma razão, William sentia que Est e Kenneth tinham algo em comum. Talvez fosse a aura, ou a presença deles, mas William não se incomodava de estar junto dele.

“Bem então, conto com você este ano letivo, Kenneth,” disse William, estendendo a mão para um aperto de mãos.

Kenneth olhou para a mão de William antes de lentamente levantar a sua para aceitar o cumprimento. A expressão do garoto de cabelos acinzentados mudou quando sua mão tocou a de William. Seu corpo se encolheu instintivamente ao sentir o toque áspero.

“Desculpa.” William se desculpou ao soltar com relutância as mãos suaves de Kenneth. “Machucou? Minha mão é meio áspera, né?”

“N-Não,” gaguejou Kenneth. “Só fiquei surpreso. Sua mão, embora áspera, parece firme e forte.”

William riu da resposta tímida de Kenneth. Em seguida, explicou ao novo colega que era um pastor e estava acostumado a cuidar de cabras e realizar trabalhos manuais. Além disso, a vida em Lont não era nada fácil. Por isso, ele havia desenvolvido calos nas mãos, deixando suas palmas mais ásperas que a dos garotos da sua idade.

Quando William acordava de manhã, cortava lenha e depois cozinhava algo para sua Mestra, Celine. Depois disso, alimentava as cabras antes de tomar banho. Após o café da manhã, ele ia treinar com seu Vovô ou com outras pessoas em Lont para aprimorar as Artes Marciais que havia aprendido com suas Classes de Trabalho.

Como havia muitas pessoas fortes em Lont, William conseguia melhorar sua proficiência e aprender alguns truques com elas também.

Depois dos treinos, ele tomava banho e voltava para a casa de Celine para preparar o almoço dela. À tarde, passava o tempo com sua fofa prima Eve. E quando a noite chegava, era o início do Treinamento Infernal de Celine com maldições, venenos e mais maldições.

“Um pastor…” Kenneth olhou para William com curiosidade. “Você fez a prova de admissão da Academia Real?”

“Claro.”

“Foi difícil?”

“Um pouco.” William não tinha intenção de contar a Kenneth sobre sua batalha com o Governante da Floresta.

“Entendo,” respondeu Kenneth, enquanto seus olhos azuis avaliavam William da cabeça aos pés. ‘Já que ele passou no teste de admissão, deve ser bem capaz apesar da aparência.’

Ser encarado por um garoto de aparência angelical fez William se sentir como se um gatinho arranhasse seu coração. “Sou tão bonito assim? Por que está me encarando desse jeito?”

“Sim,” Kenneth respondeu sem pensar. “Você é muito bonito.”

Kenneth parou de repente ao perceber que tinha falado seus pensamentos em voz alta, e seu rosto ficou completamente vermelho. A mudança repentina fez William abrir um largo sorriso.

‘Sério, meu colega de quarto é fofo demais!’ William pensou. ‘É melhor eu não provocá-lo com frequência. Não quero que ele comece a me odiar.’

Um silêncio constrangedor se instalou no quarto. Kenneth ocupou-se organizando os itens dentro de sua bolsa mágica. Colocou várias vestes em seu armário e até tirou um travesseiro para a cama. Em seguida, colocou um incensário sobre a pequena mesa ao lado da cama.

Uma fragrância suave se espalhou pelo quarto assim que Kenneth acendeu o incenso.

“Isso tem um cheiro bom,” elogiou William. “Me lembra o aroma de gardênias.”

“É uma essência feita com gardênias da minha cidade natal.” Kenneth deu a William um sorriso sincero e genuíno. “Fico feliz que tenha gostado.”

William sentiu seu corpo relaxar completamente à medida que a fragrância envolvia seus sentidos. Antes que percebesse, já estava deitado na cama e havia adormecido.

Embora tivesse descansado adequadamente na noite anterior, parecia que ainda não havia se recuperado totalmente da longa viagem e da recente batalha contra Psoglav.

Kenneth olhou para seu colega de quarto, que dormia numa posição estranha. Com um suspiro, levantou-se da cama e ajeitou o corpo de William, colocando-o numa posição mais confortável. Ao cobri-lo com o cobertor, ouviu um suspiro de alívio vindo do ruivo.

“Obrigado,” disse William, como se estivesse falando com alguém em seu sonho.

