POV CECILIA SEVER
O cheiro de fumaça acionou alarmes na minha mente e deixei cair o feixe de lã que estava manuseando antes de correr para a cozinha. Meu quadril bateu na mesinha e me virei tarde demais para pegar a lâmpada, que tombou de lado e se quebrou no chão irregular.
Soltando um suspiro, decidi limpar os cacos da lâmpada depois de tentar salvar o jantar e continuei em direção à pequena cozinha ao ar livre, onde uma panela borbulhava violentamente, soltando fumaça preta. Cuidadosamente enrolei a mão, afinal, já sabia bem como era segurar um cabo de ferro quente com as mãos nuas, e levantei a panela pesada do elemento de aquecimento solar, colocando-a na mesa. Os pés de ferro deixaram pequenas marcas pretas na superfície de madeira.
Mordendo o lábio para não suspirar de novo, peguei uma concha de madeira e mexi a sopa, esperando que não tivesse queimado muito, mas sabendo que teríamos que comê-la de qualquer jeito.
Mexi a sopa por mais um ou dois minutos para evitar que o ferro ainda quente a queimasse ainda mais, depois desenrolei minha mão e peguei a lâmpada rachada. Olhando-a com pesar, saí pela porta, mas parei no batente para me virar e olhar para a pequena casa.
— Lar… — falei, a palavra soando estranha em meus lábios. Nenhum outro lugar jamais havia se ajustado a essa palavra antes, mas a pequena cabana, bem fora da cidade, com sua energia caprichosa e problemas intermináveis de manutenção, parecia realmente um lar.
Sorri enquanto descia os três degraus de tijolos até o chão e marchava ao redor da parede externa da cabana por um caminho de cascalho gasto que era mais terra do que pedra.
A cabana dava vista para uma curva de um dos muitos rios artificiais que circundavam a cidade, seu fluxo constante de água fresca sendo fruto de bombas e comportas em vez de gravidade. Uma fina fileira de árvores perenes alinhava a margem do rio. Um cais desativado se projetava da borda de nossa propriedade na água corrente, mas nunca conseguimos obter a licença para um barco a remo para aproveitá-lo.
Entre mim e o rio, de joelhos na terra rochosa de onde tínhamos removido grama e ervas daninhas, estava Nico. Por um momento, vi-o não como ele era, mas como tinha sido; tanto o garoto que eu lembrava quanto a face sombria que usou naquela outra vida.
O pensamento me fez balançar a cabeça, tonta, como se tivesse levantado rápido demais e visto estrelas. Era difícil manter tudo em ordem. Ainda mais fácil era tentar não lembrar. Contudo, às vezes os pensamentos voltavam para mim, e eu não conseguia evitar pensar nisso. Eu tinha tido uma vida aqui na Terra, como o Legado. Aquela versão minha tinha vivido uma existência curta e torturada antes de ser apagada por minhas próprias ações.
Meus olhos se fecharam, e tive que tomar cuidado para não respirar rápido demais. Perigando afundar nas ondas das memórias que vinham em seguida, mordi minha bochecha com força e abri os olhos novamente, depois comecei a correr colina abaixo em direção a Nico. A visão daqueles outros Nicos tinha desaparecido. Ele era ele mesmo de novo. Embora seu cabelo ainda fosse escuro, seu rosto era suave e amável e seus olhos gentis. Apenas olhar para ele fazia minha ansiedade diminuir.
Ele olhou para cima. Havia uma mancha de terra escura, ou talvez fosse fertilizante, na ponta de seu nariz e em sua bochecha. Não pude evitar sorrir ao ver aquilo.
— É exatamente o que eu temia — disse ele, abrindo um sorriso em resposta ao meu. Quando olhou de volta para o chão, porém, a expressão desapareceu, sendo substituída por uma carranca pensativa. — Este solo é horrível. O rio aqui não está funcionando há tempo suficiente para irrigar de verdade a terra ao redor, além de ser muito rochoso. — Ele passou os dedos pela terra, mordendo o lábio. — Ainda assim, acho que conseguiremos fazer funcionar.
