The Oracle Paths – Capítulo 449

“Bem-vindo de volta, Will. Como foi a negociação com Skaur?” Jake ficou interessado quando percebeu o olhar presunçoso em seu rosto.

“Ótimo! Skaur me forçou a desistir da minha loja! Eu também peguei suas plantas.” Will riu alegremente.

Ignorando Jake, ele acenou para Drastan e os dois Cavaleiros de Fluido que o escoltaram para descarregar os quatro carrinhos cheios de suprimentos. O próprio Drastan estava carregado como uma mula.

Os músculos faciais de Jake se contraíram imperceptivelmente enquanto observava esse absurdo. Ainda assim, tinha que chegar ao fundo disso.

“Então, o que te faz tão feliz?” Ele perguntou desta vez com aborrecimento mal disfarçado.

“Aquele idiota do Skaur me deixou levar todas as minhas posses comigo. Que idiota do caralho!” Will se regozijou como um vilão da Disney.

“Explique.” Jake rosnou impacientemente.

Sentindo que seu líder não estava com humor para piadas, Will recuperou sua seriedade.

“Esta situação é foda.” O empresário disse com toda a seriedade. “Você ainda não percebeu isso porque a Primeira Rodada teve uma alocação inicial de funções que era bastante viável. Funções de Produção como Fazendeiro, Caçador ou Pescador podem parecer inúteis, mas graças a elas, os suprimentos de comida estavam garantidos.”

“À medida que os aldeões adquirem funções melhores, abandonam suas funções originais. Ao mesmo tempo, a proporção de Monstros, Executores, etc., só aumenta enquanto o número de participantes restantes diminui. O inventário da minha mercearia é equivalente a quase toda a comida da vila dele. E porque esse retardado delinquente estava me deixando cuidar do lado técnico, nem sabe disso. Ele simplesmente estragou todos os seus esforços com uma única decisão ruim.”

Jake ficou atordoado. Sem dúvida, Skaur perceberia sua tolice mais cedo ou mais tarde. Era o tipo de preocupação que ele nunca tinha pensado porque era um dos poucos participantes que podiam ficar sem comida.

Se quisesse, poderia enterrar-se no chão sob o sol quente e subsistir por alguns meses sem problemas. Mesmo sem isso, sua função de Guardião da Floresta garantia que ele pudesse caçar o quanto quisesse.

Também percebeu enquanto ouvia Will que não sabia nada sobre essas funções de produção. Quão rápido o que eles plantaram cresceu? Quantas vezes era a colheita? Com que rapidez os peixes no lago foram renovados? Ou as feras na floresta?

Quando ele caiu no lago, teve a impressão de que poderia pescar sem limitação, mas poderia realmente? Provavelmente não. Se tivesse tentado, teria sido enviado para o Poço por invasão.

“Eu não tinha considerado isso.” Jake admitiu honestamente. “Se seguirmos essa lógica, com a influência da corrupção, não demorará muito para que os sobreviventes restantes caiam no canibalismo.”

“Exatamente. Você notou que se tornou quase impossível pegar uma Carta de Produção?” Will compartilhou sua descoberta com apreensão.

O rosto de Jake se contorceu ao ouvir isso.

“Eu não sabia disso. Parei de sortear as cartas assim que consegui as funções que queria. Meu foco não estava nisso.”

Seu amigo comerciante se absteve de qualquer brincadeira. Com sua inteligência, se Jake quisesse, não teria perdido nenhum desses detalhes. A única razão pela qual ainda não havia ligado todos os pontos era porque, como jogador de primeira linha, seu foco estava em outro lugar. E o mais importante, ele só havia chegado na segunda rodada esta manhã.

“Sempre podemos contar com os NPCs para essas funções, certo?” Jake pensou em algo. “Você disse mais cedo que eles iriam aparecer para encher o vila até a capacidade.”

“Eles vão…” Will resmungou, lembrando-se de más lembranças. “Mas, ao contrário dos guardas, não é garantido… E se eles morrerem, as colheitas serão estragadas. Você vai entender melhor depois desta noite… Agora nos ajude a desempacotar os suprimentos. Vamos viver disso por um tempo. Não somos todos híbridos myrtharianos como você.”

O grupo então moveu os suprimentos para um local seguro. Jake usou seus poderes de manipulação da Terra para cavar uma caverna subterrânea, que selou suavizando a rocha acima. Além de Jake, quem quisesse acessar os suprimentos sem danificá-los precisaria de uma furadeira de alta precisão.

E antes disso, ainda teriam que encontrar o local do esconderijo. Por precaução, apenas Will e Jake sabiam disso. Longe de ser engenhoso, ele simplesmente cavou o porão sob as ruínas de seu antigo castelo.

Depois disso, Jake apresentou o tenente Pavão e os outros soldados da Nova Terra para Will e Drastan. O empresário ficou um pouco decepcionado ao saber que havia feito a viagem à toa. Pavão tinha todas as plantas de que precisavam e muito mais.

Quando a noite chegou, Jake, apesar da hora tardia, sugeriu iniciar os trabalhos de construção, mas foi recebido com uma recusa unânime. Com exceção de Drastan, todos, incluindo Pavão e Will, queriam manter a discrição.

