Do ar, Ha Song Su olhou para Soo Jung. Sua postura indiferente por si só era suficiente para indicar seu nível de arrogância.
Soo Jung abriu a boca. — Você teve sorte da última vez.
Soo Jung e Ha Song Su já haviam lutado uma vez antes. Uma luta era melhor que uma conversa para criar amizades. Por essa lógica, eles poderiam ser chamados de conhecidos.
Ha Song Su não respondeu e Soo Jung ficou ainda mais tensa. As palavras dela entraram em um ouvido e saíram no outro quando ele se recusou a responder e atacá-la. Ele continuou olhando para ela.
Ela teve um mau pressentimento sobre isso e a ansiedade cresceu dentro dela.
‘Não pode ser.’ Ela queria acreditar que era impossível.
Balançando a cabeça, ela olhou para cima e ordenou: — Desça daí.
Soo Jung mexeu no seu indicador como se estivesse ligando um interruptor de luz. Uma chama negra, a razão por trás de seu codinome, começou a queimar Ha Song Su.
— As coisas estão diferentes agora — rosnou Soo Jung. Ela estava dizendo isso para si mesma e para Ha Song Su.
Finalmente, uma batalha eclodiu.
Boom, boom!
Ha Song Su, que não havia se movido até agora, finalmente retaliou. Uma enorme quantidade de energia explodiu de seu corpo e as chamas negras morreram simultaneamente.
Whoosh!
De repente, ele saltou em direção a Soo Jung.
Em um milésimo de segundo, ele fez seu movimento. Soo Jung ficou um pouco surpresa que sua chama negra se dissipou tão facilmente, mas ela estava pronta.
Como todas as criaturas do Éden, ela ficou mais forte desde sua última batalha.
Formando um escudo com uma das mãos, Soo Jung recuou para evitar ser atingida.
Kaboom!
Ha Song Su, com o objetivo de colidir com ela, caiu no chão, espalhando pedras e poeira por toda parte.
— Eu vou matar você. — Ha Song Su finalmente falou em meio à poeira.
Mas Soo Jung não estava sozinha.
— Unnie!
Com Yoo-Bin liderando, as outras chegaram para ajudar.
Os olhos de Ha Song Su brilharam.
***
— Peço desculpas por chamá-lo de demônio vil. — Bodhidharma deu um soco em Paimon, mas não atingiu o demônio. Foi um ataque surpresa, mas Paimon pareceu ter evitado com facilidade.
— Hmm… — Um olhar apático apareceu no rosto de Paimon. Uma cauda bloqueou o último ataque, que pertencia a um Leviatã que estava atrás de Paimon.
Bodhidharma saltou rapidamente quando viu a cauda do Leviatã vindo atrás dele.
— Você não pode ser um reles demônio porque é um demônio renomado. — Bodhidharma olhou em volta rapidamente. Mesmo antes de chegar, ele podia sentir a maldade deste lugar. Mas agora que ele estava aqui, era ainda pior.
Este lugar era semelhante a um covil demoníaco, abrigando apenas monstros poderosos. Ele chamou Paimon de reles demônio, mas estava claro que Paimon não era alguém que pudesse ser subestimado.
‘Ele é poderoso.’ Bodhidharma podia sentir a energia maligna, porém incrível, de Paimon.
Bodhidharma rapidamente olhou para trás e viu o orbe ao redor de Gi Gyu diminuindo. Há pouco, ele sentiu uma conexão especial com Gi Gyu. A sincronização deles ainda estava desconectada, então Bodhidharma adivinhou que era Gi Gyu pegando emprestado seu poder que havia mencionado antes.
‘Preciso ganhar algum tempo para ele’, Bodhidharma decidiu. Ele confiava em Gi Gyu para superar essa situação, então ele só precisava ganhar tempo para ele. Se possível, ele queria destruir o covil demoníaco, mas Bodhidharma não achou que seria possível.
Bodhidharma ficou quieto, ciente de que Paimon estava em um nível totalmente diferente de Aamon. Os outros demônios aqui também eram muito mais poderosos que Aamon.
— Você deve ser um remanescente de Cronos, hein? — Paimon perguntou.
