Nenhuma das quatro mulheres estavam visíveis.
Luke não estava com pressa de seguir em frente. Ao invés disso, respirou fundo para determinar a localização delas.
Estavam descansando num casebre em um dos cantos do armazém.
Era possível ver o armazém da janela do casebre, mas a vista seria limitada.
Luke se aproximou sem pressa do carro pelas sombras do armazém.
O carro não estava longe do casebre, e as mulheres dentro poderiam ouvi-lo se fizesse algum barulho.
Felizmente, não tinham armas avançadas. É claro, não seria um problema para Luke mesmo que tivessem.
Luke parou perto do casebre e respirou fundo para localizar as quatro mulheres.
Duas estavam vendo TV, uma estava mexendo no celular e a última estava tomando banho. A fragrância do xampu flutuou quase como se fosse por vontade própria.
Luke sorriu e se aproximou do carro.
Movendo a lona preta de leve, Luke franziu atesta; farfalhou assim que tocou. Não admira que as mulheres não tivessem se incomodado em montar algum tipo de alarme.
Luke se agachou e observou o carro.
Descobriu que a lona de plástico realmente não cobria o carro todo, e havia uma lacuna de dez centímetros na parte traseira.
Luke deitou e colocou sorrateiramente um pequeno chip dentro do escapamento.
Então examinou o escapamento com uma pequena lanterna e um espelho.
O chip era da mesma cor do escapamento, e não seria descoberto a menos que observassem de perto.
Luke assentiu satisfeito e guardou a lanterna e o espelho.
Após instalar outra escuta numa das portas traseiras do carro, se levantou silenciosamente, pronto para partir.
De repente, ouviu o barulho da porta do banheiro abrindo na cabana e o som de uma voz feminina.
Luke ficou ansioso.
Ainda estava de pé atrás do carro.
A janela da cabana abriu. Sentindo o cheiro, soube que uma das mulheres havia colocado a cabeça para olhar do lado de fora.
Felizmente, ele se enfiou no vão sob o barraco antes dela abrir a janela, então não o viu.
Contudo, no momento seguinte, a porta da cabana abriu, e as três mulheres saíram.
Luke ficou sem palavras.
Agora estava num dilema.
Se saísse, a mulher que estava observando pela janela o pegaria.
Mas se ficasse, as outras três mulheres poderiam detectá-lo quando procurassem pelo local.
As três mulheres ligaram suas lanternas e examinaram o carro.
Circularam-no e prestaram atenção especial na traseira. No entanto, a lona de plástico parecia igual, e não encontraram nada fora do lugar.
A primeira mulher franziu a testa. Ainda estava molhada e sem roupa.
Nova York à noite em novembro era frio demais para ela.
Tremendo, olhou em volta com a lanterna e falou: — Não é nada. Eu provavelmente estava nervosa demais.
As outras mulheres não reclamaram. Nunca era ruim ser cuidadoso demais quando tinha tanto dinheiro no carro.
As três mulheres retornaram à cabana e fecharam a porta.
O volume da TV aumentou e voltaram a sua conversa.
Luke se sentiu bastante sortudo.
Finalmente relaxou as mãos e pés, e caiu no chão sem fazer um som.
Havia um pequeno espaço bloqueado por tábuas e tubos abaixo do barraco, usado principalmente para o propósito fixar a fiação do lugar.
Agora há pouco, havia se pendurado em um tubo no canto.
A lacuna só tinha trinta centímetros de largura, e alguém precisaria ser extremamente forte e ter um bom senso de equilíbrio para se esconder.
Também, era um ângulo cego que poderia escapar da detecção.
Quando a primeira mulher finalmente examinou a lacuna, Luke já estava bem ao lado dela.
Embora a luz fosse fraca, Luke tinha olhos atentos.
Desde que estavam próximos um do outro, ele quase a viu completamente nua.
A mulher que estava tomando banho era nada além da mulher eletrizante que deixou a impressão mais profunda em Luke.
Ela não estava usando nada além de uma toalha que mal cobria suas costas.
O que mais Luke poderia fazer além de prender a respiração e aproveitar o show?
Por acaso, ela foi a vasculhadora mais ativa. Circulou a área várias vezes, e seus seios balançaram sem restrição na frente dela. Água também pingou de seu cabelo molhado.
Luke só podia ficar em silêncio e assistir.
Foi realmente como um comercial de xampu!
Luke se acalmou e conseguiu tirar a excitação da cabeça, antes de ir embora lentamente.
Após sair pela janela, virou para a cabana e sorriu, antes de montar na sua bicicleta e ir embora.
Ouviu sons da garagem quando retornou ao apartamento.
Luke bateu na persiana e perguntou: — Ei, é você, Bell?
Bel respondeu: — Ah, você voltou, Luke. Entre.
Então, a persiana foi rolada para cima, e Luke entrou na garagem. Estalou a língua quando o táxi que havia sido desmontado: — O que aconteceu com seu bebê? Foi bombardeado?
Bell disse com frustração: — Não, sofreu um tsunami.
Notando a descrença no rosto de Luke, suspirou: — O carro deu um mergulho na água. Muitas partes precisam ser substituídas. Não sei se consigo terminar antes do seu trabalho.
Luke observou por um tempo e assentiu: — É realmente muito trabalho. Que tal isto? Posso ajudar por uma hora, e ajudarei de novo amanhã se eu tiver tempo. Vamos esperar que possamos reviver seu bebê até amanhã de noite.
Bell perguntou com suspeita: — Você sabe como reparar um carro?
Luke deu de ombros: — Um pouco. Além disso, você não é mecânica? Apenas me trate como seu ajudante.
Bell percebeu que fazia sentido e imediatamente começou a dar ordens.
Luke tinha as habilidades de Tony Stark agora e engenharia era uma delas.
Entretanto, este não se especializava em carros, qual no máximo era apenas um hobby. Assim, Luke apenas seguiu as instruções de Bell sem oferecer muito conselho.
Uma hora depois, eram duas da madrugada.
Luke bateu as mãos e falou: — Bell, é hora de ir para a cama.
Bell, todavia, ainda estava aparafusando a porca e disse: — Trabalharei um pouco mais. Não consigo dormir mesmo.
Luke balançou a cabeça: — Você não vai conseguir consertar o carro da noite para o dia. Você não dorme faz dias, né? Vá dormir e continue trabalhando amanhã de manhã.
Após isso, subiu as escadas e foi para cama.