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Release that Witch – Capítulo 842

Cavaleiro das Galinhas e Patos

Ah, a vida de Prius Dessau tem sido tão tranquila.

Foi como um sonho. De repente, ele havia parado de trabalhar para a família Alce. Seu impetuoso treinamento e habilidades de cavaleiro caíram no esquecimento. Sua barriga grande mal cabia em suas roupas de outrora. Em vez disso, ele havia comprado roupas chiques e folgadas e mantos de seda, que não apenas eram fáceis de vestir, como também lhe davam um visual nobre, embora Prius soubesse que a nobreza não existia mais no território de Sua Majestade.

Claro, seu passado como cavaleiro, que não era uma mentira, podia ser atestado pela armadura reluzente que estava pendurada na sala de estar. Ironicamente, quando ele ainda servia como cavaleiro na Família Alce, ele nunca havia gostado muito dessa armadura e até mesmo havia considerado vendê-la a um preço bem baixo para um ferreiro qualquer. Mas após servir a Sua Majestade, ele começou a sentir que essa armadura era bonita aos olhos. Um de seus passatempos preferidos hoje era pegar seu filhinho no colo e contar sobre suas “valentes e heroicas” histórias de combate.

Mas nessas histórias, Prius sempre evitava mencionar o nome do Duque Ryan, como se ele sempre tivesse sido um súdito leal de Roland Wimbledon.

Ao trabalhar na Prefeitura, a carreira dele havia subido de vento em popa. Aproveitando-se da oportunidade de quando a população da Cidade de Primavera Eterna crescia rapidamente, ele expandiu bastante a fazenda que criava patos e galinhas, tornando-a uma grande “fábrica de cocoricó e quáquáquá”. Isso mesmo, a fazenda que ele havia criado sozinho não perdia em nada para aquelas fábricas de peças e máquinas que espalhavam-se pela cidade. Após aprender o termo “fábrica” com Sua Majestade, ele imediatamente havia pendurado uma placa na entrada da fazenda com esse nome.

Atualmente, as fábricas estavam em todo lugar pela cidade, como cogumelos após a chuva. Era a palavra mais utilizada na Prefeitura. Naturalmente, ele não queria ser deixado para trás.

Afinal, ele tinha mais de cem empregados. Havia quase dez mil galinhas e patos que precisavam de bastante alimento todo dia, um número que ele nunca havia sonhado em alcançar. Quanto a ser chamado de “Cavaleiro das Galinhas e Patos”, ele não se importava, na verdade ele até gostava.

Agora que tudo estava no caminho certo, a vida de Prius havia ficado mais tranquila. Seu primeiro grupo de aprendizes havia adquirido habilidades como distinguir o gênero das aves domésticas (galinha, pato, etc.), alimentar na medida correta, separar os pintinhos, etc. Para completar, eles ainda conseguiam treinar outros aprendizes, o que dava a Prius bastante tempo livre. A Praga Aviária, a maior preocupação de todo criador de galinhas e patos, podia ser facilmente eliminada pela magia da bruxa Lily, portanto a escala dessa fábrica podia ser expandida o quanto ele desejasse. Agora, tudo o que restava para ele fazer era trabalhar nas estatísticas e planejamento, em seguida, o Ministério da Agricultura faria todo o resto.

Na verdade, a maioria dos outros cavaleiros, que haviam sido capturados com ele, também estavam se saindo muito bem, exceto alguns que eram muito teimosos para cooperar. O superior dele, Sirius Daly, por exemplo, um ex-cavaleiro da Família Lobo, havia se tornado um ministro e possuía grande prestígio.

Luz da Manhã, que havia sido promovido a professor do ensino médio, ganhava o mesmo salário de Prius. Mas durante uma pequena conversa que Prius teve com Ferlin Eltek, ele soube que o professor tinha outros planos em vez de continuar ensinando. Era difícil especular onde esse grande cavaleiro iria trabalhar, mas não devia ser um trabalho ruim.

Os outros cavaleiros, como Halon, Valsa, Kazan… eram professores ou também dirigiam um negócio. Prius frequentemente os visitava quando tinha tempo, para conversar sobre suas rotinas, trabalho e expectativas para o futuro. Mas nem todos estavam sinceramente convencidos por Sua Majestade. Por exemplo, Halon não estava satisfeito com a lei que proibia cavaleiros capturados de se juntarem ao exército. Assim sendo, durante as conversas, Halon sempre se mostrava desanimado. Prius não concordava com ele. Todo mundo sabia que as armas de fogo eram muito poderosas. Se Prius estivesse no lugar do Rei, ele nunca confiaria essas armas nas mãos dos cavaleiros derrotados.

Porém o que Prius estava de olho mesmo era na Cerimônia de Honra. A julgar pela ênfase que Sua Majestade colocava na agricultura, Prius sentia que cedo ou tarde ele estaria lá de pé na plataforma, sendo admirado e respeitado pelas pessoas em volta. Não só ele receberia uma medalha por Sua Majestade em pessoa, como também obteria um prêmio de cem moedas de ouro, o que era muito melhor do que o desejo sem sentido de Halon de se juntar ao exército.

No caminho para a Prefeitura, cantarolando, Prius se deparou com Sirius Daly, que o parou e disse:

— Ah, aqui está você. Sua Majestade te espera.

Prius engoliu em seco.

— O que aconteceu?

— O guarda que me passou o recado não falou. Ele só me pediu para falar com você.

