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The Divine Hunter – Capítulo 34

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O céu estava nublado nesse dia. Roy agarrou o pescoço branco e esguio do ganso com uma mão, enquanto a outra segurava uma lâmina fina e afiada. Colocou ela sobre a artéria do ganso e a cortou. O sangue jorrava, enchendo o balde de madeira ao seu lado. Ele suspirou e olhou para os seus status de personagem.

    • Roy
    • Idade: Treze anos e dez meses
    • Estado: Civil
    • HP:50
    • Força:5
    • Destreza:5.1
    • Constituição:5
    • Percepção:7
    • Vontade:4.8
    • Carisma:5
    • Espírito:6

Habilidades:

    • Massacre Nível 3: Qualquer inimigo atacante dentro do alcance de 30 centímetros terá 10% de probabilidade de ser assustado. Se a vontade deles for inferior à sua, eles perderão o controle dos seus corpos. O efeito dura de oito à nove segundos, no máximo. Há um aumento de 10% no dano contra dez tipos de criaturas.
    • Maestria de Besta Nível 1: …
    • Meditação Nível 1: …
    • Nível pessoal: 2 (700/1000)
    • Outros: Não descobertos.
    • Espaço de inventário: 1 metro cúbico.

 Roy esteve trabalhando no mercado há meio mês. Como trabalhava apenas de manhã, matava vinte galinhas, patos ou gansos todos os dias. O número enorme de mortes fez com que o Massacre atingisse o nível três. O trabalho árduo compensa. Acho que passar por aquele fedor não foi em vão, ele também conseguiu fazer 300 de EXP e vinte e cinco coroas.

 As frutas Berbercane e Blowballs que esteve consumindo perderam todo o efeito, como as suas estatísticas mais fracas – Força e Constituição – tinham atingido cinco. Estava no nível de um adulto médio, e isso afetou ele fisicamente. Ele era duas polegadas mais alto do que em Kaehr. A altura de Roy era de 1,68 metros.

N/T: duas polegadas é algo em torno de 5,08 centímetros.

 Roy não perderia para nenhum adulto em Força ou Constituição. As suas características estavam começando a ficar um pouco mais esculpidas, parecendo mais com as de um jovem adulto do que com as de um menino. Assim que o ganso parou de sangrar, colocou ele num balde de água fervente antes de depená-lo e estripa-lo. Era meio dia quando ele terminou. Roy abaixou a faca, tirou o avental, se limpou e acordou o Ruhr de sua soneca antes de partir para a Casa de Cardell.

 

 Quando Roy viu Vivien no pátio, ela estava suando, e ele entregou-a um saco de ervas.

 Vivien aceitou, mas ela parecia confusa. “O que é isso, Roy?”

 “Madressilva, é um tipo de erva. Basta colocá-la na água e tomar todos os dias. Ajuda muito com as senhoras. Sabe que eu trabalho para o Tross, então consegui-las é fácil”.

 “Por que me deu isso do nada?”

 “Como agradecimento, você tem cuidado de mim e me ajudado muito. Seria negligente da minha parte não pagar a minha dívida”, respondeu Roy.

 Vivien ficou em silêncio depois de ouvir essa resposta. “Ouça, Roy. Não precisa me dar isso, não foi por isso que eu te ajudei”.

 “Entendo, mas qual o seu motivo então?”, ele perguntou. “Vivien, eu ando pensando, por que você se preocupa tanto comigo? Está me ajudando com a revisão, bem como uma irmã faria”.

 Vivien respirou fundo e esfregou seu cabelo vermelho-vinho. A melancolia enchendo seus olhos enquanto ela respondia calmamente. “E-Eu tenho um irmão, e você me dá a mesma sensação que ele, por isso eu vejo ele em você às vezes”.

 Roy ficou surpreendido ao ouvir isso. Ele nunca tinha visto o irmão de Vivien na escola, e ninguém falava dele. Ele está… Ele está morto? Vivien não parece ter muita certeza da sua condição.

 “Quantos anos ele tem agora? Ele já frequentou essa escola?” Roy perguntou.