— …! — Pela primeira vez, Bodhidharma demonstrou choque e confusão.
Paimon parecia estar estudando Bodhidharma enquanto continuava: — Que interessante. Você é apenas uma réplica criada por Gaia, mas se tornou muito poderoso. Você não pode ser um imortal, então deve ser resultado do poder único daquele homem?
Bodhidharma desejou poder calar Paimon imediatamente, mas dois Leviatãs estavam o protegendo como cães fiéis.
— É possível que uma réplica supere o original? Não sei… Gaia ganhou o poder de deus, então talvez ela tenha tornado isso possível — Paimon murmurou para si mesmo. — Ah… Talvez isso já tenha sido provado?
Paimon continuou a murmurar, enquanto Bodhidharma se concentrava em encontrar a fraqueza de Paimon. Infelizmente, ele não conseguiu encontrar nenhuma abertura. No entanto, isso não importava porque seu trabalho era ganhar tempo, não matá-lo.
— Ah! Peço desculpas. Fiquei distraído porque você é um caso muito interessante. — Os olhos de Paimon ficaram sérios.
Boom!
Bodhidharma se esquivou rapidamente; milissegundos depois, uma lança de gelo atingiu seu local original.
— Estou pronto para lidar com você agora. Sempre recebo casos únicos como o seu. Mal posso esperar para dissecá-lo depois. — O monóculo de Paimon brilhou, seus olhos viajando de Bodhidharma para Gi Gyu atrás dele.
Kaboom!
Mas Bodhidharma não teve tempo para se preocupar com os pensamentos de Paimon. Várias lanças de gelo, frias o suficiente para transformá-lo em um bloco de gelo, estavam atrás dele. Tudo o que ele podia fazer era se concentrar em evitá-los.
Bodhidharma estava confiante de que poderia lutar contra todos os ataques mágicos e energéticos, mas ataques físicos como esse eram mais difíceis de evitar. Enquanto se esquivava das lanças de gelo e mantinha os olhos em Paimon, Bodhidharma olhou para Gi Gyu.
‘Rápido.’ Bodhidharma pediu. Tudo dependia de Gi Gyu.
Bodhidharma não estava em boas condições. Ele não teve tempo suficiente para se recuperar da batalha contra Aamon. Ele pode ter sido Bodhidharma, mas não conseguia usar seus poderes perfeitamente e, caramba, ele nem era o Bodhidharma original.
Ele sabia que Paimon iria derrotá-lo, mas isso não importava. Bodhidharma estava pronto para morrer para ganhar o máximo de tempo possível para seu filho.
***
Gi Gyu não havia perdido a consciência. Na verdade, ele estava observando tudo. O orbe de energia mágica estava menor do que nunca, então, embora sua sincronia com Bodhidharma não tivesse retornado, ele podia ver e ouvir tudo.
Kaboom!
As explosões fora do orbe foram tão altas que parecia que o mundo estava acabando.
Então, novamente, o fim do mundo não teria explosões, raios de luz, pingentes de gelo, gêiseres e tempestades de fogo? Porque tinha um monte dessas lá fora.
“Quase… acabando…”
Lou falou com Gi Gyu
Gi Gyu estava quase terminando de absorver toda a energia mágica, o que era chocante. A quantidade antes parecia ilimitada, mas agora estava toda presa dentro de Gi Gyu.
O problema era que não havia como saber quando poderia explodir. Seu receptáculo ainda estava se expandindo, mas toda essa energia mágica era demais para suportar.
Foi por isso que Gi Gyu comprimiu a energia para acumulá-la. Ele estava em uma situação precária porque seu receptáculo poderia explodir a qualquer momento.
Gi Gyu perguntou: ‘Você está bem, Lou?’
Não houve resposta. Ele se perguntou se era porque Lou estava muito concentrado. Ou era porque ele absorveu muitos pecados dos reis do inferno?
O motivo realmente não importava porque o próprio Gi Gyu não conseguia se concentrar.
— Haaa… — Gi Gyu parou de pensar e exalou. Uma espessa energia mágica saiu de sua boca como fumaça de cigarro. Esta energia se juntou ao orbe, mas foi reabsorvida por Gi Gyu segundos depois.
