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The Divine Hunter – Capítulo 74

Veneno e Mutagênico

A condição de Letho de repente piorou. Ele ainda estava se recuperando das numerosas quantidades de poções que tomou na batalha contra o Leshy, e as feridas que sofreu ainda estavam cicatrizando. A dura batalha anterior exigiu muito dele, e a combinação disso com o veneno dos nekkers fez sua condição piorar. Ele se encostou na parede, parecendo mais apático do que nunca. Gastaria todas suas forças apenas para se levantar, sem muita escolha, teve que ficar sentado.

 Roy se sentiu culpado ao ver Letho naquele estado. Ele não estaria em uma condição tão ruim se Roy fosse um pouco mais forte.

 “Eu não posso lutar nestas condições.” Letho suspirou. Ele nunca se sentiu tão fraco nos últimos anos, e agora ele estava mostrando esse lado para seu discípulo. Pela primeira vez, ele parecia cabisbaixo.

 “Descanse e não se force além do necessário. Acabamos de limpar uma horda inteira de nekkers. Eles também precisam de tempo para se reagrupar, então não acho que atacarão tão cedo”, disse Roy, consolando-o. Ao mesmo tempo, ele tirou um pouco de comida e água de seu espaço de inventário, compartilhando uma refeição com o bruxo entre a pilha de cadáveres. Então ele cuidou das feridas de Letho com álcool e poções de calêndula.

 Letho observou-o em silêncio, sentindo-se orgulhoso de seu discípulo. Pode ser que Roy estivesse pensando que estava evoluindo muito devagar, mas o bruxo não pensava assim. Não fazia mais que três meses desde que eles se conheceram, mas o garoto já havia crescido de um caipira da aldeia para um guerreiro que enfrentou de frente mais de um tipo de monstro. Ele era capaz de enfrentar eles, e até mesmo um Leshy encontrou a morte por suas mãos. Claro, a sorte pode ter desempenhado seu papel, mas ainda era um currículo surpreendente.

 Letho nunca tinha visto uma melhora tão grande antes, nem mesmo do melhor discípulo dos tempos do bruxo. No momento em que teve esse pensamento, o homem teve ainda mais esperanças em relação a conseguir reerguer a Escola da Víbora.

 “Até pode ser verdade, mas isso não é motivo para baixar a guarda. Olhe ao seu redor e veja se você consegue pegar algumas ervas de longrube, acônitos ou confreis. Essas ervas também podem crescer em cavernas. Não temos nenhum ingrediente de alquimia conosco, então não vamos conseguir fazer poções, decocções ou bombas, mas podemos fazer um veneno simples. Um que pode foder com esses merdinhas.”

 “Que tipo de veneno é esse?” Roy olhou para Letho com curiosidade. “Você nunca me disse que podia fazer veneno.”

 “Eu sou da Escola Víbora. É óbvio que eu saberia como fazer veneno.” Letho balançou a cabeça. “Mas a maioria dos monstros é imune a veneno, então não fazem muita diferença. Apenas foque na alquimia por enquanto.” O bruxo parecia reservado sobre venenos, como se não quisesse que Roy se envolvesse com isso.

 Roy assentiu, fingindo concordar, mas teve uma ideia diferente. O veneno pode ser inútil contra monstros, mas são ótimos contra humanos. Esse conhecimento pode ser útil. Ele deu a volta na caverna e conseguiu pegar um monte de ervas. Uau, nesta caverna tem de tudo. Roy conseguiu tudo o que Letho pediu uma hora depois, encontrou também algumas ainda mais raras que não podiam ser encontradas com facilidade fora de cavernas, como musgo de sangue e milefólio. Ele pegou um pouco de tudo e guardou para uso futuro.

 “O veneno paralisante funciona bem contra eles. Primeiro, esmague confrei, depois extraia os sucos da erva de Longrube e depois…” A caverna estava iluminada pelas tochas, e Letho, com a ajuda de Roy, preparou um veneno paralisante, aquele que era a marca registrada da Escola da Víbora.

 Ingerir ou injetar através de uma ferida aberta poderia anestesiar o membro e os nervos de um monstro, paralisando-os. Era muito melhor do que o pó do açougueiro podia fazer. Eles trabalharam juntos e rapidamente processaram todas as ervas. Então Roy tirou uma tigela de seu estoque e misturou os materiais em uma proporção específica. Ao mesmo tempo, Letho estava lhe ensinando as habilidades envolvidas na fabricação do veneno.

 Eventualmente, Roy se sentiu realizado com o veneno que estava fazendo. Era uma excitação diferente daquela que ele sentiu com na matança dos monstros. Demorou um pouco, mas, eventualmente, eles conseguiram fazer uma tigela de pasta verde-escura fedorenta. “Ficou meio grosseiro, pois não temos ferramentas, mas pode funcionar.” Letho verificou a pasta e a colocou do seu lado. “Agora, para a última etapa, é só esperar seis horas.” Mas eles não podiam perder seis horas parados. “Você tem mais espaço nesse seu bolso dimensional?”

 “Não é um bolso dimensional.” Roy parou de corrigi-lo. “Sim, tem muito espaço.” Seu espaço de inventário dobrou após sua mudança de profissão. Até antes disso estava lotado, mas agora, ele tinha metade vazio.

 “Muito Bom. Esses cadáveres no chão podem até ser feios, mas não são lixo, pode ter certeza.” Letho examinou os cadáveres e entregou Gwyhyr a Roy para que ele pudesse cortar a cabeça de um nekker. Então o bruxo calmamente fatiou a cabeça com sua espada curta e remexeu o interior pegajoso. Roy sentiu nojo. Isso é algum tipo de massagem cerebral sofisticada?

