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The Divine Hunter – Capítulo 132

Conseguindo uma Montaria

O tempo estava limpo e o sol caloroso afastava todas as sombras que cobriam Ellander há alguns meses.

Numa rua tão animada, dois bruxos seguiram em direção ao mercado de animais ao leste da cidade para comprarem um par de cavalos adequados.

Depois de terem resolvido os problemas do palácio um atrás do outro, o príncipe, que raramente era generoso, deu 400 coroas aos bruxos como recompensa, o que incluía uma taxa de confidencialidade. Com isso, suas bolsas de dinheiro, que estavam vazias,  novamente se encontravam recheadas.

Roy não estava comprando um cavalo para viajar. Ele queria tentar usar sua nova habilidade: Montar.

De acordo com a descrição da habilidade, podia montar vários animais, como: leões, tigres, ursos, tubarões e baleias; ou monstros, como os cockatrices, dracolizards, grifos, sereias, archasas ou até mesmo dragões reais. Voar pelos céus, correr pelo chão ou nadar pelos rios ou oceanos era possível, bastava domar uma montaria.

Mas primeiro, é difícil encontrar esses monstros. Segundo, quanto mais poderosa e rara uma criatura é, mais difícil seria domá-la. Então, para experimentar essa habilidade, ele decidiu pegar um cavalo comum, que era facilmente avaliável. 

Uma montaria poderia ser liberta a qualquer momento, então haveria várias oportunidades no futuro para que domasse uma do tipo raro.

***

Ambos se espremeram através do mercado que tinha o odor fétido de vários animais juntos; cheio com “muu” das vacas, “mééé” das ovelhas e “oinc” dos porcos até o fundo dos estábulos. 

Eles encontraram um vendedor de cavalos que vestia um lenço na cabeça, um curto e marrom casaco, e longas botas. Os cumprimentando, o rapaz de rosto moreno mostrou um sorriso brilhante, como o clima ensolarado à fora. Comparado com civis, mercadores tratavam os bruxos bem, diferente da forma como tratavam os mais pobres.

“Dois visitantes distintos vieram até aqui…” o vendedor esticou a mão e disse: “Eu, Defu, juro em meu nome que vocês não vão encontrar cavalos melhores nesta cidade do que aqui. O preço é baixo e acessível… Claro, pra alguns, pode ser caro também. Quanto mais da moeda tiver, melhor será a qualidade. Não importa o quê, você sairá satisfeito com o que pagou pra ter!”

Os bruxos olharam ao redor. O estábulo não era nem tão grande, nem tão pequeno. Tinha por volta de trinta cavalos. “De onde você consegue seus cavalos?”

“A maioria é dos arredores de Aedim. Tem alguns que vem de Burfod, no Sul, e Dol Blathanna, no Leste. Eles estão bem alimentados e saudáveis. Nunca ficaram doentes desde o dia que os peguei! Em termos de resistência e velocidade, são muito melhores que outros do mesmo tipo.”

“Eles já foram castrados?” Letho perguntou.

“A maioria deles são castrados. Como cavalos não castrados têm problemas de temperamento e se distraem facilmente com cavalos fêmeas, a maioria dos compradores não têm paciência para se acostumar aos caprichos deles.”

Letho assentiu. Com sua experiência, ele sabia como identificar um bom cavalo. “Muito bem… vamos escolher nossos cavalos, e perguntaremos a você o preço depois.”

“Você parece ter experiência com isso, então se sinta livre para escolher qual quiser!” O vendedor de cavalos sorriu educadamente e pegou um balde junto a um pano, indo ao outro lado do estábulo para então começar a esfregar o corpo de uma égua branca.

“Roy, você está de olho em que cavalo? Vermelho, preto, cinza ou branco?” O bruxo encheu sua mão com a grama de um barril fora do estábulo e deu a um cavalo preto, deixando-o sentir o cheiro dela. Então, enquanto a criatura a mastigava, Letho tentou acariciar seu pescoço com a outra mão.

Em resposta a isso, o cavalo balançou sua cabeça e mostrou os dentes, tentando mordê-lo; o que era suficiente para que o homem imediatamente puxasse sua mão de volta por um momento, voltando a repetir a ação até que o animal o aceitasse. A partir desse momento, em vez de negação, ele inclinou sua cabeça e permitiu que lhe fossem dadas tais carícias.

“Preto, cinza ou marrom.” Roy olhou ao redor dos estábulos. Ele não planejava escolher cavalos com muito pêlo, não era o seu estilo; e enfatizou: “mas não quero um capado”.

