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The Runesmith – Capítulo 139

Marcando um encontro.

“Aqui está o último lote.” 

Bernir colocou algumas lâminas na bancada e estava tendo problemas para encaixar todas ao lado dos outros itens. Quando ele olhou em volta, a oficina parecia cheia de armas e peças de armadura. 

“Você tem certeza sobre isso chefe? Até você terá problemas com tudo isso.” 

“Está tudo bem Bernir, eu vou acabar logo com isso.” 

“Se você diz, boa sorte, eu vou cuidar da fundição rúnica.” 

O meio anão deu um sorriso e um sinal de positivo antes de deixar esta seção da oficina. Desde a expansão, eles instalaram salas separadas. 

A maior era a ferraria principal com todas as ferramentas, a forja e todas as ferramentas rúnicas. Em seguida, em uma sala ao lado estava a sala do gerador. Era à prova de som, bem como refrigerado. O gerador que ele fez produzia muito calor, que tinha que ser controlado com magia. 

Então, na sala mais nova, havia a nova fundição. Roland havia feito um cartão que Bernir poderia usar. Foi programado para trabalhar com aço profundo por enquanto. Quando descobrisse as outras proporções, tentaria os metais mais exóticos. 

Uma última sala que estava praticamente desocupada também estava lá, estava desprovida de ferramentas e móveis. Dentro dela havia apenas uma placa com um grande esquema pregado nela. Representava estranhas partes rúnicas e símbolos que quase ninguém seria capaz de decifrar. 

“Primeiro isso e depois eu posso colocar aquele projeto em andamento…” 

Roland deu um suspiro antes de engolir uma grande poção azul. Era amarga e tinha um gosto horrível, mas no momento em que se foi, ele pôde sentir uma sensação estranha e espinhosa tomar conta dele. 

“Com o buff de regeneração de mana desta poção, devo ser capaz de fazer isso.” 

Ele pegou uma das lâminas e a trouxe para a fornalha. Depois de aquecê-la suavemente, começou a bater nela com seu martelo de ferreiro. Não demorou mais de dez minutos para a runa menor ser formada e o encantamento foi feito. 

Esta era sua carga de trabalho, por enquanto, ele havia conseguido algumas das melhores lâminas de aço e prata profundas de seus associados. A decisão foi para não exagerar. Outros artesãos produziam os itens enquanto ele apenas inscrevia runas neles.  

Isso não era tudo, pois cada um desses itens também possuiria uma pedra de mana. Os ferreiros que os prepararam receberam os diagramas e moldaram os punhos de acordo. O que Roland só precisava fazer era gravar as runas com sua habilidade e colocar a pedra de mana no encaixe. 

Com esta fase, um de seus planos estaria em movimento. Eles inundariam o mercado com armas rúnicas que também reduziriam os requisitos de fundição. As runas eram todas simples, como nitidez ou impacto, graças a isso Roland podia trabalhar rápido. 

Suas habilidades eram bem altas neste momento ele já era capaz de fazer essas armas quando era um runesmith. Agora, como um Lord Runesmith, isso não representava um problema e poderia passar por elas muito rápido. 

O único problema era sua mana, quanto mais trabalhava, mais rápido ela caía. Felizmente para ele, estava trabalhando para a guilda de aventureiros e as poções de mana foram dadas a ele por 50% do preço normal. 

Esperava obtê-las de graça, mas o mestre da guilda era bem mesquinho. Não havia nada do tipo no contrato e poções de mana não eram um requisito para seu trabalho. 

Eles fariam isso mais rápido, mas não lucrariam tanto com a guilda quanto Roland pretendia. Ainda queria fazer outros itens para si mesmo. O mestre da guilda sabia disso, então só falou sobre o motivo pelo qual a guilda os estava comprando. 

Até isso ajudou, pois Roland agora podia comprar poções de mana com um grande desconto. Isso só era possível quando alguém comprava esses itens a granel. Havia uma desvantagem nas poções, uma pessoa não podia simplesmente beber constantemente. Com o tempo, elas causariam um debuff que seria semelhante a sentir-se com tontura e cansado. 

