Karen se recompôs após o choque e balançou rapidamente a cabeça: — Não, não. Os novos vizinhos também estão nos visitando. Eles estão na sala de estar.
Luke ficou atordoado por um momento: — Os novos vizinhos? Estamos interrompendo?
Karen balançou a cabeça de novo: — Não, entrem. Vocês podem se conhecer também.
De qualquer forma, vocês são como eles. Esta é a primeira vez que vocês vêm nos visitar após morar aqui por tanto tempo. Repreendendo-os em seu coração, a dona de casa os deixou entrar.
Selina entregou o bolo: — Desculpe vir sem avisar. Trouxemos bolo caseiro para você e o Jeff.
Karen aceitou com um sorriso e os três foram à sala de estar juntos.
Na sala de estar, Jeff se levantou para cumprimentá-los: — O que traz você aqui, Luke?
Luke respondeu com um sorriso: — Boa tarde, Jeff. Queria conversar com você, já que faz muito tempo. Aconteceu que saímos do trabalho mais cedo hoje, então viemos aqui. Estes dois são… — Seu olhar mudou para o casal, que estava ali.
Estendendo a mão, Jeff falou calorosamente para os dois, que permaneceram no sofá: — Deixe-me introduzir vocês. Estes são Luke e Selina. Eles são nossos vizinhos do cento e oito do lado oeste da vizinhança.
Ele então falou para Luke com um sorriso: — Este é o Tim e a Natalie. Eles são os novos vizinhos. Eles acabaram de comprar a casa da Meg.
O casal o cumprimentou e também apertou a mão de Selina antes de sentarem.
Interessantemente, Selina e o casal apertaram a mão esquerda.
Foi Luke que deliberadamente estendeu a mão direita primeiro, e como Tim era canhoto, parecia um pequeno erro. Luke simplesmente sorriu e trocou para a mão esquerda.
Na sala de estar, Tim e Natalie sentaram diante de Jeff e Karen, enquanto Luke e Selina estavam no sofá lateral.
Como dois detetives experientes, Luke e Selina ficaram à vontade e davam comentários casuais sem o menor indício de estranheza.
Jeff e Karen, por outro lado, estavam se esforçando para pensar em coisas do que conversar, e Luke e Selina conseguiam sentir como alguns tópicos eram estranhos.
Não era que Jeff e Karen fossem ruins de conversa… foi só que as pessoas com quem estavam conversando davam uma sensação de muita sofisticação.
Os dois novos vizinhos eram a mulher no vestido branco e seu marido. Pelo menos, foram assim que se introduziram.
Tim estava bem. Este homem de meia-idade usava roupas casuais. Embora bonito, não era exatamente deslumbrante.
Natalie, por outro lado, trocou de roupas.
A saia branca longa cobria suas pernas fascinantes, mas aqueles calcanhares deslumbrantes ainda estavam em exibição.
Ela também usava um blazer branco que não estava abotoado, revelando a camisa justa e decotada por baixo, bem como os dois montes magníficos sob sua camisa.
Luke olhou subconscientemente para Selina. Felizmente eles não estavam em desvantagem total. Pelo menos, os seios de Selina eram maiores.
Enquanto conversavam, Luke aprendeu que o casal tinha empregos extravagantes.
Tim era um escritor de viagens, embora se descrevesse mais comum aventureiro.
Natalie era uma blogueira de comida e seguiria seu marido de vez em quando pelo mundo para experimentar comida gourmet e então faria sua própria comida com um sabor local.
Estes empregos soavam muito mais impressionantes que designer de interiores e RH.
Quanto a Luke e Selina? Ainda se chamavam de freelancers.
Natalie perguntou mais: — É mesmo? Estamos no mesmo ramo?
Luke achou engraçado: — Não, não sou muito de cozinhar. Na verdade, sou melhor no jiu-jitsu brasileiro. Não é muito popular.
Natalie ficou atordoada por um momento: — Jiu-jitsu brasileiro? Acho que o Tim falou sobre isto antes. — Ela então deu uma olhada em seu marido com seu queixo e olhos charmosos.
Tim sorriu: — Estive no Brasil, mas nunca visitei um clube de jiu-jitsu. Hm, foi criado pelos japoneses?
Luke ergueu a sobrancelha e sorriu: — Se considerarmos a história, é provavelmente baseado em habilidades de combate da China Antiga.
Tim e Natalie: — …
Jeff e Karen: — …
Luke, com muita delicadeza, abandonou o assunto e falou a Jeff: — Que tal um churrasco em nossa casa esta noite? Foi ótimo da última vez.
Jeff assentiu e balançou imediatamente a cabeça: — Você pode estar ocupado demais para saber, mas a comunidade vai realizar um pequeno festival de bebida às seis, e será no nosso quintal. A maioria dos vizinhos vai comparecer. Bem, menos vocês dois, que não sabem.
Luke olhou para Selina.
Ela parecia intrigada: — Eu não recebi nada.
Jeff e Karen pareceram envergonhados, antes de Karen falar com franqueza: — Na verdade, queria avisar alguns dias atrás, mas a Meg… Meg falou que mal vê vocês dois, talvez porque são ocupados demais, então…
Luke e Selina entenderam.
Claramente, Meg estava com raiva por Selina não a respeitar e simplesmente recorreu a este tipo de mentira nojenta. Se Luke e Selina não tivessem vindo à casa de Jeff hoje, teriam perdido muitas reuniões da vizinhança, o que seria… fantástico. Porém, se fossem ou não, era com eles e o truque dissimulado de Meg foi irritante de verdade.
Luke sorriu: — Tudo bem, vamos ir. Tem algo que precisamos fazer? Temos que levar nossa bebida?
Jeff sorriu: — Não, não, não. Fornecerei bebidas para a festa. É artesanal e garanto que é ótima. Selina, seria possível trazer um ou dois pratos, ou alguma sobremesa? Como o bolo, isso seria ótimo.
Selina ficou sem palavras. Você quer que eu prepare alguns pratos? Que tal macarrão instantâneo? Posso até levar uma caixa.
Luke, porém, simplesmente assentiu com um sorriso: — Sem problemas. Voltaremos para nos preparar.
Natalie interferiu: — Essa festa parece divertida. Podemos ir também?
Jeff assentiu rapidamente: — É claro, vocês são parte da comunidade. De qualquer forma, a festa será no nosso quintal.
Vendo que iam conversar por mais um tempo, Luke se levantou: — Jeff, Karen, Selina precisa voltar para cozinhar. Já são quase cinco e podemos chegar tarde se não formos. Voltaremos depois.