— O jantar está pronto — falei rigidamente. Sabia que ele não diria nada sobre estar queimado, mas não conseguia parar de pensar nisso. — A menos que… bem, poderíamos ir até a cidade? Comer algo bom? A sopa vai durar alguns dias.
Nico se levantou e limpou as mãos nas calças sujas.
— Você queimou, não é? — perguntou.
Soltei um gemido de desânimo.
— Não sei o que aconteceu. A panela estava no fogo e eu simplesmente me perdi… — lamentei.
— Eu sei — disse ele consoladoramente. De repente, ele estava bem na minha frente, e seus braços fortes me puxaram em sua direção sem esforço.
Pressionei meu rosto na curva do seu ombro e comecei a tremer.
— Eu sei — repetiu, passando a mão pelo meu longo cabelo castanho-acinzentado. O detalhe ficou preso na minha cabeça. Castanho acinzentado, não cinza prateado. — Está acontecendo comigo também — murmurou Nico, me abraçando mais forte. — Penso em algo e, quando percebo, uma hora se passou e não me mexi. Acho que… — Ele engoliu em seco, e suas mãos deslizaram pelos meus braços até seus dedos se entrelaçaram com os meus. — Acho que pode ser o que quer que Grey tenha feito.
O que quer que Grey tenha feito.
Forçando um sorriso brilhante, apertei as mãos dele e o puxei para longe do jardim degradado.
— Vamos, vamos para a cidade.
Ele me olhou com desconfiança.
— É seu único fim de semana de folga por mês, Cecilia. Você sabe que, se formos para a cidade…
— Prometo que não vou te arrastar para lá, tá bom? — Pisquei os olhos para ele, suplicante.
Rindo, ele me puxou até que seu braço estivesse passado sobre meus ombros, nossos dedos ainda entrelaçados.
— Melhor eu tomar um banho e vestir minhas roupas de sair, então.
Apoiei-me nele, com um sorriso brilhante.
Depois de prontos, tinha uma caminhada de vinte minutos até a estação de trem, onde podíamos pegar uma carona até o distrito de atividades. Conversamos sobre onde comer e se poderíamos comprar ingressos para um filme antigo no cinema retrô ou talvez até dar uma passada no escritório de licenciamento para uma permissão de carro ou barco, mas era só conversa. Ambos sabíamos que as finanças simplesmente não permitiam nada além da viagem de trem e um jantar econômico para dois.
Depois de embarcarmos no trem de levitação magnética e nos acomodarmos, ficamos em silêncio. Eu pude perceber que Nico estava se perdendo em alguma memória perturbadora pelo modo como seu sorriso vacilou e seus olhos desfocados se encheram de tristeza. Queria saber o que ele estava pensando, mas não queria interromper. Não, isso não era bem verdade. A verdade era que não queria compartilhar qualquer memória sombria que surgisse. Eu tinha minha própria cota desses momentos e memórias, e às vezes os cheiros de sangue e carne queimada engoliam tudo. Parecia covardia, mas eu não tinha forças para suportar parte do fardo de Nico.
Ainda assim, apertei sua mão e encostei minha cabeça em seu ombro, estando lá para ele quando voltasse.
— Há quanto tempo estamos aqui? — Ele perguntou de repente, sua bochecha encostando no topo da minha cabeça.
— O que você quer dizer?
— Aqui. — Ele gesticulou vagamente ao nosso redor. — Esta vida. Este mundo.
— Nico, nós estamos… — Interrompendo-me, afastei-me e coloquei uma perna no assento para poder me virar e encará-lo. — Nós dois nascemos neste mundo. Nos conhecemos desde que éramos crianças no orfanato. Nós… temos uma vida inteira de memórias juntos…
Ele assentiu distraído, seu foco ainda em outro lugar.
— Eu sei. Eu lembro de tudo, mas… não sinto que aconteceu comigo. Outras coisas, eu mal consigo lembrar, como minha infância em Alacrya — estremeci com a menção ao outro mundo —, mas isso ainda parece real. Aqui, minha memória de tudo o que aconteceu antes de comprarmos a propriedade e finalmente nos mudarmos juntos, o casamento, tudo… é tudo tão claro, mas parece…
— Como uma vida vivida por outra pessoa — concluí por ele, passando meus dedos por seu cabelo escuro.