A única razão pela qual estava disposto a tolerar esse debuff era que queria voltar para seus próprios projetos. Mesmo com Bernir trabalhando na fundição, eles estavam com falta de pessoal. A viagem para a cidade para obter mais recursos sempre consumia muito tempo. 

Com isso em mente, precisaria pedir à guilda que lhes emprestasse um carregador. Ele estava até disposto a pagar seusl salário se apenas cuidassem do trabalho de recados. 

O trabalho continuou até tarde da noite. Roland foi visto com bolsas sob os olhos e um olhar um tanto vidrado. 

“Ali… esse é o último… argh…” 

Roland cobriu a boca depois de arrotar. Ao lado, ele olhou para os seis frascos vazios que foram previamente preenchidos com as poções de regeneração de mana. Com a ajuda deles, conseguiu passar por todas essas armas de baixo nível. 

Em um dia foi capaz de fazer o que outros runesmiths precisariam de uma semana ou mais. Sua grande reserva de mana e todos os bônus que vieram com ela foram o motivo. Isso, juntamente com todas as habilidades que reduziram os requisitos de criação de runas, permitiram que ele fizesse isso. 

A única desvantagem era que  ainda precisava se fortalecer com as poções de mana, mas não era nada que uma boa noite de sono não curasse. 

‘Vou poder focar no golem agora, antes disso também preciso cuidar disso.’ 

Depois de tomar um banho quente e não desmaiar na banheira, Roland foi para seu quarto. Ali em um armário havia uma bola de cristal, a mesma que comprou na estranha loja de magia. Ele já havia passado pela estrutura rúnica e tudo o que era importante estava anotado em um de seus cadernos, o que restava era cumprir sua promessa. 

Já era tarde da noite, então ele não estava planejando falar ainda. O que uma pessoa tinha que fazer no início era enviar algo semelhante a uma mensagem direta. Depois disso, o mago do outro lado saberia o ‘número’ dessa bola de cristal e só então uma chamada poderia ser feita. 

As bolas de cristal eram grandes e exigiam muita energia mágica para funcionar. Era difícil pegar o mago do outro lado no momento certo. Havia também uma maneira de falar por escrito que exigia muito menos preparação e era muito mais rápida. Esta era a maneira preferida de Roland de falar, pois ele nunca gostou de telefonemas longos, mesmo quando estava em seu velho mundo. 

Já era quase meia-noite, então não esperava obter uma reação. Com uma pequena injeção de mana na bola de cristal, ele enviou sua mensagem. Era apenas uma simples saudação e pretendia ligar para a pessoa do outro lado quando acordasse pela manhã. Depois de passar por tantas poções, ele não estava se sentindo muito bem. 

“Huh?” 

Mas, por sorte, no momento em que se virou, sentiu a bola de cristal soar. Este som era uma indicação de que uma pessoa do outro lado recebeu a mensagem e iria responder. 

Isso era algo que ele não conseguia parar, quando a conexão terminasse e houvesse uma resposta, iniciaria a chamada mágica. Assim, quando a pessoa do outro lado apareceu na bola de cristal, ela pôde ver um Roland muito mal-humorado. 

“Saudações senhor. Roland!” 

Não parecia que ela fosse capaz de ler muito no humor dele, já que parecia bem alegre. 

“Saudações Lady Lucille, não esperava que você estivesse acordada a esta hora.” 

“Estive ocupada com meus estudos, depois da nossa pequena aventura me inspirei, há muito o que aprender com as runas! Ainda me lembro do senhor. A magia rúnica de Roland durante aquela batalha.” 

Ele não foi capaz de dizer uma palavra enquanto Lucille foi pela tangente. Como sempre, foi elogiado por ela, embora parecesse que estava elogiando principalmente as runas que ele fez e não ele por usá-las. 

“Eu estava preocupado que você não entrasse em contato comigo, ou que algo ruim acontecesse, já faz mais de um mês!” 

“Ah sim, peço desculpas, estive ocupado com meu trabalho…” 

“Trabalho? Em que você está trabalhando?” 

