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Second Life Ranker – Capítulo 63

A Torre (5)
— Parece que você é novo na Torre. O que te fez pensar que se safaria depois de ignorar nossos avisos? — No início, Yeon-woo franziu a testa em confusão. Afinal, não fazia ideia de quem eles eram, mas se cagou de rir assim que percebeu o que estava acontecendo. — Vocês devem ser membros do clã que está incomodando Henova.

Ele já estava se perguntando por que ninguém tinha aparecido ultimamente e por que os outros lojistas lhe vieram perguntar se estava bem. Yeon-woo estava ciente de que ninguém mais na Torre visitava a forja de Henova, mesmo sendo um dos cinco ferreiros mestres, por causa dos Oito Clãs.

Os Oito Clãs não se importavam com negócios fora dos andares superiores, mas tinha clãs sob sua proteção que tinham que se comportar com respeito para permanecer em seu favor. E parecia que parte desse comportamento respeitoso incluía arruinar os negócios de Henova. Ainda assim, parecia que não tinham nenhum conhecimento sobre Yeon-woo, porque as pessoas que estava enfrentando eram muito fracas.

— Você está rindo, seu arrombado? — Eles não sabiam o quão habilidoso Yeon-woo era, o que era outra indicação de que não eram dos Oito Clãs.

Yeon-woo não queria perder seu tempo em um assunto tão insignificante. — Não preciso de nenhum perrengue, então se mandem.

No entanto, a atitude do Yeon-woo só os provocou ainda mais. — Seu filho da…!

Um aviso foi suficiente. Um dos homens estava xingando Yeon-woo, mas se encolheu, porque percebeu que o homem que visitava Henova tinha desaparecido do nada.

Swish!

E, antes mesmo de poder olhar em volta, Yeon-woo já estava apunhalando sua coxa com a Baioneta Mágica.

Puck!

— Hugo! — Um dos homens caiu no chão enquanto o sangue jorrava de sua perna.

**TL/N: Hugo é a onomatopeia de vômito, no caso aqui, estão vomitando sangue.

— Seu filho da puta!

— Matem ele!

Os outros homens pularam no Yeon-woo ao mesmo tempo, gritando de raiva. No entanto, ele ajustou rapidamente o aperto na adaga e girou seu corpo. Em seguida, cortou o tendão de Aquiles de um homem e a coxa de outro, esfaqueou o estômago de mais um e, por último, perfurou o peito do último.

— Hugo!

O sangue espirrou no chão enquanto todos os quatro desabaram com o sangue espumando das bocas. Yeon-woo tentava evitar a violência o máximo possível, mas, assim que se envolvia numa briga, ele esmagava completamente seus inimigos para que não pensassem em retaliar depois. Era um hábito que criou durante suas missões.

Os homens jaziam em uma poça de sangue, incapazes de atacar novamente. — Desgraçado… do caralho… Hugo.

Yeon-woo enfiou a adaga no peito de um jogador, que estava se esforçando para contra-atacar, então ele caiu de costas, espumando pela boca. Yeon-woo limpou a Baioneta Mágica nas roupas do homem caído e a colocou de volta na cintura. — Vão procurar um curandeiro ou um clérigo, e aí talvez sobrevivam. Bem, isso se puderem. — Yeon-woo falou com um dos jogadores e se virou para ir embora.

Mas, naquele momento, um dos homens agarrou seu abdômen com as mãos e gritou para ele, enquanto seu rosto se contorcia — Como… Como você ousa nos tocar? Acha ainda que pode se safar com o que acabou de fazer? Você sabe quem está por trás da gente? Seu merdinha, você vai acabar igual aquele velho quando eles…!

Os olhos do Yeon-woo brilharam.

Swish! Puck!

— Kuuk! — Antes que o homem pudesse terminar de falar, Yeon-woo correu até ele e enfiou a adaga no peito. A lâmina esmagou suas costelas e penetrou até ficar a um triz do seu coração, de modo que ela penetraria se fosse enfiada só mais um pouquinho. O homem ficou ofegante e não conseguiu falar mais nada por um tempo devido à dor imensa, mas finalmente percebeu que existia algo mais assustador do que até a própria morte. A máscara branca apareceu diante dele; os olhos atrás dela brilhavam como um par de fogos-fátuos.

— Vai, repita. O quê? Henova?

O homem tentou fingir que não estava em pânico, embora todo o seu corpo estivesse tremendo de medo. Em seguida, chegou à conclusão que poderia ser capaz de viver se usasse Henova como uma maneira de ameaçar Yeon-woo. — Ei, aquele velho vai viver se nos deixar em paz!