Ele lançou um breve olhar para minha expressão, depois olhou para suas mãos inquietas em seu colo.
— Eu só queria entender o que aconteceu. Eu lembro da caverna, Agrona, eu… — Ele engoliu pesado e fechou os olhos. Sua respiração saiu em um tremor tenso. — Eu morri, Cecil.
— Não — falei de forma firme, agarrando suas mãos e puxando-as para o meu colo, forçando-o a se virar e encontrar meu olhar. — E mesmo que tenha morrido, não importa. Eu também morri, lembra? Tudo o que importa é que estamos aqui, juntos. Não há Legado, nem luta para ser reis, nem o peso esmagador do destino sobre nossos ombros. Podemos simplesmente viver. Juntos. Seja o que for que Grey fez, de alguma forma nos colocou aqui.
Um pequeno sorriso triste floresceu no rosto sério de Nico.
— Não acho que foi Grey. Bem, talvez o poder dele, mas não acho que ele escolheu esta vida para nós. — Quando o encarei sem entender, ele revirou os olhos. — Foi você. Esta vida, esta imagem na qual fomos colocados com todas essas memórias perfeitas, é exatamente do jeito que você sempre quis. Isso não pode ser coincidência. Tem que ter sido você.
— Eu não sei…
Uma parte de mim sabia que eu não tinha vivido todas as memórias que tinha dessa vida. Era uma nova reencarnação, mas em vez de sermos colocados em um novo corpo, que exigiria que tomássemos o controle de alguém, Grey de alguma forma nos colocou em nossas próprias vidas, nossos próprios corpos. Eu havia pesquisado eventos anteriores e confirmado que meu duelo com Grey ainda havia ocorrido e aquela versão de mim tinha morrido lá. Isso não tinha sido desfeito. Seu tempo como rei, as guerras que ele liderou, sua morte repentina e inesperada neste mundo, tudo estava como sempre fora.
Eu não entendia, mas o poder que usou nos escreveu na existência como se sempre estivéssemos aqui. Começamos exatamente onde eu imaginei: em uma pequena cabana à beira do rio, apenas pessoas normais vivendo da melhor forma que podiam. Sem Legado, sem mana, nem mesmo ki. Nós éramos apenas… comuns.
Perfeitamente comuns.
Houve um sinal sonoro e o trem de levitação magnética começou a desacelerar visivelmente. Dei um sobressalto ao perceber que estávamos sentados em silêncio há um bom tempo.
— Desculpe, eu…
— Eu sei — respondeu Nico, apertando minha perna em compreensão.
Descemos no distrito de atividades e caminhamos por várias ruas da cidade, onde nos sentamos silentes em um dos nossos restaurantes favoritos e desfrutamos de uma refeição simples, mas deliciosa… e que não estava queimada. Quando estávamos terminando, meu comunicador tocou, informando que alguém estava tentando me contactar. Tinha sido um luxo ser equipada com um dispositivo de comunicação móvel, mas com meu trabalho, parecia necessário.
Olhando com culpa para Nico, pressionei o botão na pulseira de controle para atender a chamada.
— Diretora, sinto muito incomodar você. — Minha assistente, Evie, disse imediatamente. Ela parecia aflita. — Aparentemente houve um problema com uma das contas, e há dois funcionários aqui do escritório da cidade.
— Na hora do jantar de um sábado? — perguntei incrédula, mas não esperei por uma resposta. — Por sorte, já estou na cidade. Posso chegar aí em vinte minutos.
Nico me observava atentamente, com a expressão cuidadosamente neutra. Ele não ficaria chateado com meu fracasso em cumprir minha promessa, mas sabia que me provocaria impiedosamente sobre isso.
— Muito obrigada, diretora — disse Evie, soltando um suspiro de alívio. Ouvi ela passar a informação aos funcionários.
— Vejo você em breve. — Desconectei a chamada e lancei a Nico meu melhor olhar de desculpas. — Desculpe, é algo oficial, tenho que…
Ele levantou uma mão para interromper o restante do meu pedido de desculpas desnecessário.