Kenneth ficou olhando para a expressão tranquila de sono do colega por um minuto inteiro antes de voltar para sua própria cama para descansar. Por algum motivo, ele também sentia vontade de dormir. Deitado, de frente para seu novo colega de quarto, Kenneth se sentia grato.

Ele estava grato por seu colega de quarto não ser um daqueles nobres arrogantes que ele odiava com todas as forças.

Logo, o garoto de cabelos prateado-acinzentados também adormeceu.

Algumas horas depois, ambos foram acordados pelo toquede um sino.

William abriu os olhos sonolento e olhou para o relógio mágico pendurado na parede do dormitório. Eram meio-dia, o que também indicava que estava na hora do almoço.

William bocejou ao se levantar da cama. Fez alguns alongamentos para ajudar na circulação do sangue e espantar o sono que ainda sentia.

Kenneth também havia se levantado da cama e observava William com divertimento. Sua impressão sobre William já era boa, mas vê-lo agir daquele jeito o fez gostar ainda mais do pastor.

Depois de terminar seu breve exercício de alongamento, William lançou um olhar ao colega.

“Quer almoçar comigo?” William perguntou.

“Quero, sim,” respondeu Kenneth. “Você sabe onde fica o refeitório?”

“… Não sei,” respondeu William, um pouco envergonhado. “Também cheguei hoje. Mas não se preocupe. Podemos perguntar por aí. Tenho certeza de que vamos encontrar mais cedo ou mais tarde.”

“Você tem razão.” Kenneth assentiu.

Os dois garotos saíram do quarto, mas não se esqueceram de trancar a porta. Embora estivessem no Dormitório Solaris, era mais seguro manter a porta trancada para evitar furtos.

E de fato, não demorou muito para que William e Kenneth encontrassem o refeitório. Assim que chegaram, perceberam imediatamente seis longas mesas com pelo menos 14 metros de comprimento. Além disso, havia uma outra mesa comprida, sobre uma plataforma elevada, posicionada horizontalmente em relação aos alunos, onde os Instrutores das Classes Marciais faziam suas refeições juntos.

Vários pratos já haviam sido dispostos sobre as mesas, formando um verdadeiro banquete para os estudantes do Primeiro Ano das Classes Marciais.

William e Kenneth trocaram olhares antes de escolherem uma mesa menos cheia. Sentaram-se perto da ponta e encheram alegremente seus pratos com carnes, frutas e outros pratos que pareciam deliciosos. William tinha voltado a comer carne, mas em quantidades bem menores.

Quando o almoço terminou, vários homens e mulheres adultos apareceram para limpar as mesas. Um dos instrutores mencionou que havia um anúncio importante reservado para todos logo após a refeição.

Por isso, nenhum dos alunos deixou o refeitório. Todos os olhares estavam voltados para um homem bonito de cabelos castanho-claros curtos e olhos verdes. Um arco estava preso às suas costas, então William presumiu que ele fazia parte de uma das classes avançadas da profissão de arqueiro.

“Boa tarde a todos,” disse o homem com um sorriso. “Meu nome é Andy e sou o instrutor das Classes de Caçador. Como o ano letivo está prestes a começar, vocês devem saber que precisamos de oficiais para liderar os alunos do primeiro ano.”

Algumas das crianças assentiram com a cabeça, pois já haviam sido informadas por suas famílias sobre isso. Outras olhavam para Andy com expressões determinadas, pois almejavam a posição prestigiosa que traria honra a seus nomes conforme avançassem nos anos da academia.

“Certo, estou falando da posição de Monitor-Chefe de toda a Turma de Calouros deste ano letivo,” disse Andy com um sorriso largo, seus olhos ferozes passando brevemente por William antes de se voltarem para os demais rostos ansiosos à sua frente.

“Naturalmente, essa posição carrega um poder considerável. Sendo assim, apenas aqueles com poder podem exercê-la,” explicou Andy com uma expressão séria.

“Uma batalha campal total será realizada na Floresta Encantada daqui a quatro dias. Aquele que permanecer de pé ao final se tornará o Monitor-Chefe, e todos terão o dever de obedecer às suas ordens. Fui claro?”

“”Sim!”” responderam os estudantes em uníssono.

“Muito bem, que vença o melhor homem ou mulher!” Andy ergueu o punho, e todos os alunos aplaudiram ao mesmo tempo.

A batalha sangrenta pela posição de Monitor-Chefe estava prestes a começar, e William ainda não tinha certeza se iria participar ou não.

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