Yeon-woo empurrou a baioneta para penetrar o coração do alvo, como se não valesse mais a pena ouvir. — O que vocês fizeram com Henova?

Outro homem olhou para Yeon-woo enquanto tremia. — E-Eu não posso contar…!

Então, Yeon-woo rapidamente cortou seu pescoço. Naquele momento, os demais perceberam que suas cabeças sairiam voando assim que hesitassem em responder.

— Vou ser bonzinho e repetir. O que vocês fizeram?

— N-Nós não fiz… Hugo! — O homem foi decapitado enquanto tentava mentir, já que os Olhos Dracônicos do Yeon-woo poderiam ver através da mentira.

Só restavam dois agora. — Uma boca é o suficiente. Quem falar primeiro vai viver.

— É-É que…

— Nosso chefe disse que nosso clã perderia prestígio se deixássemos Henova sozinho, então mandou outro grupo para destruir a forja dele!

Slash!

Yeon-woo rapidamente se livrou daquele que não respondeu a tempo. O único sobrevivente estava encharcado com o sangue dos colegas e se cagando de medo. Yeon-woo ignorou seu estado e falou friamente: — Mostre o caminho.

Yeon-woo franziu a testa depois de ver o que aconteceu com a forja de Henova. A loja inteira já tinha sido destruída pela metade, mas agora a porta estava em pedaços, e as armas e armaduras expostas nas prateleiras estavam todas quebradas, com seus pedaços espalhados pelo chão. Alguns artefatos também estavam faltando.

As pessoas das lojas vizinhas assistiam de longe, com medo de se envolverem e serem alvos do clã. Henova estava sentado no chão no meio da devastação, parecendo angustiado. Além disso, estava todo coberto de sujeira como se tivesse tentado resistir aos homens que destruíram a forja, e Yeon-woo viu marcas de sapatos e hematomas por todo o seu corpo.

Henova podia ser um ferreiro excelente, mas não era tão bom em luta, razão pela qual não conseguiu escalar a Torre, apesar de estar perto de Arthia.

— Henova.

— Ah… é você, garoto. — Henova estava olhando para o ar vagamente até que Yeon-woo chamou seu nome. Em seguida, falou com um tom despreocupado: — Sinto muito. Eles roubaram tudo que você deixou para trás, tudo que eu estava fazendo para você. Mas vou te compensar…

— E você? Está bem? — Quando Yeon-woo se aproximou dele e apenas verificou se tinha algum ferimento grave. As pálpebras de Henova se contraíram de surpresa. — Que alívio! Parece que você não tem nenhum ferimento grave. Mas vamos num médico ou num curandeiro próximo só no caso de ter algum dano interno. Você conhece alguém?

— Mas…

— Você pode deixar o resto comigo. Vou ficar aqui e resolver as coisas. Não se preocupe com este lugar e se cuide, por favor.

Henova não conseguiu falar. Olhos de Giges, o artefato que Yeon-woo fez uma comissão, era um dos melhores artefatos de toda a Torre, e ele estava na metade do caminho de produzir. E, ainda assim, Yeon-woo não fez nenhuma menção a isso, mesmo tendo perdido todos as matérias primas, especialmente as raras, como a glândula de veneno da Cobra de Akasha. Simplesmente, sorriu de um jeito tranquilizador, como se tudo fosse ficar bem.

Ele se virou e falou com um lojista vizinho, que estava à espreita fora da forja. — Preciso que leve Henova a um médico.

— M-Mas… — Ele parecia com medo de virar alvo dos clãs.

Os olhos do Yeon-woo ficaram frios. — Acho que você não tem medo de mim.

— VO-VOU AGORA, AGORA. — O lojista ficou pálido, correu para a forja e colocou Henova nas suas costas. O ferreiro olhou para Yeon-woo com nervosismo. — O que você vai fazer?

— Vou recuperar os itens perdidos. Não vou demorar muito.

Henova tentou dissuadi-lo, dizendo que seria perigoso. Os responsáveis já tinham cometido roubos muitas vezes antes e ele não foi a única vítima, visto que outros lugares já sofreram antes nas mãos deles. No entanto, nenhum dos lojistas poderia reclamar por causa da influência deles no Distrito Externo.

