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The World After the End – Capítulo 216

Grande Irmão (10)

Ele não tinha certeza de quantos anos se passaram desde então. Foram cem milhões de anos? Ou um bilhão? Talvez até dez bilhões de anos tenham se passado.

Agora, Jaehwan sabia claramente em que estado ele estava. Ele ainda estava naquele maldito espaço, mas sua consciência não estava acordada. No entanto, também estava acordada de alguma forma. Era possível que alguém tivesse suportado todo aquele tempo sacrificando seu próprio espírito no lugar de Jaehwan.

Quem? E por quê?

Jaehwan ouviu incontáveis universos explodindo em sua consciência fraca e gritando. Ele também ouviu pessoas enlouquecendo e morrendo por causa da violência do tempo sem fim. Eram todas vozes que ele já ouvira antes.

Ele sentiu vontade de chorar.

Queria detê-los. Por que fariam isso? Por que precisariam fazer isso?

Ele então ouviu o nascimento de um novo universo. Um total de dezesseis universos morreram e renasceram. Foi um longo período de tempo. Então veio o silêncio. Ninguém falou e ninguém respondeu.

No meio de seu sonho, uma voz falava de vez em quando. Jaehwan era capaz de relaxar por causa disso.

Mas agora silêncio? Jaehwan ficou apavorado.

— Ei, tem alguém aí? Não há ninguém? Não me diga que todos vocês morreram!

Jaehwan então se lembrou dos incontáveis gritos que ouvira. Então todos morreram. Todos aqueles seres. Todos eles tinham…

Só então, ele ouviu uma voz.

—Ei, dormiu bem? Você pode acordar agora.

E com isso, uma luz brilhante surgiu nos olhos fechados de Jaehwan. Ele sentiu sua consciência e espírito voltando a ser um e sentiu náuseas. Estava despertando de seu sono.

Jaehwan abriu os olhos e balançou todo o corpo como um homem doente. Fazia tanto tempo desde que moveu seu corpo que todas as partes dele pareciam desajeitadas. Sua boca soltou um gemido estranho. Era sua voz que não ouvia há muito tempo.

Calmamente respirou fundo e se levantou. Então, se sentou no chão por um longo tempo e começou a esfregar os olhos. Também beliscou suas bochechas. Até tentou rir ou deixar escapar uma lágrima. E depois de muito tempo, Jaehwan foi capaz de aceitar que isso era a ‘realidade’.

Uma luz brilhou sobre ele. Era de uma saída em forma de Ouroboros. Uma entrada para um novo mundo e uma saída desse espaço em que ele estava.

Ah…

Ao olhar para a luz, Jaehwan percebeu para onde aquela entrada levava.

Não era para o <Abismo>.

Uma velha memória que havia desaparecido depois de muito tempo começou a voltar peça por peça. Todas aquelas histórias que Jaehwan havia preservado tão preciosamente por um longo tempo estavam voltando para ele.

Sim. Ele viveu todo esse tempo apenas para ir para lá.

Jaehwan se levantou e deu um passo após o outro. Seu andar parecia estranho e sua espada balançava impotente em sua cintura. Mas Jaehwan não parou de andar.

—Sim. Você vai em frente.

A voz o incentivou. Jaehwan olhou em volta, mas não havia nenhum som do lado de fora. Ele então percebeu que a voz vinha de dentro dele todo esse tempo. Jaehwan perguntou em voz alta:

— Quem são vocês?

A voz não respondeu.

A escuridão acabou.

Enquanto estava sob a luz brilhando em seu corpo, abriu bem os braços. Ele ficou lá, absorvendo todas as partículas de luz em seu espírito. Assim como um bebê que nasceu em um mundo, ou uma semente que brotou da terra, ele ficou ali por muito tempo sob a bênção da luz.

A pressão do tempo estava desaparecendo.

A pressão que continuava devorando o espírito como água podre estava desaparecendo. Parecia que ele estava dentro de uma trincheira suja e finalmente mergulhou em uma banheira cheia de água limpa e morna. Jaehwan se divertiu por ainda se lembrar de tal metáfora.

Não, era estranho que ele ainda estivesse usando ‘linguagem’. Ele tinha que abandonar essa ‘forma ineficiente de comunicação’ há muito tempo. Ele até tentou abandoná-la várias vezes.

No entanto, não abandonou sua linguagem e a carregou até ali. Foi essa ‘linguagem’ que o manteve humano.

O espaço parecia ter superado o próprio ‘tempo’.

Jaehwan olhou em volta enquanto caminhava pelo corredor branco puro. Isso deu a ele uma estranha sensação de déjà vu. Havia tanques gigantes colocados em ambos os lados do corredor com espíritos que mal cabiam dentro deles.

Jaehwan não sabia quem eram aqueles espíritos. Ele nunca os tinha visto antes. Todos aqueles espíritos dentro dos tanques estavam enrolados em posições fetais e estavam em êxtase. Foi um pouco mais tarde que Jaehwan encontrou os crachás colocados no canto de cada tanque.

Deus da Caminhada, Kairós.

Monarca da Dignidade, Sindler.

Deus da Jornada, Beheet.

Monarca do Sono, Gaynach.

Eram nomes dos quais Jaehwan nunca tinha ouvido falar. Talvez fossem deuses antes da época dos Três Deuses Antigos. Todos eles tinham expressões complicadas. Alguns pareciam sábios que perceberam a verdade do mundo, enquanto outros também pareciam mendigos que perderam tudo.

Jaehwan olhou atentamente para todos os tanques como se estivesse tentando memorizar cada um daqueles rostos. E depois de algum tempo, ele parou.

“Esse…”

Ele havia encontrado um tanque muito maior. O espírito tinha metal ao redor de todo o corpo. Jaehwan nunca tinha visto esse espírito antes, mas sentia que o conhecia. Ele tinha visto essa forma semelhante no [Registro do Abismo]. Depois que Jaehwan verificou o crachá, ele sabia que estava certo.

“Deus das Máquinas, Daeus.”

Era um dos Três Deuses Antigos, Daeus.

“Por que Daeus está aqui?”

Jaehwan então sentiu arrepios subindo por todo o seu corpo.

Talvez o Grande Irmão fosse totalmente diferente do que as pessoas pensavam. Talvez os Três Deuses Antigos, que pensaram que o inventaram, estivessem errados.

Então, esse Grande Irmão talvez fosse…

Os pensamentos de Jaehwan foram interrompidos por uma voz.

[Parabéns por concluir seu tutorial.]

Uma voz se espalhou pelo espaço branco. Jaehwan virou-se na direção da voz.

[Ou isso foi uma piada de mau gosto?]

Jaehwan percebeu quem era. Assim como Daeus, ele nunca tinha visto esse espírito, mas o reconheceu imediatamente. Como não poderia? Este ser era o que Jaehwan conhecia melhor neste mundo.

Jaehwan destruiu a torre, saiu dela e chegou a este lugar com o diário deste homem. Cada parte da jornada de Jaehwan tinha sombras disso.

— Mulack Armelt.

O lendário Mestre dos Pesadelos, Mulack Armelt, estava ali.


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