Switch Mode
Participe do nosso grupo no Telegram https://t.me/+hWBjSu3JuOE2NDQx
Considere fazer uma Doação e contribua para que o site permaneça ativo, acesse a Página de Doação.

The Divine Hunter – Capítulo 59

Chamas

 Os passos pesados ​​deixaram pegadas profundas na neve. Letho jogou a neve e as folhas de pinheiro em seu ombro para longe e olhou para os pardais que voaram com medo. “Quanto falta para chegarmos lá?”

 O anão ofegou e foi até Letho com o rosto vermelho. “Cerca de meia hora. Encontramos o corpo sob o pinheiro mais antigo, e ele está bem na nossa frente.” Kaerwen olhou em volta nervosamente. “Você tem certeza que é o suficiente com apenas nós dois? Por que não pegamos mais pessoas?”

 “Não. Isso bagunçaria tudo. Agora me fale sobre a vítima.”

 “Me dê um minuto. Você está indo muito rápido. Como aquele menino acompanhou você?” Kaerwen colocou as mãos nos joelhos e descansou um pouco. Ele não era tão severo quando tinha apenas Letho por perto. Na verdade, o anão o tratou com respeito. “A vítima atendia pelo nome de Adrian. Ele tinha oitenta anos, trabalhou como mineiro e teve um filho e uma filha nas montanhas.” Ele parou por um momento. “As outras vítimas eram mineiros como Adrian. Eles foram mortos no caminho de volta do trabalho.”

 Letho fez a casca da árvore ao lado dele farfalhar. “Bom trabalho mantendo sigilo. As pessoas em Svanthor pensaram que o Leshy reivindicou apenas quatro humanos.”

 Kaerwen sorriu amargamente. “Nós não temos escolha. Eles não vão mais trabalhar se souberem que até os anões estão sendo mortos. As minas sofreriam grandes perdas. Temos que esconder, ou haverá histeria em massa. Mas isso não vai durar nesse ritmo.”

 “Bando de sanguessugas.” Letho balançou a cabeça. “E quem disse aos aldeões que fantasmas fizeram isso?”

 “Não tenho ideia, mas honestamente, eu preferia que fossem fantasmas. Pelo menos os são mais fáceis de lidar.”

 Eles cruzaram a montanha e a entrada da floresta estava começando a desaparecer atrás deles. “Letho, você está com pena daqueles aldeões?” Letho não respondeu e Kaerwen continuou. “Pelo que eu sei, os bruxos são fortemente discriminados na sociedade humana. Eles veem vocês como monstros, não importa quantos monstros reais vocês matem por eles, ou quantas vidas vocês salvem. Você não passa de um cãozinho de estimação para eles.” O anão enfatizou a última frase e rapidamente olhou para o bruxo, mas para sua decepção, ele não mostrou nenhuma mudança na expressão.

 “Desembucha. Eu sei que você está tentando me dizer algo.”

 “Muito bem então.” Kaerwen encolheu os ombros e apressou-se. “Acho que vocês bruxos são como nós. Somos diferentes desses humanos. Você é um errante há muito tempo, aceitando pedidos para ganhar a vida. Você nunca pensou em se estabelecer? “

 “E me estabelecer onde?”

 “Monte Carbon é um bom lugar.” Kaerwen deu um suspiro e disse o que pensava: “Você achará nossa oferta irresistível. Suas habilidades e conhecimento por si só são de grande valor.”

 “Você está tentando me recrutar?” Letho parou em seu caminho e se virou para olhar Kaerwen nos olhos. “Mahakam e Monte Carbon são muito chatos para mim. Gosto de alguma emoção na minha vida. E eu tenho que terminar uma missão, então não posso ficar muito tempo.” Então o bruxo continuou entrando pela floresta.

 Kaerwen ficou furioso por ter sido rejeitado, mas se acalmou rapidamente. “Vamos conversar sobre a situação então. Você tem alguma ideia de como resolver isso?”

 No momento em que ele disse isso, Letho parou. Ele olhou para Kaerwen e colocou o dedo nos lábios, e então se agachou como um leopardo. Eles caminharam um quilômetro e meio floresta adentro, e os pinheiros estavam começando a ficar mais densos ao redor deles, mas estava assustadoramente silencioso. Nem mesmo o gorjeio de um pássaro ou o uivo do vento podiam ser ouvidos. Era como se eles estivessem em um cemitério, e calafrios percorreram suas espinhas.

 Kaerwen segurou seu martelo. Ele tinha a sensação de que os pinheiros ao redor deles haviam se transformado em humanos rígidos que os encaravam. As mãos do anão tremiam, mas sua moral ainda estava alta.

 Letho desarrolhou uma poção com a boca e engoliu tudo. As veias em suas bochechas escureceram e seus músculos ficaram tensos, não muito diferente de uma besta que estava caçando sua presa. “Cuide das minhas costas e eu cuido das suas”, o bruxo rosnou, e ele e Kaerwen se aproximaram.

 Letho traçou um triângulo no ar e uma luz verde fraca brilhou ao redor do triângulo, para grande choque de Kaerwen. E então um círculo mágico com um raio de seis metros apareceu no solo coberto de neve. Um momento depois, um escudo amarelo claro cercou-o. Ao mesmo tempo, uivos perfuraram o ar ao redor deles e incontáveis ​​lobos surgiram entre as árvores.