— Você sabe como me sinto sobre o que você faz. Aqueles garotos… todos no orfanato, são sortudos por terem você, e, para ser honesto, você precisa deles quase tanto quanto eles precisam de você. Você é a melhor diretora que poderiam ter.
— Exceto pela diretora Wilbeck — dissemos simultaneamente. Ainda estávamos rindo levemente enquanto pedíamos a conta.
Eles tão vivos e aparentemente bem, se indrath fazia o que fazia pra manter o equilíbrio e agrona por busca conhecimento os dois vão ter misericórdia do destino também🫤
Bom, acho que finalmente vou voltar a ler isso. Quando esse cap lançou e eu vi esses dois com esse final feliz eu broxei completamente e dropei por um tempo. Eu já tava insatisfeito com o desenrolar da história antes. Mas bom, vamo voltar. Mas sério, esses dois deveriam só ter caído em um limbo e desaparecido. Depois de tudo eles terem um final feliz assim sem mais nem menos é nauseante. Li esse cap com um gosto amargo na… Ler mais »
Não mereciam, mas ok
É… finalmente nos atuais
Tept e monotonia. Acho que de certa forma eles nunca vão escapar desse inferno pessoal
Que Ridículo. Se eles merecem perdão porque Agrona e Indrath não mereceriam também? Humanizar vilões já é uma bosta ainda mais sendo 2 genocidas… Enfim broxei de continuar lendo
TNC, essa puta ainda teve um final feliz depois de fazer tanta merda. Ridículo!
Forçar eles a terem uma espécie de redenção em um único capítulo é ridículo, ainda mais depois de fazer ela agir igual uma jamanta retardada por mais de 100 capítulos. Affs, um final que lembra a merda que foi o final de Naruto. Pelo menos lá tinha personagens empáticos, diferente da Cecília.
entao deu um happyending pra eles… só espero q n faça merda quando for a vez do prota.
sinceramente eles n mereciam isso, mas pelo lado positivo nunca mais vamos ver eles
Bem, acho que foi um bom final feliz para eles. No fim, sempre estarão traumatizados pelo que viveram e fizeram, nunca estarão totalmente em paz. Só passam de seres humanos normais agora, vivendo uma vida normal. Talvez, por tudo o que passaram em duas vidas, tenha sido um final justo. Melhor do que poderia ser, eu suponho.
olha, eu não vou reclamar, mas isso tudo não foi meio “fácil demais”? hm, gostei do cap
Eu ainda permaneço com a ideia de que seria muito melhor se de alguma forma eles tivessem essa mesma vida numa Dicathien pós guerra… Eles vão ficar pra sempre se lembrando do que aconteceu em Alacrya e Dicathien enquanto vivem no mesmo mundo que eles sofreram e morreram… Mas não vou mentir que eles voltarem pro MESMO mundo de forma literal é interessante, tudo que rolou com eles no passado rolou aí, só que dessa vez eles são expectadores.
Ótimo capítulo
Tmnc, chorando por causa desses dois fela da puta.
Não sei exatamente como me sentir sobre esse capítulo, mas acho que eles terem essa vida medíocre e pacata ao passo que estarão pra sempre sendo assombrados pelas suas ações é um bom fim pra eles. Sim, cabe melhor do que o vazio da morte…
Dia 11/05/2024 comecei minha jornada e dia 04/07/2024 terminei essa jornada. Agora será a agonia de acompanhar os capítulos semanalmente, mas pelo menos vou poder acompanhar o final dessa história em primeiro mão. E sobre o final da Cecília e Nico, eu gostei, foi um final “feliz”. Eles conseguiram a vida que sempre quiseram, mas não esqueceram que suas mãos estão manchadas de sangue e vão ser assombrados por seus passados até o fim. A verdadeira redenção está na morte,… Ler mais »
dia 17/05/2024 comecei e termino dia 15/07/2024
Comecei a ler em 2020, antes da pandemia, não sei quantos anos to esperando o semanal, faz pelo menos 3. Lembro que não tinha tradutores na novel assim, pra ler o lançamento teria que achar algum discord gringo q postava os links.