O tenente já havia redistribuído suas tropas para montar guarda esta noite. Exceto por dois soldados do Titan Pearl que ele havia recrutado ao longo do caminho, todos os outros estavam invisíveis, escondidos em algum lugar entre os escombros.

Claro, Jake ainda podia localizar a maioria deles, mas tinha que admitir que os dois franco-atiradores estavam bem escondidos. Lembrando-se da emboscada surpresa de Yerode e Lamine no B842, seus joelhos de repente coçaram e ele prometeu novamente acabar com os dois filhos da puta na primeira oportunidade.

Por segurança, também insistiram em apagar a fogueira, e assim começou sua primeira noite na Segunda Rodada. Apesar dos protestos, Jake não tinha intenção de dormir e então começou a reconstruir seu novo castelo, seguindo o projeto, enquanto Pavão e suas tropas assistiam com desgosto.

Will queria dizer alguma coisa, mas recuou. Vendo Drastan ajudá-lo proativamente, ele se soltou e se juntou a eles. No final, o lugar mais seguro para estar ainda era bem ao lado de Jake.

A primeira parte da noite correu bem. Jake ocasionalmente sentia os franco-atiradores de Pavão apontando para ele, mas estava alerta. As plantas eram mais simples do que ele pensava. Não houve requisitos de materiais, desde que respeitadas as dimensões e estruturas.

Como um myrthariano pragmático, não tinha intenção de se dar ao trabalho de minerar um monte de pedras exóticas, nem de obter os tipos de madeira prescritos. Tudo seria concreto armado, bem, mais ou menos.

Tudo seria uniforme. Ele pretendia moldar a fortaleza a partir de um único bloco gigantesco de rocha. A construiria passo a passo, metro a metro, mantendo a coesão da lava com seu Controle Terrestre e Telecinese até que esfriasse completamente.

A única restrição real era que o barulho tinha que ser limitado o máximo possível, enquanto a luz emitida pela rocha aquecida tinha que ser interceptada a todo custo para evitar atrair a atenção de possíveis inimigos. Para isso, Jake usou seu controle de radiação.

Todos os fótons emitidos foram capturados por sua pele e isso o fez perceber mais uma vez o quão boa era sua linhagem Myrthariana. Toda vez que se lembrava de que era apenas o Grau 8, não podia deixar de se perguntar o quão roubado uma Linhagem de Grau 10 seria.

Jake e Drastan tinham terminado de reconstruir o salão, quando pararam ao mesmo tempo. Will também enrijeceu ao notar a mudança de comportamento deles.

“O que está acontecendo?” Ele perguntou telepaticamente.

“Estamos sob ataque.”

De fato, alguns segundos depois, rugidos desumanos não soaram muito longe deles. Não como os de um leão ou de um tigre, que ainda poderiam ter seus adimiradores, mas os sons alienígenas nojentos de um filme de terror.

TATATA! PsssschuuuuuuuBOOOM!

A equipe de Pavão abriu fogo alguns segundos depois. O soldado com a bazuca também abriu as festividades.

Will entrou em pânico ao ouvir os rugidos e tiros, mas também não estava completamente indefeso. Os dois Cavaleiros ao seu lado pegaram dois tubos de carbono de seus cintos, que se alongaram em duas espadas curtas vibrantes de alta frequência.

“Não deveríamos estar nos escondendo?” O empresário estava ficando inquieto.

Drastan zombou.

“Não há necessidade.” Jake bocejou de tédio. “Estamos no lugar perfeito.”

Will olhou ao redor do salão de pedra em que estavam novamente e não conseguiu pensar em nada que pudesse ser considerado ideal. A sala era grande e ele não tinha visto passagens ou armas secretas.

Porém, obteve sua resposta em breve.

Alguns minutos depois, um grupo de monstros conseguiu escapar da enxurrada de tiros e pousou sem medo na frente deles. Esses monstros eram vagamente humanoides com uma longa cauda terminando em um porrete e espinha, pele acinzentada com pelos em forma de tentáculos finos e feios.

A própria definição de um caçador. Assim que as criaturas os avistaram, rosnaram para eles, cuspindo desafiadoramente.

“Tche, eles não são participantes.” Drastan berrou enquanto balançava seu martelo de guerra no rosto da criatura mais próxima.

Simultaneamente, uma cabeça feia voou pelo ar junto com um jorro de sangue alienígena.

“É isso que você quis dizer quando disse que confiar em NPCs para suprimentos seria complicado?” Jake comentou depois de decapitar o segundo monstro.

O empresário rangeu os dentes e com a ajuda dos dois cavaleiros de fluido, conseguiram encurralar uma terceira criatura. As lâminas vibrantes dos dois guerreiros cortaram o alienígena em pedaços em pouco tempo, enquanto o mercador cortou seu olho com seu cutelo. Um jorro de sangue quente espirrou em seu rosto e ele quase vomitou.

Bom para ele, a batalha já havia acabado. Pelo menos, isso é o que alguém queria que eles acreditassem. Enquanto os cadáveres, sangue e vísceras de vinte Caçadores pintavam o novo salão, duas figuras vestidas de preto entraram silenciosamente pela inexistente porta da frente.

“Jake Wilderth, eu presumo?” Uma voz rouca e metálica quebrou a calmaria.

Sem dúvida, os dois inquisidores Croyorn e Oxium o haviam rastreado.