 Sua pele era cinza, seus olhos verdes. A névoa girou em torno de seus focinhos, e eles se agacharam, uivando enquanto se aproximavam da dupla.

 “Grande Mahakam, o que está acontecendo? Nunca tivemos tanto azar em nossas investigações anteriores.”

 “É porque agora ele nos vê como uma ameaça.” Letho desembainhou sua espada de aço ao invés de suas espadas curtas. A espada que estava coberta de óleo brilhava ameaçadoramente acima do chão coberto de neve. O bruxo a segurou próxima a cintura, os músculos tensos. Ele apontou a lâmina para os lobos, parecendo alguém que estava indo para batalha. Os lobos uivaram e o homem zombou: “Venha para mim. Tenho certeza que seu mestre ficará satisfeito.”

 Enfurecida, a matilha de lobos se lançou sobre ele, mas eles pisaram direto na armadilha de Yrden, e uma luz verde brilhou. Os lobos capturados tiveram seus movimentos mais lentos. Eles congelaram no ar e perderam um pouco de agilidade.

 Kaerwen golpeou o lobo que saltou sobre ele, encharcando o chão com sangue, e o lobo se transformou em meleca. “Ah, é!” Kaerwen rugiu e se lançou para frente, seu martelo balançando no ar, fazendo com que as feras que o atacavam voassem de volta.

 Letho lutou de forma diferente. Ele se agachou, sua espada de aço ao lado de sua cintura. Ele colocou o pé esquerdo para a frente e o direito para trás. Ele estava pronto para lutar e, na primeira chance de ataque, dispararia à frente. Quando um lobo se lançou sobre ele, ele cortou para cima, enterrando a lâmina no corpo do lobo. E então ele cortou para baixo antes de dar outro passo, cortando um segundo lobo ao meio, espalhando suas entranhas.

 Ele moveu seu pulso, desalojando a carne que estava presa em sua espada, e então ele voltou para seu círculo mágico, retomando sua posição. Seu plano era se livrar dos lobos com nada além de facadas e cortes. Cada vez que Letho fazia um ataque, outro animal caía, como se fosse levado por um ceifador. Eles nem conseguiram chegar perto, e os cadáveres já estavam se acumulando. O sangue respingado no rosto do bruxo o fez parecer mais selvagem.

 Não demorou muito para eles matarem cinco lobos, mas em comparação com as centenas de feras ao redor deles, não era nada. A morte de seus irmãos enfureceu as feras restantes, e seus ataques tornaram-se mais rápidos, quase esmagando a dupla.

 “Merda. Nem mesmo a adega tem tantos ratos.” O cabelo de Kaerwen ondulou e ele balançou o martelo novamente, fazendo com que outro voasse. Ele deu um suspiro e deu um passo apressado para trás, mas um dos lobos percebeu a abertura e tentou morder a perna esquerda do anão. Mas antes que pudesse, Letho o esfaqueou.

 “Ainda consegue acompanhar, meu chapa?”

 “Estou bem. Se preocupe com você mesmo.” Kaerwen agarrou seu martelo com as mãos trêmulas e quebrou outro lobo como uma noz.

 Letho examinou o campo de batalha. Muito bem, há cerca de vinte ou trinta deles aqui. Eles conseguiram reduzir para o número que ele queria, assim ele jogou frasco de seu cinto no meio da matilha.

 Então, a bomba explodiu a seis metros deles, o som das explosões rugiu pela floresta, as chamas engolfando dezenas de lobos. O ar ao redor deles estava cheio de uivos e cheiro de carne queimada, enquanto o chão estava encharcado de sangue. Mais da metade dos lobos ao redor deles foram mortos apenas pela explosão, e cadáveres carbonizados caíram na neve. Alguns conseguiram sobreviver, mas correram de volta para sua matilha, com o pelo ainda queimando.

 “Santo Mahakam, foi um bombardeio perfeito!” Kaerwen elogiou, esquecendo-se do perigo, mas não foi o fim.

 Letho se virou e desenhou um sinal de Aard no ar, enviando os lobos que estavam pulando em sua direção de volta pelos ares, criando um espaço entre eles e os lobos. Então ele jogou outra bomba, mas em vez de explodir instantaneamente, o frasco se despedaçou e a fumaça branca envolveu rapidamente trinta feras.

 Ele puxou Kaerwen para mais perto de si antes de cravar sua espada no chão e rapidamente fazer um sinal, e depois o empurrando para fora. Um momento depois, as chamas se espalharam em um cone, acendendo a fumaça. O gás que cobria as feras começou a explodir, causando uma reação em cadeia, e então uivos e estrondos viajaram pela floresta de pinheiros.

 Alguns momentos depois, os uivos ficaram mais baixos, pois a maioria dos lobos havia sido morta. Os sobreviventes restantes fugiram com o rabo entre as pernas. Metade dos lobos estava morta, enquanto alguns estavam à beira da morte. Apenas um estava parado em meio à carnificina. Quando ele teve certeza de que eles estavam seguros, Letho interrompeu seu sinal de Quen, quebrando seu escudo.


Comentários

5 1 voto
Avalie!
Se Inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários

Opções

Não funciona com o modo escuro
Resetar