Estou no capítulo 340, alguém sabe me dizer se a Tessia tem seu corpo separado da Cecília por favor? Só preciso saber disso
Teve. Acontece no cap anterior a esse
Ainda não dá pra saber se ela sobreviveu mas provavelmente sim
Se sabe sim,você leu o último cap com a bunda
Se até o Nico e a Cecília tiveram um final feliz, eu espero que o destino do menino Art seja no mínimo brilhante
O autor voltaria com o volume 12 no dia 5 de julho, porém acabou de fazer um anúncio dizendo que só vai voltar com primeiro cap do volume 12 no dia 19 de julho…
Mas ele lançou um capítulo extra hoje(28/06) que se chama Asuras & lances, e vai lançar mais 1 cap extra dia 12 de julho.
Mas a continuação mesmo com o 12° volume só volta dia 19
onde eu posso ler esse cap extra?
Sempre tive a curiosidade de onde vocês acham essas informações de quando ele volta, de quando ele não vai postar capítulo e essas coisas
Geralmente, no perfil oficial de TBATE no instagram (@tbateoffcial) ou no perfil do TurtleMe (@turtleme03) ou Patreon dele.
Nada a comentar, vou só esperar ansiosamente pela próxima temporada
Tbm
Você sabe quando lança?
Quando é o proximo cap?
Cecília e Nico conseguiram o que queriam, a vida perfeita que sonharam, mas perceberam que o remorso do que fizeram jamais os deixariam em paz, e só conseguiram por misericórdia, não por mérito, como já bem disseram, não é um final feliz, é apenas um final, e nada mais resta a ser contado sobre esses dois, que vivam sua miserável vida “perfeita”, comum e medíocre, afinal derramam muito sangue por esse final.
Que comentário excelente!
Bom capítulo. Longe de ser justo, pois a Cecília e o Nico não mereciam, mas vai de encontro com o que o Arthur acreditava. Ele se sentia um pouco culpado por ter matado a Cecília na outra vida e por não ter ajudado eles quando lhe procuraram.
Apesar da Cecília ser uma imbecil e merecer morrer pela sua burrice, foi uma boa vilã.
Vai muito de encontro na verdade Arthur não sentia que eles mereciam o mal, mas também sabia que eles não mereciam o bem O final dos dois foi literalmente só um final, simples e sem nenhuma glorificação Não foi mau ou bom foi só o fim E da pra ver que eles se sentem culpados pela vida deles em dicathen, mas não tem como mudar o passado, eles vão conviver com essa culpa enquanto vivem a vida que sempre quiseram,… Ler mais »
Mas temo que será um final épico e triste.
Fazem altas merdas e fica por isso msm… Legal.
Há redenção para vilões? Dificíl dizer, mas, vamos lá! Nos últimos capítulos, havia comentando fortemente sobre o final destes personagens, e havia dito que o final “seco” do vol. 11 funcionou muito bem à proposta dos personagens. Porém, aparentemente, aqueles não eram os finais “reais”, logo, vamos extender minha análise: Este capítulo me trouxe uma nova perspectiva sobre Grey/Arthur, ele não matou Cecília e Nico por ódio ou qualquer outro sentimento, ele apenas seguiu o conselho de Sylvia e Dir.… Ler mais »
Teu comentário salvou minha opinião desse cap, deveriam colocar ele no final da obra kkkk
concordo com quase tudo que voce falou, menos a parte de essa ser o ultimo capitulo, eu gostaria de ver uma side history, que nem o 8.5 do que o grey fez naquele mundo, ia ser legar, nada muito grande apenas um overview da parada. Mas nao ficaria triste se esse for o ultimo capitulo.
Verdade! É uma ideia realmente legal, eu particularmente SUPER apoiaria ver várias sidestories como o 8.5, eu queria muito ver algumas sidestories sobre as famílias reais de Eleanor e Sapin na época em que os Asuras surgiram, algumas histórias dos Djinns, a cosmocognia (o mundo mágico de TBATE) tem vários assuntos e temas interessantes para explorar, realmente pode ser bem interessante se virmos isso ganhar vida em alguns volumes extras.