“Ah, eu construí uma fundição rúnica para ligas de éter, mas isso não importa. Só queria dar-te as minhas coordenadas. É tarde, devemos ir para a cama…” 

Roland tentou encerrar a conversa rapidamente antes que a mulher diabólica começasse a bombardeá-lo com perguntas. Ele já havia esquecido o quanto Lucille era um buraco negro quando se tratava de histórias rúnicas. Mencionar a fundição rúnica já era a escolha errada, pois ela rapidamente descobriu o significado por trás disso.

“Uma fundição rúnica para ligas de éter? O senhor Roland pretende construir algo com elas? Mas se você fala sobre metais etéreos, eles são usados ​​principalmente para golens. Oh meu, o senhor. Roland construindo um golem? 

Parecia que Lucille estava empurrando o rosto contra sua própria bola de cristal. Era como se ela quisesse passar por ela e ir até a oficina dele para ver o plano do golem. 

“S-sim, algo assim. Lady Lucille, você poderia dizer ao meu irmão que estou bem. 

Ele rapidamente direcionou a conversa para outro lugar na esperança de não precisar falar sobre suas mercadorias rúnicas. 

“Senhor Robert? Ah sim, vou incluir essa informação na próxima vez que o vir.” 

Lucille pareceu se acalmar, mas logo se lembrou de algo. 

“Falando no senhor Robert, acho que seu escudo causou uma boa impressão no Professor. 

“O professor?” 

Roland lembrou que Lucille mencionou tal pessoa antes. Este deveria ser um velho professor que também era um Mago Rúnico. Sendo um introvertido recluso como era, Roland não estava ansioso pela apresentação. 

Havia um número finito de pessoas que ele podia suportar. Por outro lado, essa pessoa poderia ajudá-lo com sua pesquisa se ele ficasse preso em alguma coisa. Lucille já o havia informado sobre seu amplo conhecimento e anos de experiência. 

Se esse Professor fosse um Mago Rúnico, ele provavelmente teria muito conhecimento sobre a parte do software das runas. Este foi provavelmente o seu maior ponto fraco. Ele até se sentiria confiante em recriar runas de nível 3 se pudesse adquiri-las no futuro. 

Do jeito que estava agora, não tinha os fundos para obtê-las e não sentia que se apressar era o plano certo. Embora ainda não tivesse uma compreensão perfeita do componente de software nas runas de nível 2, não havia motivo para pular essas etapas ainda. Chegaria lá mais cedo ou mais tarde e com o tempo suas habilidades e estatísticas aprimoradas também tornariam as coisas mais fáceis. 

“Ah sim, havia uma pessoa assim…” 

“Sim, quando o professor viu o escudo do senhor Robert- 

Lucille cobriu a boca e começou a rir, parecia que algo aconteceu entre o último e o professor Rúnico do instituto de magia. Desta vez, seu irmão foi vítima disso. 

“Robert deu seu escudo para o Professor?” 

“Dar? Não, ele pegou emprestado e foi devolvido a ele depois de uma semana, você deveria ter visto como ele fez beicinho.” 

Roland teve dificuldade em imaginar o rosto amuado de Robert, o homem tinha uma aparência bem áspera, ele provavelmente parecia um barril de pólvora prestes a explodir. 

“Sim, eu prometi ao professor que apresentaria o criador daquele escudo, podemos marcar um encontro?” 

“Um encontro?” 

“Sim, que tal em dois dias? O Professor está ocupado no momento, não quero me intrometer, mas deve estar tudo bem em dois dias!” 

“Dois dias?” 

“Dois dias então! Está ficando tarde e estou com pouca mana, teremos que continuar essa conversa mais tarde.” 

Antes que Roland pudesse recusar o convite para o encontro, Lucille desapareceu da bola de cristal. Parecia que ele precisaria ter uma conversa com esse professor. Lembrou-se de seus velhos tempos de universidade e lembrou-se de como alguns desses professores agiam. Se não passasse por isso, sua única conexão com a academia de magia poderia ser anulada. 

“Ugh… tudo bem, o que pode dar errado?” 

Ele jogou as mãos no ar antes de cair na cama. O cansaço do dia inteiro de trabalho tomou conta dele e adormeceu. Mesmo sua habilidade de resistir não era forte o suficiente para neutralizar a privação de mana e o aumento do estresse. 

