Traduzido usando Inteligência Artificial
O interior do Santuário da Verdade era muito parecido com o do Castelo de Cinzas — uma mera imitação de uma estrutura real, em vez de uma verdadeira. Era uma única câmara vasta, mais modesta em tamanho que o salão cheio de fumaça da fortaleza em ruínas, mas ainda grande o suficiente para abrigar uma enorme Criatura do Pesadelo.
Claro, não havia Criaturas do Pesadelo lá no momento — apenas Sunny, Kai e Matadora.
O Santuário não era exatamente confortável, mas pelo menos não havia cinzas caindo sobre eles. A fumaça ficava contida no centro da grande câmara, então o resto do espaço estava limpo e até agradavelmente fresco.
Kai estudou seu abrigo temporário por alguns instantes, então suspirou.
“Honestamente, é um pouco pior que as casas que você tem construído. Você está ficando muito bom nisso.”
Sunny riu.
“Estou? Que bom ouvir isso.”
Ele balançou a cabeça.
“Passei a maior parte da minha vida sem lar, sabe. Então, no final, consegui uma casa que pode me seguir por aí… e comer meus inimigos…”
Deixou escapar um suspiro nostálgico.
“Quem diria que não poderia trazê-la comigo desta vez?”
Sunny balançou a cabeça novamente e se dirigiu à coluna de fumaça.
Além de seu formato e tamanho, o interior do Santuário da Verdade diferia do Castelo de Cinzas em dois aspectos. Primeiro, como este vulcão havia acabado de surgir, havia apenas uma fina camada de cinzas no chão. Segundo…
Sunny chegou ao poço circular que levava às profundezas do vulcão e parou, olhando para sua borda com uma expressão pensativa.
‘Sinto que eu estava certo.’
Em vez de um único pedestal, havia dois altares em frente ao poço.
Se a suspeita de Sunny estivesse correta, eles eram destinados às estatuetas de jade. Um altar permitiria trocar uma figura da Neve por uma verdade, enquanto o outro… o outro provavelmente permitiria sacrificá-la em troca de algum tipo de benefício, seja para si mesmo ou para seus guerreiros.
Ele ainda não decidiu como gastar seus troféus, porém. Primeiro, precisava descobrir a identidade da terceira abominação da Neve que enfrentariam em dois amanheceres.
“Vamos descansar um pouco.”
Kai comentou que o Santuário da Verdade não era tão confortável, mas nada impedia Sunny de torná-lo mais habitável. Ele materializou alguns móveis e se estirou em um sofá, sentindo-se um tanto satisfeito por este ser menos estranho que os anteriores.
Ainda não havia dormido dentro do Jogo de Ariel, e embora não houvesse real necessidade, Sunny ainda se sentiu caindo no sono. Provavelmente não haveria oportunidade para descansar depois, então ele poderia muito bem aproveitar esta última.
O sono não veio facilmente, porém, e logo Sunny se viu deitado ali, completamente acordado, atormentado por pensamentos indesejados. Por fim, suspirou e sentou-se.
Kai também estava acordado, olhando para a fumaça ondulante com uma expressão distante. Sunny esfregou os olhos, então encarou o arqueiro charmoso em silêncio.
“Algo está te incomodando, Sunny?”
Ele sorriu torto.
“Acho que sim.”
Sunny ficou em silêncio por alguns momentos, então disse:
“Você é uma pessoa curiosa. Sabe disso, né, Kai?”
O arqueiro charmoso ergueu uma sobrancelha e virou-se para olhá-lo.
“Eu? Na verdade, achei que era uma pessoa bem sem graça. Comparado aos meus companheiros, quero dizer.”
Sunny bufou.
“Ah, mas é exatamente isso que te torna curioso. O fato de você ser diferente do resto de nós.”
Kai permaneceu em silêncio, como se o convidasse a continuar. Sunny recostou-se no sofá e suspirou.
“Esta armadura que visto foi forjada por Nether, o Demônio do Destino (Destiny). Ele também é conhecido como o Demônio da Escolha. E aqui estamos nós, procurando por um fragmento do Demônio do Destino (Fate). Destino (Fate), destino (destiny), escolha… você pode não saber, mas todas essas coisas são de grande interesse para mim.”
Ele cruzou os braços.
“Antes eram poucas as pessoas, além dos descendentes de Legados, que podiam escolher se queriam ser infectadas pelo Feitiço do Pesadelo ou não. Eles eram forçados a enfrentar o Primeiro Pesadelo, e então, forçados a entrar no Reino dos Sonhos no solstício de inverno. Alguns sobreviveram, outros não. Porém, uma vez que os portadores do Feitiço Despertavam… aí, finalmente podiam escolher algo por si mesmos. Se queriam desafiar o Segundo Pesadelo ou não.”
Sunny sorriu sombriamente.
“Pelo menos em teoria. Na verdade, nenhum de nós teve uma escolha real nisso. Para Nephis, era o único jeito de sobreviver e voltar ao mundo desperto. Para Effie, era o único jeito de ganhar um corpo saudável. Para Cassie, era um passo necessário para consertar o que havia quebrado. Mordret era um espectro espelhado sem um vaso para chamar de seu. Jet tinha que continuar ficando mais forte para sobreviver ao seu Defeito. Quanto a mim… bem, eu não podia me permitir ficar para trás.”
Ele apontou para Kai.
“Então, realmente… de todos nós, só você teve essa escolha, Kai. Você poderia ter ficado Desperto e passado o resto da vida em segurança, vivendo confortavelmente. E ainda assim, você escolheu atender ao Chamado do Pesadelo. Então, fico curioso… por quê?”
Kai pareceu um tanto desconfortável. Ele hesitou por alguns instantes, então encolheu os ombros.
“Acho que… eu realmente tive o luxo de fazer mais escolhas que a maioria dos meus amigos. No começo, fiz exatamente o que você disse — fiquei seguro e vivi confortavelmente, fechando os olhos para as tristezas dos outros. Isso foi no Castelo Luminoso. Mas depois de escapar da Costa Esquecida, não quis mais viver assim.”
Ele sorriu.
“Alguém uma vez me disse — não lembro bem quem — que força era a única virtude, enquanto fraqueza era o único pecado. Pareceu convincente no início, mas depois mudei de ideia. Na verdade, ter força mas usá-la mal parecia um pecado muito maior que ser fraco. Já havia pecado sendo fraco, então depois de Despertar, não quis pecar de novo desperdiçando minha força. Então, escolhi responsabilidade. Também escolhi seguir meus amigos, que não tinham a mesma liberdade de escolha que eu.”
Sunny inclinou-se um pouco para frente.
“É exatamente isso. Você teve liberdade, mas a entregou em favor da responsabilidade.”
Seus olhos ficaram mais sombrios.
“Você nunca se arrepende? Não sente falta da liberdade que abandonou?”
Kai simplesmente riu.
Sua resposta final fez Sunny estremecer um pouco…
“Não. Nunca senti falta nem uma vez.”