Eles pertenciam à Patrulha Noturna, um dos clãs mais poderosos que governavam o submundo do Distrito Externo. Também havia rumores de que estavam sendo apoiado pelo Dragão Vermelho, um dos Oito Clãs, então ninguém ousou fazer nada contra eles. Foi por isso que Henova não pediu ajuda aos outros lojistas, visto que só seriam punidos por suas boas ações.

Além disso, Henova considerou sua punição problemática por não interferir quando seu amigo estava em perigo. Ele queria parar Yeon-woo antes de ser ferido, mas ficou sem palavras quando olhou nos olhos dele. O olhar de determinação o lembrou de alguém que conhecia, um jovem brincalhão e bem-humorado que era exatamente o oposto da pessoa à sua frente. E, no entanto, não conseguia se livrar da ideia de que eles eram a mesma pessoa.

Yeon-woo afundou o pé no chão e correu, enquanto Henova só observou inexpressivamente seu amigo sumindo de vista.

— Nome.

— W-Willett.

Yeon-woo estava forçando o jogador capturado a revelar a localização da base. Os clãs do submundo geralmente mantinham seus esconderijos em segredo para se proteger das forças hostis, e, se Willett revelasse o local, ele seria marcado como um traidor e teria que se esconder do próprio clã pelo resto da vida. Só que um punho próximo era mais assustador do que uma espada distante. Em seu desejo de sobreviver, Willett revelou tudo imediatamente e até mesmo o levou ao esconderijo.

Eles pararam em frente a uma pousada de dois andares chamada “Onde o Vento Repousa”.

— Você é um homem morto se for o local errado.

— E-Eu sei. — Willett engoliu em seco. No caminho, reconsiderou várias vezes. “Devo levar ele para outro lugar? Mas vai me matar. E se eu for ao nosso esconderijo, o mestre do clã me matará.” No entanto, hesitou ao lembrar das mortes dos seus companheiros de equipe, afinal, ele não queria morrer assim. Além disso, sentiu um medo absoluto por causa dos olhos brilhando atrás da máscara. “Que caralhos de olhos são esses…?”

— Che-chegamos. — Yeon-woo olhou para o prédio que Willett estava apontando. Parecia uma pousada em ruínas onde apenas jogadores pobres ficavam. No entanto, conseguiu sentir várias armadilhas dentro, bem como jogadores à espreita dentro de compartimentos ocultos, quando examinou a pousada. “Este é o lugar certo. Posso sentir algumas coisas.”

— Vamos entrar.

— Mas… tá bom. — Willett não queria entrar, só que fechou os olhos e abriu a porta depois de ver os olhos do Yeon-woo. Ele até parecia uma vaca sendo arrastada para um matadouro.

— Hmm? Willett, por que você… — O interior da pousada estava muito escuro e cheio de fumaça de tabaco, o homem atrás do balcão inclinou a cabeça quando ele entrou e ficou chocado quando Yeon-woo saltou de trás do Willett. — Q-Quem… Hugo!

Yeon-woo agarrou o braço do homem e o partiu com uma torção. Foi só então que os outros perceberam que tinha um intruso.

— Merda!

— Willett! Seu traidor imundo! Como se atreve a nos trair?

Os faxineiros, os clientes comendo na área de jantar e até mesmo os hóspedes dormindo no quarto, todos correram para lutar contra o intruso.

— Eu não tive escolha… — Willett deu desculpas com uma voz trêmula, mas ninguém ouviu.

Yeon-woo jogou o homem, que estava segurando, na parede e avançou com ferocidade.

Preciso nocautear todos eles o mais rápido possível.”

Seus sentidos aguçados mapearam seus padrões de ataque.

Bang!

Yeon-woo não usou muita mana, mas foi o suficiente para subjugar os jogadores. Ele puxou o braço de um, que tentou atacá-lo de lado, e o torceu com força. Depois chutou e esmagou direto o queixo do outro homem, que alvejou as suas pernas.

— Puta merda! Como ele está fazendo tudo isso?

— É só uma pessoa! Ataquem todos de uma vez!

Os membros do clã surgiram quase que infinitamente, fazendo Yeon-woo se perguntar como tantos deles poderiam se esconder em um espaço tão apertado. Contudo, independentemente dos números, rapidamente os nocauteou um por um. Ele chutou as armas, esmagou as armaduras, cortou as carnes e quebrou os ossos dos oponentes, deixando jogadores feridos por onde passava.

— Ahh! Meu braço! Meu braço!

— Que desgraça! Aargh!

Yeon-woo torceu o ombro do homem que agarrou e o chutou no estômago.


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