O Arthur decidindo não matar eles ou usá-los como sua própria peça visto que os dois agiram contra Agrona me faz relembrar da cena do Arthur tentando convencer o Aldir a não ficar na dimensão de Éter para ser uma “arma” de dicathen, o que Aldir recusa pois seria fazer o mesmo que ele fez ficando ao lado de Kezess por tantos anos. Que protagonista incrível! Falho, mas que aprende com tudo que a vida lhe entrega.
isso me lembrou da frase que Tessia soltou para Cecília nas clareiras das bestas onde ela dizia “Se você conseguir o que quer no final, não sera por vitória e sim por misericórdia”. Cecília conseguiu o que queria mas isso foi produto da boa vontade de uma pessoa que ela tentou matar mais de uma vez(algumas vezes até na covardia atacando o Arthur indefeso). Cecília mesmo sendo o legado e tendo um poder infinito, ela é incapaz, incapaz de alcançar… Ler mais »
Só discordo do fato de Cecília ser incapaz de alcançar seus objetivos por conta própria. Ela não entrou na academia por algum desejo de seguir uma carreira militar, ela não entrou na competição pela posição de rei/rainha na sua outra vida por vontade própria, ela não lutou por alacrya por vontade própria, mesmo se você considerar o fato dela ter lutado por agrona sob a promessa dele retornar ela pra terra, o objetivo dela era retornar pra antiga realidade dela,… Ler mais »
Realmente, tá longe de ser um final feliz. O tanto de pesadelo que esses dois vão ter por culpa pelo o que fizeram no outro mundo, do meu ponto de vista, me parece mais uma punição você viver uma vida dada por misericórdia à você tendo em vista todo o mau que você causou. Como viver uma vida cheia de remorso e arrependimento.
Seu comentário, reflete tudo que turtle queria nos mostrar. Ps obrigado.
Se eu fosse turtle aproveitava que eles estão aí e usava em um POV mostrando como Grey morreu. E no final de algum jeito mostrando eles indo até (sem ele saner obviamente) e se despedindo dele e cuidando do corpo dele em um enterro ou algo do tipo. Agradecendo de verdade, poderia até mostrar uma filha do relacionamento dos dois. Seria interessante, mataria a curiosidade da morte de Grey e ainda poderia aumentar a redenção com uma filha do casal
Mas aí tu tá considerando que o tempo parou enquanto eles viviam anos em suas reencarnações, enquanto esse capítulo deu a entender o exato aposto, que nesse momento eles estão anos após o morte do Arthur como rei. Sobre a morte dele, o prólogo deixou subentendido que não foi nada especial, sempre assumi ter sido uma morte súbita ou algo do tipo
Tu sabe das coisas caras, comecei a ver os comentários, cheios de gente xingando e não sei o que lá mais, e eu não tinha visto nada disso, até que cheguei nesse texto seu, exatamente o que pensei, fico feliz de não ser o único. Muito bom
Como sempre, falando bonito e indo de encontro com o que eu penso. Agora quero ver o desenvolvimento da maturidade da tessia.
Cara ainda vou ler se comentário mas minha sincera opinião é ninguém leu o último cap com atenção foi falado que o Arthur tava mandando eles pra outra vida e não matando eles além disso a mensagem que o autor sempre quis passar é eles são só crianças diferente do Arthur que viveu uma vida inteira a Cecília morreu sendo uma adolescente que passou a maior parte da vida em cárcere e o nico não muito distante disso( não tô… Ler mais »
Achei bem interessante, é como se quando Grey usou o destino para manda-los para a terra de volta, os desejos internos do futuro perfeito que Cecilia desejou foi o responsável para guiar esse evento, diretora Wilbeck top, acho que vai ter mais coisas nessa historinha deles, mas se não tiver tá bom . Enquanto o Nico e a Cecilia se divertem no paraíso e tendo ferrado a vida do Grey. o Grey nem descabelar o palhaço consegue. Cara, eu acredito… Ler mais »
Cara eu sinceramente n sei nem oq dizer, eles simplesmente ignoraram o fato de tudo q o Grey teve q passar por culpa do egoísmo deles e viveram essa vida sem questionar nada, apenas viveram sem ligar pro sofrimento ou oq o Grey possa estar passando mtos podem achar diferente mais eu n acredito q eles mereçam viver n dessa forma
acho que ninguém acredita que eles mereçam mas é aquele tema: misericórdia. Cecília teve o que queria mas não foi por vitória e conquista dela mesma, conseguiu uma vida feliz por misericórdia de alguém mais sensato do que ela.