 Em vez de lhe responder, Vivien olhou para o relógio do lado de fora da porta e mudou de assunto. “Está quase na hora, deveríamos ir para a sala de aula agora”.

 “Tudo bem então”. Como Vivien estava relutante em contar os detalhes, Roy não vai se intrometer mais, mas o seu interesse foi despertado, e ele queria descobrir a história por trás disso. Estranhamente, Vivien não pediu a ele para ficar nessa noite. Talvez ela tenha se lembrado de uma memória triste por causa da conversa deles.

 

 A noite estava escura, mas o armazém ao lado do moinho de água foi iluminado pela luz de velas. Um garoto e uma garota se sentaram nos palheiros à sua volta, sussurrando.

 “Memorizou as palavras que te ensinei ontem?”

 “Sim”. A garota coçou o nariz, sentindo-se tensa. Os seus olhos brilhavam com apreensão, mas também excitação.

 “Ótimo, então vamos com o normal. Escreva as palavras ‘Pão’, ‘Peixe’, ‘Batata’ e ‘Manhã’”.

 A garota olhou fixamente e arrastou o palheiro para longe. Depois ela segurou um pedaço de carvão surrado na sua mão calejada. Usando isso como um lápis, desenhou no chão irregular as palavras tortas.

 “Nada mal”, disse Roy, elogiando ao verificar a sua ortografia. “É uma garota inteligente, Toya. Mais que o esperado da maioria das pessoas, especialmente aqueles pequenos bastardos que te intimidam. Aqueles idiotas não têm o direito de rir de você, eles são apenas lixo”.

Toya corou depois de ser elogiada. “Eu… Bem, você tem sido um bom professor. É tudo graças a você”.

 “Levante a cabeça, Toya. Seja mais confiante”.

 Toya inflou seu peito depois de ouvir o encorajamento. As suas costas corcundas fizeram-na parecer bizarra, mas mesmo assim, ela sorriu, mesmo sendo difícil – já se passaram anos desde que ela havia feito isso.

 Roy fez uma pausa por um momento. “Será que aqueles pequenos bastardos ainda vêm te incomodar?”

 “Não”.

 “Lembre-se do que eu te disse. Derrube-os com a sua vassoura da próxima vez que eles vierem te pegar. Não fique apenas apanhando, isso vai torná-los mais corajosos. Se não consegue vencer eles sozinha, eu vou te ajudar quando eu voltar. Vamos dar a eles uma lição”.

 Roy se sentou mais perto dela enquanto dava os seus conselhos, e os seus ombros se tocando. Toya se acostumou ao contato físico após quase duas semanas convivendo com ele. Ela não reagiu tão severamente quanto antes.

 “Vamos pôr de lado as palavras hoje e vamos aprender algo novo”.

 Roy afastou o palheiro e escreveu as palavras ‘Temeria’, ‘Gors Velen’, ‘Ilha de Thanedd’, e ‘Aretuza’ no chão.

 “Roy, quem desenhou um pentagrama na sua manga esquerda? E está pela metade”. Toya estava interessada.

 Roy olhou para o pentagrama inacabado desenhado com carvão vegetal, e pensou no assunto. “Não me lembro”. Ele não conseguia pensar em ninguém que o fizesse, por mais que tentasse. “Provavelmente algum menino atrevido da Casa de Cardell. Provavelmente fez enquanto eu não estava olhando. Vamos falar de Temeria, é uma nação no norte de Aedrin. A única coisa entre Aldersberg e Aedrin é a montanha de Mahakam. Toya, alguma vez já pensou em viajar para outra nação?”

 “E-Eu posso fazer isso?” Ela tremeu, os seus olhos cheios de terror, mas também com desejo. Ela abanou a cabeça. “Não. Já se passaram anos desde que eu deixei o moinho, Temeria está muito longe para mim. Tenho que alimentar as galinhas, regar as flores, varrer o chão e terminar muitas tarefas todos os dias. Hank e Mana não me deixam sair”.

 “Só imagine”. Roy rodou o seu dedo ao lado da cabeça. “Eles não conseguem ler a sua mente”.

 Os olhos de Toya brilharam.


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