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The World After the End – Capítulo 215

Grande Irmão (9)

Fazia muito tempo desde que ele parou de pesquisar as [Configurações]. Estava cada vez mais difícil viver cada segundo daquela loucura. Quando parou de estocar e pesquisar [Configurações], inúmeros pensamentos que foram afastados por suas rotinas repetidas voltaram à sua mente.

O que ele estava fazendo ali? Por que precisava passar por isso?

AAAAAAAAAAHHHH!

Jaehwan liberou seu poder mundial contra a escuridão. Ele fez isso de novo e de novo até que não houvesse mais poder mundial dentro dele. O poder mundial não voltou. Jaehwan sentiu sua ‘humanidade’ desmoronar.

Por que precisava destruir o Sistema? Era realmente necessário? Todo mundo odiava. Todo mundo estava com medo. Não, na verdade ele já fazia parte do Sistema.

Jaehwan chorou com as inúmeras linhas em seu mundo único. O choro continuou por um tempo.

—Não é perigoso agora?

—Sim.

—É demais até para ele. 1,8 milhão de anos. Você está falando sério? Como um homem pode suportar 1,8 milhão de anos?

—Então o que você vai fazer? Não há como voltar atrás se ele enlouquecer.

O silêncio caiu entre as incontáveis sombras. Então uma voz veio.

—Vamos esperar mais um pouco.

1 milhão, 850 mil anos.

Jaehwan só conseguia pensar em uma coisa.

Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata. Me mata…

E em algum momento, ele parou.

1,9 milhão de anos.

1 milhão, 950 mil anos.

Era real? Uma voz veio de algum lugar.

—Ei. Descanse um pouco.

—Nós vamos te ajudar daqui em diante.

E então Jaehwan caiu inconsciente.

Ele não tinha certeza do que aconteceu a partir de então.

7,6 milhões de anos. O relógio continuou marcando o tempo. Jaehwan perdia a consciência com muita frequência. Tudo parecia um longo sonho. Ele às vezes voltava a si e ouvia vozes falando com ele.

—Ei, tudo bem. Volta a dormir.

— Uh, o quê? Uh…

E Jaehwan caiu de volta em seu sono.

11 milhões de anos.

25 milhões…

36 milhões…

O tempo passou. Mesmo quando estava dormindo, Jaehwan sentiu e ouviu muitas informações. Ele foi capaz de adquirir muitas informações em sua consciência fraca. Era uma informação valiosa que ele nunca teria encontrado no <Abismo>.

46 milhões…

Em seu longo sonho, Jaehwan estava nadando em um mar de consciência. O que era um ser? O que era a consciência? O que era a morte? O que era um mundo? O que era um universo?

Muitas perguntas flutuavam dentro de sua cabeça.

“Talvez tudo seja um sonho afinal?”

O tempo que viveu dentro daquela escuridão foi 3.000 vezes mais do que todo o tempo que passou na Terra, na Torre, no <Caos> e no <Abismo>. Jaehwan não tinha certeza de onde era seu ‘mundo’, aquele em que deveria viver.

“O que é a realidade?”

Tudo parecia um devaneio. Tudo o que amava parecia inútil agora. Talvez Beastrain estivesse certo. Jaehwan agora percebeu a verdade.

Justiça? Valor? Razões?

Tudo se tornou inútil. Todas as suas lutas e provações que enfrentou foram inúteis.

Grandes questões atacaram sua consciência e ele sucumbiu a elas todas as vezes. Sim. Isso era um ser humano. Um mero, impotente e lamentável humano.

Uma partícula de poeira em um universo.

E, no entanto, toda vez que sucumbia às perguntas, havia vozes que o traziam de volta.

—Não pense, estúpido, estúpido!

—Pensaremos por você!

—Vamos cuidar de seus pensamentos.

—Apenas cale a boca e pense em como você vai chutar a bunda daquele filho da puta!

Jaehwan não tinha certeza de quem eram, mas sabia que estavam tentando salvá-lo. Quem eram eles? Por que o estavam ajudando dessa maneira?

A única coisa que Jaehwan podia fazer era fechar os olhos novamente antes que sua mente fosse destruída.

150 milhões de anos se passaram.

Em um sonho profundo, Jaehwan sentiu que estava dentro de um grande ciclo de Ouroboros. Um círculo gigante que repetia tudo. Um ciclo sem fim.

Dentro desse ciclo, aos poucos, Jaehwan foi entendendo mais desse universo. Por exemplo, ele entendeu o que eram ‘roupas’.

Era o poder do Sistema. Tinha um jeito de se mostrar e se cobrir. O poder foi criado através da aparência. Outra consciência seria criada quando o mundo e o Sistema colidissem.

A compreensão varreu o espírito de Jaehwan. Ele sentiu que iria entender o Sistema. Parecia que entenderia o significado de sua existência e o objetivo desse espaço. O universo estava prestes a dar à luz dentro dele. E então a voz veio.

—É o bastante.

— O quê? O que você quer dizer?

—É aí que você para de pensar.

— Por quê?

—Se passar disso, nunca mais voltará.

— Nunca mais voltarei?

—Você não será mais humano.

— Humano… Ainda sou humano?

—Sim. Você ainda é humano.

Jaehwan sentiu como se estivesse chorando. A voz continuou.

—Se você passar disso, não poderá mais permanecer como um ‘ser’. Atravessar a fronteira de um ‘ser’ é diferente. Quando você ultrapassar esse ponto, perderá sua ‘humanidade’ e ficará irreconhecível a partir de então.

Jaehwan sentiu que mal conseguia entender. Provavelmente tinha a ver com o aviso de Myad para ter cuidado com o tempo. No entanto, Jaehwan queria saber. Ele foi até ali, então queria ver o que estava além. A verdade além desse universo. O segredo por trás deste vasto mundo.

E o fim de tudo…

A voz voltou.

—Você vai negar todas as vezes que viveu. É isso que você quer fazer?

Os pensamentos de Jaehwan pararam com a voz. Negar sua existência?

—Sim. Você perderá seu propósito. Você perderá a razão de vir aqui, e todas as vezes que suportou serão perdidas. Você deixará este mundo sem propósito.

Havia um universo dizendo para ele vir de longe. Ele só precisava chegar um pouco mais perto. Só mais um pouco e tudo estaria acabado. Mas não conseguia se mover. Cada parte dele estava lhe dizendo para não ir para lá.

—Não se preocupe. Deixe-nos lidar com isso.

A voz falou com o tom mais seguro e calmante possível. Era realmente reconfortante. Jaehwan não caminhou mais em sua direção e o universo começou a desaparecer.

—E você continua humano.

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