Você é da organização de proteção aos animais?” Letho zombou com uma expressão desdenhosa. “Novatos que nem mesmo podem montar num cavalo não deveriam escolher, castrado ou não. Você entenderá isso depois do seu não castrado ficar louco e te derrubar, fazendo você quebrar uma ou as duas pernas.”

“Escute meu aviso e escolha um castrado…” Letho disse, esfregando o pescoço do cavalo e ombros, antes de acariciar o seu nariz. “Esse aqui não é ruim. Vai obedecer às suas ordens e não vai fugir de perigos, e abandoná-lo. Bem adequado para um novato.”

Roy olhou para o cavalo preto e balançou a cabeça. “Treze anos… ele é muito velho. Só vai correr bem por mais uns dois anos no máximo.”

Letho estava surpreso, pois não sabia que Roy sabia muito sobre cavalos.

“Um velho conhece muito bem as estradas, sabe? Olhe para os músculos desenvolvidos do seu torso e do casco. Mesmo com essa idade, ainda está em forma o suficiente. Acho que ele pode durar mais uns cinco anos. E esse tipo, cheio de experiência, é perfeito para novatos, como você. Aliás, o preço nem é tão alto assim.

“Esquece… vou dar uma volta.”

Roy olhou ao redor, ignorando o aviso de Letho. Ele olhou para uns vinte cavalos de cor e estruturas diferentes, e finalmente encontrou um que poderia corresponder às suas expectativas. 

Cavalo

  • Idade: 3 anos.
  • Gênero: masculino.
  • Vida: 60
  • Força: 8
  • Destreza: 8
  • Constituição: 5
  • Percepção: 4
  • Determinação: 4.5
  • Charme: 5
  • Espírito:  5

***

O animal que Roy havia escolhido era um cavalo de cor marrom que tinha um metro e meio de altura. Seu pelo era brilhante e macio, havendo uma mancha branca em sua cabeça, o que parecia impressionante. A coisa mais importante era que não estava castrado, fazendo seu físico e agilidade serem os melhores entre as dezenas de cavalos. Os outros, especialmente aqueles que estavam capados, obviamente eram mais fracos e tinham uma baixa resistência.

O bruxo imitou o que Letho tinha feito para domar o cavalo, enchendo sua mão esquerda com a macia grama do barril e a apontando para o equino marrom. Seus olhos dourados escuros olharam em direção aos olhos negros do animal, tentando transmitir bondade, lentamente andou para frente. Esse método não parecia estar funcionando.

Conforme o jovem homem se aproximava dele, o cavalo imediatamente levantou a cabeça e bufou ansioso, balançando-a e recuando para as profundezas do estábulo.

Olhando isso, Roy abriu seus braços e deu um passo para trás.

“Bom rapaz… façamos isso fácil… não vou te machucar… vou te tirar dessa cela e você será livre em um ou dois anos.”

“Garoto, você deixou ele nervoso.” Letho, que olhava à distância, deu atenção para essa cena e balançou a cabeça, lembrando-o: “não se incline demais e tome cuidado para não ser chutado. Ele pode quebrar seus ossos e isso atrasaria nossa viagem. Honestamente, deveria mudar para um mais dócil. Pegue um castrado.”

“Tenho um método único para domar ele, então não se preocupe, só espere.” Roy disse para Letho.

Domar um cavalo feroz lhe daria um senso único de realização… 

Se Roy fosse uma pessoa qualquer, de fato, não conseguiria domar esse ‘menino teimoso’, mas ele não era.

Em um instante, usou <Montar no Cavalo> à sua frente, e uma mensagem numa tela repentinamente apareceu:

O alvo não pode ser domado ou vinculado como uma montaria.

“Quer domá-lo?”

“Pode fazer isso com dois métodos:”

“Domação natural: após um longo tempo treinando, o alimentando e cavalgando, você ganha sua confiança e obediência. Um alto nível de carisma irá acelerar o processo. Depois de ter sucesso, a montaria ficará próxima de você, confiará em você e o tratará como um amigo, parente ou…”

“Domação forçada: quando sua determinação é equivalente ou duas vezes maior que a do alvo, você pode usá-la para fazê-lo obediente a você. Quanto maior sua determinação for em relação a do alvo, menos tempo este processo levará.”

“Durante o processo, o alvo deve estar consciente e próximo de você.”

“Ao domá-lo forçadamente, o alvo pode sentir medo e correr ou lançar um ataque em você.”

“Após o sucesso, ele irá respeitá-lo, amá-lo, ser obediente e o tratar como seu mestre.”

***

Dos dois métodos de domesticação, o natural deve ser usado por quem tem Carisma como seu status principal. Para quem tem Determinação, como Roy, deve escolher o segundo.