— Entendi. — Prius fingiu estar calmo, embora seu coração batesse mais rápido que o olodum no dia que Michael Jackson visitou a favela (N/T: Brincadeirinha aqui). — A próxima Conferência de Mobilização da Agricultura não está tão longe. Será que Sua Majestade está pensando o mesmo que eu e quer me promover para incentivar os outros?

Cheio de expectativas, ele entrou no castelo. Sob a guia do guarda, ele se aproximou da porta do escritório de Sua Majestade, que ficava no segundo andar.

— Entre. — Uma voz familiar veio de dentro do escritório. — Faz um tempo que estou à sua espera.

— Oficial do Ministério da Agricultura, Prius Dessau, presta reverência a Vossa Majestade. — Assim que entrou no escritório, Prius se ajoelhou num só joelho e colocou a mão no peito, da mesma forma que um cavaleiro reverencia um rei. Mas devido à sua barriga grande, seus gestos já não possuíam a mesma graça do passado, e ele pareceu se desequilibrar enquanto se ajoelhava.

— Por favor, levante-se. — O Rei, sentado atrás de uma longa mesa, sorriu e disse. — O seu trabalho recentemente tem sido tão bom que até mesmo Barov não para de te elogiar, o que é raro. Portanto, eu tenho uma nova missão para você.

— Estou ao seu comando, Vossa Majestade. — Prius se levantou respeitosamente.

— Ouça atentamente… Esse é um segredo do mais alto sigilo. Até mesmo na Prefeitura poucas pessoas sabem. — Roland disse num tom de voz sério. — E é tão importante que envolve o desenvolvimento futuro da Cidade de Primavera Eterna. Assim que aceitar, você não pode dizer a ninguém, sem a minha permissão, o que viu ou ouviu. O motivo de eu ter escolhido você é porque você é o candidato mais adequado considerando que ninguém conseguiu fazer o que você fez, embora você não seja insubstituível. Se você fizer bem o trabalho, uma gorda compensação não será um problema. Eu quero sua resposta agora.

Prius ficou atônito. Ele não esperava que Sua Majestade fizesse tamanha proposta. O motivo de sua vinda aqui não tinha nada a ver com promoção ou medalha, mas sim com uma missão passada por Sua Majestade.

Ah, esqueça a “importância” ou a “gorda recompensa”… Isso tudo tem outro nome: “problema”. Envolver-se com os segredos do Rei é o mesmo que suicídio. — Subconscientemente, Prius queria recusar, mas ele engoliu as palavras que estavam na ponta da língua. — Espere um minuto. Quem você pensa que essa pessoa é? Ele é o Lorde da Cidade de Primavera Eterna, O Rei de Castelo Cinza. Quando o Rei quer que um oficial faça algo, ele precisa mesmo perguntar ao oficial antes? Claro que não! A não ser que o oficial seja louco e queira se rebelar. Um oficial inteligente aceitaria qualquer missão dada por Sua Majestade. Afinal, ninguém é louco de querer conhecer a fúria do Rei. O fato de Sua Majestade me perguntar e não me ordenar é por pura e irrestrita educação e consideração aos meus sentimentos, mas desde o início ele nunca me deu a chance de recusar. — Prius engoliu em seco. — Mesmo que ele esteja realmente me perguntando e não me ordenando, eu não acabei de falar que estava ao comando dele? Mas eu apenas expressei minha lealdade. Então o que eu faço? Digo que não quero ou que sou incapaz de fazer isso? Se eu fosse o Rei, suponho que não gostaria nada dessa resposta. Nesse caso, eu não apenas perderia a promoção, como também tudo o que consegui até aqui.

Ao pensar nisso, Prius quis dar um tapa no próprio rosto.

Após hesitar um pouco, ele, no final, soltou a seguinte resposta:

— Eu aceito a missão.

Ele não poderia se dar ao luxo de perder a posição que havia conseguido com tanto esforço. Ele já havia perdido a posição como cavaleiro, e se perdesse o cargo de superintendente da fábrica de galinhas e patos, ele não teria mais nada.

Nesse momento, a única coisa que o confortava eram as palavras do Rei que dizia que ele era o candidato mais adequado para a missão. — Pelo menos o Rei reconhece minhas qualidades.

— Muito bem. — Roland sorriu e sussurrou algo para o espaço vazio atrás de si. Em seguida, ele olhou para Prius e disse: — Siga-me até um lugar.

— Onde? — Prius perguntou imediatamente, nervoso e um pouco assustado.

— A Terceira Área Fronteiriça. — O Rei disse enquanto erguia uma sobrancelha. — Já ouviu falar desse lugar?


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Ilmar
Visitante
Ilmar
1 ano atrás

Acabou? Rapaz kkkk

foi tão bom que nem vi o tempo passar kk

Meus sinceros agradecimentos pelo trabalho de vocês por nós trazerem essa deliciosa história

Zeus
Visitante
Zeus
2 anos atrás

Mano, quero maissss

wellington vitor
Visitante
wellington vitor
2 anos atrás

VLW MUITO OBRIGADO POR TUDO ESPERO QUE TERMINE DE TRADUXIR O RESTO JA TEM 1400 CAP ESTOU ANCIOSO BJS ATE

Hugovisk
Visitante
Hugovisk
2 anos atrás

AAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah já acabou?

Rafael
Visitante
Rafael
2 anos atrás

Muito obrigado por fazer a tradução e adicionar tantas notas ricas de observações. Vou ficar acompanhando por aqui

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