Este ciclo continuou por um tempo.
“Prepare-se…”
Gi Gyu finalmente ouviu a voz de Lou, interpretando isso como um bom sinal. As coisas devem finalmente estar dando certo.
— Haaa… — Outra lufada de energia negra deixou a boca de Gi Gyu e se juntou ao orbe. Ele fechou os olhos, sentindo que estava prestes a explodir. Ele não pôde usar esse imenso poder, o que levou à sua atual condição instável. A energia mágica estava corroendo seu corpo.
Gi Gyu de repente abriu os olhos. Seus olhos lentamente ficaram pretos, mas ele não havia despertado um novo poder.
Essas mudanças físicas ocorreram porque Gi Gyu não conseguiu absorver toda a energia mágica de Gi Gyu. Essa energia tóxica entrava e saía de seu corpo.
Mas isso não importava.
[Você aumentou o nível de Controle de Energia.]
[Você dominou o Controle de Energia.]
Crack!
O som de vidro quebrando ecoou no ar. O orbe de energia mágica se espalhou para formar lanças no ar e mergulhou em direção aos Leviatãs.
Gi Gyu se virou e viu Bodhidharma ofegante.
— Haa… Haa… — Bodhidharma também estava olhando para Gi Gyu.
Gi Gyu começou a ver pontos pretos, sua visão ficou turva. Sua visão por si só não estava escurecendo por causa da energia mágica. Tudo ficou escuro.
— Eu estava esperando por você… — Bodhidharma disse antes de desmaiar.
Gi Gyu parou por um momento para examinar o monge. Bodhidharma estava em condições horríveis. Ele podia ser Bodhidharma, mas Gi Gyu sabia que não poderia enfrentar vários reis do inferno.
Então, como o monge conseguiu durar tanto tempo? Como ele convocou mais poder do que tinha?
Era realmente porque o monge pensava em Gi Gyu como seu filho?
Seja qual for o motivo, ajudou Bodhidharma a durar tanto tempo. Os membros do monge estavam congelados e prestes a quebrar. Gi Gyu virou a cabeça novamente, vendo as esferas negras flutuando ao redor de Bodhidharma.
Clap, clap, clap.
Paimon de repente começou a bater palmas. — Você… você realmente conseguiu!
A voz de Paimon estava cheia de êxtase e isso perturbou Gi Gyu.
— Não pensei que fosse possível! E muito rápido também! — Paimon gritou. — O remanescente de Cronos também é interessante, mas…
Seu casaco branco tremulou antes de começar a queimar. A parte superior de seu corpo foi revelada; ele era musculoso, mas estranhamente magro.
— Acho que não conheci ninguém tão interessante quanto você.
— Ca… — Os lábios de Gi Gyu racharam de secura enquanto ele murmurava: — Cale a boca…
Ele precisava manter a calma. Gi Gyu sabia que não poderia se dar ao luxo de ficar emocionado agora. Lou correu um grande risco para absorver tanta energia e ele próprio também não estava em boa forma. Ele sentiu como se estivesse prestes a explodir. Seus tendões e vasos sanguíneos estavam inchados. A energia mágica que ele absorveu percorria seu corpo, pronta para explodir.
— Hahahaha! Excelente! Eu amei! Você fez isso muito mais rápido do que eu esperava e teve sucesso! Agora é hora! — Paimon abriu a mão.
— Kwerrrrrk!
Os dois Leviatãs gritaram de dor antes de explodirem. Uma lança de gelo se materializou em cada uma das mãos de Paimon.
Sede de sangue e interesse apareceram nos olhos de Paimon quando ele anunciou: — Agora, vou pegar os dados da batalha de você.
Paimon de repente ouviu um sussurro estranho em seu ouvido. Em seguida, ele percebeu que Gi Gyu estava bem na frente de seu nariz.
— Você realmente acha… — Gi Gyu sussurrou: — Que deixar este lugar vivo?
Gi Gyu estava segurando uma espada na mão. Era uma espada enorme, ainda maior que o próprio Gi Gyu, e exalava fumaça negra.
— Morra. — Gi Gyu balançou.