“Ugh, não deveria ter uma dor de cabeça…” 

Na madrugada do dia seguinte, Roland acordou com uma dor de cabeça terrível. Ele arrastou seu corpo cansado para a cozinha para beber um chá para aliviar a dor. Era possível fazer isso com mais poções, mas também havia maneiras menos intrusivas de combater essa dor. A enxaqueca não desapareceu totalmente, mas era suportável o suficiente para ele trabalhar agora. 

‘Droga, parece que estou trabalhando na antiga oficina.’ 

Enquanto colocava um pouco de comida na tigela de Agni, ele se lembrou de sua antiga vida. Lá ele passava o tempo no computador até tarde da noite. De manhã acordava meio morto e ainda precisava ir trabalhar. 

“Bom Dia chefe!” 

“Ei, Bernir, você poderia levar as armas de volta para a guilda?” 

“Oh, você cuidou de todos elas? Você não parece tão bem, talvez devesse fazer uma pausa hoje.” 

“Uma pausa, hein?” 

Enquanto Bernir lhe deu a ideia de fazer uma pausa, Roland realmente não sabia o que fazer com isso. Em sua vida passada, jogar em seu computador era seu único passatempo. O resto do dia era gasto no trabalho ou cozinhando para si mesmo. 

Neste mundo, por outro lado, ele realmente não tinha um hobby normal. Mesmo que quisesse fazer uma pausa, se pegou pensando nas runas e em como poderia melhorá-las. Não havia realmente nada que ele quisesse fazer, em vez de perder tempo assim, era melhor descer a masmorra para treinar Agni. 

“Estou bem, só preciso de um pouco de chá e algumas horas para me recuperar. Além disso, dê esta carta para Elodia, ela saberá o que fazer com ela.” 

Bernir pegou a carta lacrada que Roland escreveu há pouco tempo. Nela, ele apenas pediu um carregador de meio período que eles pudessem dispensar para trabalhar para ele. 

“Ah, o que é isso?” 

Bernir olhou para a carta em questão e tentou espiar a escrita. No final de seu exame, ele deu a Roland um grande sorriso seguido de uma cotovelada para o lado. 

“Eu não sabia que você era assim chefe, a pequena Elodia não é ruim, eu teria ido para a elfa, ela parece do tipo mais alegre, se é que você entende o que quero dizer.” 

Roland apenas tomou um gole de chá enquanto olhava para seu assistente pervertido com um olhar vazio. 

“Você poderia pelo menos uma vez parar de pensar com a sua cabeça de baixo, é relacionado aos negócios.” 

“Mas eu gosto da minha cabeça de baixo e as mulheres também adoram, he he.” 

Bernir começou a rir antes de sair da casa de Roland. 

“Uau!” 

“O que é Agni?” 

Logo Roland foi deixado para trás com seu Lobo Rubi. Ele estava pulando muito neste dia e ele tinha uma suspeita do porquê. 

“Você provavelmente quer ir para a masmorra, hein?” 

“Uau!” 

O nível de Agni estava se aproximando do cinquenta, provavelmente levaria apenas mais uma decida na masmorra antes que este lobo adolescente se tornasse um adulto. O único problema era que Roland queria se concentrar em seu golem, mas por algum motivo, havia outras coisas que o impediam de construí-lo. 

“Podemos fazer isso na próxima semana? Eu preciso trabalhar em alguma coisa…” 

Agni começou a ganir e seu rabo se enrolou. 

“Não… Não me olhe assim…” 

Roland recebeu o tratamento de olho de cachorrinho contra o qual ele era fraco. Nem sempre funcionava, mas desta vez parecia que Roland estava sendo influenciado. 

“Droga, tudo bem… minha cabeça está me matando de qualquer maneira… vamos para a masmorra.” 

Ele se levantou enquanto Agni começou a pular e fazer círculos. Sua cabeça estava turva e sentiu que se começasse seu trabalho cometeria muitos erros. Levaria cerca de meio dia até se recuperar, então matar alguns monstros seria uma boa mudança de ritmo. Felizmente para ele, usar armas rúnicas não exigia muita concentração.  

“Apenas me deixe pegar minha armadura…” 

“Uau!” 


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