 Pouco depois, Letho pegou um item elíptico verde e peludo do tamanho de um polegar. “Sorte grande” Ele observou o item de perto, seus olhos brilhando. “Primeiro corpo, e já achamos um mutagênico.”

 “Isso é um mutagênico verde?” Roy ficou surpreso ao ver algo com o qual estava familiarizado aparecer diante dele.

 “Sim. Um menor que o normal, mas indispensável para a Provação das Ervas. Pode aumentar ligeiramente a força vital de um bruxo e sua resistência à toxicidade. Menos de um em cada dez nekkers tem um mutagênico dentro deles”, explicou Letho. “Agora que estamos tocando nesse assunto, você deve saber que os mutagênicos são divididos em três tipos: verde, azul e vermelho. E eles são divididos em pequenos, médios e grandes. Quanto mais forte for um monstro, maior a probabilidade de obtermos um bom mutagênico. O mutagênico verde necessário para a Provação das Ervas aumenta sua força vital e resistência à toxicidade. Os azuis aprimoram os sinais, enquanto os vermelhos o tornam mais ágil. Claro, quanto melhor ele for, maior será a vantagem.”

 Ah, quer dizer então que eles fortalecem Constituição, Espírito, Força e Destreza. Ele olhou para baixo em ponderação. “Quantos tipos nossa escola usa na provação?”

 “Todos eles, mas em proporções diferentes.” Letho explicou: “Um vermelho e um verde medianos e um azul pequeno.” Em outras palavras, a Provação das Ervas da Escola da Víbora estava mais inclinada a priorizar Força, Destreza, Constituição e resistência à toxicidade, quase na mesma proporção. O Espírito tem um incremento menor em comparação com os primeiros, e o restante recebe pouca ou nenhuma melhoria. Para simplificar, os bruxos da nossa Escola se inclinam mais para o combate de curta distância e ferramentas alquímicas de batalha.

 Entendi. Não é de admirar que a Força, Destreza e Constituição de Letho tenham mais de vinte pontos. Não admira que eu não possa ver através dos atributos. Roy foi então lembrado de uma escola relativamente antagonista, a Escola do Gato. Os bruxos de lá eram famosos por seus reflexos fantasmagóricos e esgrima extraordinária. Eles provavelmente só usam os vermelhos em seu teste para que possam colocar tudo em força e destreza. Canhão de vidro, hein? *

 N/TL: “MUITO dano, POUCA resistência. Caiu… quebrou.”

 “E quanto ao mutagênico do Leshy então?” Roy sabia que Letho conseguiu extrair um azul do cadáver do monstro, mas não perguntou.

 Mas Letho sabia no que estava pensando. “Provavelmente vai ser usado como decocção de Leshy, ou transformado em um mutagênico para a provação. Ele ajuda muito com a mana. Eu darei a você se sua Vontade e Constituição forem suficientes antes da provação.”

 Roy ficou encantado ao ouvir isso. “Espere, isso significa que diferentes bruxos da mesma Escola mostraram diferentes níveis de mudanças após a provação? É por causa da qualidade dos mutagênicos usados na decocção?”

 “Sim.” Letho percebeu a excitação de Roy, então o acalmou. “Mas quanto maior a recompensa, maior o risco. Querer ganhar mais poder só vai tornar a provação ainda mais letal para você. Abaixa a bola.”

 Roy pensou em sua passiva de Recuperação Total. Eu imagino… 

 “Preciso guardar para a Provação por enquanto.” Letho apontou para o mar de cadáveres ao redor deles. “Veja se você consegue algum mutagênico verde deles. Tudo bem, mesmo se forem pequenos, eles podem ser combinados e fortalecidos para a Provação de qualquer maneira.”

 Roy voltou às suas raízes. Ele imitou Letho e abriu os crânios dos nekkers, vasculhando suas entranhas gosmentas. A massa cinzenta, sangue e carne foram esmagados enquanto ele procurava. Ele se sentiu enojado, pois os monstros cheiravam pior do que o gado que ele teve que lidar em Kaer.

 No entanto, ele conseguiu manter a compostura e varreu os cadáveres graças à sua força de vontade. Depois de passar por trinta e poucos cadáveres, Roy só conseguiu três pequenos mutagênicos verdes. Ele os colocou em seu inventário, mas antes que pudesse fazer uma pausa, Letho já o estava empurrando para outra rodada de dissecação.

 “Nekkers são realmente valiosos. Seus corações são indispensáveis em muitas receitas de decocção. Corte-os e deixe-os secar. Seus pulmões, fígado, pâncreas e rins podem ser usados na alquimia e na forja de algumas armas. Essas partes podem adicionar efeitos adicionais em algumas das armas mais poderosas. Claro, as melhores partes virão do líder dos nekkers.”

 Letho parou por um momento. “Os feiticeiros usam seus olhos, ouvidos e línguas em seus experimentos. Você pode fazer algum lucro se os vender. Não se esqueça de suas garras e dentes. Assim que sairmos de Smiack, arranjaremos um ferreiro decente para fazer flechas com elas. Você descobrirá que elas são melhores do que as que você costuma usar. Ah, e a pele deles também”

 Roy de repente se virou para encarar Letho, o rosto coberto de sangue. O bruxo sentiu um calafrio percorrendo sua espinha e disse a Roy: “Posso ver que seu bolso está cheio. Certo, podemos esquecer a pele.”

 


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