Rla nunca mereçeu isso msmo ela sabendo q foi o Grey ela fingiu n saber, foi a msma coisa de qndo ela recuperou as memórias dela se matando ela mentiu pro Nico e só causou problemas pro Grey.
Bom capítulo. Não foi oque eu esperava para eles, mas ainda assim foi um bom capítulo. Vai que eles voltam para Dicathen, seria muita engraçado kkkk
Voltar pra lá é pra traumatizar
Os gringos odiaram esse epílogo, não consigo entender isso, é um ódio muito além do normal. Esses dois fizeram merda? Fizeram, mas são apenas pessoas, simples assim, pra mim, essa redenção foi excelente, ainda mais Cecília sendo diretora do orfanato onde os três se encontraram na infância.
Cara n tem como n ter ódio acumulado em meu ponto de vista e de mtos leitores creio eu eles n mereçiam essa nova vida e mesmo tendo recebido eles ignoraram o fato de tudo q o Grey sofreu por causa deles mesmo o Grey n tendo sido a fonte real do problema e sim a ceçilia e seu egoísmo o ponto q mais chateia é eles ignorarem tudo e viver sem nem ligar mto pro Grey ou sequer serem… Ler mais »
Não concordo com eles, mas entendo eles.
Vc n entender alguém n conseguir ser sangue frio ou simplesmente não se importar e perdoar de certa forma quem quem lhe fez mal é o msm que eu n conseguir entender pessoas que apanham de um lado e oferecem o outro lado.(Esse final, n me refiro que vc é assim, só quis fazer uma comparação.)
Eu não entendi o que você quis dizer
Isso não é redenção, eles só estão tentando fugir da culpa não tentando pensar nela, eles causaram um massacre e literalmente quase destruíram um universo inteiro por puro egoísmo pra simplesmente ter seus desejos realizados, tomara que o autor faça mais capítulos com eles remoendo seu passado e percebendo o quão merda eles foram. Enfim preferia que eles tivessem morrido percebendo que eles mereciam isso
Tinha q ter morrido e só
Cara, não sei qual o público que lê isso, mas vejo na maioria desses comentários que possuem esse ódio aos dois, que são provavelmente adolescentes ou crianças mais imaturas, tenho a impressão que a fantasia de uma criança “se tornando um deus”. Tenha subido a cabeça deles, mais até que o próprio Arthur. Não se preocupe com eles, eles ainda possuem a ideia infantil de certo e errado absolutos
Não, eles já são adultos, na vida passada deles eles tinham uns 20 e poucos anos e juntando com com os vintes dessa (considerando que eles tem mais ou menos a idade do Arthur atual 20 e alguma coisa) eles teriam uns 40 anos de experiência por aí, eles já sabiam que o que estavam fazendo era errado, em vários capítulos ele admitiam isso com a Cecília mesmo falando que não se importava se esse mundo queimasse contanto que ela… Ler mais »
bem, o legado é algo muito peculiar e favorável, provavelmente não sumirá (o poder do legado) e talvez a tessia comece a usar saporra também. Provavelmente os auras vão se sentir inseguros, sei lá, essa obra tem muito o que rolar
Como assim Epílogo?
Cap extra pra mostrar o que aconteceu com eles
absolute cinema
E lá vamos nós…
….
Pensava que estava no inferno os dois nem pra assumir as merdas que fizeram.
Kkkkkkkk
Pser ne…. tem esse seu ponto tbm…
e eu pensando que eles estavam batendo papo com o capeta
Kkkkk
Né, eu tava pensando que ia mostrar eles em um churrasco com o tinhoso assando a carne