Entretanto, o alvo resistiria, o que significa que se fosse fazer isso com um grifo ou um dragão, precisaria estar preparado para suportar suas garras e sopros aterrorizantes.

A menos que…

Domação forçada requer que o alvo esteja consciente, mas não significa que ele precisa estar “Saudável”. Se estivessem fracos para resistir, não iriam machucá-lo. Roy ficou animado ao descobrir uma solução para domar os monstros que virão.

Ele olhou ao redor e tentou “montar”  em Letho. Sem surpresa, o bruxo não podia ser domado ou montado.

Certo, humanos também estão dentro dos parâmetros.

Um vínculo com alguém da sua própria espécie não era tão forte como os de outras, e era quase impossível domar um humano com o método natural. Mas e se uma pessoa natural fosse amarrada e submetida ou forçada, o efeito seria melhor do que com um monstro?

Roy planejou tentar isso mais tarde.

“Garoto, o que você está pensando?” Letho percebeu o seu olhar estranho, cruzando seus braços acima do peito, suas pupilas se tornaram âmbar conforme observava Roy.

“Encontrei um bom cavalo… Quanto acha que ele vale?” Ele mudou rapidamente de assunto.

O bruxo olhou a figura muscular do cavalo marrom e seus esbeltos membros, assentindo: “O pagamento que Hereward deu é o suficiente para comprá-lo, mas tem certeza que quer escolher um cavalo que não foi castrado? Ele pode ficar agitado e te machucar. Não me culpe depois, pois já te avisei.”

“Vou ficar com esse, e você?”

“Vou pegar aquele preto.”

Depois de um tempo, a dupla chamou o vendedor para completar a transação. Também compraram uma pilha de milho, grama e caules que foram cortados e esmagados como ração; assim, gastaram toda a recompensa do duque.

Após retornar à pousada, quando não tinha ninguém por perto, Roy foi até o cavalo marrom no estábulo. Depois de ter sido vendido, aparentava ser mais dócil. Parecia até que entendia que o dono havia mudado.

Roy acariciou o pescoço do animal.

Minha determinação é 8.5, e ela deve ser o dobro do alvo para que eu possa domá-lo, o que significa que preciso aumentá-la para 9. Felizmente, tenho mais um ponto de atributo que ainda não distribuí.

Dito isso, Determinação estava sendo um atributo muito útil. Podia ser usada para domesticar animais de estimação, afetar o poder do Massacre, ajudou a sobreviver a dor e desespero do Teste das Ervas, os efeitos de estado mental anormais…

“Determinação: 8.5”

“Usar pontos de atributo em Determinação?”

“Sim.”

“Determinação: 8.5→9.5”

Roy fechou os olhos e sentiu um calor dentro de seu corpo quando sua Determinação aumentou. Pode não ter sentido nenhuma mudança física, mas o cavalo marrom ao seu lado balançou a cabeça de forma desconfortável. 

Alterar esse atributo afeta os meus arredores?

Ele acariciou sua cabeça com a mão direita e repentinamente ativou a domação forçada.

Por um momento, o cavalo parecia ter visto seu inimigo natural e a coisa que mais temia. Suas pernas perderam a energia e colapsaram, levando os joelhos ao chão. Seu esbelto corpo tremia, mas não ousava gritar. A coisa que mais temia estava refletida em seu par de olhos negros: uma figura humana com tentáculos sangrentos entrelaçados ao redor do seu corpo. Isso durou por mais alguns minutos até que tudo voltasse ao normal.

“O alvo foi domesticado… Quer vinculá-lo como uma montaria?”

“Sim.”

O animal tremeu, antes de abaixar sua cabeça, ele se levantou, lambendo a palma da mão do homem à sua frente. Sua cauda peluda esvoaçava levemente.

Roy claramente sentia a emoção no coração do cavalo marrom — admiração e rendição, incapaz de resistir a qualquer um de seus comandos. Agora ele tinha um subordinado com o qual poderia se comunicar através de sua alma. Então, sem falar, ele tentou dar comandos mentais.

Sente-se! Levante! Dê a volta em círculos! Relinche!

Ele fez tudo, um atrás do outro, obedientemente.

 “Muito bom, garoto!” O jovem bruxo sorriu em satisfação. Domação forçada realmente era eficiente e poupava tempo. “A partir de hoje, você será um comigo. E não se preocupe, quando encontrar um substituto, você será livre! Agora, você precisa de um nome digno e elegante… Acho tá na moda um nome  como Wilt…”

Em linguagem antiga , significava apontar a um lugar ou localização distante. Queria dizer que ele seguiria o bruxo em uma jornada.

Wiltt relinchou alegremente e respeitosamente se curvou.


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